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Pensamento Werberiano

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- FACULDADE DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
	
MARBIANE TALINE TAVARES DO NASCIMENTO
 DIREITO - SOCIOLOGIA 
Santo Antônio de Jesus - BA
2015
MARBIANE TALINE TAVARES DO NASCIMENTO
SOCIOLOGIA: O PENSAMENTO WEBERIANO- MANUAL DE SOCIOLOGIA DELSON FERREIRA 
Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Empresariais- FACEMP, como requisito parcial de avaliação da disciplina Sociologia, sob orientação do Professor (a) Laudicéia, no curso de Direito.
Santo Antônio de Jesus- BA 
2015
O pensamento weberiano
Max Weber, filósofo e sociólogo alemão, era filho de uma família que lhe transmitiu o conteúdo dos ideais liberais, seu pai era advogado e político, sua mãe era mulher culta. O ambiente familiar que viveu, pautado pelo cotidiano intelectual, fez de Weber um homem de pensamento precocemente e teve importância capital em sua formação. Seus estudos universitários foram na área jurídica, com incursões pela Economia, Filosofia e pela História. Foi conselheiro da delegação alemã na série de conferências que conduziram ao tratado de Versalhes, em 1919, fez parte de uma comissão de especialistas que escreveu a constituição da República de Weimar. Weber foi nacionalista por convicção, mas compactuou com as ideias racistas e imperialista que nortearam a Alemanha anos mais tarde. Sua postura teórica, vinda de sua formação e das heranças filosóficas kantiana e hegeliana, distanciou-o tanto do positivismo quanto do marxismo. Weber tomou como ponto de partida a análise centrada nos atores (agentes) sociais e suas ações, privilegiando o papel da iniciativa do indivíduo na vida social. Para ela, a sociedade e seus sistemas não são analisadas como exteriores à vontade dos indivíduos. Muito ao contrario, elas seriam o resultado de um conjunto complexo de ações individuais, nas quais os agentes escolheriam, a todo momento, diferentes formas de conduta. O pensamento Weberiano privilegia a parte sobre o todo, uma vez que sua perspectiva pressupõe que o coletivo se origina no individual, a relação indivíduo-sociedade, item fundamental para os estudos sociológicos. Sua principal contribuição metodológica para as ciências sociais foi a elaboração do conceito de tipo ideal. Estudou a História de um ponto de vista comparativo e foi um dos principais autores a analisar as problemáticas do funcionamento do capitalismo e da burocracia. Essa ferramenta metodológica de pesquisa, partiu do pressuposto “de que a realidade social só pode ser conhecida quando aqueles traços que interessam ao pesquisador são metodicamente exagerados, para em seguida se poderem formular com clareza as questões relevantes sobre as relações entre os fenômenos observado”. O estudo comparativo teria por finalidade a caracterização e a compreensão do mundo ocidental moderno em face dos períodos anteriores. Essa seria a função principal da análise comparativa, ferramenta fundamental da pesquisa histórica. Outra contribuição importante de Weber para o enriquecimento do instrumento teórico das ciências sociais foi a elaboração conceitual do que ele chamou de “três tipos puros de dominação legitima”. O Legal, sua ideia básica é: qualquer direito pode ser criado moldificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma. (...) correspondem naturalmente ao tipo da dominação legal, o Tradicional que é estabelecida em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes e o carismático que fundamenta-se na devoção à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais. Os problemas e os desdobramentos referentes à ética na política, também mereceram a atenção de Weber. Definindo duas éticas: a da convicção e da responsabilidade ela pode ser subordinada a duas máximas totalmente diferentes e irredutivelmente opostas. Munido desses parâmetros, Weber voltou-se o foco de seu interesse para a compreensão de fenômeno da racionalidade para então entender o mundo moderno. Ele comparou os conjuntos de valores do catolicismo e do protestantismo, procurando demostrar que esses últimos revelariam uma tendência ao racionalismo econômico que viria a predominar no sistema capitalista. No intuito de definir o tipo ideal que pudesse caracterizar esse sistema econômico social, Weber estudou comparativamente as peculiaridades de diversos sistemas econômicos, em épocas e culturas diferentes, antes e após o advento do mercantilismo. Sua conclusão foi de que o capitalismo, em sua forma característica, constituiu a única organização econômica da História das civilizações fundada na racionalidade. Weber definiu como objeto de estudo da sociologia a Ação Social. Para ele, ela compreende qualquer ação que o indivíduo faz orientando-se pela ação dos outros sendo dotada e associada a um sentido. Segundo Weber, a ação social é representada por tipos ideais e é caracterizada de quatro modos, a partir de motivos orientados ora pela tradição, ora por interesses racionais, ora pelos afetos ou emoções. Para ele o pesquisador tem um papel fundamental de exercer um papel ativo diante dos processos pertinentes a seu trabalho sociológico e à sociedade, mantendo necessariamente uma postura de distanciamento de seu objeto de estudo. Esse distanciamento deve ser entendido, todavia, em uma perspectiva diversa da que definida pela Sociologia Positivista.

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