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Resumo de "O jogo e a criança" - Jean Chateau

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Resumo de “O jogo e a criança” – CHATEAU, Jean. Introdução – Por que a criança brinca?
Nesse capítulo, Chateau vai explicar de que formas o jogo faz parte do homem, esse espaço que é tão complexo, em que há o abandono do mundo real, do constrangimento e das regras sociais, para um mundo imaginário e utópico.
Primeiramente, ele faz uma ligação entre o jogo e a infância, dizendo, na página 14, que “A criança é um ser que brinca/joga, e nada mais”, então é na infância que ela brinca e imagina, com isso desenvolve sua alma e inteligência. A brincadeira/jogo é tão fundamental para o desenvolvimento da criança, que o autor faz fortes críticas às que não brincam, dizendo que se assemelham aos adultos que não pensam – já que a brincadeira na infância tem ligação com o desenvolvimento para a fase adulta – e diz, na página 29, que “Uma criança que não quer brincar/jogar é uma criança cuja personalidade não se afirma, que se contenta com ser pequena e fraca, um ser sem determinação, sem futuro.” O jogo desenvolve a inteligência também, já que quem joga mais é mais inteligente.
A função da infância é o “[...] treinamento, pelo jogo, das funções tanto psicológicas quanto psíquicas” (p. 15) e o jogo é caracterizado como o centro da infância, com ligação intrínseca com a mesma, tanto que, sem o jogo, sem o lúdico e a imaginação, não há infância! 
Os animais também jogam, porém, diferentemente do jogo humano, é para manter sua estrutura e instinto; o ser humano pratica jogos funcionais, ou seja, seus jogos desde bebês preparam para ações futuras, como andar, falar, comer, pegar objetos, entre outras. As crianças provocam um resultado novo em seus jogos: de início, esses jogos são carregados de prazer sensorial que comandam os gestos do bebê; depois, com o desenrolar do desenvolvimento, o prazer sensorial dá lugar ao prazer de um ato e é aí que surge o lúdico (o jogo, o imaginário) que afirma o bebê como si mesmo.
Após esse momento, o autor faz diferenciações dos significados dos jogos para as crianças e para os adultos. O jogo está em outro universo, uma dimensão que não cabe no mundo adulto e a criança sabe isso de certa forma, por isso alimenta um mundo próprio dela. Como uma forma de fugir das realidades sociais, o adulto procura esse escape, típico das crianças, nos jogos, mas já não consegue fazê-lo com tanto sucesso quanto uma criança. O escape para o imaginário nesse mundo adulto, não necessariamente precisa ser através somente do jogo, por exemplo, quando um adulto precisa criar algo, se distancia do mundo ambiente para conseguir no imaginário um projeto do que irá realizar, depois, volta-se para o mundo concreto para a realização do mesmo. Porém, sempre irá se prender no mundo real, porque, para um adulto, um signo representa somente um signo, diferentemente da criança, que enxerga no signo algo real e esboça emoções por meio dele de tristeza, medo, alegria, entre outros; isso acontece, porque o lúdico é muito forte nas crianças.
O que achei mais interessante no texto foi saber que a criança nem sempre imita as ações dos adultos em seus jogos, mas cria suas próprias situações que a ajudarão a lidar com o mundo real quando for mais velha. Também foi explicitado no texto, a natureza ambígua do jogo, que transita entre a ficção do sonho e a realidade do trabalho, encaixando-se na ideia de que o lúdico infantil prepara para o mundo do trabalho da fase adulta. O brincar é fundamental para a criança, no sentido de afirmação do seu eu.
Para encerrar o texto, Chateau continua com a diferenciação do sentido do jogo para crianças e adultos: o jogo para o adulto é para ocupação do tempo, para relaxamento e evitar o tédio; para a criança possui um sentido mais complexo e de extrema importância ao seu desenvolvimento, que é a afirmação do seu eu (quem virá a ser e que atitudes virá a tomar quando for adulto; um teste de personalidade). O adulto volta à vibração do jogo e volta ao lúdico que encontrava na infância quando pratica um esporte, pois enxerga mais que uma simples ocupação no tempo, mas uma volta à alegria e a conquista típica dos jogos infantis.

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