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Resumo ADM 10p 1 unidade

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BENS PÚBLICOS
Conceito: 
Bens Públicos são aqueles de domínio nacional pertinentes às pessoas jurídicas de direito público interno, sendo particulares os demais bens de propriedade privada. Bem público é aquele que pertence ao poder público.
Quanto ao aspecto da Titularidade: 
O bem público é todo aquele pertencente aos entes políticos, considerando assim a administração direta e indireta.
Quanto ao aspecto da Garantia Legal: Bens públicos são aqueles protegidos pelas prerrogativas de direito público. 
Nem todos os bens da adm. Pública gozam de garantia legal (regime jurídico dos bens públicos)
Competência para legislar sobre os bens públicos:
GERAL que é da União (tanto em relação a bens públicos, quanto bens de um modo geral). 
ESPECÍFICA que ocorre quando os demais entes odem legislar sobre questões de interesse local.
CLASSIFICAÇÃO: 
1- Quanto a Titularidade: pode ser Federal; Estadual; Municipal ou Distrital 
2 - Quanto a destinação: 
A) De uso comum do povo: 
Bens utilizados pela população de um modo geral. Não tem caráter patrimonial. São utilizados pela população de maneira indistinta. Normalmente gratuito (mas pode ser oneroso) e por prazo indeterminado (Mas pode ser determinado). Ex: logradouros, ruas. 
B) De Uso Especial:
São destinados às instalações e aos serviços públicos, como os prédios das repartições ou escolas públicas. Está atrelado/vinculado a serviço público ou atividade da adm específica. Pode ser móvel ou imóvel. Ex: Prédio da Sudene, prédio do TJ, automóvel da prefeitura, máquina da empresa pública. 
C)Dominial ou Dominical:
São os bens que pertencem ao acervo do poder público, sem destinação especial. São bens móveis ou imóveis que não estão atrelados ou vinculados à serviço de atividade administrativa. Ex: prédio da União que é alugado a um particular; maquinário do município alugado por empresa privada; prédio público não habitado... é bem público, mas não está vinculado a administração pública. Ex: Dívida ativa é bem de uso dominial. Ex: Biblioteca pública é bem de uso especial, houve um incêndio, queimaram todos os livros, perdeu a função passando a ser bem dominial.
3 - Quanto a disponibilidade (Possibilidade de Alienação): 
A) Indisponíveis por natureza: 
Não podem ser vendidos por causa da sua natureza jurídica ou espécie. Ex: Praça, ar, mar, ou seja, os bens de uso comum do povo são indisponíveis por natureza. Não se compra ilha, praia, há apenas contrato de cessão de uso. 
B) Patrimonial Indisponível: 
Pode ser vendido mas no momento existe algum impedimento jurídico que não permite sua venda. Ex: prédio da Sudene não pode ser vendido, mas um outro prédio vazio pode ser vendido. Os bens de uso especial são patrimoniais indisponíveis. 
C) Patrimonial disponível: 
O bem pode ser vendido. Todos os bens dominiais são patrimônios disponíveis.
Da Afetação / Da Desafetação:
Afetação: 
É a vinculação do atrelamento, também conhecida como consagração. É o ato pelo qual o bem se torna vinculado e destinado a função administrativa (serviço público ou atividade na administração). 
Formas de afetação>> Por lei, por ato administrativo, por fato administrativo (também conhecida como AFETAÇÃO TÁCITA, ou seja, aquela que ocorre com o passar do tempo). 
Obs: Quando um bem é desafetado, passa a ser dominal. 
Desafetação (Desconsagração): 
É o ato que desvincula a função administrativa. 
Formas de desafetação>> Por lei, por ato administrativo(1ª corrente), por ato de poder formal (2ª corrente). 
Obs: É quase unanime na doutrina que não cabe a desafetação tácita. A desafetação tem que ser formal!
Do Regime Jurídico dos Bens Públicos (Prerrogativa que a lei confere aos bens públicos): 
1 - INALIENABILIDADE: 
E a impossibilidade de transferência da propriedade, em princípio. Ela é relativa, desde que cumpridos alguns requisitos (formalidades legais) para a transferência de sua propriedade. É possível. 
Requisitos Para essa Relativização: 
1- desafetação; 
2- autorização legislativa (a lei que autoriza), pode ser geral ou específica, depende do bem. Se geral, ela autoriza a administração vender o bem sem necessidade de lei específica. Se específica é a mais comum, dependendo do porte do bem, tem que ter uma lei especifica. 
3- Licitação (regra geral) – serve para encontrar a melhor oferta. Normalmente concessão ou leilão. 
Obs: A inalienabilidade é relativa (regra geral). I.P.K.M2=> A Inalienabilidade dos bens de uso comum é absoluta.
2 – IMPENHORABILIDADE: 
Os bens não podem sofrer penhora, arresto ou sequestro. 
Ex: A forma de pagamento na execução contra a fazenda pública é através de precatórios.
3 - NÃO ONERABILIDADE: 
O bem público não pode ser dado em garantia, não pode ser objeto de hipoteca, penhora ou anticrese.
4 - IMPRESCRITIBILIDADE: 
O bem público não pode sofrer perda aquisitiva por decurso do tempo (prazo) e por consequência não pode ser usucapido (nunca). 
Exceção: Crédito Tributário pode prescrever.
DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BENS PÚBLICOS
1) COMPRA:
Requer lei que autorize e também licitação (regra geral). Compra e venda vigora a autonomia da vontade, no direito privado. Existe a possibilidade pelo poder público tanto de compra quanto de venda. O contrato de compra pelo poder pública não tem regência da autonomia da vontade. Se o contrato de compra não é regente pela autonomia da vontade, é regente pelo o quê? Pela supremacia do interesse público. Exceção: Dispensa de licitação a depender da situação específica), pode ser bens móveis ou imóveis.
2) PERMUTA (TROCA):
O Estado tanto está se desfazendo como está adquirindo outro bem. Requisitos da Permuta: Avaliação prévia; Autorização Legal; Regra Geral não exige licitação.
3) DOAÇÃO:
Recebimento de Doação. Aqui o Estado não tem ônus nenhum.
Regra Geral: Para recebimento do bem por doação é necessária autorização legal (autor lei). E deve ser lei específica.
4) DAÇÃO EM PAGAMENTO: 
Outra forma de aquisição. Com os bens móveis o poder público não precisa de autorização legislativa. Ex: cara está devendo imposto e dá um bem como forma de pagamento, o poder público avalia se aceita ou não. Recebendo um bem como forma de pagamento, mas este bem não foi originalmente pactuado para pagamento. É requisito que cada ente político tenha sua regulamentação.
5) RESGATE NO AFORAMENTO: 
Aforamento se dá nas relações de enfiteuse. Aqui o bem já é do Estado/Poder público. Houve a transferência do domínio útil, mas não a transferência da propriedade. O que há é o resgate do domínio útil.
6) USUCAPIÃO: 
Aquisição de bens público é DIFERENTE de impenhorabilidade por usucapião. Se o poder público utilizar determinada área por um determinado tempo, o poder público pode ter por ele o bem usucapido. Agora bens públicos não podem NUNCA ser usucapidos.
7) HERANÇA JACENTE/ SUCESSÃO:
O espólio do decujus que não deixou herdeiros necessários e nem testamento, seus bens passarão pela herança vacante e depois jacente. Já na SUCESSÃO, o De cujus não tinha família e nem herdeiros e deixa um bem por testamento ou legado para o poder público.
8) ARREMATAÇÃO:
Leilão, hasta pública, onde o Estado vai adquirir através de leilão o bem (móvel ou imóvel).
9) ADJUDUCAÇÃO:
 O Estado recebe um bem como forma de pagamento, mas está no âmbito de uma execução.
10) ABANDONO:
Os bens móveis achados ou esquecidos são do poder públicos. Para os bens imóveis tem o nome de arrecadação.
11) PARCELAMENTO DE SOLO URBANO:
Imóvel inicialmente demarcado e parcelado. Acontece geralmente em solo nunca urbanizado, onde o primeiro proprietário é o poder público.
12) PERDIMENTO OU PERDA DE BENS:
Tem caráter sancionatório. O particular perde bens em favor do Estado sem indenização. É o CONFISCO. Perde o bem no seu todo em caráter de sanção.
13) ARRECADAÇÃO: 
Abandono de bem imóvel. Tem legislação específica. O titular do imóvel demonstra que não tem
mais interesse sobre o bem, seja não procurando o bem, seja não pagando impostos. Tem legitimidade para arrecadar o Município e DF o imóvel urbano. O Imóvel rural é da União. Durante 03 anos a posse fica com a Adm Pub e depois mais 03 anos de posse do Estado e depois transfere para o Poder Público.
14) REVERSÃO (CONCESSÃO):
Aqui o contrato de concessão é para serviços públicos. O patrimônio vai ser revertido para o patrimônio do poder publico ou poder concedente. Pode ser bem móvel ou imóvel.
15) DESAPROPRIAÇÃO:
Quando o poder público toma para si, bem de propriedade de outrem com ou sem indenização.
DAS FORMAS DE ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
A alienação (transferência de propriedade) só ocorre com autorização em lei. 
REQUISITOS PARA ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS: 
A) Desafetação: Para apenas bens de uso Especial. Ex.: Prédio da Sudene. 
B) Lei autorizativa: que pode ser geral (p/ bens de menor valor) ou especifica; 
C) Interesse Público: A alienação deve ser motivada e fundamentada; 
D) Avaliação Prévia: Para vender deve haver avaliação por laudo formal, pericia. Esse ato de avaliação pode ser feito por particular, ou seja, o particular pode requerer que seja feita a perícia. 
E) Licitação: Para comprar ou para vender. Se for bem móvel é pelo valor do contrato a licitação. Se for por bem Imóvel é por concorrência a licitação (mais rígida e criteriosa).
INSTRUMENTOS(CONTRATOS) DE DIREITO 
Quanto aos PRIVADOS, estes podem ser: 
A) Venda: Venda: Regra geral licitação e lei autorizativa. 
B) Doação: Deve ter lei do ente político autorizando. 
C) Permuta: Troca de bens. 
D) Dação em pagamento: O Estado pode dar um bem como forma de pagamento de sua dívida. Precisa de lei autorizando.
Quanto aos PÚBLICOS (possuem legislação própria), estes podem ser: 
A) Concessão de domínio útil: Ex: Concessão de uso de uma ilha. Pode ser transmitida em sucessão o domínio útil. Observar que é diferente de contrato de enfiteuse que é particular. 
B) Investidura: Se dá pela aquisição de bem IMÓVEL restante e inutilizável isoladamente após desapropriação para obra pública. Entra com ação para pedir para o Estado desapropriar esse legal que não há interesse e daí ocorre a investidura, o Estado vende e em troca ganha dinheiro. 
C) incorporação Societária: Acontece quando há integralização de capital pela inclusão de bens dos sócios nas empresas estatais. 
D) Retrocessão: É o retorno do bem desapropriado em virtude da não destinação de finalidade pública do bem expropriado.
DO USO DOS BENS PÚBLICOS POR PARTICULARES
INSTRUMENTOS (CONTRATOS) DE DIREITO PÚBLICO: 
1- AUTORIZAÇÃO DE USO: 
É ato unilateral, determinado ou não; discricionário, precário, gratuito ou não pelo qual o poder público delega ao particular o uso de bem público no interesse exclusivo deste.
A gratuidade ou onerosidade diz respeito ao fato de obter a autorização, diz respeito ao pedido. Não significa que depois de autorizado ficará pagando. Discricionário é pq mesmo preenchendo os requisitos, o poder público pode negar. Precário porque pode ser cancelado. Ex.: autorizações para a ocupação de terrenos baldios, para a retirada de água em fontes não abertas ao uso comum do povo. Tais autorizações não geram privilégios contra a Administração ainda que remuneradas e fruídas por muito tempo, e, por isso mesmo, dispensam lei autorizativa e licitação para seu deferimento.
2 - PERMISSÃO DE USO: 
Ato discricionário e precário pelo qual o poder público permite ou delega ao particular utilização do bem público por tempo determinado ou não; gratuitamente ou não, no interesse de ambos. Na regra geral exige licitação. Ex: Bem de maior proporção. Permissão para colocação de um fiteiro numa calçada. Ex: Restaurante que quer colocar mesas e cadeiras na frente do estabelecimento, na calçada. A lei vai dizer o que é ato de permissão. Personalíssimo, não se transfere a terceiros. Há uma atividade comercial que também é do interesse do Estado.
Há um investimento mínimo por parte do Estado.
3- CONCESSÃO DE USO (BILATERAL): 
É o contrato não precário, ñ discricionariedade, gratuito ou não, por tempo determinado (sempre) pelo qual o poder público delega ao particular o uso do bem ou espaço público mediante licitação na modalidade concorrência (que é a mais criteriosa). É personalíssimo, não se transfere a terceiros.
Obs: AS TRÊS FORMAS EXPLICADAS ACIMA – AUTORIZAÇÃO; PERMISSÃO E CONCESSÃO, SÃO DELEGADOS, OU SEJA, FORMAS PELO PODER PÚBLICO DE DELEGAR AO PARTICULAR A UTILIZAÇÃO DE BEM PÚBLICO.
4 - CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO: 
O poder público delega o uso de bem público para fins de moradia, cultivo, exploração do espaço aéreo, solo e subsolo e é transferível por sucessão hereditária (é o único, os demais são personalíssimos.). Ex.: mini-distritos industriais; 
5 - DIREITO DE SUPERFÍCIE: 
É um ato unilateral pelo qual se concede ao particular que já ocupa imóvel público ou terreno público para fins de moradia e exploração do bem público. Ex: O particular vai usar, usufruir inclusive o subsolo e o espaço aéreo. 
Não se transfere a terceiros; É como se fosse uma legitimação de posse; Para reaver o bem público não é necessário indenizar. 
6 - CESSÃO DE USO: 
É o ato pelo qual o bem público é cedido em sua posse (NÃO É O DOMÍNIO ÚTIL) de um ente público (proprietário) a outro ente ou órgão da administração direta ou indireta para uso gratuito. Normalmente é bem móvel, mas pode ser imóvel. Ex: Prédio da Sudene é da União mas está cedido ao judiciário.
INSTRUMENTOS (CONTRATOS) DE DIREITO PRIVADO:
1 - ENFITEUSE OU AFORAMENTO: 
Não se admitem novas enfiteuses, mas as que já existem permanecem em vigor e podem ser transferidas. Por esse contrato o poder público (proprietário) concede ao particular a posse e o domínio útil de bem público por tempo indeterminado mediante pagamento anual de foro ou laudenio. Os direitos de enfiteuse são transferíveis por ato sucessório mas continua sendo de propriedade da União. Só se transfere o domínio útil, pode alugar, construir, mas não vender porque não se possui a propriedade. I.P.K.M => Foro ou laudêmio não é imposto e não se confunde com IPTU. Laudêmio - é a importância que o foreiro ou enfiteuta paga ao senhorio direto quando ele, senhorio, renuncia seu direito de reaver esse domínio útil, nas mesmas condições em que o terceiro o adquire. 
2 - LOCAÇÃO: Contrato de locação é o contrato no qual o proprietário (locador) sede a posse mediante remuneração mensal de bem público ao locatário. É regido pelo CC. Exige, em regra, licitação. 
3 - COMODATO: É o contrato pelo qual o poder público sede o uso e a posse de bem público para o particular de modo gratuito. Exige lei específica do ente público disciplinando. O ente público pode reaver a qualquer tempo bastando a notificação prévia.
DA INTERVENÇÃO DO ESTADO
INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA:
O Estado intervém editando as leis e atos administrativos que disciplinam, regulam e limitam a propriedade móvel, imóvel e imaterial do particular. 
FUNDAMENTOS DA INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA: 
1)Interesse Social: diz respeito a garantia de cumprimento da função social da propriedade. 
2)Direito da maioria: É o interesse da coletividade. 
COMPETÊNCIA: 
1) Para Legislar: União. 
2)Para Regular (Expedir atos administrativos e fiscalizar): Todos os entes públicos, União, estados, DF e municípios. 
3) Para Restringir (Poder/Exercício do direito de intervenção e imposição de limites ): Administração direta - União, estados, DF e municípios e administração indireta- Empresas públicas, autarquias, sociedade de economia mista e fundações públicas. 
INTERVENÇÃO PODE SER: - 
A) Restritiva de Propriedade: Limita a propriedade. 
B) Supressiva de Propriedade: Extingue o poder sobre a propriedade. Ex: Desapropriação. 
AS FORMAS DE INTERVENÇÃO RESTRITIVAS SÃO: 
1 - SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: É o ato unilateral pelo qual o poder público, gratuitamente, por tempo indeterminado
(normalmente) ou não, toma a POSSE total ou parcial, individualmente ou em conjunto com o proprietário de bem imóvel do particular em virtude de interesse público. Ex: Uma casa que fica entre vias e precisa abrir uma via no meio da casa, isso é uma servidão administrativa. Uma placa de rua pregada no meu muro. A servidão é ato gratuito (O Estado não vai pagar aluguel pela servidão, porque é direito real de uso) Se houver prejuízos, danos ao particular o Estado deverá indenizar mediante prova efetiva do dano. 
Qual é o RITO da servidão?? 
A) A servidão se inicia com a Declaração de Interesse ou necessidade pública ou de interesse social. A declaração é feita pelos entes políticos (União, estados, DF e municípios). A declaração é realizada por decreto, publicado no Diário Oficial. (Também se usa para desapropriação).
B) Notificação ao proprietário. A notificação é realizada pelos entes que compões a administração indireta (Empresas públicas, autarquias, sociedade de economia mista e fundações públicas). O particular pode aceitar ou não. 
C) Se o particular NÃO aceitar, deve apresentar a IMPUGNAÇÃO: dizer/ motivar que a servidão não tem interesse público; que há vício no ato administrativo. A impugnação vai ser julgada por processo administrativo e se for procedente não acontece a servidão. 
D)Se a IMPUGNAÇÃO for IMPROCEDENTE e não houver acordo, a administração pública pode/deve entrar com ação judicial para instituir a servidão. Se a ação for julgada improcedente a servidão não acontece. Se julgada procedente haverá servidão.
Obs: A servidão NÃO é auto executável. O particular pode utilizar de mandado de segurança para proteger seu direito liquido e certo. 
2 - REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA: 
É o ato unilateral pelo qual o poder público requisita/ exige a posse de bens móveis ou imóveis do particular, bem como a utilização de seus serviços privados em virtude de necessidade, calamidade ou perigo para a população. Pode ser civil ou militar. O tempo que perdurará a requisição é o tempo da necessidade. A notificação não precisa ser previa, pode ser no momento do acontecido. 
Obs: O particular pode impugnar, mas não adianta. A REQUISIÇÃO É AUTO EXECUTÁVEL. O particular vai ser pago pela prestação do serviço. Se houver dano no bem é indenizado. A lei não confere direito real de uso ao poder público na requisição.
3 - OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: 
É o ato unilateral pelo qual o poder público toma posse total ou parcial de bem imóvel próximo a obra pública e em virtude desta, bem como para prestação de serviço público. Haverá uma notificação prévia. Se houver dano vai ser indenizado mediante comprovação do dano. A ocupação terá a durabilidade da necessidade. EX: É o que, por exemplo, ocorre normalmente quando a Administração necessita de ocupar terreno privado para fins de depositar equipamentos e materiais com o objetivo de realizar obras públicas nas imediações. 
4 - LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS: 
É utilizada na acepção restrita porque a ampla pode se confundir com as próprias limitações do Estado. “São atos unilaterais, administrativos, disciplinados por lei que promovem o regramento e a limitação do uso do bem de propriedade pelo seu titular. ” As limitações podem ser: Obrigação de fazer e de não fazer (positiva e negativa). Abrangência: Bens móveis, imóveis, exercício de atividade econômica ou profissional. Ex: Direito de construir, mas precisa de normas de edificação.
Fundamento: Poder de polícia de poder público. São permanentes; tempo indeterminado.
Instituídas por lei (as limitações) e aplicadas por ato administrativo ao particular. 
Obs: Não cabe indenização ao particular mesmo que se prove o dano. O que pode ocorrer é indenização na esfera cível, fora do âmbito da administração. 
5 - TOMBAMENTO: 
É o ato unilateral pelo qual o poder público disciplina e limita a propriedade de um bem com o objetivo de preservar as suas características. O tombamento visa preservar as características originais do bem. 
Fundamento: É a preservação do bem em virtude de suas características culturais, históricas, artísticas, turística e paisagística. 
Bens que podem ser tombados: 
Bens móveis, imóveis, imateriais (dança, ritual religioso, receitas). 
I.P.K.M=> Bens privados e bens públicos podem ser tombados. Ex: Um bairro, uma cidade, ruas. 
I.P.K.M2=> O tombamento de bem público só pode ser feito de um “ENTE MAIOR PARA UM ENTE MENOR”. Bem particular pode ser tombado por qualquer ente. 
Classificação do Tombamento: 
A) Tombado total ou parcial. Ex: Tombar a fachada de uma casa. 
B) Tombado de ofício, voluntário ou compulsório. 
De OFÍCIO são os bens públicos por entes públicos. 
O VOLUNTARIO é quando é requerido por algum interessado ou se iniciado pela administração quando há concordância do proprietário. Não há conflito. Ex: saputizeiro do Sport. 
COMPULSÓRIO – Quando iniciado pelo poder público, há a impugnação (resistência do proprietário). 
PRAZO DO TOMBAMENTO: 
A) Provisório: quando há a notificação inicial que antecipa os efeitos do tombamento. 
B) Definitivo: quando o tombamento se torna finalizado ou concluído no âmbito judiciário.
Quem realiza o tombamento? – Cada ente político pode fazer, não necessariamente a administração direta. Quem vai realizar é sempre uma instituição, pessoa jurídica, geralmente autarquias ou fundações públicas. Ex: IPHAN.
RITO/FASE DO TOMBAMENTO: 
1ª FASE – Emissão de um parecer pelo órgão competente que vai dizer o fundamento do tombamento. Consulta pelo IPHAN por exemplo. 
2ª FASE – Notificação ao proprietário. Pode acontecer um acordo para o tombamento. Se não há acordo o proprietário tem 15 dias para impugnar. Se houve impugnação, a decisão vai ser tomada por uma comissão/ órgão colegiado dentro do âmbito administrativo. Se concordar, tomba. Se não concordar segue para via judicial (ação ordinária). Se procedente no âmbito judicial será efetuado tombamento.
ATENÇÃO! Bem móvel ou imóvel vai ser registrado no livro de tombo que cada instituto possui ou pode ser registrado em cartório de notas a depender do bem.
Obs: Regra Geral é IRREVOGÁVEL. Em alguns casos o Poder Executivo pode revogar.
EFEITOS DO TOMBAMENTO: 
1- Dever do proprietário do bem conservar as características originais; 
2- Pedir permissão do poder Público para reparar danos. Se o proprietário não tem como efetuar esses reparos o Poder Público fará. 
3- Pode vender, doar, mas deve primeiro dar preferência (direito) ao Poder Público que tombou. 
4- Pode dar em garantia o bem tombado, em anticrese... 
5- O vizinho (titular do bem) também sofre os efeitos do tombamento. 
6- O tombamento não enseja indenização.

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