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Professora Talita Czekster Administração de medicamentos, soluções e hemocompontes Indicador desta aula Prestar assistência ao usuário de forma humanizada considerando a Política Nacional de Humanização. Objetivos dessa aula: Apresentar a UC (indicadores e elementos de competência); Dinâmica de conhecimento da turma; Assistência humanizada – ambiência; Limites profissionais; Proatividade, criatividade e flexibilidade no ambiente de trabalho. PTD C:\Users\Usuario\Desktop\Senac\2555m2_uc7_administrar_medicamentos_13.09.docx Dinâmica Cada aluno escreve em uma folha suas principais características, sonhos e ambições, assim como o que você considera como seus defeitos. Ambiência Política Nacional de Humanização O que sabemos sobre essa política? O HumanizaSUS, aposta na inclusão de trabalhadores, usuários e gestores na produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho. Humanizar se traduz, então, como inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma coletiva e compartilhada. Incluir para estimular a produção de novos modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho. A Política Nacional de Humanização (PNH) – HumanizaSUS existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. A PNH deve estar presente e inserida em todas as políticas e programas do SUS. Ambiencia Segundo a PNH é um ambiente físico, social, profissional e de relações interpessoais que deve estar relacionado a um projeto de saúde voltado para a atenção acolhedora, resolutiva e humana. Nos serviços de saúde a ambiência é marcada tanto pelas tecnologias médicas ali presentes quanto por outros componentes estéticos ou sensíveis apreendidos pelo olhar, olfato, audição, por exemplo, a luminosidade e os ruídos do ambiente, a temperatura, etc. Muito importante na ambiência é o componente afetivo expresso na forma do acolhimento, da atenção dispensada ao usuário, da interação entre os trabalhadores e gestores. Devem-se destacar também os componentes culturais e regionais que determinam os valores do ambiente. O que é ambiencia? Essa compreensão de ambiência como diretriz da Política Nacional de Humanização é norteada por três eixos principais: 1. O espaço que visa a confortabilidade; 2. O espaço como ferramenta facilitadora do processo de trabalho e 3. A ambiência como espaço de encontros entre os sujeitos. Como traduzir a ambiência na pratica de aplicação de medicamentos? Atitudes colaborativa com a equipe de trabalho, usuário e família; Comprometimento com o cuidado prestado; Flexibilidade nas situações adversas; Iniciativa na organização das atividades do trabalho; Proatividade e criatividade na resolução de problemas; Respeito à privacidade e aos valores morais, culturais e resligiosos do usuário; Respeito ao limite da atuação profissional Limites de atuação profissional Há muitos vieses sobre a dispensação e entrega de medicamentos, a “briga” pelas ações vem se estendendo por muito tempo entre o conselho de Enfermagem e o de Farmácia. Por um lado o CFF diz que a DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS É E SEMPRE FOI ATO PRIVATIVO DO FARMACÊUTICO conforme dispõe o Decreto Federal nº 85.878/81 pois, na hipótese vertente (dispensários de medicamentos), há também a dispensação de psicotrópicos e antibióticos, cuja regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define como de responsabilidade exclusiva do farmacêutico, sob pena de aplicação de sanções administrativas e, ainda, de caráter criminal ante a sua inobservância, podendo-se configurar, inclusive, a infringência lei de entorpecentes se praticada por profissional incapaz, além do exercício ilegal da profissão Para isso precisamos entender que.... Droga – substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária; Medicamento – produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; Insumo Farmacêutico – droga ou matéria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes Correlato – a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários; Estabelecimento – unidade da empresa destinada ao comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos; Farmácia – estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica; Drogaria – estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais Posto de medicamentos e unidades volante – estabelecimento destinado exclusivamente à venda de medicamentos industrializados em suas embalagens originais e constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário federal, publicada na imprensa oficial, para atendimento a localidades desprovidas de farmácia ou drogaria; Dispensário de medicamentos – setor de fornecimento de medicamentos industrializados, privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente; Dispensação – ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não. Ultimos fatos Em 2017 o COFEN lançou parecer sobre a dispensação e aplicação de vacinas, que estavam sendo pleiteadas como privativas do profissional farmaceutico. “Face ao exposto e considerando a legislação pertinente ao tema, a CTAS conclui que não há o que se discutir sobre dispensação de vacina por se tratar do exercício de outra profissão da área da saúde. Porém a obrigatoriedade do farmacêutico responsável técnico e ou seu substituto em aplicar imunobiológico de certo se trata de transgressão e desrespeito a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei 7.498 de 1986) e seu Decreto Regulamentador (Decreto 94.406 de 1987) uma vez que o profissional de Enfermagem tem guarita legal nos dispositivos ora mencionados para a administração de vacinas.” PARECER Nº 011/2017/COFEN/CTAS Continuando na “briga” Em março de 2018 o COFEN lança novo parecer em relação a dispensa de medicamentos, concluindo que a atividade de dispensação de medicamentos no âmbito dos dispensários de medicamentos não é atividade privativa do profissional farmacêutico. “O império contra-ataca” Em agosto de 2018 o CFF faz em sua pagina na internet uma nota de esclarecimento, dizendo que esta pratica é e sempre foi exclusiva do profissional farmaceutico, pois mesmo em dispensários há a presença de medicamentos psicotrópicos e antibioticos, que são de responsabilidade técnica do farmaceutico. Coren SC Em 2017, o Coren SC lançou um memorando dizendo que, o profissional de enfermagem também tem competência técnica para realizar tal pratica, pois seu trabalho é pautado na ética e a REBRAENSP (Rede Brasileira de Enfermagem em Segurança do Paciente), vem trabalhando os 9 certos para diminuir possíveis erros. 9??? Então o Coren SC concluiu que... Considerando o exposto, o COREN SC entende que a equipe de enfermagem tem competência para a entrega de medicamento, não controlado, devidamente prescrito por profissional autorizado conforme organização do processo de trabalho no âmbito dos Serviços de Saúde público ou privado. Ao enfermeiro compete a orientação, atualização, direção e supervisão dos profissionais da enfermagem para entrega segura e ética dos medicamentos. O fornecimento de medicamento realizado por outro profissional, que não o farmacêutico, caracteriza-se como “entrega de medicamento”, assim, quando os profissionais de enfermagem entregam medicamentos aos usuários deverão utilizar o termo: fornecimento ou entrega de medicamentos e não dispensação de medicamentos. O termo “dispensar” é ato exclusivo do farmacêutico. Refencias Rede HumanizaSus, disponível em: http://redehumanizasus.net/politica-nacional-de-humanizacao/ Biblioteca virtual em saúde: ambiência. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/170_ambiencia.html Parecer Cofen, disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-no-0112017cofenctas_58044.html Parecer CFF, disponível em : http://www.cff.org.br/noticia.php?id=4935 Parecer de Conselheira Relatora nº 145/2018, COFEN, disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheira-relatora-n-145-2018_63578.html Parecer Coren SC N º 002/CT/2017/PT, disponível em: http://www.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2017/03/PT-002-2017-Entrega-de-medicamentos-n%C3%A3o-controlados-prescritos-pelo-m%C3%A9dico-por-profissional-de-Enfermagem-na-Farm%C3%A1cia-B%C3%A1sica-da-Rede-Municipal-de-Sa%C3%BAde.pdf E NA PRÓXIMA AULA LAVAGEM DAS MÃOS ATÉ QUINTA =)