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REVISÃO JANIO QUADROS E JOÃO GOULART

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JÂNIO QUADROS
As eleições para presidente e vice, no Brasil, eram separadas. 
A base eleitora de Jânio Quadros cativava as aspirações da elite antigetulista, a setores da classe média que desejavam moralização dos costumes políticos e desejavam estabilização dos custos de vida e também a maioria dos trabalhadores.
Jânio é eleito em 1960 e governa durante 7 meses antes de sua renuncia, que causaria um quadro de instabilidade politica no país.
Seu governo foi marcado por medidas austeras de cortes de gasto. Cortes de subsídios para o trigo e cana, interferiram e levaram ao aumento do valor do pão e do combustível.
Seu governo imponha padrões de conduta e crença. Durante seu governo, Quadros frequentemente tomava medidas que interferiam no foro privado da população, como a proibição do lança-perfume (permitido na época), do biquíni e de brigas de galos. Isto, unido à histeria de que o comunismo fosse impor condutas, faziam surgir rumores sobre as intenções de Jânio.
Além disso, Jânio tinha uma política nacional independente dentro do contexto de Guerra Fria. Realizava acordos econômicos conforme o que mais beneficiasse a economia do Brasil. Realizou empréstimos nos EUA, com apoio de Kennedy (que tinha interesse que o Brasil não se tornasse comunista, após a revolução cubana) ao passo que também reatou relações com a URSS que desagradava o posicionamento dos EUA.
Apesar do “espectro do comunismo” assustar o imaginário dos capitalistas em sentido global, Jânio nunca se alinhou a este movimento, inclusive seu discurso de eleição era anticomunista. Tinha nesse, o lema de varrer a corrupção. Assim começa sua caça real aos corruptos e que cometeram erros de administração em todos os partidos, passando assim a ser visto com maus olhos, tanto pela oposição quanto pelos aliados.
Ganha corpo os movimentos sindicais e aumentam os conflitos sociais, uma vez que hora intervia favorável aos trabalhadores, hora reprimia.
Em meio à estagnação econômica e crise política, o governo de Jânio perde legitimidade, tanto com seu partido, tanto com a população que o apoiava e então Quadros renuncia ao seu posto de presidente.
JOÃO GOULART
	A posse do vice João Goulart ficou suspensa após a renuncia de Jânio, pois esse se encontrava ausente do país, em visita à China comunista.
	Os ministros militares se aproveitando deste momento, vetam a volta de Jango ao Brasil por razões de segurança nacional, uma vez que o viam como uma ameaça comunista, ainda mais pela viagem que estava fazendo.
	O Congresso chega a um consenso: de que Jango só poderia assumir o governo em um regime parlamentarista, com seus poderes diminuídos em relação ao presidencialismo. Assim o foi feito, Jango retorna da viagem e assume o cargo de presidente em setembro de 1961, sendo Tancredo Neves seu Primeiro Ministro.
	O Brasil vinha passando por um desenvolvimento urbano e uma rápida industrialização que modificaram as posses de terra e o mercado agrícola e de pecuária. Com isso movimentos sociais se levantaram e novos atores surgiram, como é o exemplo das Ligas Camponesas, que por muito tempo foram uma categoria negligenciada pelo Estado.
	As retiradas forçadas dos trabalhadores rurais dos campos gerou grande insatisfação entre a população rural. Organizados, fizeram um movimento social significativo e que mais tarde garantiria a regulamentação profissional do trabalhador rural, garantindo carteira assinada, salario mínimo, férias, repouso semanal e regulamentação de carga horaria.
	As mobilizações durante o governo de Jango não paravam no campo. Na cidade outros setores também se mobilizavam, como estudantes, através da UNE e parcelas populares da sociedade que exerciam pressão sobre o governo.
	O governo Goulart teve caráter populista e uma ideologia básica nacionalista com sua proposição de reformas de base – incluindo reforma agrária: tópico mais sensível do governo. Além disso, propunha uma reforma política de ampliação do voto a analfabetos e a baixos cargos militares, reformas econômicas de nacionalização de empresas de serviço público, fiscal, ampliando cobranças de impostos de grandes propriedades e fortunas e diminuição de impostos em quem ganha menos.
Tentativa de modernizar o país para reduzir desigualdades sociais, medidas estas não vistas de forma positiva pela elite, que fizeram forte resistência.
Indicando um grande avanço de mobilização social, também se percebeu um significativo aumento no numero de greves, principalmente no setor público.
As Forças Armadas, com a anterior Revolução Cubana, participava do imaginário de ameaça comunista e se posicionava contrária a qualquer reforma que pudesse, na ideia deles, representar tais ideais. Os militares entendiam que deveriam combater o comunismo na mesma medida em que ele se apresentasse, por meio de doutrinações ideológicas ou até uma luta armada.
Instituíram assim a doutrina de segurança nacional, que através da ESG e de órgão de pesquisas, mostravam dados e instruíam de forma a serem capaz de “impedir a subversão da ordem”. Os militares tinham através dessas instituições a convicção de que só um movimento armado poria fim à “anarquia populista” e comunista.
É este o cenário caótico o qual João Goulart Governou. Em 1963 foi feita uma consulta popular sobre o retorno ao presidencialismo que acabou por sair em destaque, retornando ao modelo presidencialista com Jango na chefia.
Em 1964, Jango faz um comício para assinar dois decretos de seu governo que consistia na desapropriação das refinarias que ainda não fossem da Petrobras e outro referente à Reforma Agraria que tornaria sujeitas à desapropriação as terras “subutilizadas”. Ainda declarou que estaria preparando uma reforma urbana que combatesse especulações, medida que assustou a classe media que ficou com medo de perder seus imóveis.
Diante do exposto, os militares tomam o poder em um Golpe de Estado na noite de 1º de Abril, enquanto Goulart se preparava para viajar à Brasília.

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