AULA 1 Imunologia - conceitos

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Imunologia Clínica e Sorodiagnóstico
Professor: Lucas Lima
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Conceitos
Imunologia: área da biologia destinada ao estudo do sistema imunológico. 
Imunidade: é a capacidade do organismo de reconhecer substâncias, consideradas estranhas e promover uma resposta contra elas, tentando eliminá-las.
A palavra imunidade origina-se do latim immunis, que se refere a pessoas protegidas ou beneficiadas em relação às demais.
 A grande maioria das substâncias que o organismo reconhece como “estranhas” consiste em microrganismos ou substâncias que não são próprias dele e, portanto, a eliminação desses agentes é um mecanismo de proteção.
 No caso de existirem células
anômalas, como células neoplásicas, também ocorre defesa diante do agente endógeno.
 Assim, quase sempre a imunidade é benéfica ao indivíduo.
Em uma minoria de casos, o organismo passa a reconhecer como agente “estranho” um componente endógeno próprio do organismo ou responde de forma exacerbada contra certos
agentes exógenos. 
Nesses casos, a defesa passa a ser prejudicial.
Objetivo do estudo da Imunologia 
Conhecer os conceitos da resposta imunológica, os elementos inerentes a ela, como esses elementos estão envolvidos nos mecanismos de defesa do organismo, como pode ser feita a avaliação imunológica e como as alterações do sistema imunológico podem levar a doenças.
Origem da Imunologia
 A varíola é uma doença infecto-contagiosa. É causada por um Orthopoxvirus;
 Afetou a humanidade de forma significativa, por mais de 10000 anos;
 Se dá pelo contato com pessoas doentes ou objetos que entraram em contato com a saliva ou secreções destes indivíduos.
 Petrando no corpo, o patógeno se espalha pela corrente sanguínea e se instala, principalmente, na região cutânea, provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira intensa e dor. 
 Erradicada desde o fim da década de setenta, graças à vacinação
Origem da Imunologia (1976-1978) Edward Jenner 
A VACINAÇÃO DE JENNER.
Curiosamente, em 1796, o médico inglês do interiorchamado Edward Jenner observou que em vacas a varíola (
cowpox 
ou
vaccínia
) tambémse manifestava, porém de uma forma bem mais branda e atípica em relação à humana.A característica da cowpox, assim chamada diferentemente da humana (
smallpox 
),manifestava-se por pústulas no úbere (teta da vaca), cujas infecções eram passadas paraas mãos e braços das pessoas que trabalhavam na ordenha. E notou que as mulheresordenhadoras que se recuperavam da varíola bovina, nunca contraíam a varíola humana.Após alguns anos de convívio com o fato e fazendo observações científicas, Jennercoletou material da ferida de uma ordenhadora de vacas que tinha contraído a varíolabovina e então inoculou o material no braço de um menino de 8 anos de idade. Seissemanas mais tarde, depois que a reação ao material injetado já havia se normalizado,Jenner infectou o menino com a varíola humana. Foi um ato de pouca (ou nenhuma)ética, mas o fato é que o menino havia se tornado resistente (imune) à varíola humana.O médico então, repetiu o experimento diversas vezes até publicar seu trabalho na Royal Society 
. Este método foi denominado
VACINAÇÃO
(que deriva da palavra
vaccinus
= vaca). O método de Jenner se espalhou rapidamente pelo mundo e até ossoldados de Napoleão Bonaparte foram vacinados. Jenner se tornou um herói por terintroduzido um método capaz de erradicar uma doença importante. Esta metodologiade prevenção à doença levou à prática de vacinação, cuja palavra tem origem grega em
vacca
, dando origem ao nome
vaccínia
que levou à palavra
vacinação
, que é osignificado do processo de imunização.
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Vacinação
VACINAÇÃO deriva da palavra vaccinus = vaca
1900
Antígeno X Anticorpo
Fui atingido, vá em frente sem mim
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 Os anticorpos são glicoproteínas presentes no sangue do hospedeiro. Já os antígenos são quaisquer substâncias dos agentes infecciosos que ao ser introduzido no hospedeiro são capazes de desencadearem a resposta imune com o reconhecimento e produção de anticorpos e ativação de células do sistema imune. 
Self e Non - self
 O sistema imune tem a capacidade de conhecer e distinguir o que é próprio do que não é próprio. Isso acontece devido as moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e aos linfócitos T.
 As moléculas de MHC possuem peptídeos ligados em sua estrutura. Esses peptídeos podem ser próprios do indivíduo ou peptídeos estranhos.
As moléculas de MHC não tem a capacidade de reconhecer entre peptídeos próprios ou não próprios, somente expondo na superfície celular o complexo peptídeo – MHC
As células que irão reconhecer o complexo peptídeo – MHC são os linfócitos T, que devido a sua sensibilidade , irão reconhecer somente os complexos pelo qual contém peptídeos estranhos.
Termos
Infecção: permanência no organismo de um microrganismo estranho (bactéria, fungo, parasita ou vírus) capaz de se multiplicar e provocar doenças ou alterações patológicas de maior ou menor gravidade
Infecção ≠ Inflamação
Resistência: é a capacidade que o hospedeiro tem de combater o agente infeccioso. 
Infectividade: é o nome que se dá à capacidade que tem certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção.
Virulência: é a capacidade que o microorganismo tem de causar danos (infecções). A resistência dos microorganismos aos antibióticos implica a sua maior ou menor virulência. Podemos dizer que a virulência representa o conjunto de armas agressiva que o microorganismo possui para afetar seu hospedeiro.
Fatores que influenciam na infecção
Poder de invasão: multiplicar-se e invadir os tecidos
Poder toxígeno : capacidade de secretar produtos tóxicos
Resistência: do hospedeiro contra a ação do microrganismo.
Inespecífica: defesa orgânica geral, própria de cada indivíduo.
Específica : conseqüência de ataques prévios ou vacinação.
A doença representa a quebra do equilíbrio em favor do microrganismo na luta entre a Virulência X Resistência
Cada organismo, ou mesmo cada espécie, tem um grau diferente de resistência para um mesmo agente, atuando de forma determinante para a gravidade da infecção