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MICOSES SUPERFICIAIS PROPRIAMENTE DITAS 1 Ailton Soares IPTESP/UFG 2 Ailton Soares IPTESP/UFG ► São micoses da camada córnea da pele e da porção extrafolicular dos pelos e dos cabelos. ► Não invadem os tecidos e não produzem resposta celular no hospedeiro. ►Em geral provocam alterações patológicas suaves ►Possuem caráter estético. ►São prevalentes em zonas tropicais e subtropicais ►Estes agentes se encontram entre o limite do comensalismo e o parasitismo MICOSES SUPERFICIAIS PROPRIAMENTE DITAS PITIRÍASE VERSICOLOR Espécies de Malassezia 3 Ailton Soares IPTESP/UFG SINONÍMIA Micose de praia Pano branco Titinga Tínea versicolor Dermatomicose furfurácea Tínea flava 4 Ailton Soares IPTESP/UFG DEFINIÇÃO Pitiríase versicolor é infecção superficial da pele causada por fungos da microbiota do estrato córneo da pele, pertencentes ao gênero Malassezia - são dimórficos e lipofílicos 5 Ailton Soares IPTESP/UFG CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA Reino: Fungi Filo: Deuteromycotina Classe: Blastomycetes Ordem : Cryptococcales Família : Cryptococcaceae Gênero : Malassezia 6 Ailton Soares IPTESP/UFG 1 - Malassezia furfur (C.P. Robin) Bailon. 1889 2 - Malassezia pachydermatis (Weidman) C.W. Dodge 1935 3 - Malassezia sympodialis R.B. Simmons & E. Guého 1990 4 - Malassezia globosa Midgley, E. Guého & J. Guillot 1996 5 - Malassezia obtusa Midgley, J. Guillot & E. Guého 1996 6 - Malassezia restricta E. Guého, J. Guillot & Midgley 1996 7 - Malassezia slooffiae E. Guého, J. Guillot & Midgley 1996 8 - Malassezia dermatis Sugita, M. Takash., A. Nishikawa & Shinoda 2002 9 - Malassezia japonica Sugita, M. Takash., M. Kodama, Tsuboi & A. Nishikawa 2003 10 - Malassezia nana Hirai, R. Kano, Makimura, H. Yamaguchi & A. Haseg. 2004 11 - Malassezia yamatoensis Sugita, M. Takash., Tajima, Tsuboi & A. Nishikawa 2004 12 - Malassezia caprae J. Cabañes & Boekhout 2007 13 - Malassezia equina J. Cabañes & Boekhout 2007 MUDANÇA NO CONCEITO DE PV 7 Ailton Soares IPTESP/UFG CLASSIFICAÇÃO Espécies: M. globosa M. furfur M. sympodialis M. obtusa M. slooffiae M. restricta M. pachydermatis M. dermatis M. japonica M. nana M. yamatoensis M. caprae M. equina 8 Ailton Soares IPTESP/UFG Espécies mais prevalentes em PV ESPÉCIES DE LEVEDURAS DE MALASSEZIA MAIS COMUNS EM ALGUMAS PATOLOGIAS DE ACORDO COM VÁRIOS ESTUDOS Malassezia infections: A medical conundrum J. A M. A CAD. DERMATOL JULY 2014 PITIRÍASE VERSICOLOR CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA Benigna Pode apresentar caráter sazonal Recidivante Os agentes fazem parte da microbiota da pele humana Hifas – Pitiríase versicolor Todas as outras patologias são causadas pelas leveduras Não contagiosa 10 Ailton Soares IPTESP/UFG CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES Hiperpigmentadas Hipopigmentadas Eritematosas Descamativas Isoladas ou confluentes Assintomática a moderadamente desconfortável Prurido leve a moderado Em pessoas de pele escura as manchas hipocromicas são evidenciadas agravando o fator estético Após tratamento a hipocromia da pele continua por algum tempo , mas sem o agente. LOCALIZAÇÕES MAIS FREQUENTES: Tronco – Dorso e frente Braços Face Pescoço 11 Ailton Soares IPTESP/UFG FATORES QUE INFLUENCIAM NA TRASNFORMAÇAÕ DAS LEVEDURAS EM HIFAS 1. Velocidade de descamação da camada córnea 2. Uso de produtos cosméticos - emulsões 3. Elevado teor de gordura na pele C12 - C24 4. 5. Sudorese – trabalhos que estimulam a transpiração 6. Tipo de vestimenta 7. Hábitos higiênicos 8. Terapias imunossupressoras 9. Mudança hormonal com consequente aumento da secreção do sebo 12 Ailton Soares IPTESP/UFG Fatores relacionados ao Paciente 1. Temperatura 2. Umidade relativa do ar 3. Exposição solar – raios de comprimentos de onda específicos 4. Profissionais que trabalham em ambientes como: caldeiras, fornos , entregadores e etc. 13 Ailton Soares IPTESP/UFG FATORES QUE INFLUENCIAM NA TRASNFORMAÇAÕ DAS LEVEDURAS EM HIFAS Fatores relacionados ao ambiente DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Hanseníase indeterminada Pitiríase rósea de Gibert Pitiríase alba Descamação após exposição solar Psoríase, dermatite seborreica (ambas podendo coexistir com PV) Eritrasma 14 Ailton Soares IPTESP/UFG LÂMPADA DE WOOD COMPRIMENTO DE ONDA QUE VAI DE 340 A 450 nm - Exame realizado em ambiente escuro ERITRASMA Luz de Wood : O eritrasma adquire tonalidade vermelho-coral e Pv mostra cor amarela P. VERSICOLOR 15 Ailton Soares IPTESP/UFG DIAGNÓSTICO CLÍNICO Presença de manchas hiper ou hipocrômicas Presença dos sinais de : Besnier e Zireli - Besnier: Caracterizado por uma descamação furfurácea quando se passa a unha - Zileri: É observado quando se faz um leve estiramento com os dedos na pele da região sugestiva de Pitiríase onde se observa um leve esfacelamento da queratina. 16 Ailton Soares IPTESP/UFG LABORATORIAL Material : raspado das lesões descamativas Exame micológico direto após clarificação com KOH a 40% Apresentação microscópica dos agentes hifas : curtas grossas parede celular evidente forma de letras orientais leveduras agrupadas Cultivo em meios especiais enriquecidos com ácidos graxos O cultivo tem como finalidade identificar as espécies 17 Ailton Soares IPTESP/UFG The compositions of media commonly used for the culturing of Malassezia Advances in the identification of Malassezia Molecular and Cellular Probes 25 (2011) 1 - 7 18 Ailton Soares IPTESP/UFG ISOLAMENTO Meio de cultura : Ágar de Dixon Composição: Extrato de Malte 3,6% Peptona 0,6% Bile de boi desidratada 2,0% Tween 40 1,0% Glicerol 0,2% Ác. Oléico 0,2% Ágar 1,2% Incubar em estufa a 30- 32C° por aproximadamente 15 dias. 19 Ailton Soares IPTESP/UFG TRATAMENTO Itraconazol via oral Antifúngicos tópicos Xampus com antifúngicos Sabonetes que estimulam esfoliação da pele associados a antifúngicos Melhoria dos hábitos higiênicos Quando possível retirar fatores predisponentes inerentes ao paciente e ambientais. Alto índice de recidivas The goal of both topical and systemic treatments of pityriasis versicolor is not to eradicate Malassezia from skin but to restore the yeast’s population dynamics to the commensal status . 20 Ailton Soares IPTESP/UFG EXAME DIRETO CORADO Aumento de 400X 21 Ailton Soares IPTESP/UFG EXAME DIRETO CORADO Aumento de 400X 22 Ailton Soares IPTESP/UFG EXAME DIRETO COM KOH A 40% Aumento de 400X AiltonIPTSP/UFG-2008 23 Ailton Soares IPTESP/UFG Malassezia sp colônia em Ágar de Dixon 24 Ailton Soares IPTESP/UFG Pitiríase versicolor hipocromia 25 Ailton Soares IPTESP/UFG Pitiríase versicolor hipercromia 26 Ailton Soares IPTESP/UFG Pitiríase versicolor 27 Ailton Soares IPTESP/UFG Pitiríase versicolor - Lesões hipocrômicas 28 Ailton Soares IPTESP/UFG Pitiríase versicolor Manchas hipercrômicas 29 Ailton Soares IPTESP/UFG Pitiríase Versicolor hipercrômica hipocrômica eritematosa 30 Ailton Soares IPTESP/UFG Foliculite por malassezia sp 31 Ailton Soares IPTESP/UFG Malassezia folliculitis www.dermnetnz.org/fungal/malassezia.html 32 Ailton Soares IPTESP/UFG Malassezia sp Sangue periférico homem, diabético, 78 anos e câncer de colón 33 Ailton Soares IPTESP/UFG Seborrhoeic dermatitis www.dermnetnz.org/fungal/malassezia.html 34 Ailton Soares IPTESP/UFG Malassezia sp levedura - ME 35 Ailton Soares IPTESP/UFG M. Obtusa e M. globosa coradas pelo Gram AUMENTO DE 400x AILTON iptsp/UFG-2008 36 Ailton Soares IPTESP/UFG ERITRASMA 37 Ailton Soares IPTESP/UFG Agente etiológico : Corynebacterium minutissimum Tratamento: antibiótico oral (p.ex., eritromicina ou tetraciclina) e agentes esfoliantes O eritrasma afeta principalmente os adultos e os indivíduos diabéticos, sudorese excessiva e obesos Corynebacterium apresenta um brilho característico de cor vermelho coral sob a luz de wood Caracterizada por manchas marrom-avermelhadas e rosas descamativas com fronteiras nítidas aparecendo em áreas úmidas do corpo e lesões podem ser assintomática ou com prurido discreto Áreas afetadas: aparece em áreas onde a encontro de pele, sendo comuns nos espaços interdigitais dos pés, entre os seios, virilha, axila, áreas genitais especialmente nos homens. 38 Ailton Soares IPTESP/UFG Eritrasma 39 Ailton Soares IPTESP/UFG Eritrasma 40 Ailton Soares IPTESP/UFG Wood light examination revealed a coral red fluorescence typical of erythrasma. The plaques cleared with a 2 week course of oral tetracycline Eritrasma 41 Ailton Soares IPTESP/UFG TINHA NIGRA 42 Ailton Soares IPTESP/UFG CARACTERÍSTICAS Assintomática, mas com sinal característico Pouco freqüente Cosmopolita 43 Ailton Soares IPTESP/UFG AGENTE ETIOLÓGICO Hortaea werneckii – Nome mais aceito atualmente Phaeoannellomyces werneckii 44 Ailton Soares IPTESP/UFG MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Manchas de cores marrom ou negra As lesões normalmente são nas regiões palmares ou plantares Não são descamativas Tem forma arredondada Bordas nítidas 45 Ailton Soares IPTESP/UFG CARACTERÍSTICAS DO FUNGO Demáceo Encontrado no solo , esgotos , vegetais etc. Comum em ambientes com alta concentração salina – regiões de praia 46 Ailton Soares IPTESP/UFG DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Raspado ou biópsias clarificados com KOH Hifas escuras, curtas, septadas e ramificadas Cultura em A. Sabouraud - INICIALMENTE CLARO E ASPECTO DE COLÔNIAS LEVEDURIFORMES E POSTERIORMENTE TORNA MICELIAR Conídios semelhante a leveduras com septo central e ápices arredondados, sendo inicialmente mais claros e tornam-se escuros com a maturidade da colônia 47 Ailton Soares IPTESP/UFG DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame direto 48 Ailton Soares IPTESP/UFG 49 Ailton Soares IPTESP/UFG Hortaea werneckii COLÔNIA 50 Ailton Soares IPTESP/UFG TINHA NIGRA 51 Ailton Soares IPTESP/UFG TINHA NIGRA 52 Ailton Soares IPTESP/UFG TINHA NIGRA - Microcultivo The preparetion from a yeast-like colony consists mainly of two cellular, spindle or peanut-shaped conidia. Note darker septa. 53 Ailton Soares IPTESP/UFG PIEDRA BRANCA 54 Ailton Soares IPTESP/UFG CARACTERÍSTICAS Alta prevalência na Europa , Oriente Médio e EUA Parasitismo nos cabelos e nos pelos das axilas, pubianos , perianal e do rosto Assintomática – Percepção de nódulos nos cabelos ao toque Não é freqüente em crianças pré-escolares O sinal patognomônico e a presença de nódulos brancos nos cabelos Agente etiológico: Trichosporon sp 55 Ailton Soares IPTESP/UFG T. asahii & T.mucoides deep-seated T. asteroides & T. cutaneum superficial T. ovoides (head),T. inkin (genital) white piedra Trichosporon beigelii X 56 Ailton Soares IPTESP/UFG Unlike Geotrichum spp., all species of the Trichosporon genus are able to hydrolyze urea DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Amostra: pelos que contenham os nódulos – clarificados com KOH A amostra é obtida cortando uma mecha de pelos que são colocados em placa de petri para posterior escolha dos fios - se possível usar lupa Exame direto mostra: Nódulos com aglomerados de blastoartroconídios claros Cultivo em meio sem Cicloheximida Crescimento rápido Fazer diagnóstico diferencial com as lêndeas do P. humanus 57 Ailton Soares IPTESP/UFG Piedra branca Pelo com nódulos 58 Ailton Soares IPTESP/UFG Piedra branca Pelo com nódulos 59 Ailton Soares IPTESP/UFG Piedra branca Exame direto do pelo Ailton IPTSP/UFG-2008 60 Ailton Soares IPTESP/UFG Ailton IPTSP/UFG-2008 Ailton IPTSP/UFG-2008 Piedra branca Exame direto do pelo 61 Ailton Soares IPTESP/UFG Trichosporon beigelii cultivo Ailton IPTSP/UFG-2008 62 Ailton Soares IPTESP/UFG Trichosporon sp - cultivo 63 Ailton Soares IPTESP/UFG TRATAMENTO Cortar os cabelos o mais curto possível Lavar o couro cabeludo com antifúngicos tópicos Não se faz tratamento via oral 64 Ailton Soares IPTESP/UFG Piedra negra 65 Ailton Soares IPTESP/UFG CARACTERÍSTICAS Encontrada apenas nos cabelos Nódulos escuros fortemente aderidos Comum na América do Sul , Indonésia e países vizinhos Agente etiológico: Piedraia hortaea 66 Ailton Soares IPTESP/UFG DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame direto dos pelos que contenham os nódulos - clarificados com KOH O exame direto mostra: Nódulos com aglomerados de Artroconídios escuros O cultivo é feito em meio sem Cicloheximida Crescimento rápido 67 Ailton Soares IPTESP/UFG Piedra negra NÓDULO 68 Ailton Soares IPTESP/UFG Piedraia hortae COLÔNIA 69 Ailton Soares IPTESP/UFG
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