Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Recurso Ordinário: Conceito/Natureza – cabe recurso ordinário das decisões definitivas ou terminativas da vara do trabalho, ou dos TRTs em processo de sua competência originária, ex: ação rescisória, dissídio coletivo, MS. Cabe ressaltar nos termos da OJ 152 SDI-2/TST, é considerado erro grosseiro, não admitindo a fungibilidade recursal, o uso do Recurso de Revista ao invés de Recurso Ordinário em processo de competência originária do TRT. O Recurso ordinário deve ser apresentado no prazo de 8 dias com igual prazo para contrarrazões, possui efeito apenas devolutivo, o fundamento legal é o art. 895 CLT. Para o uso de tal recurso, basta preencher os pressupostos gerais de admissibilidade recursal e não há nenhum pressuposto específico ou seja o recorrente poderá alegar matéria de fato buscando a revisão da prova ou matéria de direito, sendo possível o uso exclusivo das preliminares. Por fim o Recurso ordinário exige o preparo, sendo que o reclamante submetera o pagamento de custas na hipótese de improcedência total e ausência de justiça gratuita, e para a reclamada empregador será necessário o recolhimento de custas e deposito recursal. Recurso Ordinário no rito sumaríssimo – no rito sumaríssimo nos termos do art. 895 §1 CLT o Recurso Ordinário será imediatamente distribuído, sendo que uma vez recolhido pelo tribunal, o relator deve julgá-lo no prazo maximo de 10 dias e não há a figura do revisor após tal ato a secretaria da turma deve colocar o processo para julgamento. O parecer do Ministério Publico do Trabalho será de forma oral quando necessário, e o acórdão vai consistir unicamente na certidão de julgamento com os principais elementos podendo constar apenas a ratificação da decisão. Procedimento do Recurso Ordinário – o Recurso Ordinário deve ser apresentado em duas peças uma primeira é a petição de interposição que é destinada ao juiz “a quo”, ou seja, ao órgão que proferiu a decisão recorrida, já a segunda peça consiste nas razões recursais que é destinada ao juízo “ad quem”, ou seja, o órgão que vai julgar o recurso. Assim caso seja cobrado Recurso Ordinário na prova é necessário elaborar as duas peças petição de interposição mais razões do recurso. Estrutura da peça: Peça de Interposição: Endereçamento - o art. 895 I CLT, será endereçado para a vara do trabalho, ex: EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ... VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE ... DO ESTADO ... Já na hipótese do art. 895 II CLT, será endereçada para o desembargador presidente do TRT, ex: EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO. Processo Numero – atenção se o enunciado informa o numero do processo. Menção do recorrente e advogado – já devidamente qualificado nos autos do processo em epigrafe. Fazer menção ao inconformismo com a respeitável sentença ou com acórdão se for processo originário do TRT. Verbo – interpor Recurso Ordinário. Identificação/previsão legal da peça – RECURSO ORDINÁRIO, fulcro no art. 895 I ou II CLT. Menção das razões em anexa. Fazer menção do preparo quando for o caso (custas/deposito). Fazer menção do recebimento do Recurso Ordinário e a remeça dos autos no respectivo tribunal (receber e remeter). Notificação do recorrido para apresentar contrarrazões em igual prazo. Encerramento – nestes termos, pede-se deferimento, local, data, advogado OAB nº Peça de razões - vai para juízo “ad quem”: Cabeçario – Recorrente, Recorrido, Origem do Processo, nº do Processo. Fazer menção as expressões de respeito (saudação) – COLENTO TRIBUNAL, EGRÉGIA TURMA, NOBRE JULGADORES. Destacar o cumprimento dos pressupostos recursais – genérico. Resumo da demanda, ou seja, breve relato do que ocorreu. Razões recursais, ou seja as teses, motivos que se busca a reforma da sentença/acórdão. Pedido/conclusão do recurso – deve ser postular conhecimento provimento do recurso com a reforma total ou parcial da decisão (CPR). Conhecimento juízo de admissibilidade Provimento relacionado o resultado de sentença. Encerramento – nestes termos, pede-se deferimento, local, data advogado OAB nº. PEÇA: (PG 500) EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO/MG Processo nº 1011-55.2012.5.03.0100 VERONICA DA SILVA, já qualificada nos autos supra................................................... interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fulcro no art. 895 I CLT. RAZÕES DO RECURSO Dos Pressupostos Recursais: O presente recurso preenche todos seus requisitos de admissibilidade recursal extrínsecos e intrínsecos. Assim espera o Recorrente que o recurso seja conhecido e tenha seu mérito apreciado. FATOS A Recorrente ajuizou a ação na 100ª Vara do Trabalho de MG e os magistrado julgou procedente em parte condenando a Autora a detenção de 06 meses e ao pagamento em dobro do 13º Salário de 2012 bem como julgou procedente o pagamento de apenas 2 hrs extras de 1h30m de hora in itinere, 1/3 do período de protindao e determinou aplicar a norma vigente a época da aposentadoria para pedido de complementação. A decisão recorrida merece ser reformada conforme abaixo consignado. PRELIMINAR: Da Incompetência Absoluta: A respeitável sentença determinou a detenção do Recorrente por um período de 06 meses, ocorre que a justiça do trabalho não tem competência penal, ou seja, não pode julgar o crime determinando a pena. O art. 114 CF e art. 652 CLT que disciplina a competência penal, nesse sentido ADI 3684-0 decidia pelo STF. Cabe resaltar que o artigo 109 VI cf e a Súmula 115 TFR deixam certo a competência do juiz federal, por fim a Recorrente tem direito ao devido processo legal para ser privado da sua liberdade nos termos do art. 5 LIV CF. DO MÉRITO Horas Extras: A respeitável sentença limita a condenação em 2 horas extras, ocorere que o art. 59 da CLT, não limita o direito ao pagamento das horas extras tendo em vista o principio da primazia da realidade que o não enriquecimento ilícito do empregador, neste sentido Súmula 376 I TST. Assim a Recorrente tem direito a todas as horas extras prestadas devendo a sentença ser reformada. Da Complementação da Aposentadoria: O magistrado determinou a aplicação da norma vigente há época da aposentadoria, entretanto tal norma é menos benéfica ao empregado caracterizando uma alteração contratual lesiva que é vedado art. 468 CLT. Neste sentido a Sumula 51 I TST deixa certo que os novos regulamento somente alcança os empregados contratados posteriores a eles. Por fim a Sumula 288 I TST deixa certo que para complementação de aposentadoria deve se aplicar a norma vigente a époxa de sua admissão, pelo exposto requer a reforma da sentença para aplicação da norma mais favorável ao Recorrente. Prontidão na empresa. Espera em casa. Horas de Prontidão: O magistrado condenou o pagamento de hora de prontidão a razão de 1/3, ocorre que o art. 244 §3 CLT que disciplina o instituto determino o pagamento a razão de 2.3 a hora trabalhada. Assim requer a reforma da Sentença. Hora In Itinere: Não é micro empresa a recorrida Art. 58 §3 CLT Lei Complementar 123/2006 A norma coletiva que negócio a jornada In Itinere não se aplica a recorrida, tendo em vista que se trata de uma S.A. com mais de 1600 empregados e não uma micro empresa ou empresa de pequeno porte conforme determina art. 58 §3 CLT. Neste sentido art. 30 da Lei Complementar 123/2006. Assim o Recorrente tem direito a jornada In Itinere, devido a Sentença ser reformada. Do Pagamento em dobro (art. 940 CC). Não se aplica no processo do trabalho Norma menos favorável direito do trabalho O dispositivo não se aplica ao direito do trabalho, já que incompatível com o principio protetor, pois é uma interpletação menos favorável ao empregado. Assim não cumpre a regra da aplicação subsidiara do art. 8 da CLT. DOS PEDIDOS CPR Neste Termos, Pede-se deferimento Local, data Advogado OAB nº
Compartilhar