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CERIMONIAL E REGRAS DE PROTOCOLO

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Cerimonial e 
Regras de ProtocolosCerimonial e 
Regras de Protocolos
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Cecília Maria de Souza Pinheiro
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mais informações www.iesde.com.br
Cecília Maria de Souza Pinheiro
IESDE Brasil S.A.
Curitiba
2011
Cerimonial e 
Regras de Protocolos
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© 201� – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito 
dos autores e do detentor dos direitos autorais.
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: Jupiter Images, Shuherstock
IESDE Brasil S.A. 
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
P654 c Pinheiro, Cecília Maria de Souza. / Cerimonial e regras de protocolos. / Cecília 
Maria de Souza Pinheiro. — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2011.
92 p.
ISBN: 978-85-387-1572-6
1. Civilização. 2. Regras. 3. Usos e costumes. 4. Etiqueta. 5. Relacionamento. 
I. Título. 
CDD 394.4
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Graduada em Psicologia pela Universidade Tuiuti do 
Paraná (UTP). Especialista em Psicodrama com atuação em 
grupos terapêuticos pela Sociedade Paranaense de Psico-
drama. Elaboração e aplicação de cursos junto à Unicenp, 
Unicuritiba e Unihab, com temas referentes à comunica-
ção, liderança, stress, qualidade de vida, entre outros. Pro-
jeto e desenvolvimento de treinamento de equipes.
Cecília Maria de Souza Pinheiro
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Sumário
Cerimonial público .................................................................................................9
Conceito de “cerimonial” .......................................................................................................................... 9
Ordem de precedência segundo o Decreto 70.274/72 ..............................................................10
Símbolos nacionais ..................................................................................................................................15
Organização e tipos de mesas .............................................................................................................19
Regras de localização de mesas e lugares .......................................................................................22
Recepção oficial a chefes de Estado ..................................................................................................23
Cerimonial social ...................................................................................................33
Histórico do cerimonial ..........................................................................................................................33
Boas maneiras ............................................................................................................................................35
Organização de um jantar formal .......................................................................................................36
Regras básicas de etiqueta à mesa ....................................................................................................37
Recepção à mesa: buffet, cocktail e chá ............................................................................................40
Recursos de projeção ..............................................................................................................................41
Trajes e condecorações .......................................................................................47
Usos de insígnias ......................................................................................................................................47
Condecorações..........................................................................................................................................48
Vestes de corte ou talares .....................................................................................................................54
Vestes tradicionais ...................................................................................................................................54
Uniformes ....................................................................................................................................................56
Trajes sociais ...............................................................................................................................................57
Cartão de visitas e convites ...............................................................................65
Cartão pessoal ...........................................................................................................................................65
Cartão profissional ...................................................................................................................................66
Uso .................................................................................................................................................................68
Formas de tratamento ............................................................................................................................69
Convites .......................................................................................................................................................70
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Cerimonial empresarial .......................................................................................79
Organização de eventos ........................................................................................................................79
Características de eventos ....................................................................................................................80
Planejamento .............................................................................................................................................81
Checklist .......................................................................................................................................................81
Protocolo e cerimonial no Mercosul . ................................................................................................84
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Apresentação
Os assuntos abordados neste livro, como cerimonial 
público, social e empresarial, visam esclarecer o aluno 
acerca do tema cerimonial e prepará-lo quanto às regras 
sociais pertinentes a cada evento. Muita insegurança e 
senso de inadequação social poderão ser superados com 
esta leitura.
Num mundo globalizado, com sua massificação dos 
costumes, este instrumento visa também transmitir, atra-
vés da construção do conhecimento histórico pelas inter-
pretações e reinterpretações do passado, a trajetória do 
cerimonial e a sua aplicação prática.
Muito mais do que a aplicação de normas ou regras 
de conduta, a mentalidade de respeito recíproco, honra e 
distinção deve ser a tônica a reger os relacionamentos em 
sociedade. Faço um convite à leitura desta obra.
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Cerimonial público
Conceito de “cerimonial”
Esta aula apresentará uma avaliação acerca do significado de cerimonial, regras 
de protocolo e de etiqueta, definindo esses conceitos. Vamos identificar a precedência1 
para se compor uma mesa: corpo diplomático, autoridades eclesiásticas etc., e analisar 
o tipo de cerimonial público, o uso de símbolos nacionais e bandeiras, entre outros.
Mas como definir “cerimonial”? O cerimonial aparece como uma forma de cultuar 
e consolidar valores comuns. Para se viver em sociedade, foram criadas regras para um 
convívio em harmonia, respeitando usos e costumes que são próprios de cada cultura. 
Festejar a vida e honrar pessoas faz parte do cerimonial. 
Segundo o dicionário Aurélio (FERREIRA, 1975, p. 309), cerimonial é o “conjunto 
de formalidades que se deve seguir num ato solene ou festa pública. Regra que estabe-
lece tais formalidades”. Muitos autores não fazem distinção entre cerimonial, protocolo 
e etiqueta. Ainda de acordo com Aurélio (FERREIRA, 1975, p. 1.159), protocolo seria 
o “formulário regulador de atos públicos” e etiqueta, “conjunto de cerimônias que se 
usam na corte ou na casa de um chefe de Estado. Regras, normas, estilo”. Na verdade, 
o cerimonial está voltado para o convidado e define as regras que este deve seguir. O 
convidado, por sua vez, deve conhecer regras básicas de etiqueta para corresponder 
ao cerimonial, já o protocolo é a regra em si. O protocolo determina as normas e regras 
de comportamento aos governos e representações para ocasiões tanto particulares 
quanto oficiais, enquanto o cerimonial determina a ordem a ser seguida em um evento. 
E boas maneiras norteiam ambos. Respeito e consideração pelo outro são a tônica. 
 Independente de o lugar ser um ambiente profissional, social ou até mesmo um 
ambiente mais informal, o conhecimento de regras de etiqueta e o seu devido cumpri-
mento conferem sabedoria a quem o detém bem como minimiza a possibilidade de 
se cometer gafes. 
O Decreto 70.274/72 norteia regras de como organizar um evento oficial no Brasil 
com normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência. Cada ritual tem o 
1 Precedência: condição do que deve estar em primeiro lugar; prioridade; preferência; ordem de importância.
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seu próprio código, que é criado em função da cultura local e, outras vezes, como um 
procedimento mais rigoroso e criterioso, para que ao observá-lo a pessoa se torne mais 
adequada àqueles costumes. 
Quanto ao cerimonial público, deve ser estrita a observância de certas formalida-
des entre autoridades nacionais e estrangeiras em eventos oficiais. 
O Ministério das Relações Exteriores possui uma vasta gama de atribuições, ca-
bendo a ele toda a articulação dos eventos públicos relacionados à nação e outros 
Estados. Constam desde organização de encontros presidenciais e troca de correspon-
dência oficial entre presidentes e outros chefes de Estado até cerimônias de posse, or-
ganização de visitas oficiais, recepção, condecoração e visitas ao Brasil por delegações 
estrangeiras.
O cerimonial cumpre também funções de ensino, legal, de tratamento e ritual. 
A função de ensino tem por objetivo aspectos relacionados à cultura inerentes às de-
terminadas civilizações. No aspecto legislativo, com o Decreto 70.274/72, foram codi-
ficados regras e preceitos a serem observados em todos os eventos formais nacionais. 
Em relação ao tratamento, o cerimonial aborda a linguagem protocolar e formas de 
conduta, bem como a cortesia, redação e expressão oficial e diplomática. A função de 
ritual é a mais importante e engloba precedência, símbolos de poder, horários, privilé-
gios, além de gestos e preceitos. Por fim, há a questão da festividade, que pode tratar 
de algumas frivolidades.
Ordem de precedência segundo o Decreto 70.274/72
A ordem de precedência existe inclusive dentro da família, o que vale dizer que 
se trata da hierarquia grupal. Existe um lugar de comando de autoridade que deve ser 
respeitado e honrado. Em se tratando do Estado, a ordem de precedência é a sequên-
cia pela qual se estabelece a estrutura máxima do Estado, quando se estabelece hie-
rarquicamente as disposições das autoridades do Estado e/ou grupo social. Ela existe 
em todos os níveis da sociedade. O referido decreto, em 96 artigos, determina todos 
os processos hierárquicos das autoridades constituídas nos diversos níveis – federal, 
estadual e municipal – sobre que venham participar de ato público, portanto há ne-
cessidade de protocolo.
Universidades também devem seguir esse decreto em suas solenidades, onde 
conste a presença de autoridades que não sejam da instituição, respeitando a ordem 
de precedência desta. O reitor tem precedência sobre as demais autoridades presentes 
num ato oficial da instituição e cabe a ele presidir a solenidade. Exceto em casos espe-
ciais, quando uma autoridade maior em hierarquia estiver presente, como é o caso do 
presidente e do vice-presidente da República.Ce
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Em eventos da universidade, o reitor só cede a precedência no caso anteriormen-
te mencionado. Em todas as outras situações, o reitor precede a: ministros de Estado, 
chefes de Estados estrangeiros, senadores, governadores, deputados federais e estadu-
ais, prefeitos, vereadores, comandantes militares, e quaisquer outras autoridades. Esse 
procedimento aplica-se aos eventos com autoridades convidadas e apenas quando se 
tratar do reitor, ou do vice-reitor no exercício da reitoria.
Cabe à chefia do cerimonial fazer as recomendações de precedência e condução 
das cerimônias universitárias.
De acordo com o Decreto 70.274/72, alguns protocolos ficaram estabelecidos:
 Abertura – saudação e a declaração solene de abertura.
 Saudação às autoridades que compõem a mesa de honra e a composição da 
mesa propriamente dita.
 Execução do hino nacional.
 Boas vindas pelo anfitrião2.
 Pronunciamentos – eles devem ser executados em ordem ascendente (menor 
hierarquia para maior), a pessoa mais importante fala por último. 
 Dependendo do caso, inserir entrega de certificados, premiações e assinatura 
de acordos. As apresentações artísticas tais como música e dança são perti-
nentes nesse momento.
 Execução do hino estadual e/ou do município.
 Encerramento – cocktail e novamente apresentações artísticas conforme os 
casos.
O cerimonial público abrange: 
 cerimonial da Presidência da República; 
 cerimonial civil e militar;
 cerimonial dos estados e municípios.
Os critérios determinados para estabelecer precedência do corpo diplomático e 
autoridades eclesiásticas não são estanques, mas se somam ou se completam.
2 No caso de conferências, somente o anfitrião fala. O tempo maior é para o conferencista. 
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Quadro 1 – Ordem de precedência em relação ao 
corpo consular
1. Cônsules Gerais de Carreira
2. Cônsules Gerais Honorários
3. Cônsules Gerais Adjuntos de Carreira
4. Cônsules de Carreira
5. Cônsules Honorários 
 Nacionalidade Estrangeira
 Nacionalidade Brasileira
6. Cônsules Adjuntos de Carreira
7. Cônsules Adjuntos de Honorários
 Nacionalidade Estrangeira
 Nacionalidade Brasileira
8. Vice-Cônsules de Carreira
9. Vice-Cônsules Honorários 
 Nacionalidade Estrangeira
 Nacionalidade Brasileira
Quadro 2 – Ordem de precedência em relação à 
autoridades eclesiásticas
a) Na Igreja Católica Apostólica Romana: 
1. Cardeal Primaz
2. Cardeal
3. Núncio Apostólico 
4. Internúncios Apostólicos
5. Patriarcas, Arcebispos, Bispos
6. Pronotários Apostólicos7. Prelado Doméstico 
8. Camareiro Secreto
9. Arcediagos
10. Arciprestes
11. Chantres
12. Cônegos
13. Vigários Episcopais
14. Vigários e Sacerdotes
15. Diáconos e Religiosos
b) Na Igreja Evangélica Luterana do Brasil: 
1. Pastor Presidente
2. Pastor Conselheiro Regional
3. Pastor Conselheiro Distrital
c) Na Igreja Evangélica de Confissão Luterana: 
1. Pastor Presidente
2. Pastor Regional
3. Pastor Presidente de Distrito
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Quadro 2 – Ordem de precedência em relação à 
autoridades eclesiásticas
d) Na Igreja Metodista: 
1. Bispo Presidente do Concílio Geral
2. Bispo Presidente do Concílio Regional
3. Bispo Presidente dos Conselhos Locais
Quadro 3 – Ordem de precedência em cerimônias 
oficiais de caráter federal
1. Presidente da República
2. Vice-Presidente da República
3. Presidente do Congresso Nacional
4. Ministros de Estado
5. Almirantes de Esquadra
6. Ministros do Tribunal Federal de Recursos
7. Contra-Almirantes
8. Presidentes das Confederações Patronais e de Trabalhadores de âmbito 
nacional 
9. Juízes dos Tribunais de Contas do Distrito Federal e dos Estados
10. Oficiais de Gabinete do Gabinete Civil da Presidência da República
11. Professores de Universidades
Quadro 4 – Ordem de precedência dos Ministérios e Órgãos com prerro-
gativa e direitos de Ministério, de acordo com sua constituição histórica
1. Justiça 
2. Marinha
3. Exército 
4. Relações Exteriores
5. Fazenda 
6. Transportes 
7. Agricultura e Abastecimento
8. Educação e do Desporto
9. Cultura
10. Trabalho
11. Previdência e Assistência Social
12. Aeronáutica 
13. Saúde 
14. Indústria, do Comércio e do Turismo
15. Minas e Energia
16. Planejamento e Orçamento
17. Comunicações 
18. Administração Federal e Reforma do Estado
19. Ciência e Tecnologia
20. Meio Ambiente, dos Recursos Humanos e da Amazônia Legal
21. Extraordinário dos Esportes
22. Extraordinário para a Coordenação de Assuntos Políticos 
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Quadro 5 – Ordem de precedência dos estados da União, 
de acordo com a data de instituição como estado
1. Bahia
2. Rio de Janeiro
3. Maranhão 
4. Pará
5. Pernambuco
6. São Paulo
7. Minas Gerais
8. Goiás 
9. Mato Grosso
10. Rio Grande do Sul
11. Ceará
12. Paraíba 
13. Espírito Santo
14. Piauí 
15. Rio Grande do Norte
16. Santa Catarina
17. Alagoas
18. Sergipe 
19. Amazonas
20. Paraná 
21. Acre 
22. Mato Grosso do Sul
23. Rondônia 
24. Amapá 
25. Tocantins
26. Distrito Federal
Aspectos gerais do Decreto 70.247/72
Abaixo segue trecho do Decreto 70.247/72 como exemplo, para que se possa 
notar a ordem hierárquica estabelecida para ato solene público e a hierarquia das au-
toridades: quem precede quem nesses atos.
CAPÍTULO I 
Da Precedência 
Art. 1.º O Presidente da República presidirá sempre a cerimônia a que comparecer. 
Parágrafo único. Os antigos Chefes de Estado passarão logo após o Presidente do Supremo Tribunal 
Federal, desde que não exerçam qualquer função pública. Neste caso, a sua precedência será 
determinada pela função que estiverem exercendo. 
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Art. 2.º Não comparecendo o Presidente da República, o Vice-Presidente da República presidirá a 
cerimônia a que estiver presente. 
Parágrafo único. Os antigos Vice-Presidentes da República passarão logo após os antigos Chefes de 
Estado, com a ressalva prevista no parágrafo único do artigo 1.º. 
Art. 3.º Os Ministros de Estado presidirão as solenidades promovidas pelos respectivos Ministérios. 
Art. 4.º A precedência entre os Ministros de Estado, ainda que interinos, é determinada pelo critério 
histórico de criação do respectivo Ministério, na seguinte ordem: Justiça; Marinha; Exército; Relações 
Exteriores; Fazenda; Transportes; Agricultura; Educação e Cultura; Trabalho e Previdência Social, 
Aeronáutica; Saúde, Indústria e Comércio; Minas e Energia; Planejamento e Coordenação Geral; 
Interior; e Comunicações. 
§1.º Quando estiverem presentes personalidades estrangeiras, o Ministro de Estado das Relações 
Exteriores terá precedência sobre seus colegas, observando-se critério análogo com relação ao 
Secretário-Geral de Política Exterior do Ministério das Relações Exteriores, que terá precedência 
sobre os Chefes dos Estados-Maiores da Armada e do Exército. O disposto no presente parágrafo 
não se aplica ao Ministro de Estado em cuja jurisdição ocorrer a cerimônia. 
§2.º Tem honras, prerrogativas e direitos de Ministro de Estado o Chefe de Gabinete Militar da 
Presidência da República, o Chefe do Gabinete Civil da Presidência, o Chefe do Serviço Nacional 
de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e, nessa ordem, passarão após os 
Ministros de Estado. 
§3.º O Consultor-Geral da República tem para efeitos protocolares e de correspondência, o 
tratamento devido aos Ministros de Estado. 
§4.º Os antigos Ministros de Estado, Chefes do Gabinete Militar da Presidência da República, Chefes 
do Gabinete Civil da Presidência da República, Chefes do Serviço Nacional de Informações e Chefes 
do Estado Maior das Forças Armadas, que hajam exercido as funções em caráter efetivo, passarão 
logo após os titulares em exercício, desde que não exerçam qualquer função pública, sendo, neste 
caso, a sua precedência determinada pela função que estiverem exercendo. 
§5.º A precedência entre os diferentes postos e cargos da mesma categoria corresponde à ordem de 
precedência histórica dos Ministérios. 
Art. 5.º Nas missões diplomáticas, os Oficiais-Generais passarão logo depois do Ministro-Conselheiro 
que for o substituto do Chefe da Missão e os Capitães de Mar e Guerra, Coronéis e Coronéis-Aviadores, 
depois do Conselheiro ou do Primeiro Secretário que for o substituto do Chefe da Missão. Parágrafo 
único. A precedência entre Adidos Militares será regulada pelo Cerimonial militar. 
Desse modo, um cerimonialista deve realizar suas funções em eventos oficiais res-
peitando a ordem preestabelecida por esse decreto. 
Outra questão a ser levada em consideração é o trato com os símbolos nacionais.
Símbolos nacionais
Conforme estabelece a Lei 5.700/71, a República Federativa do Brasil possui quatro 
símbolos oficiais: a bandeira nacional, o hino nacional, o brasão das armas e o selo na-
cional. Eles são os valores que representam o espírito cívico do povo brasileiro.
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Figura 1 – Símbolos nacionais.
Bandeira nacional
A bandeira deve ocupar lugar de honra em todo o território nacional, pois ela é 
uma proteção moral daquilo que representa.
Em eventos deve ser colocada no centro ou à direita quando alinhadas com outras 
bandeiras e sempre à direita em Tribunais, mesas de trabalho e/ou reuniões.
Sempre deverá estar hasteada a bandeira nacional e do estado quando o gover-
nador estiver em seu gabinete. É privilégio exclusivo do presidente da República, go-
vernador de Estado e embaixadores em visita oficial, o uso da bandeira no carro.
No uso da bandeira nacional em relação a outros Estados deve ser obedecida a 
ordem de constituição histórica. A bandeira nacional sempre se encontra no meio la-
deada pelas outras. 
Em relação a bandeiras de outras nações, a bandeira do país anfitrião é colocada no 
centro e as demais por ordem alfabética de acordo com o idioma que as está recepcio-
nando e quando se tratar de organismos internacionais, pelo idioma oficialdo mesmo3.
3 Faltando a bandeira de um país numa solenidade oficial com a presença de várias nações, todas as demais bandeiras devem ser retiradas menos a bandeira 
nacional do país anfitrião.Ce
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É proibido que outra bandeira esteja hasteada sem que a bandeira nacional esteja 
no seu lado direito ou sem que elas sejam de igual tamanho, salvo nas sedes das em-
baixadas e dos consulados.
São as estrelas que na bandeira brasileira representam os estados. Na bandeira 
elas espelham o céu do dia 15 de novembro de 1889, como mostra a figura a seguir.
ORDEM E PROGRESSO
pará 
Spica – Alfa da Virgem (1)
aCrE 
Gama da Hidra Fêmea (3)
piaUí 
Antares – Alfa do escorpião (1)
MaranhãO 
Beta do Escorpião (3)
CEará 
Epsilon do Escorpião (2)
riO grandE dO nOrtE 
Lambda do Escorpião (2)
paraíba 
Capa do Escorpião (3)
pErnaMbUCO 
Mu do Escorpião (3)
alagOas 
Teta do Escorpião (2)
sErgipE 
Iota do Escorpião (3)
santa Catarina 
Beta do Triângulo Austral (3)
riO grandE dO sUl 
Alfa do Triângulo Austral (2)
paraná 
Gama do Triângulo Austral (3)
riO dE janEirO 
Beta do Cruzeiro do Sul (2)brasília (dF) 
Sigma do Oitante (5)
aMaZOnas 
Procyon – Alfa do Cão Menor (1)
MatO grOssO dO sUl 
Alphard – Alfa da Hidra Fêmea (2)
rOndÔnia 
Gama do Cão Maior (4)
MatO grOssO 
Sirius – Alfa do Cão Maior (1)
rOraiMa 
Delta do Cão Maior (2)
aMapá 
Beta do Cão Maior (2)
tOCantins 
Epsilon do Cão Maior (2)
gOiás 
Canopus – Alfa de Argus (2)
bahia 
Gama do Cruzeiro do Sul (2)
Minas gErais 
Delta do Cruzeiro do Sul (3)
EspíritO santO 
Epsilon do Cruzeiro do Sul (4)
sãO paUlO 
Alfa do Cruzeiro do Sul (1)
Figura 2 – Disposição dos estados na bandeira nacional.
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Figura 3 – Bandeiras.
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Instituição Estado Nacional Município
PLATEIA
A bandeira nacional jamais deve tocar o chão e deve ser a primeira a ser hasteada 
e a última a ser arriada, ocupando sempre o lugar mais alto. Seu uso é proibido em 
rótulos ou produtos a serem comercializados. Deixá-la em mau estado e usá-la como 
roupa e/ou para cobrir placas e monumentos a inaugurar também são atos proibidos.
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Hino nacional
Um dos quatro símbolos nacionais, o hino de uma nação é o reflexo, a tradução de 
sua cultura, suas crenças e valores. Uma declaração pública dos seus credos. A música 
aparece em todas as civilizações em forma de canções, hinos e melodias em atos im-
portantes de reuniões grupais. Ela transcende épocas ligando o homem a uma esfera 
maior de expressão.
O hino deverá ser executado após as autoridades terem ocupado seus lugares 
determinados.
Em cerimônias em que haja necessidade de execução de hino estrangeiro, este 
precederá o nacional por uma questão de boas maneiras e cortesia do anfitrião.
A atitude durante a execução deve ser de respeito, de pé, e quando aconte-
ce no palco, deve-se estar voltado para o público, pois este é mais importante que 
símbolos.
Nas cerimônias ao ar livre, o hino deve ser executado por banda de música. 
Sempre que possível deve ser acompanhado por coro. Sempre que ouvido ou canta-
do, as pessoas devem estar de pé. Além do Hino Nacional Brasileiro, temos mais três 
hinos oficiais: o Hino à Bandeira, o Hino da Proclamação da República e o Hino da 
Independência.
Brasão das armas
Segundo o site <www.brasilrepublica.com>, “Os brasões constituem um conjun-
to de peças, figuras e ornatos dispostos no campo do escudo ou fora dele, e que repre-
sentam as armas de uma nação, de um soberano, de uma família, de corporação, de 
cidades”.
Conforme determina a lei, o brasão deve ser usado na bandeira da Presidência, 
no Palácio da Presidência da República, na residência do Presidente, nos Ministérios, 
Congresso etc. Ele é usado nos impressos oficiais do governo federal e fixado em pré-
dios públicos federais sob forma de escudo em diversos materiais tais como o bronze, 
latão e inox.
O uso do brasão dourado nos papéis timbrados é prerrogativa somente do presi-
dente da República e dos Embaixadores no exterior.
Um legítimo brasão de armas segue as leis da heráldica4, campo de estudo dos 
brasões, que detém regras estritas para a confecção dos escudos. Essas leis têm como 
objetivo identificar clãs, cidades, regiões e nações. Esses desenhos normalmente se 
4 Heráldica: ciência e arte de descrever os brasões de armas ou escudos.Ce
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apresentam em forma de escudo, todavia podem ser representados sobre outros 
suportes como bandeiras, vestes e mobílias, entre outros.
Embora a palavra escudo seja comumente utilizada para se referir ao brasão de 
armas no seu todo, na realidade, o escudo é apenas um dos elementos que compõem 
um brasão de armas.
A sua origem remonta da história de bravura de cavaleiros e o desejo de home-
nageá-los. Com o decorrer do tempo passou a ser conferido à família de nobres como 
símbolo de status denotando o grau social delas. Apenas os heróis e ou nobres pode-
riam transmitir aos seus descendentes. O brasão perde a importância com o declínio e 
ascensão respectivamente da aristocracia e burguesia.
No século XX o brasão ganha nova força, no entanto para destacar municípios, es-
tados e nações. Cada nação possui seu brasão, assim como sua bandeira, sendo motivo 
de orgulho e um de seus maiores símbolos.
Selo nacional
O selo nacional é o que legitima a autenticidade do documento. Usado para au-
tenticação dos atos do governo, dos diplomas e certificados expedidos pelos estabele-
cimentos de ensino oficiais ou reconhecidos. É constituído por esfera igual à da bandei-
ra, porém com um tarja ao redor. Foi criado através do Decreto 4, de 19 de novembro 
de 1889, e atende às seguintes modelagens: formado por um círculo representando 
uma esfera celeste, igual à da bandeira nacional, tendo em volta as palavras “República 
Federativa do Brasil”.
Selos são distinguidos desde antigas civilizações orientais em várias situações 
que expressavam decisões reais, sendo um sinal de autoridade. Era o que denotava 
propriedade, marca e poder; era um lacre sobre documentos reais – uma autenticação 
documental. 
Organização e tipos de mesas
Para se estabelecer o tipo de mesa é necessário observar o número de convida-
dos, a sua hierarquia e as condições do evento para o estabelecimento das cabeceiras 
e sucessivamente a ordem de precedência.
A primeira etapa de um evento em relação à organização de mesas é o planeja-
mento da lista de convidados. O lugar de honra sempre é à direita do anfitrião.
Existem diferenças de composição de mesas pelo fato de serem ímpares ou pares 
e também pela natureza do evento. A disposição das pessoas é sempre feita a partir do 
centro da mesa.
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Existem inúmeras possibilidades de alternativas para composição de mesas.
Sempre partindo da cabeceira, a primeira precedência deve ser à direita da figura 
principal e o segundo lugar, à esquerda, como se houvesse uma linha imaginária ao 
centro da mesa.
Quando não há presença de autoridade, a presidência da mesa cabe ao dirigente 
da entidade,colocando à sua direita aquele que o precede na hierarquia da empresa 
e à esquerda os que têm ligação com a sua área de atuação, e assim sucessivamente, 
como no exemplo a seguir.
4 2 3 51
Autoridade principal 
Convidado de honra 
Demais convidados
Mesa ímpar
Figura 4 – Mesa ímpar.
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.
Essa composição de mesa se refere à mesa ímpar, em que a principal autoridade 
se senta ao centro, o convidado de honra à sua direita, e o segundo em hierarquia à 
sua esquerda.
5 43 2 61
Autoridade principal 
Convidado de honra 
Demais convidados
Mesa par
Figura 5 – Mesa par.
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.
Essa composição de mesa se refere à mesa par, em que a principal autoridade se 
senta ao centro um pouco mais à direita, o convidado de honra à sua esquerda, e o 
segundo em hierarquia à sua direita.
Na composição da mesa par não há consenso. Segundo a autora BETTEGA p.24 a 
autoridade principal senta-se à direita e o convidado de honra à esquerda. No entanto 
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segundo a apostila interna da CNI Confederação Nacional da Indústria, compilada por 
Vérnia Rypl de Oliveira e Manuela de Andrade Lima Santos Gonçalves na cabeceira dupla 
o anfitrião ocupa o centro esquerdo, dando sua direita para o convidado especial
A composição de mesa a seguir refere-se ao jantar social e demonstra os lugares 
dos anfitriões e dos convidados de honra numa mesa. Seguem duas figuras dessas 
composições.
Figura 6 – Lugares do anfitrião e do convidado de honra em 
jantar social (intimista).
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C
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Nesse caso, os anfitriões estão sentados ao centro da mesa para tornar mais inti-
mista o jantar, o convidado de honra está à direita da anfitriã, e a convidada de honra à 
direita do anfitrião. (Cabeceira Francesa)5
A questão da intercalação é bastante difícil para se compor. Quando há três se-
nhoras de alta graduação, por exemplo, como deve proceder a dona da casa? Possi-
velmente dar ao mais importante o lugar que caberia ao marido e, aos outros dois, os 
lugares à direita e à esquerda de onde ela mesma estiver. 
Figura 7 – Lugares do anfitrião e do convidado de honra em jantar 
social (tradicional).
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5 Nos eventos empresariais a Cabeceira Francesa é propícia para negociação onde o anfitrião e o convidado especial sentam-se ao centro da mesa frente a frente.
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Na figura anterior a escolha foi mais tradicional e os anfitriões estão à cabeceira 
da mesa e os convidados de honra respectivamente à direita do anfitrião e da anfitriã. 
(Cabeceira Inglesa)6
Regras de localização de mesas e lugares
Existe uma infinidade de possibilidades para compor mesas num evento. Um ceri-
monialista deve sempre atentar para o número de convidados e autoridades presentes 
para compor a mesa.
Preside a mesa
Figura 8 – Tipos de mesa U, T, C, H e I.
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A figura acima demonstra alguns tipos de formatação de mesa entre as várias 
opções. Na primeira figura, o formato é de “U” e quem preside a mesa senta-se na base 
ao centro. A segunda tem forma de “T” e igualmente quem detém maior hierarquia se 
senta à base, ao centro da mesa. O terceiro exemplo é a mesa em “C” e a maior autori-
dade ocupa o centro. A quarta, em forma “H”, mostra as duas figuras mais importantes 
ocupando respectivamente o centro, frente a frente. Por último, o modelo “I”, em que 
a pessoa mais importante do evento senta-se ao centro. Esses são alguns exemplos de 
mesas para eventos oficiais que podem ser seguidos.
Preside a mesa
Precedência
Figura 9 – Tipo de mesa e ou pente.
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6 Em eventos de negócios reuniões, almoços e jantares a Cabeceira Inglesa determina que o presidente a ocupe e os demais participantes em ordem de 
precedência.Ce
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Tipo de composição de mesa em E ou pente, separadas e com precedência em 
relação à mesa principal. Ou seja, a mesa localizada à direita da mesa principal é a se-
guinte na ordem de precedência.
Vale lembrar que cerimônias oficiais e encontros profissionais não permitem a 
participação de acompanhantes. O acompanhante poderá participar de almoços e jan-
tares menos formais. Devem ser organizadas atividades paralelas como, por exemplo, 
em congressos de Medicina as esposas dispõem de tours locais com uma equipe pre-
parada para ciceroneá-las7.
Recepção oficial a chefes de Estado
Segundo o protocolo, existe para as visitas oficiais uma ordem estabelecida de como 
ser recebido numa outra nação e como receber um chefe estrangeiro em visita oficial.
Como realizar um banquete oficial e qual a ordem de precedência?
A duração dos banquetes oficiais deve ser de uma hora e meia e os convidados 
devem honrar o convidado de honra chegando antes deste e se retirando após a saída 
do mesmo.
A ordem de precedência em jantares formais ou banquetes oficiais entre minis-
tros de Estado segue o critério da sua criação, sendo o da Justiça, Marinha e Exército 
como os três primeiros. Ex-ministros sucedem os ministros em exercício desde que 
não exerçam outra função pública cuja precedência deva ser considerada. Da mesma 
forma os governadores de Estados e territórios federais se submetem à ordem de pre-
cedência regulada pelo critério de criação do Estado.
O banquete deve ser servido meia hora após a chegada do convidado principal.
O anfitrião logo após a sobremesa profere um pequeno discurso que o con-
vidado de honra responde. Em jantares e almoços os convidados não se fazem 
representar.
Você sabia que em um banquete onde há uma autoridade a lista dos convi-
dados deve passar pela apreciação das autoridades homenageadas porque o pro-
tocolo exige?
7 Ciceronear: conduzir visitantes ou turistas em um museu, feira, exposição etc. O cicerone mostra e explica os aspectos importantes e curiosos do lugar 
visitado.
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Os hosts8 devem sempre estar à porta de entrada recebendo e cumprimentando 
os convidados antes do jantar.
Um convidado para banquete ao chegar deve consultar o place de table9 para co-
nhecer seu lugar à mesa e qual dama o conduzirá à mesa.
Seguem alguns extratos do Decreto 70.274, que detalham as visitas oficiais de 
chefes de estado, para que se perceba a ordem estabelecida pelo decreto. Segundo o 
Decreto 70.274/72, a ordem estabelecida quanto às visitas oficiais é a seguinte:
Art. 59. Quando o Presidente da República visitar oficialmente Estado da Federação, competirá à 
Presidência da República em entendimento com as autoridades locais, coordenar o planejamento e 
a execução da visita, observando-se o seguinte cerimonial:
Nota-se a importância do conhecimento do referido decreto por parte de quem 
recebe a autoridade para que cumpra o protocolo exigidopor lei. Essa é uma incum-
bência do cerimonialista.
§1.º O Presidente da República será recebido, no local da chegada, pelo Governador do Estado e por 
um Oficial-General de cada Ministério Militar, de acordo com o cerimonial militar.
§2.º Após as honras militares, o Governador apresentará ao Presidente da República as autoridades 
presentes.
§3.º Havendo conveniência, as autoridades civis e eclesiásticas e as autoridades militares poderão 
formar separadamente.
§4.º Deverão comparecer à chegada do Presidente da República, o Vice-Governador do Estado, o 
Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, Secretários de Governo e 
o Prefeito Municipal, observada a ordem de precedência estabelecida neste Decreto.
Percebe-se a questão da hierarquia na recepção da autoridade.
§5.º Ao Gabinete Militar da Presidência da República, ouvido o Cerimonial da Presidência da 
República, competirá organizar o cortejo de automóveis da comitiva presidencial, bem como o das 
autoridades militares a que se refere o Parágrafo 1.º deste artigo.
§6.º As autoridades estaduais encarregar-se-ão de organizar o cortejo de automóveis das demais 
autoridades presentes ao desembarque presidencial.
§7.º O Presidente da República tomará o carro do Estado tendo à sua esquerda o Chefe do Poder 
Executivo Estadual e, na frente, seu Ajudante de Ordens.
§8.º - Haverá no Palácio do Governo um livro onde se inscreverão as pessoas que forem visitar o 
Chefe de Estado.
Art. 60. Por ocasião da partida do Presidente da República, observar-se-á procedimento análogo ao 
da chegada.
8 Host: anfitrião para homens; hostess para mulheres.
9 Place de table: espaço reservado na sala de banquete com pessoa para designar o lugar à mesa.Ce
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Protocolo do uso da bandeira
(JORNAL ELETRÔNICO NOVO MILÊNIO, 2010)
Em razão de ter sido criada na República em 19/11/1889, o Dia da Bandeira é 
festejado em 19 de novembro. Segundo o Cerimonial da Marinha de Guerra (artigo 
4.3.4), nessa data deve ser observado o seguinte cerimonial: 
 aos cinco minutos das 12h deve ser dado o toque de bandeira e, ao ser 
assim feito, içar o sinal respectivo; 
 arriar a bandeira e proceder dessa ocasião em diante como no cerimonial 
para o hasteamento da bandeira; 
 por ocasião de ser hasteada a bandeira, será içado o embandeiramento 
nos topos e, logo após, dada a salva de 21 tiros; 
 após a salva, deverá ser executado pela banda de música o Hino à Bandeira, 
que será cantado por toda a oficialidade e guarnição presente à cerimônia. 
Segundo o site Piraquê (<www.piraque.org.br>), estas são as formas corretas 
de exibição e conduta da bandeira nacional: 
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. i – Quando hasteada em janela, porta, sacada 
ou balcão, ficará ao centro, se isolada, ou se fi-
gurar com ela número par de bandeiras de ou-
tras nações; em posição que mais se aproxime 
do centro e à direita deste se figurar com ela 
número ímpar de bandeiras de outras nações. 
Essas disposições também serão observadas 
quando figurarem, com a bandeira nacional, 
estandartes, quer de corporações militares, 
quer de associações ou instituições civis.
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Texto complementar
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ii – Quando em préstito ou procissão, não 
será conduzida em posição horizontal e irá ao 
centro da testa da coluna, se isolada; à direita 
da testa da coluna, se houver outra bandeira; 
ao centro, e à frente da testa da coluna, a dois 
metros adiante da linha formada pelas demais 
bandeiras que – em número de duas ou mais – 
com ela concorrerem.
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. iii – Quando distendida e sem mastro, em rua 
ou praça, entre edifícios, ou em porta, será co-
locada de modo que o lado maior do retângulo 
– ou seja, aquele em que é medido o compri-
mento da bandeira –, fique na horizontal e a 
estrela isolada (Espiga) em plano superior ao 
da faixa branca.
IE
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A
. iV – Quando disposta em sala ou salão, por mo-
tivo de reuniões, conferências ou solenidades, 
ficará erguida por detrás da cadeira da presi-
dência ou do local da tribuna, sempre acima 
da cabeça do respectivo ocupante e disposta 
como determinado no item anterior.
IE
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. V – Quando em florão, sobre escudo ou outra 
qualquer peça que agrupe diversas bandeiras, 
ocupará o centro, não podendo ser menor que 
as outras, nem abaixo delas colocada.
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. Vi – Quando içada em mastro ou içada em adri-
ça, ficará no tope, lais ou penol; se figurar jun-
tamente com bandeira de outra nação ou ban-
deira-insígnia será colocada à mesma altura; se 
figurar com estandartes de corporações milita-
res ou bandeiras representativas de instituições 
ou associações civis, será colocada acima.
IE
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A
. Vii – Quando disposta em recinto privativo de 
autoridade, ficará ao lado direito de sua mesa 
de trabalho ou em outro local em que fique re-
alçada.
IE
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S.
A
. Viii – Quando distendida sobre ataúde, no en-
terramento de cidadão que tenha direito a esta 
homenagem, o lado em que se coloca a tralha 
deverá ficar ao lado da cabeceira do ataúde e 
a estrela isolada (Espiga) à direita. Deverá ser 
amarrada à urna fúnebre para evitar que esvo-
ace nos deslocamentos do cortejo. Por ocasião 
do sepultamento, deverá ser retirada.
IE
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S.
A
. iX – Quando em tropa armada, será exibida de 
forma destacada por uma guarda armada que 
se denomina Guarda da Bandeira. 
Na posição de “ombro armas”, o porta-bandeira 
conduz a bandeira apoiada no ombro direito e 
inclinada com o conto mais abaixo. A mão direi-
ta fica na altura do peito, mantendo o pano se-
guro e naturalmente caído ao lado, recobrindo 
o braço do porta-bandeira. 
IE
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S.
A
. X – A posição da bandeira nacional na Guarda 
da Bandeira será no centro da testa ou em 
posição que mais se aproxime do centro e à 
direita deste. 
 Na Guarda da Bandeira não poderão ser in-
cluídos mais do que dois estandartes.
É proibido: 
 fazer saudação com a bandeira nacional, salvo em retribuição a saudação 
idêntica feita por outro navio ou estabelecimento; 
 utilizar bandeiras de nação como parte de embandeiramento em arco ou 
fazer uso, nesse embandeiramento de bandeiras, de sinais que possam 
com elas confundir-se; 
 fazer uso nos navios e órgãos da Marinha de qualquer bandeira-distintivo 
ou bandeira-insígnia não aprovada oficialmente pela autoridade compe-
tente; 
 fazer uso, no cerimonial dos navios e órgãos da Marinha, de bandeira-dis-
tintivo ou bandeira-insígnia confeccionada com material diferente daque-
le que for determinado como padrão; 
 fazer uso de bandeira nacional que não se encontre em bom estado de 
conservação; 
 fazer uso da bandeira nacional como reposteiro ou pano de boca, guar-
nição de mesa ou revestimento de tribuna, cobertura de placas, retratos, 
painéis ou monumentos a serem inaugurados; 
 fazer uso da bandeira nacional para prestação dehonras de caráter parti-
cular por parte de qualquer pessoa natural ou entidade coletiva; 
 colocar quaisquer indicações ou emblemas sobre a bandeira nacional.
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Atividades
Qual a razão para que a precedência na composição de mesa em cerimônia 1. 
pública seja para o estado da Bahia?
Por que na composição de mesa o Ministério da Justiça tem primazia sobre os 2. 
demais?
Qual a ordem da posição da bandeira nacional frente à de uma delegação 3. 
estrangeira dentro do território nacional?
Ampliando conhecimentos
 No site do Ministério das Relações Exteriores (<www.mre.gov.br>) é possível 
acompanhar a diplomacia brasileira e suas funções nas relações com outras 
nações e saber como está sendo feita a divulgação do nosso país, os acordos e 
a realização de eventos dentro de uma gama de outros.
 É interessante ler o Decreto 70.274/72 para se inteirar mais acerca do disposto 
sobre Cerimonial e as Forças Armadas, por exemplo, funerais e representação.
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 No site <www.brasilrepublica.com> constam os brasões de cada estado 
brasileiro.
 O filme JFK, dirigido por Oliver Stone (1991), mostra a saga de um promotor, 
personagem vivido por Kevin Costner, querendo comprovar que o presidente 
JFK fora vítima de um complô. Em alguns trechos do filme, percebem-se ques-
tões de segurança, entre outras regras de cerimonial.
Gabarito
No Decreto 70.274 constam normas para o cerimonial e a questão da prece-1. 
dência em relação aos estados fica determinada pela ordem de constituição 
histórica dos mesmos, sendo que o estado da Bahia, seguido do Rio de Janeiro, 
são os primeiros estabelecidos.
Da mesma forma que a ordem de precedência dos estados se justifica por sua 2. 
ordem de constituição histórica, assim é em relação à precedência dos Minis-
térios, ou seja, a ordem de constituição, sendo que o Ministério da Justiça foi o 
primeiro a ser constituído.
Em relação às bandeiras de outras nações, a anfitriã é colocada no centro e as de-3. 
mais por ordem alfabética de acordo com o idioma que as está recepcionando; e 
quando se tratar de organismos internacionais, pelo idioma oficial do mesmo.
Referências
ARAÚJO, Maria Aparecida. Etiqueta Empresarial. Rio de Janeiro: Quality Market, 2004.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. novo dicionário da língua portuguesa. 1.ed. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
JORNAL ELETRÔNICO NOVO MILÊNIO. protocolo do Uso da bandeira. Disponível em: 
<www.novomilenio.inf.br/festas/brasil09.htm>. Acesso em: 1 jun. 2010.
LINS, Estellita Augusto. Etiqueta, protocolo & Cerimonial. 2007.
SILVEIRA, Josué Lemos da. Etiqueta social: pronta para usar. São Paulo: Marco Zero, 
2003.
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Cerimonial social
Histórico do cerimonial
O significado de cerimonial vem do latim caerimoniale e refere-se às cerimônias 
religiosas.
Desde tempos imemoriais o cerimonial é notado como uma organização da 
sociedade no cultuar valores comuns ou festejar a vida. Augusto Estelita Lins (2002) 
afirma que os primeiros documentos do cerimonial datam de épocas proto-históricas, 
há 40 000 anos. Descreve rituais de duelos, combates, direito divino do rei e cerimônias 
fúnebres datadas de aproximadamente 4 000 a.C. Com o desenvolvimento das socie-
dades, o cerimonial teve seu sentido original alterado. Antes ligado apenas a práticas 
religiosas, o cerimonial passa a significar também o cumprimento desses rituais na ce-
lebração da vida com vistas à socialização do ser humano.
O protocolo é a formatação desses rituais para estabelecer a ordem e a harmonia 
na convivência entre os seres humanos, é a regra em si, onde planejamento, organiza-
ção, boas maneiras e etiqueta são palavras-chaves.
Aliado ao binômio Cerimonial e Protocolo é indispensável lembrar-se da etiqueta, por ser esta 
a base para as demais. Enquanto o Cerimonial e o Protocolo constituem requisito do anfitrião a 
etiqueta é prerrogativa do convidado, razão porque se faz necessário o conhecimento individual da 
etiqueta para saber como portar-se e conduzir-se nas cerimônias. Assim tem-se que o Cerimonial e 
Protocolo são coletivos, dirigidos pelo anfitrião, enquanto a etiqueta é individual, prerrogativa do 
convidado. (SILVA, 2005, p. 45)
No estudo de antigas civilizações observa-se que o cerimonial já era regulamen-
tado e praticado rigidamente pelos povos de acordo com os hábitos e costumes da 
época. Gregos, romanos e chineses, por exemplo, praticavam grandes rituais em co-
memorações como bodas, torneios de arqueiros, maioridade de jovens, funerais e ban-
quetes, entre uma vasta gama de cerimônias.
O primeiro registro sistematizado de regras de cerimonial data do século XII a.C., 
quando os chineses escreveram três obras que traduziam um profundo sentimento 
ético de respeito mútuo, de dignidade, obediência às leis e costumes para que a socie-
dade se desenvolvesse em harmonia. A China, através dessas obras, contribuiu para a 
transmissão de regras de boas maneiras à cultura ocidental. 
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Gregos e romanos também legaram inúmeros costumes cerimoniais que se origi-
naram na civilização egípcia. Porém, foi na Idade Média, nas cortes feudais da Espanha, 
França, Itália e Áustria que o cerimonial ganhou força. 
Aprimorando seus rituais com elaboradas e refinadas normas para os seus reis, 
os austríacos as difundiram e as consagraram na maioria das cortes europeias, sendo 
aprimoradas mais tarde nos séculos XV e XVII. Foram as cortes que fixaram o cerimonial 
em padrões mais rígidos.
Portanto há necessidade de maior aprendizado sobre o tema, o que implica o 
conhecimento de usos e costumes como parte da elaboração de um cerimonial pela 
necessidade de harmonizar diferenças, tornando o evento algo singular onde as pes-
soas possam sentir-se integradas. 
A área diplomática sempre teve um grande envolvimento com o cerimonial por 
este ser uma função inerente à arte da diplomacia. Nas relações entre os Estados sobe-
ranos, desde o seu advento até hoje, os serviços diplomáticos obedecem a regras estri-
tas, válidas não só para os hierárquicos do próprio Estado, mas, sobretudo, para as visi-
tas de chefes de Estado, de Governo ou de autoridades civis e militares estrangeiras. 
Conhecer a própria cultura e a de outros povos é primordial para a arte de rece-
ber pessoas e esses rituais variam de cultura a cultura. Observar certas normas é uma 
forma de demonstrar consideração, tolerância e solidariedade para com o outro, aliás 
é a essência do cerimonial e protocolo. 
Agendar um almoço, por exemplo, para sexta-feira com um muçulmano é fracas-
so na certa, da mesma forma que um compromisso no sábado para a cultura judaica. 
A sexta-feira é o dia em que a comunidade islâmica se reúne, na mesquita, na hora do 
almoço, para a oração. O sábado tem um significado especial para a cultura judaica. É 
um momento de celebração em família e de cultuar a Deus e aos valores inerentes à sua 
cultura e vida espiritual. Conhecer costumes e hábitos diferentes pode ser uma chave 
para o bom relacionamento entre povos. Se a base do cerimonial é a etiqueta, desco-
nhecendo a cultura do convidado ao invés de honrá-lo poderíamos desonrá-loe deixá-lo 
numa situaçao desconfortável, o que de longe não é sinônimo de boas maneiras.
Porém, atualmente, muitas das regras cerimoniais caíram em desuso e outras são 
simplesmente ignoradas devido à massificação dos costumes e do consumo. A tendên-
cia é a simplificação, porém muito mais do que regras, etiquetas e normas o cerimonial 
tem como base o respeito, a consideração no trato com as pessoas. A educação é um 
bem precioso e quanto melhor educada uma pessoa, seja individual ou profissional-
mente, irá refletir na sociedade como um todo e as relações sociais irão espelhar isso. O 
cerimonial anda de mãos dadas com boas maneiras, etiqueta e gentileza. 
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Boas maneiras
Ao falar sobre cerimonial e protocolo é importante destacar o papel da etique-
ta como sendo um de seus fundamentos. Com o objetivo de respeito mútuo entre 
os homens e de receber e/ou homenagear pessoas, algumas regras foram sendo 
estabelecidas.
Portar-se bem em público, com elegância e distinção, é parte de um leque de pos-
sibilidades apresentadas aos seres humanos através de normas de boas maneiras, que 
ao observá-las lhes confere uma demonstração de boa educação, bom nível cultural e 
traquejo social.
Vivemos num mundo competitivo onde apenas conquistarão oportunidades me-
lhores ou assegurarão uma posição privilegiada junto ao seu grupo os que melhor se 
apresentarem. São muitas as competências exigidas dos homens, nos dias atuais que 
não são meramente acadêmicas, mas comportamentais também.
É impossível falar sobre etiqueta e não ser remetido à questão da imagem. Todo 
ser humano tem necessidade de reconhecimento e a observação de regras básicas de 
etiqueta pode proporcionar isso. Porém, mais do que cumprir regras formais de boas 
maneiras, ser uma pessoa educada passa pelo exercício pleno de cidadania quando 
se observa com critério e cuidado as próprias práticas rotineiras. O que deve estar na 
essência da etiqueta são o respeito e consideração pelo semelhante. Não deixa de ser 
a máxima de fazer para o outro aquilo que gostaria que fosse feito para si.
O homem, como ser social, interage em sociedade de diferentes formas, estabe-
lecendo relações, tais como: com autoridades, com pessoas de diferentes idades, rela-
ções parentais, entre família, com colegas e com o patrimônio. Desse modo, para que 
uma pessoa seja considerada educada, é necessário observar essa interação contínua 
como sendo de respeito com todas as pessoas e o bem público e particular.
Existe certo preconceito em relação às regras de etiqueta e cerimonial como 
sendo futilidade e assunto de menos importância, no entanto ao se descobrir os obje-
tivos sociais de ordem, organização e gentileza nelas contidos as pessoas são atraídas 
a cumprir esses rituais como um reconhecimento de boa educação e civilidade.
Portanto, o cerimonial social, como o próprio nome diz, cumpre regras sociais es-
tabelecidas para a boa convivência, sendo um procedimento de conduta social. Inclui 
as normas habituais vigentes na sociedade e as normas observadas nos serviços de 
relações públicas, que muitas vezes desempenham atividade de cerimonial.
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Organização de um jantar formal
Como algo estabelecido na sociedade, os tipos de serviços são praticamente um 
padrão a ser seguido. Salvo com raríssimas e pequenas alterações entre lugares.
Tipos de serviços
Existe um leque de opções de serviços de mesa e cada um deles com detalhes 
específicos e próprios visando melhor servir o convidado. Em nosso país, nos restau-
rantes a quilo, normalmente o modo à americana impera pela facilidade e agilidade no 
atendimento do dia a dia.
À francesa
É praticado em jantares formais e protocolares; nele o convidado é quem se serve. 
O prato é apresentado pelo garçom ou copeiras pela esquerda com os cabos dos talhe-
res voltados para o convidado, e este a seu gosto faz a sua seleção de iguarias. Neste 
serviço cada garçom atende de seis a oito convidados.
À inglesa
As guarnições vêm servidas individualmente nos pratos e somente o prato princi-
pal é passado entre os convidados.
À inglesa direto
O alimento é apresentado pelo garçom em travessas pelo lado esquerdo, o 
garçom serve diretamente o convidado, procurando distribuir harmoniosamente as 
guarnições e o prato principal no centro do prato. As senhoras são servidas primeiro.
À inglesa indireto
Para este serviço a arrumação da mesa pode se limitar aos talheres, copos, guar-
danapos e souplats1. O prato principal fica na mesinha auxiliar ao lado da mesa do con-
vidado onde é preparado o prato. Este serviço exige dois garçons e o prato é colocado 
pela direita do convidado.
1 Souplat: do francês, sous plat, o que fica debaixo do prato. Normalmente de prata, atualmente há novas versões em louça, resina, madeira entre outros. A 
função do souplat é proteger o tampo da mesa e a toalha do calor dos pratos.Ce
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À americana
Apesar de sua natureza informal, um jantar americano pode ser tão elegante 
quanto um jantar formal. O serviço à americana utiliza-se de buffet, observando-se 
uma sequência na arrumação para oferecer aos convidados maior conforto na hora de 
se servirem. Guardanapos, pratos a serem servidos cada qual com os talheres necessá-
rios para servir, pãezinhos, talheres (que podem ser colocados ao lado dos guardana-
pos), copos em uma extremidade da mesa ou em um apoio se não couberem no buffet. 
O cardápio deve ser prático, com carnes previamente cortadas, frangos desossados e 
pratos servidos em terrinas e mantidos quentes sobre o réchaud2.
Regras básicas de etiqueta à mesa
Seguindo as normas protocolares de cerimonial, de acordo com o portal da Casa 
Civil do governo do estado do Paraná3.
Regras gerais
A faca sempre deve estar na mão direita para cortar e o garfo na esquerda para 
levar a comida à boca. Haverá um talher para cada tipo de prato, é só usar sempre os 
talheres de fora para dentro, porque eles já são colocados na sequência correta.
Talheres de sobremesa são menores e dispostos acima do prato. A faca com a 
lâmina junto ao prato e o cabo do lado direito, o garfo colocado na posição contrária, 
com o cabo para a esquerda exatamente para facilitar a mão para o convidado usar. As 
lâminas das facas são sempre colocadas viradas para o prato.
Nunca se deve começar a comer antes do anfitrião, a menos que ele peça que seus 
convidados iniciem para que não esfrie (no serviço à francesa o anfitrião é o último a 
ser servido).
Não devem ser colocados mais de três pares de talheres na mesa, exceto se for 
colocado o garfo de marisco e ostra, ao lado dos outros três garfos. Se forem servidos 
mais de três pratos antes da sobremesa, então os utensílios para um quarto prato serão 
trazidos com a comida; da mesma maneira que o garfo e a faca da salada poderão só 
ser colocados na mesa na altura em que o prato da salada também for servido.
2 Réchaud: utensílio que conserva quente a comida.
3 Disponível em: <www.casacivil.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12>.
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Curiosidade: a realeza europeia usava os talheres de cabeça para baixo porque 
o símbolo da família real era gravado nas costas dos cabos e eles faziam questão 
que estes fossem notados.
Organização da mesa
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Colher
Faca
Garfo
Sempregarfos à esquerda e facas à direita. 
 
Durante a refeição o guardanapo deve estar aberto 
e no colo. 
 
Guardanapo à esquerda e ao finalizar a refeição 
deixá-lo à direita sem dobrar.
Figura 1 – Jantar formal.
Cecília Pinheiro
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prato de serviço (base – souplat): serve de apoio para colocar os demais pratos. 
Permanece como base até ser servido todo o jantar. 
garfo de mariscos (1): é o único garfo que se pode colocar ao lado direito do 
prato.
Colher da sopa (2): se for servido sopa como primeiro prato, então a colher res-
pectiva será colocada ao lado direito das facas.
Faca de peixe (3): esta faca de formato especial coloca-se ao lado direito da faca 
de jantar.
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Faca de jantar (4): a faca maior é a faca de jantar, ou a faca de carne, que deve ser 
colocada ao lado direito do prato de serviço.
garfo de salada (5): depende da ordem determinada no cardápio. Se, por exem-
plo, a salada for servida primeiro, o garfo de salada deve ser colocado da esquerda 
para a direita sendo o primeiro e da mesma forma pode ser colocado à direita 
uma faca de salada para acompanhar esse garfo. Se for servida depois do prato 
de carne, o pequeno garfo da salada é colocado do lado direito do garfo de jantar, 
próximo do prato, como no exemplo.
garfo de jantar (6): é o maior dos garfos, também chamado garfo de carne. É 
colocado ao lado esquerdo do prato. Ele baliza os demais garfos de acordo com a 
sequência que será usada.
garfo de peixe (7): se existe um prato de peixe no cardápio, este garfo é colocado 
do lado esquerdo do garfo de jantar porque será o primeiro a ser usado.
Colher (8), garfo (9) e faca de sobremesa (10): dispostos dessa forma para facili-
tar o manuseio. Como garfo sempre se usa com a mão esquerda ele fica disposto 
dessa forma para ajudar e a faca do mesmo modo por se usar a mão direita.
prato da manteiga (11): o pequeno prato da manteiga é colocado acima dos 
garfos e do lado esquerdo da disposição dos pratos.
Faca da manteiga (11): igualmente colocada para facilitar o convidado ao usá-la. 
Lâmina voltada para baixo, para não machucar o usuário, e com o cabo para a 
direita em diagonal facilitando pegá-lo com a mão direita.
Copo de água (12): colocado logo acima das facas. É o maior deles em diâmetro.
Copo de champagne (13): que atualmente tem forma de tulipa (flûte), antiga-
mente se usava taça, e não é incomum num serviço de cristal antigo só existir 
taça. Ele é colocado ao lado do copo de água.
Copo de vinho tinto (14): que é o intermediário em diâmetro entre o de água e 
o de vinho branco.
Copo de vinho branco (15): é o menor deles e colocado ao lado do copo de 
vinho tinto. Ainda há a possibilidade de mais uma taça de vinho com diâmetro 
menor para vinho do porto que seria colocada à direita da taça de vinho branco.
lavanda (16): usada no serviço à francesa quando se utiliza as mãos diretamente 
na iguaria como frutas, mariscos, lagostas com casca, alcachofras, entre outros. Caiu 
em desuso por causa de muitos constrangimentos causados. Normalmente, servia-se 
com água quente e rodelas de limão onde os desavisados sorviam pensando ser 
bebida. Atualmente, quando à mesa, coloca-se pétalas de rosas na água.
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Menu ou cardápio (17): normalmente colocado à direita do prato, com o serviço 
especificado.
guardanapo (18): o guardanapo é colocado ao lado esquerdo antes dos talheres 
e quando se termina a refeição deve ser colocado sem dobrar ao lado direito. Reza a 
tradição que sempre sejam usados guardanapos grandes e de tecido. Existem alguns 
autores na atualidade que sugerem que o guardanapo possa estar do lado esquerdo.
Cartão (19): coloca-se o cartão com o nome e sobrenome do convidado acima do 
prato. Deve ser menor que um cartão de visitas.
Recepção à mesa: buffet, cocktail e chá
Buffet
É uma forma de serviço que visa atender uma grande quantidade de pessoas; as 
iguarias são dispostas em mesas tipo aparador para que os convidados se sirvam so-
zinhos. Também é designado para um tipo de mesa onde as iguarias e bebidas ficam 
expostas e o consumidor se serve à vontade, normalmente utilizadas em cerimonial 
social como casamentos, Bar Mitzvah, entre outros. 
A atividade de buffet abarca não só o preparo como a distribuição de diversos gê-
neros alimentícios. Atualmente esse serviço poderia ser definido como um restaurante 
móvel onde iguarias são criadas para ocasiões de festa e expostas em mesas.
Cocktail
Existem diversos tipos de cocktail, entre eles o cocktail party, cocktail souper, co-
cktail buffet e o vin d’honneur.
O party é aquele em que pessoas circulam e são servidas por garçons ou se servem 
em uma mesa estrategicamente colocada.
No souper é servido além do serviço party, um prato quente. 
No cocktail buffet o cardápio é servido em uma mesa; o que constitui geralmente 
o cardápio de um cocktail são salgadinhos e bebidas. Normalmente é oferecido em 
homenagem a alguém depois de eventos ou durante despedidas.
O vin d’honneur é um tipo de cocktail para diplomatas em comemoração à data 
nacional de um país onde se exibem seus símbolos.Ce
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Chá
A tradição sugere que a dona da casa sirva pessoalmente o chá para cada convi-
dado, evidentemente se não ultrapassar um número de 20 pessoas, quando a copeira 
pode se incumbir da tarefa.
O serviço de chá (baixela) deve ser completo, independente se for de prata, cerâ-
mica ou porcelana. Não se deve oferecer café, afinal, é um chá da tarde, que na Ingla-
terra é servido das 16 às 19h e não o chá das 17h, como se convencionou. 
Deve-se servir leite para acompanhar o chá e das iguarias deve constar: mais de 
dois tipos de pão, um bolo mais seco e outro com cobertura, um tipo de torta, geleia, 
manteiga, queijo fresco, presunto e pão de queijo. Isto é o mínimo esperado para um 
chá da tarde.
Com uma quantidade maior de pessoas, o Samovar (peça russa normalmente de 
prata com espiriteira para fogo logo abaixo do bule) pode ser usado para manter o chá 
quente.
Recursos de projeção
Ao planejar um evento, deve-se levar em conta uma infinidade de detalhes para 
se alcançar o objetivo desejado, observando tanto aspectos quantitativos como quali-
tativos: os convidados, o local, data e horário, entre outros, além dos recursos necessá-
rios para aquele tipo de evento. 
Outro elemento importante diz respeito ao planejamento de materiais, serviços 
e equipamentos.
Os equipamentos e materiais para projeção constam de retroprojetores, video- 
cassete, telas, telões, TV, datashow, projetor de multimídia e caneta laser, entre 
outros, muito usados em eventos empresariais. Na sonorização são necessários mi-
crofones, amplificadores, aparelhos de som, gravadores e CDs de música para am-
biente. Vale lembrar que cada evento é singular e dependendo dos seus objetivos 
se pode contar com a locação de equipamentos e profissionais especializados para 
cobrirem o evento.
Outra questão para se levar em conta é a checagem dos aparelhos e a disponibi-
lidade de peças sobressalentes tais como cabos, lâmpadas e plugs, na eventualidade 
de pane.
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Texto complementar
Boas maneiras e a Filosofia
(COBRA, 2010)
[...]
Enquanto a moral tem o seu código de leis a serem obedecidas, boas manei-
ras têm apenas normas que a Ética aprova,mas a elas não obriga. O homem que 
obedece às leis morais é uma “pessoa virtuosa”, e o que obedece às normas de boas 
maneiras é uma “pessoa educada”.
Considero que também está na mesma condição de autonomia frente à Moral 
a disciplina do Cerimonial Particular, que trata da boa condução da cerimônia, com 
os mesmos objetivos que têm boas maneiras. Para caracterizar essa autonomia e 
permitir lidar com mais liberdade com as duas disciplinas – boas maneiras e Ceri-
monial –, encontro no termo Civilidade uma designação que me parece adequada 
para contê-las, sob a Ética, e independentes da Moral.
As boas maneiras são um jogo de simpatia; equivalem a presentear o outro. 
Consequentemente, qualquer fundamento que não seja o aumento da autoesti-
ma de um por respeitar a autoestima do outro dá ao comportamento um caráter 
utilitário, que nada tem a ver com boas maneiras. Não ético. Por exemplo: usar a 
Psicologia para bem conviver com alguém; praticar a caridade por um imperativo 
religioso também não se enquadram em boas maneiras, nem dividir as tarefas da 
casa para sua boa administração. Não passaria pela cabeça de ninguém chamar de 
boas maneiras o Cerimonial Público Oficial que é utilitário, insípido, e cujas normas 
coincidentes com boas maneiras são obedecidas obrigatoriamente e instituídas 
por Decreto. Mas este se inscreve em Civilidade.
São, em geral, tidos por sinônimos de boas maneiras: polidez, boa educação, 
bom-tom. São de uso mais popular as expressões “modos” e “bons modos”, como 
em “faltam-lhe modos!”. São hipônimos graciosidade; cavalheirismo; galanteio; 
urbanidade. Entendo que civilidade deva ser um hiperônimo de boas maneiras e 
também de cerimonial. Por sua vez, civilidade e moral estão sob a Ética. Boas ma-
neiras tem por auxiliar a Etiqueta, disciplina da área das Artes, que indica técnicas e 
condições para a eficácia no reconhecimento social.
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Cerim
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Pedagogia. Ter boas maneiras, ou observar as normas de boas maneiras, não é 
privilégio de ricos. Ainda que seja pobre ou de pouca instrução regular, uma pessoa 
pode andar ou sentar-se com dignidade, cobrir o corpo com decência, manter-se 
limpa e penteada, comer e beber com gestos educados; pode cultivar hábitos dis-
cretos no rir, no saudar e no conversar, ser pontual, agradecer favores ou prestá-los 
em toda oportunidade, e procurar, enfim, todos os meios de mostrar pelo outro o 
mesmo respeito que deve desenvolver em relação a si própria.
A idade também não conta, e bem cedo, ainda no ensino pré-primário, o indi-
víduo deve receber as primeiras lições de bom comportamento e essa precocidade 
é fundamental para que adquira hábitos de agir assim para toda sua vida.
[...] 
Atividades
Após estudar sobre cerimonial social, como você classificaria uma pessoa como 1. 
sendo educada?
Segundo o texto do filósofo Rubem Queiroz Cobra, o que significa ter “boas 2. 
maneiras” do ponto de vista pedagógico?
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Ampliando conhecimentos
 No livro Etiqueta Século XXI, de Célia Ribeiro, a autora fornece dicas práticas sobre 
etiqueta para o nosso tempo sem desconsiderar uma infinidade de regras.
 O site da Casa Civil do Paraná (<www.casacivil.pr.gov.br>) é bastante útil na 
explicação quanto a trajes e ocasiões próprias de uso, entre outras notas.
 O filme Titanic (1997), dirigido por James Cameron mostra a história do enorme 
transatlântico Titanic que naufragou no Oceano Atlântico, onde as pessoas 
viviam uma época de sofisticação e etiqueta à mesa.
Gabarito
Deve constar da resposta a observação de normas sociais, regras de etiqueta, 1. 
espontaneidade na atitude, bem como a pessoa ter como valor o respeito ao 
próximo.
Deve constar da resposta que toda pessoa pode usufruir de boas maneiras por-2. 
que não é privilégio de uma classe social e/ou cultura ou prerrogativa de ricos, 
é uma questão de postura e valores.
Referências
ARAÚJO, Maria Aparecida. Etiqueta Empresarial. Rio de Janeiro: Quality Market, 2004.
BETTEGA, Maria Lúcia. Eventos e Cerimonial – simplificando ações. Rio Grande do Sul: 
Educs, 2006.
COBRA, Rubem Queiroz. boas Maneiras e a Filosofia. Disponível em: <www.cobra.
pages.nom.br/ftm-definicaoBM.html>. Acesso em: 1 maio 2010.
LINS, Augusto Estelita. Evolução do Cerimonial brasileiro. Brasília: Comunigraf, 2002.
______ . Etiqueta, protocolo & Cerimonial. 2007.
SILVA, José Sólon Sales e. Curso de Cerimonial público e protocolo de Eventos. Bra-
sília: Funasa, 2005.
SILVEIRA, Josué Lemos da. Etiqueta social – pronta para usar. São Paulo: Marco Zero, 2003.
VELLOSO, Ana. Cerimonial Universitário. Brasília: Universidade de Brasília, 2001.Ce
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Trajes e condecorações
A honra é, objetivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, 
e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião.
Schopenhauer 
Segundo a semiótica, por meio dos estudos de Charles Sanders Peirce (1839-1914), 
símbolo pode ser definido como “algo que representa algo para alguém” (SANTAELLA, 
1995, p. 35). Todas as sociedades possuem seus símbolos utilizados na representação 
de suas identidades nacionais como a bandeira, o hino, as armas e o selo. A palavra 
condecorar vem do latim condecorare que significa conferir honra. 
Usos de insígnias
Marca e sinal são sinônimos de insígnia, que é aquilo que identifica uma institui-
ção, cargo ou status de uma pessoa. É usada na forma de distintivos e/ou emblemas: 
condecorações, coroas, bandeiras, brasões de armas, selos e cocares aeronáuticos são 
exemplos de insígnias.
Existem condecorações tanto civis quanto militares (Exército, Marinha e Aeronáu-
tica) e são concedidas por bons serviços prestados e/ou por atos de bravura e heroís-
mo em batalhas.
As condecorações militares são usadas nos uniformes militares e incluem meda-
lhas e ordens de cavalaria.
A insígnia de braço é composta por divisa e distintivo, sendo que aquela identifica 
a graduação do militar e este a profissão.
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Condecorações
As duas maiores condecorações nacionais são: a Ordem de Rio Branco e a Ordem 
Nacional do Cruzeiro do Sul.
Ordem de Rio Branco
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Figura 1 – Condecorações: Ordem de Rio Branco.
Com o intuito de premiar pessoas que se destacaram por suas práticas, serviços 
e virtudes cívicas foi criada a Ordem de Rio Branco através do Decreto 51.697, de 5 de 
fevereiro de 1963. Foi criada em homenagem ao Barão do Rio Branco que é o patrono 
da diplomacia brasileira.Tr
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Trajes e condecorações
A Ordem de Rio Branco detém cinco graus:
 Grã-Cruz – figura 5;
 Grande Oficial – figuras 7 e 8;
 Comendador – figuras 3 e 4;
 Oficial – figuras 6 e 12;
 Cavaleiro – figuras 1 e 2.
E mais uma medalha anexa à Ordem – figuras 10 e 11.
Na insígnia da Ordem – figura 9 – consta gravado em latim a expressão “Em qual-
quer lugar, terei sempre a Pátria em minha lembrança”.
Ela é

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