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1137241 Fabiano TCC 0 915556 (2)

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O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS NO SERVIÇO PÚBLICO	Comment by Eduardo: O artigo não foi desenvolvido nem formatado conforme o Manual de Orientações para Elaboração de TCC.O conteúdo apresentado é insuficiente. O trabalho tem apenas 11 páginas. Segundo as normas da Uninter, o artigo deve conter o mínimo de 12 e o máximo de 15 páginas contando apenas os elementos textuais (introdução, desenvolvimento, considerações finais);O artigo contém trechos de textos extraídos da internet sem as devidas referências. As regras de citações diretas e indiretas não foram aplicadas. Os trechos reproduzidos foram sinalizados por meio de comentários inseridos no corpo do texto incluindo os respectivos links de acesso.
HARDT, Fabiano Silva[1: Pós-graduando do Curso de Especialização MBA em Administração Pública e Gestão de Cidades pela Uninter. Técnologo em Gestão Pública Uniter.]
VACOVSKI, Eduardo[2: Professor Orientador. Especialista em Direito Processual Civil com ênfase em Litígios Públicos e Processo Coletivo pelo Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar. Especialista em Direito Processual Civil incluindo Metodologia do Ensino Superior pelo IBEJ. Graduando em Direito pela PUC-PR. Advogado atuante no Campo de Direito	 Administrativo e Cível. Professor orientador de TCC no Centro Universitário Uninter.]
RESUMO
 Entre as atribuições dos Servidores Públicos encontra-se a fiscalização de contratos administrativos, este tem se tornado um dos pontos mais sensíveis da Administração Pública atual, não raras as vezes, são divulgados no meio de comunicação as irregularidades na prestação ou na execução de obras públicas. O objetivo desse trabalho é demonstrar a importância das ferramentas de controle e fiscalização de contratos públicos como instrumentos de gestão, controle e preservação da coisa pública e o papel do servidor nessa atribuição de grande relevância. Justifica-se pela importância de desenvolver estudos científicos na área pública que abordem o contexto de fiscalização contribuindo para o desempenho das atividades na gestão e controle de forma eficiente e eficaz. Em termos metodológicos, este trabalho classifica-se como pesquisa documental e bibliográfica para buscar fontes de informações referente a fiscalização de contratos públicos, bem como a doutrina e a jurisprudência atual. A gestão de contratos ao ser operado por servidores capacitados e conhecedores da legislação otimiza o serviço e transforma a qualidade de controle e fiscalização dos contratos públicos , evitando assim futuras irregularidades na prestação de serviços e obras públicas. 
Palavras-chaves: Fiscalização. Gestão. Controle.
1 INTRODUÇÃO
Entre as atribuições dos Servidores Públicos encontra-se a fiscalização de contratos administrativos, este tem se tornado um dos pontos mais sensíveis da Administração Pública atual, não raras as vezes, são divulgados no meio de comunicação as irregularidades na prestação ou na execução de obras públicas, acarretando assim uma perca substancial do patrimônio público e exigindo maior atenção aos mecanismos de gestão e controle da coisa pública. Para evitar essa situação, a Lei 8.666/93, no seu artigo 67, caput, exige que a execução do contrato administrativo seja fiscalizada e acompanhada por um representante da Administração formalmente designado: o fiscal do contrato	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:https://jus.com.br/artigos/54094/o-papel-do-fiscal-no-ambito-do-contrato-administrativo
O presente trabalho tem como objetivo geral demonstrar a importância das ferramentas de controle e fiscalização como instrumentos de gestão, controle e preservação da coisa pública. Justificado pela importância de desenvolver estudos científicos na área pública que abordem o contexto de fiscalização e o papel do gestor público nos contratos públicos contribuindo para melhoria das atividades no seu controle.
Dessa forma a presente pesquisa servirá como meio de orientação aos usuários e servidores públicos , no que tange as regras legais e cuidados que devem ter sobre a fiscalização de contratos públicos, bem como o papel e importância do servidor nessa atribuição, identificando suas responsabilidades e destacando a importância do controle da gestão de contratos público.
A metodologia de pesquisa utilizada é a da revisão de literatura documental e bibliográfica. Fontes utilizadas na pesquisa documental e bibliográfica: normas, legislação correlata, jurisprudência, livros, publicações em obras e periódicos especializados sobre o assunto trabalhos acadêmicos e sites especializados.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 FISCALIZAÇÃO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
 O Estatuto federal de licitações prevê que os contratos administrativos devem ser fiscalizados e geridos, como forma de garantir grau de eficiência administrativa na consecução do interresse público.Em certa medida, a temática do controle de atividades administrativas contratualizadas, fundamental para a eficiência da administração pública,já se encontrava instituída no ordenamento pátrio,desde o advento da Lei nº 4320/64 (Lei geral de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal) e do Decreto Lei nº 200/67 ( dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa).
A condição obrigatória de fiscalização da sobredita atividade administrativa contratualizada encontra-se positivada em diversos diplomas vigentes e se coloca em relevância cada vez mais incortornável, ao se levar em consideração a realidade gerencial adminstrativa, permanentemente acossada por tarefas nefastas e atentatória ao interresse público.Neste sentido, nada mais republicano do que a tentaiva de se buscar um controle mais efetivo no atendimento aos resultados administrativos esperados, evitando fraudes e inexecuções contratuais que deságuam no desperdício de recursos públicos.
Em uma administração eficiente e eficaz da coisa pública é importante que os profissionais envolvidos conheçam suas responsabilidades e as penalidades que estão sujeitos no não cumprimento das leis e normas que regem e definem a atividade; tenha em suas rotinas de trabalho o foco, estabelecer critérios de fiscalização, controle e responsabilidades em virtude das prestações e obras da administração; utilizar todo o aparato colocado a sua disposição para registro e controle dos contratos, através do processamento eletrônico dos dados, bem como da constante atualização e modernização de programas informatizados das unidades gestoras, caso estes instrumentos não estejam disponíveis cabe ao profissional implantar métodos que permitam desenvolver o seu trabalho dentro das leis e normas que regulamentam a sua atividade.
Os contratos públicos devem ser zelados por todos os servidores fiscais que compõem o quadro de pessoal das instituições.
2.2	DO PODER-DEVER DE FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
A Adminstração Pública não atua da mesma forma que os particulares.Estes, na esfera privada, estão livres para paraticar qualquer ato ou desenvolver qualquer atividade, desde que a lei não os proíba.A Adminstração Pública, ao contrário, somente pode atuar onde a leio autoriza.
Está distição também se estende no âmbito contratual. Ao contrário dos particulares,que dispõem de ampla liberdade quando pretendem contratar a execução de obras e serviços, o Poder Público necessita adotar um procediemento preliminar rigorosamente determinado e preestabelecido na conformidade da Lei.Tal procedimento denomina-se Licitação, e encontra-se previsto no artigo 37, inciso XXI, da Constituição da Republica do Brasil, como sendo a regra geral para a Adminstração Pública.
Na definição de Helly Lopes Meirelles(1999).
 
Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como procedimento, desenvolve-se atravésde uma sucessão ordenada de atos vinculantes para a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos (MEIRELLES,1999, p.246).
 A Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, conhecidacomo Lei das Licitações e Contratos Administrativos, regulamenta o artigo37, inciso XXI, da Constituição Federal e institui normas gerais obrigatóriaspara licitações e contratos da Administração Pública.Consoante o artigo 2º da Lei nº 8.666/93 , quando a Administração Pública pretende contratar com terceiros a realização de obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações, deverá fazê-lo mediante licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na referida Lei.[3:  É um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as regras que devem ser seguidas, é um ordenamento.]
 2.3 DA DESIGNAÇÃO DE REPRESENTANTE DA ADMINISTRAÇÃO PARA ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DE CONTRATO ADMINSTRATIVO PÚBLICO
 A Lei 8.666/93, no seu artigo 67, caput, exige que a execução do contrato seja fiscalizada e acompanhada por um representante da Administração formalmente designado. A nomeação do servidor para exercer a função de fiscal deve ser prévia, ou, no máximo, contemporânea ao início da vigência do contrato, até mesmo por uma razão evidente: o fiscal deve ter tempo suficiente para analisar o edital de licitação, a minuta do contrato, o objeto a ser executado e os demais documentos relacionados, antes mesmo do início da execução do contrato. Os fiscais designados devem ser, preferencialmente, servidores públicos. Contudo, em algumas hipóteses, a depender da complexidade do objeto do contrato, ou seu vulto, tem sido admitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. A designação do fiscal (e do seu substituto) deverá ser feita por meio de Portaria, devidamente publicada, que contenha os dados do servidor e do contrato que será fiscalizado (número do processo administrativo e do contrato firmado, partes, descrição sucinta do objeto, prazo, etc.). Esta nomeação é específica para cada contrato. O fiscal deve ser formalmente cientificado da designação, preferencialmente com aposição de ciência em documento a ser posteriormente juntado aos autos.	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:https://jus.com.br/artigos/54094/o-papel-do-fiscal-no-ambito-do-contrato-administrativo	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:https://jus.com.br/artigos/54094/o-papel-do-fiscal-no-ambito-do-contrato-administrativo
 No entanto, são necessários alguns cuidados antes da escolha do servidor para ocupar a função de fiscal do contrato.
 A Administração deverá verificar se o servidor tem conhecimento técnico suficiente na área do objeto do contrato e das matérias correlatas à atividade fiscalizatória. Ao discorrer sobre o tema apresentam as seguintes ponderações a respeito da qualidade do servidor escolhido como fiscal:
 Capacitação em obras, serviços e compras diversas: Todos os fiscais devem ter um treinamento acadêmico compatível com o tipo de contrato que irá gerenciar. Um contrato de obra, por exemplo, deverá ser gerenciado, preferencialmente, por engenheiro ou arquiteto. Um contrato de conservação e limpeza, por sua vez, preferencialmente, por um profissional formado em Administração. Isso pelo fato de que cada contrato tem suas peculiaridades dominadas por profissionais habilitados. A qualificação do representante da administração indicado para acompanhar a execução e a fiscalização do contrato, sendo o objeto uma obra ou serviço de engenharia, deverá ser engenheiro, pois a esse cabe, em face das normas próprias (Lei nº 5.194/99 e Resolução do CONFEA nº 218/75), fiscalizar a execução desses objetos. Capacitação em Direito: É essencial, ainda, que os fiscais tenham conhecimento no campo do Direito, principalmente, Administrativo, Tributário, Previdenciário e Trabalhista. Todos os contratos públicos, independentemente de objeto e valor, possuem repercussão no campo do direito. (...) Licitação e Contratos Públicos: Uma vez adquiridos os conhecimentos nos campos acadêmicos afetos a determinado contrato (engenharia, arquitetura, administração, etc.), deve ser desenvolvido o conhecimento no campo de licitação e contratos públicos. Cursos de treinamento, seminários, etc. estão disponíveis com esse objetivo. Como se pode perceber, a função de fiscal de contrato envolve uma série de conhecimentos específicos e genéricos ligados às atividades econômicas, administrativas, jurídicas, contábeis, de engenharia e até mesmo de conhecimentos eminentemente empíricos. Como é do conhecimento público, todos nós, de uma forma ou de outra, somos no nosso dia-a-dia fiscais de contratos, pois em qualquer negócio que fazemos, estamos exercendo a função de fiscalização: fiscalizando o empregado doméstico em seus afazeres; exigindo do lojista a entrega do móvel que fora comprado ou da nota fiscal correspondente; verificando se o caixa do supermercado não está incluindo mercadoria não adquirida; conferindo o extrato da conta bancária, etc.”	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:https://jus.com.br/artigos/54094/o-papel-do-fiscal-no-ambito-do-contrato-administrativo
 A relevância acerca do desempenho da função de fiscal de contratos foi realçada no argumento apresentado no voto vencedor no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 16, de 2010, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois a Administração somente responderá subsidiariamente se ficar comprovada falha na atividade fiscalizatória. Em decorrência, após o julgamento da referida ADC, no qual o STF entendeu pela constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) consolidou o posicionamento anterior em relação ao enunciado de sua Súmula 331, votando alterações que se fizeram adequadas ao entendimento da ação constitucional.
Alterações da Súmula4 331. Nova redação do item IV. Acrescenta os itens V e VI. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE.
I – A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei no 6.019, de 03.01.1974).[4: Súmula é o resumo do entendimento jurisprudencial baseado em decisões reiteradas no mesmo assunto.]
II – A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III – Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei no 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
V – Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação.
 Desta forma, os servidores designados para tais atribuiçõesdeverão ser detentores de perfil pessoal e profissiográfico adequado ao desempenho eficaz da função.
3 DA EXECUÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
 Celebrado o contrato administrativo, ele deve ser executado fielmente pelas partes. A execução do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, admitindo-se, também, a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo com informações pertinentes a essa atribuição.O fato de existir fiscalização por parte da Administração Pública não exclui a responsabilidade do contratado por danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato.É dever do contratado manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato (art. 68 da Lei n.º 8.666/93).
 Segundo prevê o artigo 71 da Lei de Licitações e Contratos Administrativos, o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. A inadimplência do contratado em relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não os transfere à Administração Pública.[5: Consiste na falta de cumprimento de uma obrigação.]
 No entanto, conforme estipulado por meio da Lei n.º 9.032/95, que alterou a redação do parágrafo 2º, do artigo 71, da Lei n.º 8.666/93, a Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato. Sobre o recebimento do objeto contratual, após sua execução, vejamos as disposições do artigo 73 da Lei n.º 8.666/93:
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei.
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e consequente aceitação.
§ 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
§ 3º O prazo a que se refere à alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.
§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.
 Ainda sobre o recebimento do objeto contratual, prevê a Lei n.º 8.666/93 que ele pode ser provisório em alguns casos. Vejamos quais:
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;
II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.
 Caso o objeto contratual seja executado em desacordo com o contrato, a Administração Pública deverá rejeitá-lo, total ou parcialmente, conforme o caso.
4 DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO FISCAL DO CONTRATO
 O fiscal deve zelar para que o objetivo da contratação seja plenamente atingido. Para alcançar tal finalidade, os fiscais possuem uma vasta gama de atribuições.
 No entanto, não há na legislação uma delimitação de quais seriam estas atribuições. É possível encontrar algumas na legislação pátria; as outras são frutos de orientação pretoriana ou criação doutrinária.
 A má execução contratual é um dos maiores problemas da esfera negocial na Administração Pública e tem gerado enorme prejuízo financeiro. A falta de controle na execução contratual, a ineficiência, o desperdício, os desvios e a corrupção são normalmente evidências de ausência de fiscalização no controle dos contratos administrativos.É por meio da Lei Geral de Licitações, a ilustre figura do Fiscal do Contrato, conforme disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/1993.	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:http://www.cadaminuto.com.br/noticia/288014/2016/06/06/gestor-e-fiscal-do-contrato-atribuicoes-e-responsabilidades-segundo-o-tribunal-de-contas-da-uniao
Art.67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
O gestor do contrato é o responsável por tomar as medidas necessárias ao fiel cumprimento da avença administrativa, pois lhe incumbem as estratégias de gestão, tais como as questões relacionadas ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato, pagamentos etc. Já a figura do fiscal do contrato fica encarregada da parte operacional do acordo administrativo, ou seja, do acompanhamento cotidiano da execução do contrato, cabendo-lhe verificar o cumprimento dos prazos e de outras condições estabelecidas pelas obrigações assumidas entre contratante e contratado, para que a Administração se certifique que está sendo executado o que efetivamente fora pactuado.   Mister frisar que a Administração tem o dever de propiciar condições necessárias para uma fiscalização satisfatória, senão vejamos:
 O fiscal do contrato não pode ser responsabilizado, caso não possua condições apropriadas para o desempenho de suas atribuições.
“Demonstrado nos autos que a responsável pela fiscalização do contrato tinha condições precárias para realizar seu trabalho, elide-se sua responsabilidade”. Foi a essa uma das conclusões a que chegou o TCU ao apreciar recursos de reconsideração em sede, de originariamente, tomada de contas especial, na qual foram julgadas irregulares as contas de diversos responsáveis, relativas à execução do Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador (Planfor), no Distrito Federal, no exercício de 1999. No caso, diversas contratações foram efetivadas, e, dentre elas, uma celebrada com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Sistemas de TV por Assinatura e Serviços Especiais de Telecomunicações (Sincab), na qual se constataram diversas irregularidades graves, algumas delas imputadas à executora técnica do contrato, a quem incumbiria, segundo as normas de execução financeira e orçamentária do DF, supervisionar, fiscalizar e acompanhar a execução da avença, o que não teria sido feito, conforme as apurações iniciais levadas à efeito pelo TCU. Ao examinar a matéria, a unidade instrutiva consignou que o DF não houvera proporcionado à servidora responsável pela fiscalização da avença “condições adequadas para o desempenho de tal função, ao mesmo tempo em que sabia que eventual inexecução do contrato seria de responsabilidade desse executor técnico”. Ademais, ainda para a unidade técnica, os elementos constantes do processo indicariam não serem exequíveis as funções de executor técnico daforma determinada, tendo em conta ser perceptível a impossibilidade de uma única pessoa cumprir todas as funções que lhe foram atribuídas. Em vista da situação, a unidade técnica, com a anuência do relator, propôs a elisão da responsabilidade da recorrente, sem prejuízo da aplicação de penalidades de outros responsáveis pela gestão do Planfor, no DF, ao tempo dos fatos. Nos termos do voto do relator, o Plenário manifestou seu consentimento. Acórdão n.º 839/2011-Plenário, TC-003.118/2001-2, rel. Min. Raimundo Carreiro, 06.04.2011.	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:http://www.cadaminuto.com.br/noticia/288014/2016/06/06/gestor-e-fiscal-do-contrato-atribuicoes-e-responsabilidades-segundo-o-tribunal-de-contas-da-uniao
Ainda em relação às funções do fiscal do contrato, transcrevo a importante decisão do Tribunal de Contas da União acerca da temática em discussão:
O fiscal do contrato tem o dever de conhecer os limites e as regras para alterações contratuais definidos na Lei de Licitações, e, por conseguinte, a obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade de realizar o devido aditivo contratual, evitando a atestação da execução de itens não previstos no ajuste, sob pena de ser-lhe aplicada a multa do art. 58, inciso II, da Lei 8.443/92.
Em Auditoria realizada nas obras de construção da Residência para Idosos e reforma da Casa de Transição, em Niterói (RJ), custeadas mediante contrato de repasse com recursos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), foram apontados indícios de irregularidades na conduta do fiscal do contrato destinado à execução das obras. Realizada a audiência do responsável, o relator considerou não elidida a irregularidade relativa ao “pagamento por serviços não previstos no Contrato (...) sem o necessário aditivo contratual, em dissonância com o disposto no art. 60 da Lei 8.666/1993”. Para o relator, embora a falha seja observada frequentemente na execução dos contratos de repasse relacionados a obras em estabelecimentos penitenciários, “o caso em tela denota uma alteração de objeto tão expressiva em relação ao que foi licitado, que não poderia ter sido admitida pelo fiscal do contrato”. Acrescentou que, no caso em exame, 61,3% do valor total acumulado dos boletins de medição equivaleram a itens não previstos no contrato, sendo evidente a responsabilidade do fiscal, o qual teria atestado os boletins sem autorização superior para a execução dos novos itens. Ademais, “a inclusão desses itens deu-se por meio de uma espécie de re-ratificação do contrato feita diretamente nos boletins de medição, sem a formalização do necessário termo aditivo”. Nesse sentido, destacou o relator que “o senso de diligência exigível a um engenheiro fiscal de contrato, aqui considerado sob o conceito de homo medius, impor-lhe-ia o dever de conhecimento dos limites e regras para alterações contratuais definidos no Estatuto de Licitações, e, por conseguinte, a obrigação de notificar seus superiores sobre a necessidade de realizar o necessário aditivo contratual, em respeito à exigência estabelecida no caput do art. 60 da Lei 8.666/93”. Ainda sobre a conduta do fiscal, ressaltou que a gravidade do procedimento adotado, de apenas anotar a alteração diretamente nos boletins de medição, “foi ampliada em virtude da elevada proporção das modificações em relação ao total das medições (mais de 60%)”. Por fim, reforçou que o art. 67 da Lei 8.666/93 impõe ao fiscal do contrato “o dever de notificar seus superiores sobre eventuais ocorrências que extrapolem sua alçada decisória”. Diante do exposto pelo relator, o Tribunal decidiu, no ponto, rejeitar as justificativas apresentadas pelo responsável, aplicando-lhe a multa prevista no inciso II do art. 58 da Lei 8.443/92. Acórdão 43/2015-Plenário, TC 017.261/2011-2, relator Ministro Raimundo Carreiro, 21.1.2015.	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:http://www.cadaminuto.com.br/noticia/288014/2016/06/06/gestor-e-fiscal-do-contrato-atribuicoes-e-responsabilidades-segundo-o-tribunal-de-contas-da-uniao
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Os contratos administrativos necessitam de um acompanhamento diário e, diante disso, é preciso que os gestores públicos atentem para a necessidade de nomearem fiscais e gestores de contratos devidamente qualificados para a missão, além de propiciarem reais condições para uma fiscalização e acompanhamento eficientes  ao longo da realização de cada contrato em particular. 	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:http://www.cadaminuto.com.br/noticia/288014/2016/06/06/gestor-e-fiscal-do-contrato-atribuicoes-e-responsabilidades-segundo-o-tribunal-de-contas-da-uniao
 A fiscalização é o mecanismo conferido à Administração Pública para garantir a perfeita execução do contrato administrativo. Trata-se de instrumento essencial de controle da execução da despesa pública, no qual o fiscal exerce papel de destaque.O fiscal do contrato deve zelar para que o objetivo da contratação seja plenamente atingido, tanto na qualidade das especificações, quanto nas quantidades previstas. É importante que se tenha em mente que a atuação eficiente do fiscal pode evitar irregularidades na execução dos contratos. Portanto, é fundamental que o fiscal tenha conhecimento da sua vasta gama de atribuições e dos instrumentos que estão ao seu alcance para o exercício do seu mister. Caso atue de forma negligente, poderá ser responsabilizado civil, penal e administrativamente por eventuais danos que poderiam ter sido evitados.	Comment by Eduardo: O trecho marcado é uma reprodução do conteúdo publicado em:http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-papel-do-fiscal-no-ambito-do-contrato-administrativo,57065.html
 Por todo o exposto, diante da sua importância, é necessário que a Administração Pública tenha cuidado no momento da designação do fiscal. Assim, deverá verificar se o servidor tem conhecimento técnico suficiente na área do objeto do contrato e das matérias correlatas à atividade fiscalizatória; garantir condições de trabalho adequadas, meios materiais suficientes e treinamento necessário para o desempenho das funções; e averiguar se é humanamente possível o exercício da atividade fiscalizatória.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República – Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, Decreto Lei 200/67 de 25 de Fevereiro de 1967. Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências.7 de Dezembro de 1966. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm>.Acesso em: 02 de Janeiro de 2018.
BRASIL. Presidência da República – Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos.Lei 8666/93 de 21 de Junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.Brasília 21 de Junho de 1993. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>Acesso em: 03 de Janeiro de 2018
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