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História de Pernambuco, A Lavoura Açucareira e a Mão de Obra Escrava, Invasões Estrangeiras, A I Insurreição Pernambucana (1645 – 1654), Guerra dos Mascates (PE – 1710), A II Insurreição Pernambucana


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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 ÍNDICE
História de Pernambuco .......................................................................... 2
A Lavoura Açucareira e a Mão de Obra Escrava ....................................2
Produção Açucareira ................................................................................2
Invasões Estrangeiras .............................................................................. 3
Invasões Holandesas ................................................................................3
Nova Holanda ..........................................................................................4
A I Insurreição Pernambucana (1645 – 1654) .........................................4
Guerra dos Mascates (PE – 1710) ............................................................5
A II Insurreição Pernambucana (1817) ....................................................5
EXERCÍCIO.............................................................................................5
 2
 História de Pernambuco
˃˃ A lavoura açucareira e mão de obra escrava.
˃˃ A Guerra dos Mascates.
˃˃ As instituições eclesiásticas e a sociedade colonial.
˃˃ A Insurreição Pernambucana.
˃˃ O tráfico transatlântico de escravos para terras pernambucanas.
˃˃ Cotidiano e formas de resistência escrava em Pernambuco.
˃˃ Crise da lavoura canavieira.
A Lavoura Açucareira e a Mão de Obra Escrava
Produção Açucareira
 
 A produção açucareira reflete os interesses e a política mercantilista portuguesa no Brasil. Nesse sentido, a opção pela cana-de-açúcar se dá em função de interesses econômicos, primeiramente em função do amplo mercado consumidor existente e do alto preço que o produto alcançava na Europa. Outro motivo é a fácil adaptação do produto ao clima quente e ao solo de massapé, altamente favoráveis a esta cultura. Também não se pode deixar de destacar a associação com capitais holandeses (detentores das melhores mudas e técnicas de cultivo).
 É interessante destacar que, diferentemente do pau-brasil, o açúcar contribui para a fixação de contingentes populacionais e a montagem de toda uma estrutura social. Nesse sentido, vale a pena observar as principais características dessa sociedade forjada no interior da economia açucareira:
 patriarcal – família numerosa, composta não só do núcleo conjugal e de seus filhos, mas incluindo um grande número de criados, parentes, aderentes, agregados e escravos, submetidos todos ao poder absoluto do chefe de clã, que era, ao mesmo tempo, marido, pai, patriarca; o termo patriarcalismo designa a prática desse modelo como forma de vida própria ao patriarca, seus familiares e seus agregados, adquirindo também ressonância no meio político;
 escravista – a exploração da mão de obra escrava era a principal característica, o que não exclui a presença de trabalhadores livres e assalariados;
 escravocrata – o poder da elite estava centrado na posse de terra e escravos;
 miscigenada (ou híbrida) – composta por negros, europeus e indígenas, mas também por mulatos (negro + europeu), cafuzo (negro + indígena) e mameluco (indígena + europeu);
 ruralizada – economia agrícola e organizada a partir do meio rural, a agricultura para além de sua principal forma econômica também se constitui em importante elemento para a questão política.
˃˃ Unidade produtora: complexo produtivo no qual estava compreendida toda a estrutura de fabricação do açúcar, do plantio até a sua moagem, refino e posterior distribuição. Os principais componentes da unidade produtora eram:
»» canavial: local da plantação da cana-de-açúcar;
»» casa-grande: residência do senhor de engenho e sua família e também sede administrativa da fazenda;
»» senzala: ambiente de moradia precária dos escravos;
»» capela: local no qual se realizavam os ritos religiosos católicos; aos domingos e em dias santos, a capela era o ponto de encontro da comunidade, onde se realizavam casamentos, batizados, funerais e missas;
˃˃ engenho: instalações destinadas à feitura do açúcar – a moenda, onde a cana era moída para a extração do caldo; as fornalhas, onde o caldo era fervido e purificado em tachos de cobre; a casa de purgar, onde o açúcar era branqueado; os galpões, onde os blocos de açúcar eram quebrados em várias partes e reduzidos a pó.
Invasões Estrangeiras Ao longo do período colonial, o Brasil foi objeto de invasão por diferentes países. Alguns apenas promoviam incursões e ataques piratas a feitorias e portos no litoral, bem como saques a navios que transportavam mercadorias, como foi o caso da Inglaterra. No entanto, devemos destacar as tentativas de domínio e ocupação territorial, à qual o território português na América esteve sujeito.
Invasões Holandesas
 O domínio espanhol na Península Ibérica (União Ibérica) motivou o fechamento do comércio com os holandeses, principalmente em função da rivalidade entre Espanha e Holanda, bem como por conflitos de natureza religiosa entre católicos e protestantes, que se davam na Europa. Desta forma, em retaliação aos espanhóis, a Holanda invadiu o território brasileiro.
 1624-1625 – Bahia – Bloqueou e conquistou a cidade de Salvador. Expedição comandada por Joahan van Dorth. A reação dos nacionais teve a liderança do Bispo D. Marcos Teixeira, juntamente com pessoas humildes da região, que formaram a chamada Milícia dos Pés-Raspados. Utilizando a técnica de guerrilha, a resistência foi possível e logo depois a expulsão.
 1630-1654 – Pernambuco – Desembarque na Praia do Pau Amarelo, conquista do vilarejo do Recife e da Vila de Olinda (Recife, nesse contexto, estava submetido politicamente à Olinda). A tentativa de resistência se deu por meio da criação do Arraial do Bom Jesus. Mas, com a suposta traição de Domingos Calabar, o reduto da resistência foi descoberto e as tropas portuguesas vencidas. Com isso, o domínio holandês se estendeu de Alagoas até a Paraíba (1637 – Nova Holanda) e, mais tarde, da Bahia até o Maranhão.
Nova Holanda
Em 1637, chegou ao Brasil o conde Johann Mauritiu van Nassau-Siegen (Maurício de Nassau).
˃˃ Dentre suas realizações destacamos:
»» tolerância religiosa;
»» criação do Conselho dos Escabinos (uma espécie de Assembleia Legislativa);
»» embelezamento do Recife;
»» construção dos palácios de Friburgo e Boa Vista (atual convento de Carmos);
»» construção do primeiro observatório astronômico do Brasil;
»» incentivo às artes e às Ciências;
»» empréstimo para senhores de engenho.
Em 1643, reclamando dos altos gastos do governo de Nassau, a WIC passa a administrar a colônia.
A I Insurreição Pernambucana (1645 – 1654)
Marca a expulsão dos holandeses.
˃˃ Foi o primeiro grande movimento nativista, no qual se uniram o branco, o negro e o índio em uma causa comum. Seus líderes foram:
»» o índio Felipe Camarão (Poti);
»» o branco André Vidal de Negreiros;
»» o negro Henrique Dias.
 Diversos combates marcaram o episódio: Batalha do Monte das Tabocas (tomada de Olinda); Primeira Batalha de Guararapes (1648); Segunda Batalha de Guararapes (1649).
 Com a expulsão dos holandeses, o Tratado de Paz de Haia estabeleceu que Portugal indenizasse a Holanda, além de permitir que permanecessem no Brasil as famílias holandesas que assim desejassem.
Guerra dos Mascates (PE – 1710)
 
 Conflito entre Olinda e Recife. Os senhores de engenho de Olinda, já em decadência econômica, demonstram insatisfação com o desenvolvimento econômico do Recife, cidade de comerciantes (“mascates”) e que era subordinada a Olinda. O conflito entre comerciantes e senhores de engenho terminou com o reconhecimento da autonomia do Recife e, posteriormente, sua elevação à condição de capital do estado.
A II Insurreição Pernambucana (1817)
 Trata-se de um movimento que conseguiu reunir
membros da elite, da classe média e das camadas populares. Uma das principais características encontra-se no descontentamento da elite agrária, que desde o início da decadência da lavoura açucareira enfrentava dificuldades e que, com a vinda da Família Real para o Brasil, sentia-se ainda mais deslocada do poder e submetida a impostos para custear os gastos da monarquia sediada no Rio de Janeiro.
 O movimento teve suas origens na “Conspiração dos Suassunas”, de 1801, que, porém, foi logo abafada. Agora, em 1817, já estando D. João VI no Brasil, os revoltosos tomaram o governo e instituíram um governo provisório, que proclamou a “República Pernambucana”. O movimento expandiu-se, então para outras províncias, pois os revolucionários desejavam formar uma república e até mesmo, a constituição de uma “república de lavradores”.
 Entretanto, os principais líderes da revolta não se guiavam pelos interesses das camadas populares, mas pelas ideias liberais francesas. Apesar de o governo revolucionário ter decretado representante de todas as classes, a constituição revolucionária garantia o “direito de propriedade”, que na época significava, inclusive, “propriedade de escravos”.
 A revolta foi abalada e os líderes, violentamente punidos, com a morte de 12 envolvidos.
 EXERCÍCIO
01. A respeito da Revolução Pernambucana de 1817, considere as seguintes afirmativas:
I. Foi marcada por forte sentimento antilusitano, resultante do aumento dos Impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.
II. Não contou com o apoio de religiosos e militares, tendo apenas a adesão dos demais segmentos da população,
III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando do Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas.
V. Propunha a República, com igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.
 São verdadeiras apenas as afirmativas:
a) I,III e V 
b) I, II e III 
c) I,IV e VI 
d) II,III e IV 
e) II, III e V
GABARITO
01 – A

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