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Vínculos Estruturais 1. Tipos de vínculos: Uma estrutura constituída de peças componentes (colunas, vigas, lajes, etc.) é interligada por elementos de apoio, também denominados vínculos. Através deles, as cargas são transmitidas aos demais órgãos participantes da estrutura, podendo os apoios reagir diferentemente às ações das forças e dos momentos aplicados. O vínculo fica então, caracterizado por reações as quais impedem ou restringem o deslocamento da seção de apoio da peça ou sua rotação, isto é, impedem ou restringem os deslocamentos lineares ou angulares. Apoio Móvel 2) Apoio Fixo 3) Engaste Um vínculo é qualquer condição que restringe a possibilidade de deslocamento de um ponto do elemento ligado ao vínculo. O deslocamento de um ponto do elemento é determinado através das componentes segundo os eixos cartesianos ortogonais. As translações podem ser horizontais ou verticais e a rotação ocorre em torno do eixo perpendicular ao plano considerado. As vinculações podem ser internos, também chamados de ligações internas, ou então externos, também chamados de apoios. A seguir serão apresentados alguns tipos principais de apoios, por ser de fundamental importância para a compreensão de esforços em vigas. As demais vinculações serão vistas adiante. 1.1 Apoios (Vínculos Externos) Curso: Arquitetura e Urbanismo Professor: Carlos Bomfim Disciplina: Sistemas Estruturais em Concreto Armado Vínculo de primeira ordem (apoio móvel, apoio simples) Este tipo de apoio restringe apenas uma translação, e a reação tem direção perpendicular ao plano de rolamento. - oferece reação às forças aplicadas numa única direção, comumente a direção y - não impede deslocamentos lineares na direção x, nem angulares (ou rotações) 1 Restrição 2 Graus de liberdade Vínculo de segunda ordem (Apoio Articulado Fixo) Este tipo de apoio impede as duas translações no plano, e a direção da reação R é indeterminada, sendo comum a utilização de duas componentes, horizontal e vertical. - oferece reações às forças nas direções x e y; - impede deslocamentos lineares, porém não impedem rotações. 2 Restrição 1 Graus de liberdade Vínculo de terceira ordem (Apoio Engastado ou Vínculo Perfeito) Este tipo de apoio impede todos os movimentos no plano, surgindo então três reações de apoio: a vertical (V), a horizontal (H) e momento (M). - apresenta reações tanto às forças como aos momentos atuantes no plano xy. - impede deslocamentos lineares e rotações; - restringe todos os movimentos do apoio. 2. Grau de estaticidade das estruturas Para que uma estrutura esteja em equilíbrio estático deve obedecer às seguintes leis da estática: ∑ FH=0 – Forças horizontais ∑ FV=0 – Forças verticais ∑ FM=0 – Momentos 1) Isostática – Equilíbrio Estável Nº de Reações = Nº de equações de equilíbrio 2) Hipoestática – Instável Nº de Reações < Nº de equações de equilíbrio 3) Hiperestática – Estável Nº de Reações > Nº de equações de equilíbrio g: grau de estaticidade ou hiperestaticidade = número de incógnitas – número de equações. Sussekind: g = ge + gi, sendo ge = número de incógnitas externas – número de equações de equilíbrio externo e interno. gi, = número de incógnitas internas. ge = grau de hiperestaticidade externa gi = grau de hiperestaticidade interna 3. Considerações sobre os apoios estruturais O vínculo entre uma viga e um pilar de concreto armado, moldados “in loco”, quando o vão e o carregamento são pequenos, é teoricamente considerado um vínculo articulado, o que não ocorre na realidade, já que a viga e o pilar são executados de forma que não é possível ocorrer o livre giro de um em relação ao outro. Na figura abaixo, são apresentadas algumas formas de se projetar vínculos articulados fixos e móveis, que se comportam, na realidade, como pensados na teoria. E s tr u turas armadas “in loco”, devido ao próprio processo construtivo, são em sua grande maioria hiperestáticas. As estruturas metálicas, de madeira e os pré-moldados de concreto, devido ao processo mais industrializado, executado através da montagem de componentes e visando à simplificação das ligações entre eles, são normalmente estruturas isostáticas. Para compreender o funcionamento das estruturas é muito importante conhecer o tipo de apoio que possuem. A estrutura de apoio nada mais é do que um corpo rígido que recebe e transfere esforços das estruturas em estudo. Há estruturas que são isostáticas para uns esforços e hipostáticas para outros. Nas construções pobres da periferia da cidade, por deficiência de fixação, é comum ver a colocação de pedras sobre o telhado. Nesse caso, podemos afirmar que telhados mal construídos são estruturas isostáticas para efeito de seu peso e hipostáticas para ventos fortes. 4. Exemplos de vínculos Apoio rotulado em viga de ponte Ligação de canto rígida de um pórtico de aço. Observam-se as chapas formando uma ligação rígida com os pilares. 5. Treliças Treliças - Estruturas reticuladas, ou seja formadas por barras (em que uma direção é predominante) de eixo reto, ligadas por rótulas ou articulações (nós). Quando submetidas a cargas aplicadas nos nós apenas, as barras estão submetidas somente a esforços axiais. Estaticidade e Estabilidade Apoio com material de baixo coeficiente de atrito, funcionando como roletes. Rolete nos apoios de vigas de concreto protendido de uma ponte rodoviária. Condições para obtenção de uma treliça isostática: 1. equilíbrio Estável (Restringida, nós indeslocáveis); 2. número de incógnitas (*) igual ao número de equações de equilíbrio da estática O número de incógnitas é dados por: - número de reações (r) + número de barras (b). (Incógnitas Externas) (Incógnitas Internas) Número de equações de equilíbrio é o resultado do: - número de nós (n) x 2 (o valor é multiplicado devido a existência de uma equação no eixo x e outra no y). Desta forma, podemos classificá-las da seguinte maneira: 1ª. Condição 2ª. Condição Classificação Indeslocável e r + b = 2n Isostática Indeslocável e r + b > 2n Hiperestática Deslocável ou r + b < 2n Hipostática
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