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1 Bens Públicos III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online BENS PÚBLICOS III CARACTERÍSTICAS A) INALIENABILIDADE Impossibilidade de se transferir a terceiros. Mas essa característica não é absoluta. Atenção! É uma inalienabilidade relativa. Essa característica não é absoluta, pois os bens dominicais, se preencherem as condições legais, são passiveis de alienação. Se for um em imóvel, há três condições: avaliação prévia, autorização legislativa específica e licitação pela modalidade concorrência como regra geral. B) IMPENHORABILIDADE A Administração Pública se submete a um processo de execução próprio, via precatórios, regido pelo art. 100 da Constituição Federal. Atenção! Bem público não está sujeito a penhora, sem exceção. Pode ser bem de uso comum, bem de uso especial ou dominical. C) IMPRESCRITIBILIDADE CF, Art. 183, § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. Atenção! Uma pessoa pode ocupar uma área pública durante anos, mas nunca irá adquiri-la pela regra usucapião, sem exceção. AN O TA Ç Õ ES 2 Bens Públicos III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online D) NÃO ONERABILIDADE Não podem recair os direitos reais de garantia. Atenção! Os direitos reais de garantia são o Código Civil, que dispõe sobre penhor, hipoteca etc. O Estado não pode dar um bem em uso de hipoteca. USO DE BENS PÚBLICOS POR PARTICULAR a) NORMAL E ANORMAL O uso normal é o que se dá de acordo com a destinação principal. Atenção! Utilizar uma rua para fazer caminhada, utilizar uma avenida para andar com seu carro, utilizar um estacionamento público etc. Já o uso anormal/extraordinário é o que ocorre em desconformidade com a destinação principal, como, por exemplo, ginásio esportivo para show musical. Depende de ato formal para utilizar. Atenção! Nesse caso, é o uso de um estacionamento público fechado para fazer um show. B) COMUM E PRIVATIVO O uso comum é aquele diante do qual todos podem, igualmente, utilizar o bem, dispensando, em regra, manifestação prévia do Poder Público. O uso privativo é aquele em face do qual somente o particular legitimado para tanto, através de prévio consentimento estatal, utilizará o bem. Em outras pala- vras, o uso privativo do bem público consiste na utilização, em caráter exclusivo, de um bem público pelo particular. Assim ocorre quando o particular deseja utili- 3 Bens Públicos III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online zar um dos boxes em mercados municipais; colocar mesas do restaurante na via pública; instalar bancas de revista e jornal nos calçadões e nas praças, etc. Uso privativo de bens públicos pode ser de bens afetados (uso comum e especial) ou de não afetados(dominicais). Atenção! No uso comum, qualquer pessoa pode chegar e utilizar. Exemplo: praia, calçada etc., sem o consentimento do Estado. No uso privativo, só pode usar o particular que foi legitimado pelo Estado para isso. Bens afetados podem ser transferidos mediante autorização, permissão ou concessão de uso. AUTORIZAÇÃO DE USO PERMISSÃO DE USO CONCESSÃO DE USO Ato Administrativo Discricionário e Precário Ato Administrativo Discricionário e Precário Contrato Administrativo Objetivo: Predomina Interesse do Particular Predomina Interesse da Coletividade Interesse do Particular ou da Coletividade Cobrança: Gratuito ou Remuneração Gratuito ou Remuneração Gratuito ou Remunerado Licitação: Não exige licitação Exige Licitação Exige Licitação Um bem afetado é o bem que está sendo usado para o uso comum de toda sociedade ou sendo usado para a prestação de serviços administrativos, que é o bem de uso comum ou especial. O bem desafetado é um bem dominical, que não está sendo usado para nenhum fim público. O Estado tem vários meios para fazer uso desses bens, como por exemplo, a locação. 4 Bens Públicos III DIREITO ADMINISTRATIVO www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online 1. Atenção! CESSÃO DE USO é quando faculta-se o uso de um bem público de uma pessoa da Administração Pública para outra pessoa da Administração. JURISPRUDÊNCIA Segundo o STJ, a ocupação de bem público, ainda que dominical, não passa de mera detenção, de natureza precária, não se admitindo pedido de proteção possessória contra o órgão público. (AgRg no REsp 1200736/DF, Rel. Minis- tro CESAR ASFOR ROCHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/05/2011, DJe 08/06/2011) Vale ressaltar que a proteção possessória pode ser oposta em face de tercei- ros como, por exemplo, particular que tem posse de terra pública e requer pro- teção possessória contra possível invasão do MST. Afastou, também, o tribunal direito à indenização por benfeitorias quando houver ocupação indevida de bem público. Atenção! No Direito Civil, há algumas ações possessórias para proteger a sua posse. Se há ocupação irregular de uma área pública, não pode haver uma ação possessória contra a pessoa pública, mas pode contra terceiros. ����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.
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