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Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame Autores: Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 18 de Maio de 2020 AULA 06 RECURSOS Sumário ................................................................................................................................. 1 1 –Considerações Iniciais ...................................................................................................... 2 2 – Teoria Geral dos Recursos. ............................................................................................. 3 3 – Recursos ........................................................................................................................ 24 3.1 – RECURSO ORDINÁRIO. .......................................................................................................... 25 3.2 – RECURSO DE REVISTA ....................................................................................................................26 3.3 - EMBARGOS AO TST. ..........................................................................................................................36 3.4 - RECURSO ADESIVO. .........................................................................................................................34 3.5 - AGRAVO DE INSTRUMENTO............................................................................................................36 4 – Legislação Aplicada ....................................................................................................... 39 5-Dicas/Resumos ................................................................................................................ 43 Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 2 1 –CONSIDERAÇÕES INICIAIS Olá, Pessoal. Neste momento de estudo, começaremos a nos aprofundar nos recursos trabalhistas e em suas peculiaridades, o que sempre acaba por ser exigido pela banca examinadora. Na fase de conhecimento, observaremos a seguinte ordem cronológica, a cada decisão proferida pelos Tribunais do Trabalho: Sentença (V.T) Acórdão (TRT) Acórdão (TST) Acórdão (TST) O artigo 893 da CLT faz previsão dos recursos eminentemente trabalhistas e sua possibilidade frente a determinadas decisões. Observe: Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I - embargos; II - recurso ordinário; III - recurso de revista; IV - agravo. Segundo José Carlos Barbosa Moreira, podemos conceituar o recurso como sendo: “o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugnar” 1 1. Assim, vamos aos estudos das características desses recursos. Bom estudo a todos! 1 MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. Vol. 5, p. 233. R.T Contestação Recurso Ordinário Recurso de Revista Embargos ao TST Recurso Extraordinário ao STF. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 3 2 – TEORIA GERAL DOS RECURSOS. O artigo 893 e seguintes da CLT nos apontam algumas características dos recursos, as quais devemos nos ater. Observem: I. Inicialmente devemos estudar os principais princípios que regem os recursos no processo do trabalho, quais sejam: ✓ Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: É a possibilidade de a decisão proferida ser reexaminada, agora, sob a ótica de uma instância superior. Neste sentido, relembramos vocês que o Rito Sumário no processo do trabalho não observa a este princípio, já que, em regra, não é admitido recurso. ✓ Princípio da Taxatividade (tipicidade): Somente serão considerados recursos aqueles descritos na legislação, de forma expressa. ✓ Princípio da Unirrecorribilidade (singularidade): Nos termos deste princípio, para cada decisão somente será admitido uma espécie recursal, vedando-se a interposição simultânea de mais de um recurso frente a mesma decisão. ✓ Princípio da Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: Nos termos do artigo 203, parágrafo segundo do CPC, caracterizam-se como decisão interlocutória todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre como sentença. No processo do trabalho, diferentemente do que ocorre no processo civil, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de forma imediata, ou seja, aquele que pretende impugnar a decisão interlocutória poderá tão somente, neste momento processual, consignar o seu protesto nos autos, este denominado como protesto antipreclusivo, a fim de que frente à decisão definitiva possa recorrer desta e da decisão interlocutória. Logo, a decisão interlocutória não é recorrível de forma imediata, mas de forma mediata, ou seja, frente a uma decisão definitiva, por meio de recurso ordinário, por exemplo, poder-se-á recorrer da sentença e da decisão interlocutória proferida no curso do processo. Observe: *R.T **Dec. Interlocutória **Sentença **Recurso Como toda regra no direito costuma ter sua exceção, cá não seria diferente, como se observa as hipóteses presentes na Súmula nº 214 do TST. Veja: *Não é cabível Recurso imediato perante a decisão interlocutória, e sim, mediato. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 4 Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; Exemplo: R.T => Sentença => R.O => Acordão pelo TST, anulando a decisão proferida pelo juiz “a quo”, e determinando novo julgamento pelo juízo de origem. Se tal decisão estiver confrontando Súmula ou OJ do TST, caberá Recurso de Revista, com fundamento no artigo 896 da CLT. a) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; Exemplo: Decisão monocrática do relator não concedendo tutela antecipada, já pleiteada. Nesta situação, será cabível Agravo Regimental. b) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Exemplo: São Paulo (Contratação) Goiânia (Prestação de serviço) (TRT 2ª Região) (TRT 9ª Região) TROCA DE TRT R.T. Exceção de Incompetência Relativa A decisão que acolhe a exceção apresentada refere-se a uma decisão interlocutória terminativa do feito, a qual implica troca de TRT, terminando o processo em determinada localidade e remetendo a região correta, frente a esta decisão caberá Recurso Imediato, qual seja, Recurso Ordinário. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 5 Neste diapasão, ressalto que, quando concedida tutela provisória antes da sentença, cabível será a impetração de mandado de segurança, uma vez que, violado direito líquido e certo, e, especialmente, pela inexistência de recursopróprio para as decisões interlocutórias. Contudo, se proferida sentença, antes de o mandado de segurança ter seu objeto apreciado, este perderá o seu efeito, apenas sendo cabível, agora, o recurso ordinário, frente a existência de uma sentença. Neste sentido, Súmula nº 414, TST: MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA. I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. ✓ T. Provisória ====> Liminar =====> Dec. Interlocutória ✓ T. Provisória ====> Sentença ====> Recurso Ordinário ✓ Princípio da Fungibilidade: Tal princípio é uma consagrada exceção ao pressuposto recursal, “cabimento de recurso”, ou seja, um recurso erroneamente interposto frente a uma decisão proferida, poderá ser admitido em situações excepcionais quando houver: ▪ Dúvida Objetiva; ▪ Inexistência de erro grosseiro; ▪ Observância do prazo do recurso correto, se menor. Neste sentido, observe os seguintes preceitos legais: Súmula nº 421 do TST - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART. 932 DO CPC DE 2015. ART. 557 DO CPC DE 1973. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 6 I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado. II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015. OJ n. 412, SDI-I/TST. AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSALÉ incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC de 1973) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro. OJ n. 69, SDI-II/TST.FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000) Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental. OJ n. 152, SDI-II/TST. AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO DE REVISTA DE ACÓRDÃO REGIONAL QUE JULGA AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. ERRO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) A interposição de recurso de revista de decisão definitiva de Tribunal Regional do Trabalho em ação rescisória ou em mandado de segurança, com fundamento em violação legal e divergência jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro grosseiro, insuscetível de autorizar o seu recebimento como recurso ordinário, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT. II. Os recursos trabalhistas, em regra, são dotados apenas de efeito devolutivo, de forma que, caso a parte pretenda obter o efeito suspensivo, deverá pleiteá-lo por meio de simples petição, conforme Súmula nº 414, I, do TST: Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 7 I - A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. Desta forma, uma vez não concedido o efeito suspensivo, significará a possibilidade de início da execução provisória, a qual poderá ir até os atos de penhora, ou seja, gerará quando muito a constrição do bem, mas não a sua expropriação. Neste sentido, prevê o artigo 899 da CLT: Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. Quando concedido o efeito suspensivo, a decisão judicial proferida não será apta a produzir efeitos até que haja pronunciamento do órgão recursal. Há outros efeitos recursais, aos quais devemos fazer menção pela sua importância, quais sejam: - Efeito Regressivo: É o efeito que permite a autoridade que proferiu a decisão se retratar, como ocorre, especialmente, no agravo de instrumento. - Efeito Translativo: Refere-se a toda matéria de ordem pública que poderá ser conhecida de ofício, inclusive, pelo tribunal, sem que tenham sido arguidas em razões ou contrarrazões recursais. - Efeito Substitutivo: A decisão proferida em julgamento realizado pelo tribunal, sede recursal, sempre substituirá a decisão recorrida. III. Os recursos, ao serem julgados, passarão por um duplo juízo de admissibilidade, no juízo a quo (juízo prolator da decisão recorrida) e no ad quem (conhecido como juízo de mérito, refere-se ao juízo que julgará a decisão recorrida). Logo, não se aplica a regra do Código de Processo Civil em que há apenas um único juízo de admissibilidade realizado pelo tribunal, conforme artigo 1.010, § 3º, do CPC/2015 e artigo 2º, XI da IN nº 39/2016. Desta forma, o juízo de admissibilidade poderá ser positivo ou negativo, este quando não se conhecerá do recurso, ou como se diz de forma mais informal, o recurso ficará “trancado” (não conhecido). Nesta situação, em regra, quando o recurso não for conhecido pelo juízo “a quo”, decisão denegatória de seguimento, caberá agravo de instrumento, já quando não conhecido pelo “ad quem” caberá agravo regimental. Nesse sentido: Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 8 R.O 1ºJuízo (V.T) 2º Juízo No mais, quando os embargosao TST (divergência) tiverem seu seguimento denegado, não caberá agravo de instrumento, e sim, agravo regimental, conforme artigo 3º, III, “c”, da Lei nº 7.701/88. Fique atento ao fato de que o juízo ad quem não fica vinculado à análise do juízo a quo, devendo cada um fazer sua análise de forma autônoma, observando-se os pressupostos recursais, quais sejam: PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE INTRÍSECOS - LEGITIMIDADE DA PARTE; O recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro interessado, ou ainda, pelo Ministério Público do Trabalho. - CAPACIDADE DA PARTE; A capacidade processual será observada quando a parte contiver no mínimo 18 anos, caso contrário, para acessar o judiciário, deverá estar assistida ou representada. - INTERESSE DA PARTE. No processo do trabalho se observará o interesse da parte, quando a parte for vencida, ou ainda, houver terceiro prejudicado com a decisão. V.T TRT TST Sentença Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 9 PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE EXTRÍNSECOS - CABIMENTO / ADEQUAÇÃO; Existe um recurso cabível, a princípio, para cada decisão (unirrecorribilidade). Lembrando que o princípio da fungibilidade também é aplicável ao processo do trabalho, de forma excepcional. - TEMPESTIVIDADE; Os recursos possuem prazos a serem observados, sob pena de não conhecimento. Neste sentido, no processo do trabalho, em regra, temos uma uniformidade dos prazos recursais, estes de oito dias, como se verifica no Recurso Ordinário, Recurso de Revista, Embargos ao TST, Agravo de Instrumento e Agravo de Petição. Contudo, no processo do trabalho também há exceções a serem observadas, quais sejam: a) Embargos de Declaração (5 dias); b) Recurso Extraordinário (15 dias); c) Recurso Ordinário Constitucional (15 dias); d) Agravo Regimental (Conforme Regimento Interno do Tribunal); e e) Pedido de Revisão (48 horas). Ademais, as pessoas jurídicas de direito público possuem prazo em dobro para recorrer e quádruplo para contestar – Artigo 1º, III, DL nº 779/69. Não estão abarcadas nesta prerrogativa as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Também possuem prazo diferenciado o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública, os quais possuem prazo em dobro para manifestações a serem realizadas nos autos, artigo 180, do CPC/2015. Nos termos da OJ nº 310 da SDI-I/TST, em se tratando de uma ação em que haja litisconsortes com procuradores diferentes, o prazo para recorrer será simples, e não em dobro, tornando- se inaplicável o artigo 229, do CPC/2015. Tome conhecimentos dos seguintes preceitos legais: Art. 775 da CLT. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. OJ 310, SDI-I/TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 10 Súmula nº 385 do TST- FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal; II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos; III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental, ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense. Súmula nº 387 do TST- RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999. I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência. II - A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 224 do CPC de 2015 (art. 184 do CPC de 1973) quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. Por fim, ressalto que nos termos da Súmula n. 434 do TST, não mais se considera intempestivo o recurso interposto anteriormente ao início do prazo recursal, ou seja, antes de realizada a publicação do acórdão impugnado. - PREPARO; O preparo na Justiça do Trabalho é compreendido pelo binômio custas processuais mais depósito recursal. As custas processuais possuem natureza de taxa, enquanto o depósito recursal tem natureza de garantia de juízo ao empregado. Tal aspecto será abordado de forma mais aprofundada nas características abaixo. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 11 - REGULARIDADE FORMAL. Todo recurso, em regra, é composto de Petição de Interposição e Razões Recursais. Acerca do tema, tomem nota da Súmula nº 422 do TST e OJ nº 120 da SDI-I/TST. Por fim, ressaltamos que o agravo de instrumento no processo do trabalho, diferente do que ocorre no processo civil, não será utilizado frente a uma decisão interlocutória, mas tão somente para impugnar a decisão denegatória de seguimento do recurso, diante da análise dos pressupostos recursais realizados pelo juiz a quo. Conforme já mencionado, quando o juízo ad quem denegar seguimento ao recurso, frente a isto, caberá agravo regimental, com uma ressalva, conforme artigo 897-A, CLT, quando este juízo tiver negado seguimento por ausência de algum pressuposto extrínseco do recurso, tornando-se cabível embargos de declaração, mas tão somente por esta denegação ter se dado no juízo ad quem. IV. A Justiça do Trabalho admite que empregado/empregador possa acessar a justiça do trabalho sem a presença de advogado, característica esta, presente no denominado jus postulandi, nos termos do artigo 791, parágrafo primeiro da CLT: Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. § 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. § 2º - Nos dissídios coletivosé facultada aos interessados a assistência por advogado. § 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. Desta forma, as próprias partes podem interpor recursos até a instância do TRT, logo, não cabível para recursos de competência do TST e STF, bem como não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar e o mandado de segurança. Neste sentido, prevê a Súmula nº 425 do TST: O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Neste momento, deve-se observar que caso a parte queira estar representada por advogado é plenamente possível, desde que a representação esteja regulamentada de forma tácita (mandato apud acta) ou expressa. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 12 Ademais, com o advento da reforma trabalhista, existe a possibilidade de pactuação de acordo extrajudicial, este homologado na Justiça do Trabalho, e tão somente se as partes estiverem representadas por advogados diferentes, o que exclui por completo a possibilidade de se valerem do jus postulandi, nos termos do artigo 855-B da CLT: Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. § 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum. § 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. Ainda, o artigo 104 do CPC, aplicável ao processo do trabalho, prevê algumas hipóteses em que se poderá postular em juízo sem procuração, quais sejam: a) Evitar preclusão; b) Evitar prescrição / decadência; c) Para a prática de atos urgentes. Nesta situação, a juntada de procuração deve ocorrer no lapso temporal de 15 dias, prorrogáveis por igual período, sob determinação do magistrado, conforme artigo 104 do CPC. Em se tratando de recurso, como regra, não se admite a sua postulação em juízo sem procuração, salvo quando tratar-se de mandato tácito ou em situações excepcionais, artigo 104 do CPC, quando o advogado poderá apresentar a procuração no prazo de 5 dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período,5 dias, segundo determinação judicial neste sentido. No mais sentido, em havendo irregularidade de representação em sede recursal, o magistrado designará prazo de 5 dias para que o vício seja sanado, nos termos da Súmula nº 383 do TST. Neste sentido, ... ➢ IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO Súmula nº 383 do TST - RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º. I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 13 II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). ➢ MANDATO E SUBSTABELECIMENTO – VALIDADE Súmula nº 395 do TST - MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE. I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer. IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015). ➢ INTIMAÇÃO – PLURALIDADE DE ADVOGADOS Súmula nº 427 do TST - INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. PUBLICAÇÃO EM NOME DE ADVOGADO DIVERSO DAQUELE EXPRESSAMENTE INDICADO. NULIDADE. Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. ➢ REPRESENTAÇÃO ESTAGIÁRIO OJ 319, SDI-I/TST. REPRESENTAÇÃO REGULAR. ESTAGIÁRIO. HABILITAÇÃO POSTERIOR - Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 14 interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário, para atuar como advogado. ➢ IRREGULARIDADE – RECURSO OJ 120, SDI-I/TST. RECURSO. ASSINATURA DA PETIÇÃO OU DAS RAZÕES RECURSAIS. ART. 932, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC DE 2015. I - Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o juiz ou o relator concederá prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o recurso será reputado inadmissível (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015). II - É válido o recurso assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões recursais. ➢ MANDATO TÁCITO OJ 286, SDI-I/TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. MANDATO TÁCITO. ATA DE AUDIÊNCIA. CONFIGURAÇÃO. I - A juntada da ata de audiência, em que consignada a presença do advogado, desde que não estivesse atuando com mandato expresso, torna dispensável a procuração deste, porque demonstrada a existência de mandato tácito. II - Configurada a existência de mandato tácito fica suprida a irregularidade detectada no mandato expresso. Questão – OAB - XXV EXAME DE ORDEM - Silvio contratou você como advogado para ajuizar ação trabalhista em face do empregador. Entretanto, na audiência, o juiz constatou que não havia procuração nos autos. Diante disso, você requereu fosse efetivado registro em ata de audiência no qual Silvio o constituía como procurador. Silvio anuiu com o requerimento. Com base na hipótese narrada, nos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. A) O mandato, no caso, é válido e os poderes são apenas para o foro em geral. B) O mandato, no caso, é inválido, e seria necessário e obrigatório o requerimento de prazo para juntada de procuração. C) O mandato, no caso, é válido e os poderes são para o foro em geral, bem como os especiais, dentre eles os poderes para transigir. D) O mandato é válido apenas para a representação na audiência, devendo os demais atos serem regularizados e juntadaa procuração para atos futuros. Gabarito: A – O mandato tácito é válido, haja vista que este se caracteriza quando o advogado comparece a uma das sessões de audiência de instrução e julgamento, acompanhando a parte. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 15 Nesta hipótese, o advogado ficará investido apenas para os poderes de foro em geral, nos termos da OJ nº 286 da SDI-I/TST. V. Preparo Recursal – O preparo como pressuposto recursal extrínseco é composto por custas e depósito recursal. As CUSTAS PROCESSUAIS possuem natureza de taxa, e possuem a finalidade de suprir as despesas processuais, o que deverá ser arcado pela parte sucumbente, e no importe de 2% sobre: ✓ valor da condenação; ✓ valor do acordo; ✓ valor da causa; ✓ valor arbitrado pelo juiz, quando o valor for indeterminado; ✓ valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal, quando tratar-se de dissídio coletivo. Acerca do tema, ... ✓ O valor mínimo a ser arcado pela parte será no importe de R$10,64, sendo que se tivéssemos uma condenação da parte em R$200,00 (duzentos reais), as custas totalizariam R$ 4,00, mas o recolhimento deveria observar o valor mínimo de R$10,64. ✓ Com o advento da Reforma Trabalhista, Lei nº 13.467/2017, o valor mínimo a ser recolhido a título de custas processuais continua a ser de R$10,64, mas se passou a estipular um valor máximo, este de até quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, conforme artigo 789 da CLT: Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 16 III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. ✓ A responsabilidade pelo pagamento das custas processuais será da parte sucumbente, ou seja, vencida, conforme artigo 789, §1º, da CLT. Neste sentido, vale observar alguns regramentos: ▪ Diante de uma sentença total ou parcialmente procedente, as custas processuais serão arcadas pela reclamada. No entanto, quando se tratar de relação de trabalho e houver sucumbência recíproca, as custas processuais serão rateadas entre as partes, reclamante e reclamada; ▪ Em se tratando de acordo celebrado entre as partes no processo trabalhista, as custas deverão ser divididas entre as partes, de forma que cada uma pagará metade do valor, salvo se acordado de forma diversa entre as partes; ▪ No caso de dissídio coletivo, as custas serão pagas pelas partes vencidas, sendo elas solidariamente responsáveis; ▪ O empregado pagará as custas processuais quando houver sentença de total improcedência dos pedidos ou de extinção do processo sem resolução do mérito, e se não beneficiário da Justiça Gratuita. Em se tratando de procedência total ou parcial, as custas serão arcadas pelo empregador. ✓ A reforma trabalhista inovou no artigo 844, §2º, da CLT, ao trazer a previsão de que, quando ausente o reclamante em audiência, ele deverá ser condenado ao pagamento das custas processuais decorrentes, ainda que beneficiários da justiça gratuita, salvo se comprovar no prazo de 15 dias que a ausência se deu por motivo justificável. Assim, o não comparecimento do reclamante importará no arquivamento da ação, bem como no pagamento das custas processuais, como regra. Nesta situação, caso o reclamante intente ingressar com nova demanda, o pagamento das custas torna-se condição sine qua non para a sua propositura, conforme artigo 844, §3º, da CLT: “O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.” ✓ Na fase de execução, o responsável pelo pagamento das custas será sempre o executado, e deverão ser pagas ao final do processo; Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 17 ✓ O sindicato não é isento do recolhimento de custas, nos termos do parágrafo primeiro do artigo 790, da CLT: Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. § 1º Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. (...) ✓ As empresas públicas e sociedades de economia mista não possuem também isenção no pagamento de custas processuais, conforme Súmula nº 170, do TST: Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de 21.08.1969. ✓ Haverá isenção das custas processuais, nas seguintes hipóteses: ▪ Beneficiário da Justiça Gratuita; ▪ União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica; ▪ Ministério Público do Trabalho; ▪ Empresas Brasileiras de e Telégrafos e Hospital das Clínicas de Porto Alegre; ▪ Estados estrangeiros, missões diplomáticas e repartições consulares; ▪ Atenção aos preceitos da Súmula nº 86 do TST: “Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial.” ✓ O momento de recolhimento das custas processuais deve estar diretamente ligado ao momento processual, como pode se verificar: Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 18 MOMENTO HIPÓTESE - Depois do trânsito em julgado - Quando não houver recurso pendente - No prazo do recurso - Quando existir recurso, tratando-se de um pressuposto recursal o seu recolhimento. Em caso de insuficiência, abrir-se-á prazo de cinco dias para supressão, sob pena de deserção do recurso. - No fim do processo - Custas a serem arcadas na fase de execução ✓ Por fim, vale ressaltar o teor da OJ nº 140 da SDI-I/TST, a qual prevê que, em ocorrendo recolhimento das custas inferior ao legalmente determinado, à parte será concedido prazo de cinco dias para complementação, nos seguintes termos: Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. Já no que tange ao DEPÓSITO RECURSAL, devemos observar que: ✓ O depósito recursal também se refere a um pressuposto recursal extrínseco, e, como tal, deve serrecolhido no prazo alusivo ao recurso, em conformidade com a tabela liberada anualmente pelo TST, até o limite da condenação (artigo 899, § 1º, da CLT). Ou seja, caso a reclamada, empregador, queira recorrer, deverá recolher o valor do depósito recursal referente àquele recurso, lembrando que empregado nunca recolhe depósito recursal. Para fins de mero conhecimento e entendimento da matéria, observe a tabela atual do TST: DEPÓSITOS RECURSAIS - VALORES VIGENTES DATA DE INÍCIO DA VIGÊNCIA RECURSO ORDINÁRIO - RECURSO DE REVISTA - EMBARGOS - RECURSO EXTRAORDINÁRIO RECURSO EM AÇÃO RESCISÓRIA 01/08/2019 R$ 9.828,51 R$ 19.657,02 R$ 19.657,02 ✓ A realização do depósito deve ser feita em conta vinculada ao juízo e corrigida com os mesmos índices da poupança, sendo o seu recolhimento efetuado no prazo alusivo ao recurso, conforme artigo 899, parágrafo quarto da CLT: Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 19 (...) § 4o O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices da poupança. ✓ O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial; ✓ Por fim, uma peculiaridade acerca do tema deve ser mencionada: O agravo de instrumento, por ter a finalidade de “destrancar” o recurso que não tenha sido conhecido pelo juízo a quo, deverá ter seu depósito recursal feito no importe de 50% do recurso, a qual se pretende “destrancar”. Tal recolhimento deverá ser feito no ato de interposição do agravo de instrumento, e não no prazo alusivo ao recurso, como ocorrem nos demais recursos trabalhistas; ✓ O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte; ✓ A exigência do depósito recursal terá por base uma condenação em pecúnia, de forma que, se estivermos diante de uma sentença meramente declaratória, por exemplo, não haverá que realizar o devido depósito. Neste sentido, veja a Súmula nº 161 do TST: Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 899 da CLT. ✓ O valor do depósito recursal deverá ter por base alguns parâmetros, quais sejam: a) Teto legal - O empregador apenas deverá cumprir o teto estabelecido a cada recurso pelo TST, quando o valor da condenação for superior ao limite estabelecido. Nesta situação, a cada novo recurso, exigir-se-á novo depósito recursal, até o limite da condenação, estipulado em juízo. b) Valor da condenação – Caso o valor da condenação não atinja o teto estabelecido para aquele recurso pelo TST, o depósito recursal deverá ser realizado no importe da condenação. Exemplo: Condenação de R$5.000,00. Observe a tabela do TST, caso a parte queira opor Recurso Ordinário: RECURSO DEPÓSITO - RECURSO ORDINÁRIO R$ 9.828,51 - RECURSO DE REVISTA, EMBARGOS E RECURSO EXTRAORDINÁRIO. R$ 19.657,02 - RECURSO EM AÇÃO RESCISÓRIA R$ 19.657,02 Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 20 Nesta situação, o TST exige um depósito de R$ 9.513,16, e tendo a parte sido condenada tão somente em cinco mil reais, deverá depositar, para fins de recurso, somente cinco mil, já que o juízo estará totalmente garantido. Logo, o recorrente, quando reclamada, a cada novo recurso deverá recolher custas mais depósito recursal, até que o juízo esteja garantido. Neste sentido, a Súmula nº 128 do TST: I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. ✓ Alguns recursos exigem depósito recursal, outros não, com intuito de ficar claro tal aspecto, vamos esquematizar: DEPÓSITO RECURSAL - EXIGIDO NÃO EXIGE DEPÓSITO RECUSAL RECURSO ORDINÁRIO; PEDIDO DE REVISÃO; RECURSO DE REVISTA; EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; AGRAVO DE PETIÇÃO, quando o juízo não estiver garantido; AGRAVO DE PETIÇÃO, quando o juízo estiver garantido; AGRAVO DE INSTRUMENTO; AGRAVO REGIMENTAL / INTERNO; EMBARGOS PARA SDI (Divergência); EMBARGOS INFRINGENTES NO TST; RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RECURSO ORDINÁRIO NO DISSÍDIO COLETIVO – No dissídio coletivo será proferida uma sentença normativa, a qual não tem natureza condenatória em pecúnia, logo, não se exige depósito recursal. ✓ O recurso adesivo deverá observar as mesmas regras do recurso principal – Súmula nº 283 do TST e artigo 997 do CPC. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 21 ✓ Ficam dispensados da realização do depósito recursal: Entes de direito público externo, Administração Pública direta, autárquica e fundacional que não explorem atividade econômica, Ministério Público do Trabalho e massa falida. ✓ Nos termos do artigo 899, parágrafo décimo, da CLT, observa-se que: “São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.” ✓ O empregador que seja beneficiário da justiça gratuita ficará isento de custas processuais e do depósito recursal. VI. A juntada de documentos em sede recursal é totalmente válida e possível, quando se estiver diante de duas situações, nos termos da Súmula nº 8 do TST, quais sejam: ▪ Demonstrado o justo impedimento de apresentação no momento oportuno; ▪ Para comprovar fato posterior à sentença. VII. O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em sede recursal, desde que no prazo alusivo ao recurso, conforme OJ nº 269 da SDI-I do TST, nesta situação, caso o relator não o conceda, abrir-se-á prazo para recolhimento das despesas processuais decorrentes (artigo 99, §7º, do CPC). ✓ Neste ponto, ressaltamos que o benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer fase do processo e, inclusive, a sua concessão poderá ser de ofício pelo magistrado. Igualmente, o advogado poderá realizar declaração de hipossuficiência em nome da parte, a qual está representando (artigo 105, do CPC), ficando a alegação sob sua responsabilidade. Questão – OAB – EXAME DE ORDEM 2010.2 – Assinale a alternativa que apresente requisitos intrínsecos genéricos de admissibilidade recursal. A) Capacidade, legitimidade e interesse. B) Preparo, interesse e representação processual. C) Representação processual, preparo e tempestividade. D) Legitimidade, tempestividade e preparo. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 22 Gabarito: A – Os requisitos intrínsecos ou subjetivos são: Legitimidade (aquele que pode interpor o recurso, uma vez que sucumbiu ao objeto da lide), o interesse (o recurso deve ser útil e necessário) e a capacidade para estar em juízo. Logo, correta revela-se a assertiva “a”.Questão – OAB - VI EXAME DE ORDEM - Proferida decisão em reclamação trabalhista, foi o réu X, empresa pública estadual, fornecedor de energia elétrica e serviços, condenado ao pagamento das parcelas postuladas, bem como ao pagamento das custas processuais no valor de R$ 200,00, calculadas sobre o valor da condenação arbitrado em R$ 10.000,00. Ao interpor recurso ordinário, invocando o disposto no art. 790-A, I, da CLT, assevera a recorrente que não procederá ao recolhimento das custas, já que isenta. Diante da hipótese, é correto afirmar que A) Se considera deserto o recurso, e não será conhecido por falta de requisito extrínseco, já que os únicos entes isentos do pagamento das custas processuais são a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas, que não explorem atividade econômica, além do Ministério Público do Trabalho. B) Se considera deserto o recurso interposto, porquanto a empresa pública estadual não goza de isenção de custas processuais, mas apenas as empresas públicas de âmbito federal. C) Não se considera deserto o recurso interposto porque, tratando-se de ente público da administração indireta, sempre será isento do pagamento das custas processuais. D) Não se considera deserto o recurso interposto, porque o reclamado, empresa pública, no caso específico, não está obrigado ao recolhimento das custas, uma vez que o valor arbitrado à condenação não ultrapassa o limite de 40 salários mínimos. Gabarito: A – Nos termos do artigo 790-A, da CLT, observa-se que: Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II – o Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. Logo, empresas públicas e sociedades de economia mista não se enquadram no rol de isentos quanto ao pagamento de custas, sendo este critério de isenção aplicável tão somente à administração pública direita, autárquica e fundacional. Questão – OAB - IX EXAME DE ORDEM - Uma empresa é condenada em reclamação trabalhista à entrega do perfil profissiográfico previdenciário (PPP), único pedido formulado pelo ex-empregado, que está com dificuldade de obtenção da aposentadoria especial junto ao Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 23 INSS pela ausência deste documento. Com relação à obrigação de fazer, caso a empresa queira recorrer, assinale a afirmativa correta. A) Deve pagar as custas e efetuar o depósito recursal na conta vinculada do empregado. B) Deve efetuar o depósito recursal no valor do salário mínimo e não pagará as custas. C) Deve pagar as custas e ficará dispensada de efetuar o depósito recursal. D) Não deve pagar as custas nem efetuar o depósito recursal, haja vista inexistir condenação em pecúnia. Gabarito: C – O depósito recursal se presta a garantir o juízo para futura execução. Assim, como a empresa foi condenada em obrigação de fazer, sem condenação pecuniária, deverá somente realizar o pagamento das custas processuais decorrentes da lide. Questão – OAB - XII EXAME DE ORDEM - A empresa Restaurante M foi condenada em reclamação trabalhista a pagar diversos direitos sonegados a um dos seus ex-empregados. Na sentença, entendendo que o ex-empregador teve um comportamento processual reprovável, o juiz ainda o condenou como litigante de má-fé. De acordo com o entendimento pacificado do TST, caso a empresa pretenda recorrer ordinariamente desta decisão, ela: A) Deverá recolher à custa, o depósito recursal e o valor da multa por litigância de má-fé para viabilizar o recurso. B) não havendo nenhum normativo a respeito, deverá opor embargos declaratórios, requerendo ao juiz que diga se o depósito da multa é necessário. C) Em razão da peculiaridade do Processo do Trabalho, deverá recolher a multa, imediatamente, pela metade e o restante quando do trânsito em julgado, caso mantida. D) Não precisará recolher o valor da multa, já que tal recolhimento não é pressuposto para interposição dos recursos trabalhistas. Gabarito: D – Consoante ao disposto na OJ 409 da SDI – I do TST, o recolhimento do valor da multa imposta como sanção por litigância de má-fé (art. 81 do CPC de 2015 – art. 18 do CPC de 1973) não é pressuposto objetivo para interposição dos recursos de natureza trabalhista. Questão – OAB - XVI EXAME DE ORDEM - No momento em que a sociedade empresária estava fazendo o recolhimento do preparo relativo ao recurso de revista que iria interpor em face de um acórdão, houve um lapso do departamento financeiro e o depósito recursal foi feito com uma diferença a menor, de R$ 5,00, o que somente foi verificado após o término do prazo. Diante da situação retratada e de acordo com o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. A) A diferença é ínfima e deve ser desprezada, não prejudicando a apreciação imediata do recurso. B) Apesar de pequena, a diferença existe, cabendo, então, ao Ministro Relator, no TST, intimar a parte complementação do preparo, sob pena de deserção. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 24 C) O recurso não será conhecido por deserto, mesmo que a diferença seja de pequeno valor. D) Não havendo nenhuma disciplina a respeito, caberá a cada magistrado, valendo-se do seu poder diretivo do processo, determinar o que deve ser feito. Gabarito: B – Nos termos da OJ nº 140 da SDI – I do TST, em havendo recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se concedido prazo de 5 (cinco) dias para complementação e o recorrente não o fizer no importe devido, § 2º, do art. 1.007, do CPC, de 2015. Neste sentido: Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º, do art. 1.007, do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. Questão – OAB - XXV EXAME DE ORDEM - Em sede de reclamações trabalhista duas sociedades empresárias foram condenadas em primeira instância. A Massa Falida da Calçados Sola Dura Ltda. e a Institutos de Seguros Privados do Brasil, sociedade empresária em liquidação extrajudicial. Acerca do depósito recursal, na qualidade de advogado das empresas você deverá A) deixar de recolher o depósito recursal e custas nos dois casos, já que se trata de massa falida de empresa em liquidação extrajudicial. B) deixar de recolher o depósito recursal e as custas no caso da massa falida, mas recolher ambos para a empresa em liquidação extrajudicial. C) recolher nos dois casos o depósito recursal e as custas, sob pena de deserção. D) deixar de recolher o depósito recursal no caso da massa falida, mas recolher ambos para a empresa em liquidação extrajudicial e as custas para a massa falida. Gabarito: B – Nos termos da Súmula nº 86 do TST, observamos que não se opera a deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito recursal. No entanto, tal prerrogativa não se estende à empresa em liquidação extrajudicial. 3 – RECURSOS Apesar da minha insistência, retomo com vocês a nossa régua processual trabalhista, objetivandoa visualização clara da ordem cronológica dos recursos, lembrando que os embargos de declaração sempre poderão se fazer presente quando estivermos diante de uma sentença/acórdão omisso, contraditório ou obscuro. Observem: Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 25 Lembremos também que os recursos, em regra, terão um duplo juízo de admissibilidade, no juízo a quo (juízo prolator da decisão recorrida) e no ad quem (conhecido como juízo de mérito, refere-se ao juízo que julgará a decisão recorrida). Sendo que, quando o juízo “a quo” não conhecer do recurso, este será denegado por ausência de algum pressuposto recursal, cabendo, assim, AGRAVO DE INSTRUMENTO; já quando o juízo “ad quem” não conhecer do recurso, cabível será AGRAVO REGIMENTAL. No entanto, observemos que, quando o 1º juízo de admissibilidade negar-se seguimento aos Embargos no TST, nesta situação caberá diretamente AGRAVO REGIMENTAL, no prazo de 8 dias, conforme Artigo 235, do Regimento interno do TST. 3.1 – RECURSO ORDINÁRIO. I. O Recurso Ordinário objetiva a reforma de uma decisão, esta podendo tratar-se de uma sentença ou acórdão do TRT, este em sua competência originária, ou ainda, decisão interlocutória terminativa do feito. Observe que a ação poderá iniciar no TRT, quando tratar-se, especialmente, de MS, ação rescisória, ação cautelar e dissídio coletivo, hipótese em que desta decisão cabível será Recurso Ordinário. II. Fundamentação legal: Artigo 895 da CLT O recurso ordinário é cabível frente a decisões das Varas e Juízos, ou ainda, diante de decisões dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária. Veja: SENTENÇA RO Acórdão – TST (Análise de Mérito). RR Acórdão TST- Turma (Análise de Mérito). EMBARGOS NO TST Acórdão -TST / SDI (Análise de Mérito - Violação a CF). RECURSO EXTRAORDINÁRIO Se no 1º juízo de admissibilidade negar-se seguimento aos Embargos no TST, nesta situação, caberá AGRAVO REGIMENTAL no prazo de 8 dias, conforme Artigo 235 do Regimento interno do TST. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 26 Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. III. Prazo: 8 dias; IV. Preparo: Custas + Depósito recursal, a depender do caso concreto; ▪ Neste momento, observe que o empregado somente recolherá custas processuais, nas seguintes hipóteses: ✓ Empregado não for beneficiário da justiça gratuita; ✓ Sentença do processo for de total improcedência; ✓ Extinção do processo sem resolução do mérito. Tal situação deverá ser mencionada de forma expressa na petição de interposição do recurso ordinário, assim como a ausência de depósito recursal, já que se trata de reclamante recorrente. ▪ Quando se tratar de empregador recorrente, deverá se mencionar na petição de interposição o recolhimento de custas e do depósito recursal, conforme comprovantes em anexo. V. Hipóteses de cabimento do Recurso Ordinário: ✓ Em face de decisões definitivas ou terminativas proferidas pelas Varas do Trabalho ou pelos Juízes de direito invertido em matéria trabalhista (art. 112, CF); V.T / Juiz de Direito TRT R.O Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 27 Tome nota do artigo 112 da CF: A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. As decisões interlocutórias terminativas do feito implicam Recurso Ordinário e, a título de exemplo, citamos a Súmula nº 214, “c”, TST, esta prevê que: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: (...) c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. ✓ Contra decisões definitivas ou terminativas proferidas pelos TRTs, em processos de sua competência originária (Mandado de segurança, ação rescisória, ação cautelar e dissídio coletivo). Logo, nas hipóteses de competência originária, perante o acordão proferido pelo TRT, caberá Recurso Ordinário, sendo que a propositura de Recurso de Revista considera-se erro grosseiro, conforme OJ nº 152 da SDI-II/TST. Neste sentido: VI. Juízo “a quo” e “ad quem” – Recurso Ordinário: 1º Juízo de Admissibilidade Recursal – “a quo”. (PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO) 2º Juízo de Admissibilidade Recursal – “ad quem” (RAZÕES DO RECURSO) ✓ Vara do Trabalho ou Juiz de Direito Investido (inciso I do art. 895 da CLT); ✓ TRT; TRT TST MS, ação rescisória, ação cautelar e dissídio coletivo. ACÓRDÃO R.O Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 28 ✓ TRT (Desembargador Presidente). ✓ TST. VII. Recurso Ordinário no Procedimento Sumaríssimo - Sem restrições. ✓ Artigo 895, §1º e §2º da CLT. VIII. Error in Procedendo / Error in Judicando O error in judicando é o que normalmente arguimos para objetivar a reforma da sentença trabalhista, por exemplo. Nesta situação se observa que os atos processuais não estão viciados, mas o julgamento foi realizado de forma errônea, por vezes, contrário à legislação vigente. Já o error in procedendo é verificado pela ocorrência de um vício processual em decorrência da inobservância das regras procedimentais do próprio processo em si. Nesta hipótese, a decisão proferida pelo juízo “a quo” torna-se nula, como se observa em situações de cerceamento de defesa, por exemplo, quando o juiz não ouve as testemunhas apresentadas pela parte e julga em seu desfavor Questão – OAB - X EXAME DE ORDEM - Uma reclamação trabalhista é ajuizada em São Paulo (TRT da 2ª Região) e, na audiência designada, a reclamada apresenta resposta escrita sob a forma de contestação e exceção de incompetência relativa em razão do lugar, pois o autor sempre trabalhara em Minas Gerais, que na sua ótica deve ser o local onde tramitará o feito. Após conferida vista ao exceto, na forma do Art. 800, da CLT, e confirmada a prestação dos serviços na outra localidade, o juiz acolhe a exceção e determina a remessa dos autos à capital mineira (MG – TRT da 3ª Região). Dessa decisão, de acordo com o entendimento do TST, e independentemente do seu mérito, A) Cabe de imediato recurso de agravo de instrumento para o TRT de São Paulo, por tratar-se de decisão interlocutória. B) Nada há a fazer, pois das decisões interlocutórias, na Justiça do Trabalho, não é possível recurso imediato. C) Compete à parte deixar consignado o seu protesto e renovar o inconformismo no recurso ordinário que for interposto após a sentença que será proferida em Minas Gerais. D) Cabe de imediato a interposição de recurso ordinário para o TRT de São Paulo. Gabarito: D – Em regra, as decisões interlocutórias na Justiça do Trabalho são irrecorríveis de imediato. Contudo, quando se tratar de acolhimento de exceçãode incompetência na qual o processo será remetido a TRT distinto, caberá Recurso Ordinário para o Tribunal que acolheu a exceção, súmula 214, “c”, do TST. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 29 Questão – OAB - XIII EXAME DE ORDEM - Em outubro de 2013, Gilberto ajuizou ação contra a empresa CSC Computadores Ltda., na qual ainda trabalha, postulando o pagamento de vale-transporte de 2 meses e o ticket refeição de 3 meses. O juiz julgou procedente o pedido e, para tanto, valeu-se da Lei nº 7.418/85 (Lei do Vale-transporte) e da análise da norma coletiva da categoria do autor, que, na cláusula 8ª, garante o benefício da alimentação. A sentença foi prolatada de forma líquida, no valor total de R$ 657,00, mesmo valor de alçada arbitrado na audiência. Diante do que prevê a Lei, assinale a afirmativa correta. A) Desta sentença não caberá recurso, tendo em vista a matéria discutida, bem como por se tratar de causa de alçada exclusiva da Vara. B) Caberá recurso de apelação, já que a Constituição Federal garante o duplo grau de jurisdição. C) Caberá recurso ordinário, no prazo de 8 dias, por qualquer dos litigantes. D) Por envolver análise de Lei Federal, a sentença deve ser submetida ao duplo grau de jurisdição obrigatório. Gabarito: A – Trata-se de decisão proferida em ação sob rito sumário, sendo tal procedimento, Lei nº 5584/70, utilizado para ações cujo valor da causa não exceda a 2 salários mínimos. Logo, não cabe recurso ordinário contra decisões proferidas sob rito sumário. Questão – OAB - XXV EXAME DE ORDEM - Em determinada Vara do Trabalho foi prolatada uma sentença que, após publicada, não foi objeto de recurso por nenhum dos litigantes. Quinze meses depois, uma das partes ajuizou ação rescisória perante o Tribunal Regional do Trabalho local, tendo o acórdão julgado improcedente o pedido da rescisória. Ainda inconformada, a parte deseja que o TST aprecie a demanda. Assinale a opção que indica, na hipótese, o recurso cabível para o Tribunal Superior do Trabalho. A) Recurso Ordinário. B) Recurso de Revista. C) Recurso Especial. D) Agravo de Instrumento. Gabarito: A – Nos termos da Súmula nº 158 do TST, observa-se que: “Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista.”. Logo, no caso retratado, cabível se torna a interposição de Recurso Ordinário. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 30 3.2 – RECURSO DE REVISTA I. O recurso de revista objetiva a reforma de uma decisão proferida pelo TRT, em dissídio individual, quer na fase de conhecimento, ou ainda, em sede de execução. Ou seja, o Recurso de Revista não é cabível em sede de dissídio coletivo, sendo admitido basicamente em duas situações: a) Da decisão do TRT em Recurso Ordinário; e b) Da decisão do TRT em agravo de petição, em sede de execução. II. Fundamentação legal: Artigos 896, 896-A, 896-B, e 896-C, da CLT. Observe os principais que destaco, neste momento: Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. § 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê- lo ou denegá-lo. § 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 31 IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. § 1 o São indicadores de transcendência, entre outros: I - econômica, o elevado valor da causa; II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. § 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. § 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. § 4o Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. § 5o É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria. § 6o O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostosintrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas. I. Prazo: 8 dias; Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 32 II. Preparo: Custas + Depósito recursal, a depender do caso concreto; III. Peculiaridades do Recurso de Revista: ➢ Inicialmente, observamos que o recurso de revista equivale ao recurso especial da seara civil. Logo, conclui-se não há Recurso Especial na área trabalhista; ➢ Nos termos da Súmula 126, do TST, o Recurso de Revista não admite reexame de fatos e provas, ou seja, a discussão versará apenas sobre matéria de direito material/ processual; ➢ Nos termos da Súmula 425 do TST, o Recurso de Revista não admite o jus postulandi; ➢ O Recurso de Revista exige a transcendência da matéria, ou seja, a matéria alegada deve ultrapassar o interesse das partes e ter relevância para toda a sociedade. Para fins comparativos, podemos afirmar que a transcendência equivale à “repercussão geral” do recurso extraordinário. Nos termos do artigo 896-A da CLT: São indicadores de transcendência, entre outros: I - econômica, o elevado valor da causa; II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. ➢ Prequestionamento – A matéria alegada deve ter sido prequestionada nas instâncias anteriores, ou seja, o TST não pode julgar pela 1a vez o tema, conforme Súmula nº 297 do TST. IV. Hipóteses de cabimento do Recurso de Revista: O recurso de revista visa uniformizar a jurisprudência dos Tribunais Trabalhistas, bem como assegurar a não violação a Lei Federal e Constituição Federal. No mais, o STF entende que o cabimento do recurso extraordinário em matéria trabalhista depende do exaurimento das instâncias da Justiça do Trabalho, logo, deverá ter “passado” pela Vara do Trabalho, TRT – Tribunal Regional do Trabalho e TST- Tribunal Superior do TST, para então ser cabível recurso ao STF. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 33 Neste sentido: Desta forma, será cabível nas seguintes hipóteses: ✓ Alínea “a” do art. 896, da CLT: divergência jurisprudencial na interpretação de lei federal (ex. CLT). A divergência jurisprudencial pode se dar em 04 hipóteses: • Acórdão do TRT x Acórdão de outro TRT (pleno ou turma); • Acórdão do TRT x Acórdão da SDI-TST; • Acórdão do TRT x Súmula do TST; • Acórdão do TRT x Súmula Vinculante do STF. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 34 ✓ Alínea “b” do art. 896, da CLT: Divergência jurisprudencial na interpretação de lei estadual, convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho, sentença normativa ou regulamento de empresa de observância obrigatória em área territorial que exceda a competência do TRT prolator da decisão recorrida. ✓ Alínea “c” do art. 896, da CLT: afronta direta e literal à Constituição Federal e Lei Federal. Em resumo, para fins de prova da OAB, devemos nos atentar como hipótese de cabimento do recurso de revista, quando houver: • Acórdão do TRT xSúmula do TST • Acórdão do TRT x OJ do TST • Acórdão do TRT x Súmula Vinculante do STF • Acórdão do TRT x CF • Acórdão do TRT x Lei Federal Portanto, não é cabível a interposição do Recurso de Revista, nos dissídios coletivos e nos processos de competência originária dos TRT´s. V. Juízo “a quo” e “ad quem” – Recurso de Revista: 1º Juízo de Admissibilidade Recursal – “a quo”. (PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO) 2º Juízo de Admissibilidade Recursal – “ad quem” (RAZÕES DO RECURSO) ✓ TRT (Desembargador Presidente). ✓ TST. A Emenda Constitucional nº 92/2016 incluiu o Tribunal Superior do Trabalho como integrante do Poder Judiciário, arts. 92 e 111-A CF, assim, não há diferença entre o STJ e TST, para fins trabalhistas, tendo como órgão de cúpula de todo Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal - STF. Apenas a título de complemento, verifica-se que o TST tem a sua estrutura básica interna composta da seguinte forma: ✓ Ministros (totalizam 27); ✓ Turmas (totalizam 8); ✓ Seções (Dissídio Individual e Coletivo – SDI e SDC); e ✓ Pleno ou Órgão Especial. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 35 VI. Recurso de Revista no Procedimento Sumaríssimo – Há restrições. O recurso de revista no procedimento sumaríssimo é cabível apenas em três hipóteses: • Acórdão do TRT x CF (Lei Federal) • Acórdão do TRT x Súmula Vinculante • Acórdão do TRT x Súmula do TST (OJ) Logo, não cabe por violação à Lei Federal, e nem tampouco por violação à Orientação Jurisprudencial – Súmula 442 do TST. Questão – OAB - IV EXAME DE ORDEM - A respeito do recurso de revista, é correto afirmar que: A) É cabível para corrigir injustiças de decisões em recurso ordinário, havendo apreciação das provas produzidas nos autos do processo. B) É cabível nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente por contrariedade à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta à Constituição da República. C) É cabível em sede de execução, de decisão em embargos à execução, nas mesmas hipóteses de cabimento das decisões decorrentes de recurso ordinário. D) Não é cabível para reforma de decisão visando à uniformização de jurisprudência e restabelecimento da lei federal violada. Gabarito: B – De acordo com o artigo 896, §9º, da CLT, nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou à súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. Logo, o recurso não se presta à rediscussão de provas, sendo a ferramenta cabível para a uniformização de jurisprudência e restabelecimento da lei federal violada. Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual do Trabalho p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame www.estrategiaconcursos.com.br 36 3.3 – EMBARGOS AO TST Iniciamos o estudo observando que os Embargos ao TST se dividem em duas espécies recursais, quais sejam: - Embargos de Divergência; - Embargos Infringentes. ➢ EMBARGOS DIVERGENTES I. Os embargos de divergência objetiva a reforma de uma decisão, esta tratando-se de uma decisão proferida pela Turma do TST. II. Fundamentação legal: Artigo 894, II da CLT Vejam: Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (...) II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. III. Prazo: 8 dias; IV. Preparo: Custas + Depósito recursal, a depender do caso concreto; V. Peculiaridades dos Embargos ao TST: EMBARGOS AO TST EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EMBARGOS INFRINGENTES Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira Aula 06 Direito Processual
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