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contestaçã trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 1° VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS/SC
 Processo n° 0010101-20-2017.512.0001
 Lojas Mensa Ltda, já qualificada nos autos inscrito no CNPJ sob n° 15.155.000/00, com seda na Alameda das Flores, n° 30, no Bairro Lagoa da Conceição, CEP 88.010-00, no Estado de Santa Catarina/SC, vem por seu Advogado procuração em anexo (Doc.), com Escritório na Rua_________, n°________, Bairro_____, Cep________, Estado______, de______, onde receberá as notificações e intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:
 CONTESTAÇÃO
 Com fundamento no artigo 847 da CLT, nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move Jonas Fagundes, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, consubstanciados nos motivos de fato e de Direito a seguir articulados:
 
 I – Dos Fatos
 Alegou o Reclamante, em apertada síntese, que foi admitido aos préstimos da Reclamada em 01.08.2016, para exercer a função de “ Montador de Móveis”, percebendo por último o salário de R$ 2.400,00 (mil dois mil e quatrocentos reais), sendo dispensado sem justa causa em 31.01.2017.
 Declinou jornada de trabalho de segunda à sábado, das 07h30min às 08:00h, com 01 hora de intervalo para refeição e descanso. 
 Aduziu que durante o labor estava exposto a agentes periculosos, requerendo a realização de perícia e, ao final optará pelo adicional que lhe for deferido ou o mais benéfico, ante a não cumulação dos mesmos. 
 Alegou ainda, Após a montagem no último cliente, por volta de 20h00, ele tinha que ligar para o Sr. Manoel Silva, gerente da loja, para lhe informar sobre o término da prestação de serviços.
Isto posto, pleiteia: pagamento de horas extras, adicional de periculosidade e seus reflexos, diferenças de verbas rescisórias, multa do artigo 477 da CLT, danos morais e diferenças de FGTS + 40%, justiça gratuita, honorários advocatícios, atribuindo à causa o valor de R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais).
Manifesta é a improcedência da presente reclamação, que dessa forma deverá ser julgada, com a condenação da Reclamante no pagamento das custas processuais e demais consectários legais. Senão vejamos:
 II – D O MÉRITO
DO CONTRATO DE TRABALHO
De fato, o Reclamante trabalhou nas dependências da Reclamada, no período compreendido entre 01.08.2016 à 31.01.2017, ocasião em que foi dispensado sem justa causa, recebendo todos seus consectários legais.
 Contudo, ao contrário do que aduziu, a jornada de trabalho do reclamante sempre foi de segunda à sábado, das 07h30 às 08:00h, com 01 hora para intervalo e descanso, sendo que JAMAIS excedeu sua carga horária passava de 44 horas semanais.
“Ad Cautelam” a Reclamada impugna todas as alegações da inicial por serem decorrentes de entendimento equivocado, como se demonstrará abaixo.
 III - DA JORNADA DE TRABALHO
DA INEXISTÊNCIA DE HORAS EXTRAS NÃO REMUNERADAS E REFLEXOS
Aduz o Reclamante que, laborava habitualmente em jornada extraordinária, contudo, não recebeu corretamente pelas horas laboradas, alegações estas que não podem ser aceitas por V. Exa., senão vejamos:
Conforme já elucidado, diferentemente das afirmações constantes da inicial, cumpriu o Reclamante jornada de trabalho de segunda à sábado, nos horários das 07h30 às 08:00h, com 01 hora para intervalo e descanso, conforme a legislação não passando de 44 horas semanas.
Ademais, importante frisar que a Reclamada não exerce qualquer atividade que passe de sua carga horaria por semana e não há serviços inadiáveis que demandem a sobre jornada.
Ademais, cumpre esclarecer que não há obrigatoriedade da implantação dos cartões de ponto na Reclamada, tendo em vista que mantém menos de 10 empregados no local. Mas, por precaução o Sr. Manoel Silva, gerente da loja e cautela sempre monitorava.
Desta feita, não há que se falar no pagamento de horas extras, uma vez que, não há irregularidades quanto a jornada laboral, uma vez que sua jornada jamais ultrapassou o permitido por lei, ou seja, 44 horas semanais.
Ante o exposto, o pedido de pagamento das horas extras merece ser julgado integralmente improcedente, bem como, as integrações e reflexos nos consectários de direito, posto que, em não havendo a condenação no pagamento do principal, não há que se cogitar no pagamento do acessório; assim, da mesma forma deverá ser julgada o pleito quanto à incidência dos reflexos em, 13º salários proporcionais, férias proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, e demais consectários.
Diante do exposto, o ônus da prova compete aquele que alega, cabendo ao reclamante, comprovar a realização de horas extras, tudo na forma do artigo 818 da CLT e art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil.
Neste sentido:
“HORAS EXTRAS. ÔNUS DA PROVA. O ônus da prova quanto às horas extraordinárias é do autor, por se tratar de fato constitutivo de seu direito (inciso I do artigo 333 do CPC e artigo 818 da CLT). Os registros de horários trazidos pela reclamada, devidamente assinados pelo obreiro, merecem credibilidade, quando não infirmados por prova em contrário. Recurso a que se nega provimento. (TRT/SP - 00971200700202006 - RO - Ac. 8ªT 20090904332 - Rel. SILVIA ALMEIDA PRADO - DOE 23/10/2009)
Outrossim, apenas por argumentar, na remota hipótese de serem deferidas horas extras, requer a Reclamada seja observada a efetiva remuneração da Reclamante, bem como, os respectivos adicionais de 50% (cinquenta por cento) de acordo com a carta Magna de 1988, observando ainda a compensação das horas extras quitadas. 
 IV - DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
Alega o Reclamante em sua exordial que durante o período de prestação de serviço, manteve contato com agentes perigosos não especificando quais agentes seriam, sem receber o respectivo adicional.
Inicialmente, cumpre asseverar, que durante o contrato de trabalho do Reclamante, não estava exposto a agentes perigosos, nem de forma habitual e tampouco intermitente, pois conforme acima aduzido, sua função era de “Montador De Móveis”, ambiente totalmente adequado e seguro para o desempenho das atividades dos empregados da Contestante.
Em seu ambiente de trabalho, durante todo o pacto laboral, não existiam agentes agressivos conforme alega o Reclamante, nem mesmo perigosos.
O Reclamante nunca trabalhou em área de risco, nem exposto e/ou com contato permanente com produtos químicos inflamáveis, radiações e equipamentos energizados e/ou energizáveis. 
 V - CONCLUSÃO FINAL
Assim, nada deve a reclamada ao reclamante quanto ao pagamento de horas extras e seus reflexos, multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT, bem como reintegração ao emprego.
 VI - REQUERIMENTOS FINAIS
Conforme exposto, nada deve a reclamada ao reclamante a qualquer título, devendo a presente reclamatória ser julgada IMPROCEDENTE, condenando o reclamante ao pagamento das custas processuais.
 VII - DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidos, principalmente depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão, quanto à matéria de fato.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Florianóplis/SC data_____, ano_____
Advogado____________
OAB_______________
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