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MÉTODOS ELÉTRICOS LEVANTAMENTOS RADIOMÉTRICOS RADIOATIVIDADE • O esquecimento de uma rocha de urânio sobre um filme fotográfico virgem levou à descoberta de um fenômeno interessante: o filme foi velado (marcado) por “alguma coisa” que saía da rocha, na época denominada raios ou radiações. • Outros elementos pesados, com massas próximas à do urânio, como o rádio e o polônio, também tinham a mesma propriedade. • O fenômeno foi denominado radioatividade e os elementos que apresentavam essa propriedade foram chamados de elementos radioativos. • Na natureza, todos os elementos com número atômico (Z) maior que 83 são radioativos ISÓTOPOS ISÓTOPOS: Possuem o mesmo número de prótons (número atômico) e massas diferentes; ou seja, são formas do mesmo elemento com diferentes pesos atômicos; Atomos=prótons+nêutrons Os prótons (No atômico) identificam os elementos químicos, comandando seu comportamento em relação aos outros elementos; O número de nêutrons pode ser variável, com isso um mesmo elemento pode ter massas diferentes; 28 12Mg 27 12Mg 26 12Mg 25 12Mg 24 12Mg 23 12Mg 22 12Mg 21 12Mg 24 10Ne 26 11Na 25 11Na 24 11Na 23 11Na 22 11Na 21 11Na 20 11Na 19 11Na 23 10Ne 22 10Ne 21 10Ne 20 10Ne 19 10Ne 18 10Ne 17 10Ne 22 9F 21 9F 20 9F 19 9F 18 9F 17 9F 16 9F 20 8O 19 8O 18 8O 17 8O 16 8O 15 8O 14 8O 13 8O Isótopos Isótonos Isóbaros 18 7N 17 7N 16 7N 15 7N147N 13 7N 12 7N 16 6C 15 6C 14 6C 13 6C 12 6C 11 6C 10 6C 9 6C 13 5B 12 5B 11 5B 10 5B 9 5B 8 5B 12 4Be 11 4Be 10 4Be 9 4Be 8 4Be 7 4Be 6 4Be 9 3Li 8 3Li 7 3Li 6 3Li 5 3Li 8 2He 6 2He 5 2He 4 2He 3 2He 3 1H 2 1H 1 1H Número de neútrons (N) N úm er o de p ró to ns (Z ) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 ISÓTOPOS • Os isótopos são classificados em dois grupos: isótopos estáveis e isótopos radioativos • Os isótopos radioativos são instáveis e podem se desintegrar espontaneamente para formar outros elementos. A desintegração é acompanhada pela emissão de radioatividade. RADIOATIVIDADE • Quando um núcleo tem excesso de partículas ou muita energia, ele pode tornar-se instável. Se isso acontece ele procurara atingir a estabilidade emitindo algum tipo de radiação. Cada tipo de radiação produz efeitos diferentes nos átomos. Radiação alfa ou partícula alfa PROCESSOS DE DECAIMENTO RADIOATIVO Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia é o da emissão de um grupo de partículas positivas, constituídas por dois prótons e dois nêutrons, e da energia a elas associada. São as radiações alfa ou partículas alfa, núcleos de hélio (He), um gás chamado “nobre” por não reagir quimicamente com os demais elementos. Radiação beta ou partícula beta Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de nêutrons em relação a prótons, é através da emissão de uma partícula negativa, um elétron, resultante da conversão de um nêutron em um próton. É a partícula beta negativa ou, simplesmente, partícula beta. No caso de existir excesso de cargas positivas (prótons), é emitida uma partícula beta positiva, chamada pósitron, resultante da conversão de um próton em um nêutron. PROCESSOS DE DECAIMENTO RADIOATIVO Radiação gama Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ( ) ou beta (), o núcleo resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo esse excesso em forma de onda eletromagnética, da mesma natureza da luz, denominada radiação gama. PROCESSOS DE DECAIMENTO RADIOATIVO MEIA VIDA: A meia-vida de um elemento é definida como o tempo levado para que o N0 diminua pela metade. A constante de decaimento não é afetada por condições externas como temperatura, pressão e composição química. Decaimento radioativo para os isótopos radiogênicos (filhos) D = D0 + D* D* = N0 – N • D* = N(eλt – 1) • D= quantidade de isótopos filhos presentes no sistema; Do=quantidade presente inicialmente de isótopos filhos; D*=quantidade de isótopos radiogênicos (filhos) produzidos pelo decaimento dos isótopos radioativos em um tempo t. DECAIMENTO RADIOATIVO é a constante de decaimento radioativo, N0 e o numero de radionuclídeos presentes no tempo t = 0 e N e o numero de nuclídeos presentes apos um tempo t. DECAIMENTO RADIOATIVO ISÓTOPOS MAIS UTILIZADOS EM DATAÇÃO RADIOMÉTRICA E SUAS RESPECTIVAS MEIAS-VIDAS SÉR IES R A D IO A TIV A S N A TU R A IS SÉRIE DO URÂNIO SÉRIE DO ACTÍNIO SÉRIE DO TÓRIO Urânio-238 4,5 bilhões de anos Urânio-235 713 milhões de anos Tório-232 13,9 bilhões de anos α α α Tório-234 24,6 dias Tório-231 24,6 horas Rádio-228 5,7 anos β β β Protactínio-234 1,4 minutos Protactínio-231 32.000 anos Actínio-228 6,13 horas β β α Urânio-234 270.000 anos Actínio-227 13,5 anos 13,5 anos Tório-228 1,9 anosα αα β Tório-230 83.000 anos Frâncio-223 21 min Tório-227 21 min Rádio-224 3,6 dias αα α βRádio-226 1.600 anos Rádio-223 11,4 dias Radônio-220 54,5 segundosα α αRadônio-222 3,8 dias Radônio-219 3,9 segundos ●●● ●●● ●●● Polônio-210 140 dias Polônio-211 0,005 segundos Polônio-212 0,0000003 segundos Chumbo-206 estável Chumbo-207 estável Chumbo-208 estável α α α ISÓTOPOS DE CHUMBO O Pb possui quatro isótopos naturais, 208Pb, 207Pb, 206Pb e 204Pb; 208Pb é gerado pelo decaimento radioativo do 232Th; 207Pb e 206Pb são produzidos pelo decaimento radioativo de 235U e 238U; O 204Pb não é radioativo e, é considerado um isótopo estável de referência; O Pb tem como fonte natural as rochas e, como fonte antropogênica (emissões industriais e urbanas); Os isótopos do chumbo são usados pelos geólogos para a datação; identificação e caracterização de fontes e processos geológicos; Cannon et al (1961) e Gulson (1986) 238U 206Pb=4,5 bilhões de anos 235U 207Pb= 713 milhões de anos 232Th 208Pb=13,9 bilhões de anos IS Ó TO P O S D E C H U M B O A composição isotópica de uma amostra contendo Pb pode ser modificada pelo decaimento de U e Th, ou pela mistura de Pb contendo diferentes composições isotópicas. O resultado destes processos são composições isotópicas de Pb de rochas e minerais apresentando variações complexas, as quais refletem sua história geológica. As razões U/Pb e Th/Pb podem ser alteradas pela geração e fracionamento magmático, por processos hidrotermais e metamórficos, ou mesmo pelo intemperismo e outros processos de alteração de baixa temperatura na superfície da Terra (Faure, 1986); A composição isotópica de Pb nos diferentes tipos de rocha é um registro dos ambientes químicos onde o Pb residiu: o manto, rochas crustais ou minerais de Pb (Faure, 1986); ISÓTOPOS DE CHUMBO MÉTODOS DE DATAÇÃO CARBONO 14- 14C • Um dos métodos isotópicos usado para datar materiais formados mais recentemente e para medir intervalos de tempo menores é o método baseado no decaimento radioativo do isótopo Carbono-14, cujo meia vida é de 5730 anos. Com um intervalo de tempo tão curto, passível de ser usado apenas para determinar idades durante os últimos 50000 anos, este método tornou-se uma ferramenta fundamental para datar episódios importantes da pré-História e História humana. CARBONO 14- 14C • Os organismos absorvem 14C pela fotossíntese do CO2 ou peloconsumo de matéria orgânica e tem uma concentração constante de 14C enquanto vivem. • Após a morte, o estoque de 14C no tecido não mais é alimentado pela fotossíntese ou pela dieta alimentar. Esse estoque de 14C decai para 14N novamente por decaimento β. • A idade da amostra de um osso humano, por exemplo, ou de uma matéria orgânica qualquer morta, pode ser determinada com base na taxa de produção e na meia vida do 14C e na quantidade de 14C que ainda não decaiu e permanece na amostra MÉTODOS DE DATAÇÃO MATERIAIS DATÁVEIS PELO MÉTODO DO RADIOCARBONO • carvão, madeira, turfa, solo • sementes, pólen • ossos, conchas calcárias, casca de ovo • couro, pelos-cabelos, papel • gelo e água • tecidos, cerâmica, pinturas rupestres • espeleotemas • resinas e colas. LIMITAÇÕES DO MÉTODO QUANTIDADE DE AMOSTRA • A atividade radioativa natural do 14C é de 13.5 desintegrações por minuto por grama de carbono. Após 57.300 anos – 10 meias vidas – o número de desintegrações em 1 grama de carbono se reduzem a 2,2 POR DIA! • Dificuldade de se isolar a radioatividade da amostra daquela externa (próprio aparelho, material de laboratório, etc). • A datação de amostras muito velhas (> 35.000 anos) requer pelo menos 100 g de carbono. • Limite de datação – cerca de 70.000 anos MÉTODO POTÁSSIO-ARGÔNIO • potássio ocorre na forma de três isótopos - 39K, 41K - estáveis 40K - instável • Produtos do decaimento – 40Ar - maior ocorrência nas rochas 40Ca • Método utilizado na datação das rochas basálticas oceânicas - rochas recém formadas não apresentam qualquer teor de argônio, que começa a se formar com o decaimento do potássio. • O gás se aloja na estrutura cristalina dos cristais, sendo expulso por aquecimento em laboratório. A datação neste caso se baseia não no decaimento radioativo do 40K mas no aumento da quantidade do produto parente 40Ar. • O 40K possui meia-vida de 1,4 bilhão de anos, o que torna o método capaz de medir idades de dezenas de milhões até bilhões de anos. MÉTODO 40K-39AR • Vantagens do método • K-Ar são medidos na mesma fração da amostra. A técnica de aquecimento gradativo permite detectar perdas de Ar e a presença de Ar estranho; . • Desvantagens do método • Procedimento analítico complicado (necessidade de um reator atômico) • Curto tempo entre a irradiação e análise da amostra. • Perda de Ar (gás volátil) nas bordas do mineral. MÉTODO 40K-39AR APLICABILIDADE DO MÉTODO-MÉTODO 40K-39AR • Idades de resfriamento em rochas ígneas e metamórficas. Muscovita 300-350oC, Biotita 250- 280oC. • Idades de eventos geradores de mineralizações de baixa temperatura (hidrotermalismo pósmagmático). • Mapear possível zonamento termal em grãos minerais, indicativo da perda de Ar durante o seu desenvolvimento. Núcleo mais antigo do que as bordas. QUÍMICA DO RUBÍDIO (Rb) • O Rubídio (Rb) é um metal alcalino do grupo IA da tabela periódica. No ciclo geroquímico acompanha o potássio (K). • O Rb tem Z = 37 • Não forma minerais e ocorre principalmente em minerais contendo K (micas como biotita, muscovita, flogopita e lepidolita). Também em ortoclásio, microclínio, evaporitos (siderita, carnalita) em alguns argilominerais. • Nos minerais piroxênios, olivina, anfibólios e plagioclásios, ocorre em baixas concentrações. • Em rochas ultrabásicas, a concentração é relativamente baixa quando comparada com a concentração nas rochas graníticas. QUÍMICA DO ESTRÔNCIO (Sr) • O Sr é um elemento alcalino terroso do Grupo IIA na tabela periódica. No ciclo geoquímico acompanha o Ca. • Sr tem Z = 38; • Ocorre principalmente em minerais portadores de Ca, tipo plagioclásios, anfibólios, piroxênios, apatita e carbonatos de cálcio. • Os minerais do grupo das micas e feldspatos alcalinos possuem baixas concentrações. MÉTODO URÂNIO-TÓRIO-CHUMBO • O método é utilizado na datação de amostras com idades superiores a 30 Ma de anos – até 3.8 Ba de anos. • Produtos intermediários do decaimento são também utilizados em datações: • 230Th e 234U - datação de amostras entre 10.000 e 350.000 anos • 231Pa e 238U - datação de amostras entre 5.000 e 150.000 anos • 234U e 235U - em depósitos carbonáticos (conchas e corais) emersos datação de amostras entre 40.000 e 1.000.000 anos • 210Pb e 206Pb - medição de taxas de deposição em sedimentos recentes (102 anos) MÉTODO SM/ND • O Método Sm-Nd tem por base o decaimento de um isótopo radioativo de samário (147Sm) para um isótopo radiogênico de neodímio (143Nd) por emissão de partículas α. O decaimento ocorre à taxa muito lenta, com uma meia-vida de 106 Ga, ou seja, mais de 23 vezes a idade da Terra. • Sm e Nd são elementos terras raras (Grupo 3B) que ocorrem na maioria dos minerais formadores de rochas. • Sm Z = 62 • Nd Z = 60 O MÉTODO U-PB • Neste método utiliza-se minerais muito resistentes à ação intempérica (zircão, monazita, titanita, rutilo, xenotina, etc.), portanto, mesmo amostras muito alteradas são passíveis de utilização nas datações U-Pb. • As amostras devem ser representativas da unidade a ser datada; • Quando não se conhece antecipadamente a mineralogia da rocha, sugere-se a coleta de amostras com aproximadamente 10 kg, para não ter que retornar ao campo apenas para uma nova coleta de amostras • Obs.: se em 10 kg da amostra não encontrarmos o mineral desejado, dificilmente o encontraremos em um volume maior. O MÉTODO U-PB MINERAIS DATADOS POR U/PB • Zircão é o mineral mais indicado, no momento de sua cristalização, só aceita U na sua estrutura. • Todo urânio de ocorrência natural contém 238U e 235U na relação 138:1, se desintegram para 206Pb e 207Pb respectivamente. INSTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO DE RADIOATIVIDADE CONTADOR GEIGER O contador Geiger funciona da seguinte maneira: quando a radiação entra pelo tubo contendo argônio, este gás é ionizado, conforme é mostrado abaixo: • o ser ionizado, o argônio fecha o circuito elétrico do aparelho, que é composto de eletrodos de cargas elétricas opostas. Com a formação dos íons, conduz-se eletricidade entre o cátodo e o ânodo, acionando, assim, um contador ou alto-falante. O sinal que indica a presença de radiação pode ser sonoro, uma luz ou a deflexão do ponteiro do medidor. Normalmente, ouvem-se estalos no contador, o que permite a contagem das partículas radioativas. CONTADOR GEIGER Hoje em dia este aparelho é um grande aliado das pessoas que trabalham com material radioativo; principalmente quando ocorrem acidentes nucleares, pois as substâncias que se desintegram são capazes de ionizar o ar e assim contaminar outros corpos no ambiente. CONTADOR DE CINTILAÇÃO OU CINTILÔMETRO: Esse cintilômetro é capaz de medir a radiação eletromagnética (raios gama). Funcionamento: o cintilômetro é aproximado da fonte radioativa. A radiação incidente no cristal de iodeto de sódio ativado com tálio provoca no mesmo uma pequena cintilação, que é transformada em impulso elétrico pela válvula fotomultiplicadora. Esse impulso é amplificado pela válvula. Depois de amplificados, os impulsos elétricos serão medidos em um microamperímetro. Através do seu visor é possível medir e verificar a intensidade da radiação. A medida é dada por contagens por segundo (cps). INSTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO DE RADIOATIVIDADE ESPECTRÔMETRO DE RAIOS GAMA: É uma extensão do contador de cintilação que permite a identificação do elemento fonte. Isto é possível porque o espectro de raios gama de 40K, 235U e 232Th contém picos que representam estágios em sua série de decaimento. Uma vez que, quanto mais alta a frequência da radiação gama, maior seu conteúdo de energia, é usual expressar o espectro em termos de níveis de energia. INSTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO DE RADIOATIVIDADE MEDIDOR DE EMANAÇÕES DE RADÔNIO: O radônio é o único elemento radioativo gasoso.Sendo um gás nobre, ele não forma compostos com outros elementos e se move livremente através dos poros, das juntas e das falhas em subsuperfície. É um dos produtos da série de decaimento do 238U, com meia-vida de 3,8 dias, e a presença de 222Rn na superfície é geralmente uma indicação de concentrações de um urânio em subsuperfície. O emanômetro de radônio amostra o ar retirado de um furo de sondagem raso. A amostra é filtrada, seca e passada por uma câmara ionizadora onde a atividade das partículas alfa é imediatamente monitorada para fornecer uma taxa de contagem. O emanômetro de radônio é relativamente lento para uso no campo. INSTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO DE RADIOATIVIDADE • LEVANTAMENTO TERRESTRE • Levantamentos radiométricos terrestres podem ser realizados com qualquer instrumento. O Contador Geiger-Muller, que detecta a radiação beta e gama, e normalmente utilizado manualmente, já o cintilômetro e o espectrômetro, que detectam a radiação gama, podem ser usados em veículos. • Além de serem baratos em relação a outros métodos geofísicos, trabalhos de levantamentos radiométricos são simples e rápidos, não exigindo nenhuma grande experiência particular LEVANTAMENTOS DE CAMPO RADIOATIVIDADE • A pesquisa de minerais radioativos tornou-se importante nas últimas poucas décadas, por causa da demanda por combustíveis nucleares. • O levantamento radiométrico é empregado na pesquisa dos depósitos necessários a elementos radioativos, como titânio e o zircônio. • Os levantamentos radiométricos são úteis no mapeamento geológico, pois diferentes tipos de rochas podem ser reconhecidos por sua distinta assinatura radioativa. • Há mais de 50 isótopos radioativos de ocorrência natural, mas a maioria é rara ou somente muito fracamente radioativa. • Os elementos de maior interesse em exploração radiométrica são o urânio (238U), o tório (232Th) e o potássio (40K) LEVANTAMENTO AEREO • As medições aéreas da energia natural gama são feitas na maioria das vezes com cintilômetros ou com espectrômetros em uma aeronave voando baixo, pois o sinal dos raios gama vindos de fontes radioativas decresce exponencialmente com a distância devido a atenuação dos raios gama na atmosfera. • Como via de regra, a altitude não pode exceder 225 metros para produzir medições estatisticamente validas, sendo realizados normalmente em altitudes de 122 metros (Pitkin e Duval, 1980). LEVANTAMENTOS DE CAMPO • Contador de Geiger: • As investigações com o contador Geiger são limitadas ao levantamento de solo. As taxas de contagem são anotadas e sua significância é avaliada em relação aos efeitos de fundo resultantes do conteúdo em potássio das rochas locais, do resíduo nuclear e da radiação cósica. • Uma anomalia apreciável seria de mais de três vezes a taxa de contagem de fundo. • Os contadores de cintilação podem também ser utilizados em levantamentos de solo e são geralmente posicionados sobre exposições de rochas. • A superfície do terreno deve ser relativamente plana, de forma que as emissões radioativas se originem do meio abaixo do instrumento. • Se esta condição não for preenchida, um colimador pode ser usado para assegurar que não cheguem emissões radioativas das áreas elevadas ladeando o instrumento LEVANTAMENTOS DE CAMPO • A maior parte dos levantamentos radiométricos é aereotransportada, empregando sensores de cintilação maiores que os instrumentos para levantamento no solo, com o consequente aumento na sensibilidade das medições. • Os instrumentos são conectados a registradores analógicos e a navegação é realizada por meio dos métodos LEVANTAMENTOS DE CAMPO APLICAÇÃO NA GEOLOGIA Rochas sedimentares: fornecer registro da história geológica e sedimentar; investigar as fontes e o transporte dos sedimentos; Rochas ígneas e metamórficas: estudos petrogenéticos; identificação e caracterização de fontes e processos geológicos. MÉTODO RADIOMÉTRICO OU RADIOMETRIA • O método radiométrico ou radiometria, consiste em detectar as emissões nucleares das rochas que contêm minerais radioativos. Normalmente detecta-se a radiação gama através de um cintilômetro ou contador Geiger. Os instrumentos radiométricos foram desenvolvidos primordialmente para a detecção de urânio, mas logo apareceram outras aplicações importantes • Atualmente o método é muito usado para mapeamento geológico, identificando as litologias pelo conteúdo radioativo. • Outra aplicação comum, consiste em injetar uma solução radioativa artificial (traçador) no subsolo ou em um aquífero, para acompanhar a trajetória dessa solução. • O objetivo nesse caso pode ser, por exemplo, verificar a possibilidade de infiltrações que possam vir a contaminar o aquífero. MÉTODO RADIOMÉTRICO OU RADIOMETRIA • Uma das aplicações mais importantes é a possibilidade de se determinar a idade das rochas através do estudo das razões entre certos elementos radioativos e seus produtos. • Os métodos mais comuns são K-Ar (Potássio-Argônio), Rb-Sr (Rubídio- Estrôncio), U-Pb (Urânio- Chumbo), Ar-Ar entre outros. Os diversos métodos são aplicáveis dependendo do tipo de rocha e da idade esperada através de observações geológicas. • Em laboratório pode-se também determinar com precisão a quantidade com que os elementos radioativos ou seus isótopos comparecem numa rocha. • Este estudo poderá revelar vários aspectos da história geológica dessa rocha, ou estabelecer comparações entre vários tipos semelhantes de um mesmo tipo de rocha. Por exemplo, se elas podem ter se formado a partir da mesma fonte de magma, no caso de rochas ígneas, ou se derivam da mesma rocha-fonte, através da erosão, no caso de rochas sedimentares. MÉTODO RADIOMÉTRICO OU RADIOMETRIA
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