Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO Amanda A. Nogueira As crianças, se comparadas aos adultos, apresentam variações que estão presente não somente nas idades ou diferenças de tamanhos, mas também nas condições fisiológicas e estruturais, ou seja, apresentam imaturidade morfológica, bioquímica, fisiológica e psicológica. A imaturidade do SNC faz com que as crianças submetidas a doses de analgésico de ação central apresentem, em alguns casos, convulsões. O equilíbrio ácido-básico pode ser facilmente perturbado nas crianças, pois apresentam sistema hepático e renal imaturos que tendem ao acúmulo de medicamentos. Elas também são especialmente vulneráveis aos efeitos tóxicos de alguns agentes tais como esteroides sexuais e outros hormônios. Os parâmetros mais utilizados para calcular a porcentagem da dose do adulto que deve ser administrada à criança são o peso, a idade e a superficie corpórea. Dentre as formulas para calculo de administração, a de Clark é a mais utilizada. O calculo da dose de um medicamento levando-se em consideração a superficie corpórea seria provavelmente o método mais adequado de se estimar a dose segura para as crianças, pois o efeito farmacológico ideal baseia-se no metabolismo e no volume corpóreo. Para uso infantil, a via de administração mais frequentemente utilizada é a oral, pois é uma maneira segura, conveniente e menos onerosa de administração, sendo que a forma liquida é a melhor para crianças. CONTROLE DE INFECÇÕES ANTIBIOTICOTERAPIA Primeiramente, é necessário diagnosticar a causa da infecção e determinar o tratamento odontológico adequado. Porém existem algumas situações que já que sabem que é necessário o emprego de antibióticos: quando os mecanismos de defesa do hospedeiro estiverem comprometidos ou então quando a infecção for severa, causando sinais de disseminação sistêmica, e conforme o patógeno esperado para tipos específicos de infecção. Especificamente no caso de abscessos, por conta da falta de circulação na polpa dental, os mecanismos de defesa estão comprometidos e o sistema de canais radiculares e o sistema de canais radiculares se torna um ambiente propicio para abrigar bactérias, então, a antibioticoterapia entra como uma terapia coadjuvante. Baseados na quantidade de contaminação bacteriana, os ferimentos podem ser classificados em: limpos, potencialmente contaminados ou contaminados. Se for determinado que a antibioticoterapia é importante para o processo de cicatrização, convém observar o período de administração dos antibióticos, podendo TTTeeerrraaapppêêêuuutttiiicccaaa MMMeeedddiiicccaaammmeeennntttooosssaaa LIVRO: Odontopediatria – Guedes-Pinto A antibioticoterapia é um tratamento secundário, coadjuvante, e não deve ser utilizada como terapia definitiva; o tratamento principal sempre será a intervenção clínica. RESUMO Amanda A. Nogueira causar a mudança da ecologia bacteriana normal do hospedeiro. Se a infecção não responde à seleção do medicamento inicial, testes de cultura e suscetibilidade estão indicados. As bactérias podem acessar o tecido pulpar por meio de cáries, exposições pulpares, de túbulos dentinarios, trincas de esmalte e dentina, restaurações defeituosas. Se uma criança apresenta sinais agudos de pulpite, o tratamento clínico deve ser realizado, mas a antibioticoterapia não está indicada. Mas quando ela apresenta edema facial secundário a uma infecção odontológica, deve receber atenção imediata; dependendo dos achados clínicos, o tratamento pode consistir em acesso endodôntico ou extração do dente em questão, com cobertura antibiótica por vários dias, dependendo da gravidade, antibióticoterapia por via intravenosa e/ou avaliação médica estão indicados. Antibióticos sistêmicos têm sido recomendados como auxiliares do tratamento clínico para a recuperação de dentes severamente traumatizados. Em situações clínicas como neutropenias, síndrome de Papillon-Lefèvre, deficiência na adesão leucocitária, o sistema imunológico é incapaz de controlar o avanço de doenças periodontais, necessitando de antibioticoterapia, podendo esta estar indicada por um logo período de uso no caso de doenças periodontais crônicas em especial se a imunodeficiência subjacente não for corrigida. Tipos de antibióticos: Penicilinas: são os antibióticos de primeira escolha. Os medicamentos desse grupo atuam na ultima fase de síntese de parede celular das bactérias inibindo a formação de sua parede, causando a sua lise e, consequentemente a sua morte. São os antibióticos com maior probabilidade de causar reação alérgica que se manifesta como: broncoconstrição, urticária, angioedema e choque. o Penicilinas G: são encontradas sob três formas: penicilinas G potássica, procaína e benzatina. A potássica possui rápido inicio de ação e apresenta distribuição nos tecidos moles, na saliva e nos ossos, determinando eficácia clínica em doses de 6/6 horas. A procaína e benzatina são insolúveis em água e após a injeção intramuscular, são lentamente liberadas na circulação sanguínea. o Penicilinas V: possui pequeno espectro de ação, administrada por via oral, sendo rapidamente absorvida pelo intestino delgado, atingindo concentrações sanguíneas máximas em 1 hora. o Amoxicilina: é de largo espectro, efetivo contra Gram-positivas, Gram-negativas e a maioria dos anaeróbios bucais. Atinge concentrações efetivas maiores e mais prolongadas que a penicilina V. É o fármaco de primeira escolha para o tratamento de infecções intrabucais. o Amoxicilina + Clavulonato de Potássio: o ácido clavulânico não possui poder antibacteriano por si só, mas inibe a enzima β-lactamase (responsável pela por romper o anel β-lactâmico das penicilinas, tonando-as inativas) e faz com que a amoxicilina torne-se mais efetiva. Macrolídeos: apresentam anel lactônico. o Eritromicina: está indicada em casos de infecção leve, sendo uma alternativa excelente para tratar pacientes alérgicos à penicilina. Atua inibindo a síntese proteica relacionada às bactérias Gram- negativas. É administrada por via oral. o Claritromicina: possui pequena ocorrência de efeitos colaterais gastrointestinais. Particularmente, pode alcançar concentrações teciduais altas, o que ocorre tambem na saliva, na gengiva normal e inflamada e no tecido ósseo alveolar. o Azitromicina: apresenta excelente concentração tecidual, sendo sua meia-vida sérica e tecidual longa, requerendo, portanto, apenas uma dose diária. Lincosaminas: o Clindamicina: em geral atua como bacteriostático, mas em alguns microorganismo atua como bactericida. É quantitativamente mais eficaz que a eritromicina. É administrada por via oral, sendo Uma vez escolhida a via oral para a antibioticoterapia, deve- se utilizar uma dose de ataque, que proporciona concentração adequada do medicamento na circulação sanguínea, consequentemente, no local da infecção. RESUMO Amanda A. Nogueira bem absorvida pelo intestino, mesmo quando ingerida com alimentos. Devido a sua excelente penetração em tecidos ósseos, é indicada em casos de osteomielites e osteítes purulentas. Grupo Medicamento (genérico) Posologia infantil Penicilinas “V” 40000 a 100000 UI kg/peso/dia, de 6 em 6 horas (suspensão) “G” 40000 UI kg/peso/dia, franco/ampola Amoxicilina 50 a 100 mg kg/peso/dia, de 8 em 8 horas (suspensão) Amoxicilina + Clavulonato de potássio _ Macrolídeos Estearato de eritromicina 40 a 50 mg kg/peso/dia, de 6 em 6 horas (suspensão) Azitromicina 10 mg kg/peso/dia, de 24 em 24 horas (suspensão) Claritromicina 7,5 a 15 mg kg/peso/dia, de 12 em 12 horas (suspensão) Clindamicina Cloridrato de Clindamicina 10 a 20 mg kg/peso/dia, de 6 em 6 horas (suspensão)Profilaxia antibiótica: O antibiótico para a profilaxia deve ser administrado em doses simples, antes do procedimento odontológico, isso porque o uso indiscriminado pode promover a emergência de microorganismos resistentes com mais probabilidade de causar endocardite como o Streptococcus viridans e os enterococos. A profilaxia é recomendada para os pacientes com: válvula cardíaca protética, endocardite infecciosa previa, transplantes cardíacos que desenvolveram valvulopatia cardíaca, doença cardíaca congênita; isso em todos os procedimentos que envolverem a manipulação dos tecidos gengivais, ósseos ou perfuração na mucosa. Nos procedimentos clínicos envolvendo injeções anestésicas em tecidos não infectados, nas tomas radiográficas intrabucais, nas instalações de próteses parciais removíveis ou totais, na colocação de aparelhos ortodônticos, esfoliação de dentes decíduos e sangramento proveniente de traumatismo nos lábios ou mucosa bucal, não se recomenda a profilaxia antibiótica. Via Medicamento (genérico) Posologia infantil Oral Amoxicilina 50 mg/kg de peso Oral + alérgico Clindamicina ou Azitromicina ou Claritromicina ou Cefalexina 20 mg/kg de peso 15 mg/kg de peso 15 mg/kg de peso 50 mg/kg de peso Parenteral Ampicilina Cefazolina ou Ceftriaxona 50 mg/kg de peso IM ou IV 50 mg/kg de peso IM ou IV Parenteral + alérgico Cefazolina ou Ceftriaxona ou Clindamicina 50 mg/kg de peso IM ou IV 20 mg/kg de peso IM ou IV Antibióticos não recomendados para uso infantil: Tetraciclina: são antibióticos bacteriostáticos com amplo espectro de ação. São proibidos para gestantes e crianças devido a sua capacidade de provocar pigmentações endógenas nas coroas dentárias tanto m dentes decíduos quanto em dentes permanentes, sendo que essa pigmentação pode ser observada clinicamente pela sua coloração que varia de amarelo a um amarelo-acinzentado ou marrom, passando para tons alaranjados, acredita-se que isso acontece devido à ação quelante do antibiótico e a sua capacidade de se unir ao cálcio, incorporando-se ao cristal de hidroxiapatita; pode ainda provocar hipoplasias, redução do crescimento ósseo da criança e hepatoxicidade na mãe. RESUMO Amanda A. Nogueira Cloranfenicol: foi o primeiro antibiótico de amplo espectro descoberto. Afeta a medula óssea, manifestando- se por anemia provocada pela diminuição na absorção de ferro pelas células precursoras de eritrócitos. Pode desenvolver trombocitopenia e neutropenia intensa. A reação mais grave é a aplasia da medula óssea, pancitopenia, quase sempre fatal. Aminoglicosídeos: pertencem a esse grupo a estreptominica, canamicina, gentamicina e neomicina. São antibióticos tóxicos que causam toxicidade renal, auditiva – perda irreversível mesmo em doses terapêuticas – e vestibulares. ANTIFÚNGICOS As micoses superficiais são geralmente tratadas com medicamentos tópicos e os fungos mais comumente observados nas lesões bucais são da espécie Candida. As diferentes formas de candidose oral requerem distintos agentes para um tratamento efetivo. As candidoses mucocutâneas são tratadas com os cetoconazóis, como o fluconazol. A candidose pseudomembranosa aguda é frequente em neonatos e crianças sistemicamente comprometidas, se removida, pode haver sangramento e a difusão para regiões retrofaríngeas, podendo se tornar grave se atingir a circulação sanguínea e os pulmões. A candidose eritematosa é frequente em qualquer idade, com grau variado de fatores predisponentes. O tratamento dessas infecções inclui além da medicação, a remoção de fatores subjacentes, quando possível. Dente os tipos de antifúngicos mais utilizados, destaca-se a nistatina sendo utilizada topicamente. Em crianças muito pequenas, podem-se utilizar suspensões e em crianças maiores, comprimidos ou pastilhas. Medicamento (genérico) Posologia infantil Nistatina 60000 UI kg/peso/dia, de 6 em 6 horas (suspensão) ANTIVIRAIS A infecção viral mais frequente em crianças é causada pelo vírus herpes simplex. A infecção primaria pode se manifestar subclinicamente, mas em geral causa gengivoestomatite herpética aguda, febre, aumento dos nódulos linfáticos cervicais e irritabilidade; está limitada a cavidade bucal e a remissão dos sinais e sintomas ocorrem em aproximadamente 10 dias. Tipicamente atinge a junção mucocutânea do lábio com aspecto vesicular ou ulcerado e é nesse momento em que é infecciosa/contagiosa. O tratamento indicado nas fases iniciais da infecção é com o aciclovir. Em casos em que a infecção atingiu estágios mais avançados, a terapêutica com esse grupo pode tornar-se ineficaz e deve estar limitada a ingestão de alimentos líquidos, analgésicos, boa higiene bucal e uso de enxaguantes bucais como clorexidina a 0,12% ou água oxigenada 10 vol para evitar infecção secundária. Medicamento (genérico) Posologia infantil Aciclovir Aplicar na lesão 4 a 5 vezes ao dia CONTROLE DE DOR ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS As dores de origem odontogênicas são primariamente inflamatórias, ou seja, as respostas aos tecidos injuriados resultam em: dor, edema, aumento da temperatura local, vermelhidão e perda da função. Os bioprodutos da infecção irão causar injúrias celulares e com isso, o acido aracdônico é liberado das membranas e por meio de uma sequencia de reações causadas pelos mediadores químicos como a histamina, será formada a prostaglandina, o leucotrieno e a tromboxana, sendo que a prostaglandina é RESUMO Amanda A. Nogueira considerada a base bioquímica e fisiológica da inflamação, da dor e da febre nas crianças. Então para reduzir ou controlar a dor, o medicamento deve atuar inibindo diretamente os mediadores químicos. Em odontopediatria três grupos de medicamentos são comumente utilizados para controle de dor e inflamação: anestésicos locais, AINES e analgésicos de ação central ou opioides. Os fatores que determinam a seleção do medicamento são: extensão e invasibilidade dos procedimentos, idade, historia passada de dores juntamente com as expectativas dos pais para a dor o Anestésico: empregado quando se vai fazer procedimento restaurador que requer inicio rápido e com duração intermediaria e em casos de exodontias, colocação de coroas de aço, pulpotomias e pulpectomias. o AINES: indicados em casos de exodontias mais complicadas, colocação de coroas de aço e pulpotomias, sendo os mais utilizados o paraminofenol e o ibuprofeno Paraminofenol: alivio de dores dentárias, são raras as reações alérgicas ao medicamento, não determina problema de irritação gástrica ou manifestações que envolvam inibição plaquetária. A grande preocupação está na hepatoxicidade. Ibuprofeno: antiinflamatorio e analgésico, inibe a síntese de prostaglandina. É indicado em casos de controle de dores agudas – traumatismo e cirurgias. o Opióides: são medicamentos de ação central, sendo indicados em casos de dores moderadas ou severas. O mais utilizado é o Tramadol. Medicamento (genérico) Forma farmacêutica Posologia infantil Paraminofenol ou Paracetamol ou Acetaminofeno Comprimidos e gotas 10 mg por kg/peso, 6 em 6 horas Ibuprofeno Suspensão, comprimidos e gotas 5 a 10 mg por kg/peso, 6 em 6 horas (5 ml de suspensão equivale a 100 mg) Tramadol Comprimidos 1 a 2 mg por kg/peso, 6 em 6 horas Paracetamol ou Acetaminofeno associado a Codeína Comprimidos 0,5 a 1 mg por kg/peso, 6 em 6 horas CONTROLE DE ANSIEDADE E MEDO A ansiedade e o medo do tratamento odontológico normalmente estão associados a experiências traumáticas anteriores, preocupações quanto a perda física, desfiguração, observação de ansiedade em terceiros, exposição a historiasde horror por amigos ou meios de comunicação. Os sinais mais comuns são: inquietação, agitação, dilatação da pupila, palidez na pele, transpiração excessiva, sensação de formigamento nas extremidade, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, choro e diarreia. Inicialmente devem-se tentar métodos de controle do comportamento, caso no haja resultado, opta pelo uso de medicamentos que podem ser administrados por via oral, intramuscular, retal, intravascular ou por inalação. Deve-se ter atenção, pois o uso de medicamentos sedativos em crianças é potencialmente mais perigoso já que elas estão mais expostas a respostas depressoras do SNC. 1. Hidrato de cloral: Normalmente é administrado por via oral, possuindo um gosto amargo. É um medicamento efetivo com baixa incidência de toxicidade aguda quando utilizado em sedação curta, apresentando uma ampla margem de segurança e poucos efeitos indesejados. Possui inicio de ação rápida e atinge concentrações plasmáticas máximas em 60 minutos. Sua duração pode sofrer variação sendo que a media é de 4 a 12 horas. RESUMO Amanda A. Nogueira Para obter o efeito sedativo a posologia infantil é 50mg/kg/pesp tanto por via retal quanto oral, sendo a dose máxima 1000 mg. Acima de 2000mg, observa-se: ataxia, dores de cabeça, sonolência prolongada, letargia, hipotensão, arritmia cardíaca, podendo levar o paciente ao coma. 2. Anti-histamínicos sedativos: Hidroxizina: administrada por via oral, com efeito máximo em 12 horas, sendo eficaz por 3-6 horas. Caracteriza-se por ações antimuscarínica, anticolinérgica, antiemética, ansiolítica e, marcadamente por propriedades sedativas. É o sedativo de escolha para pacientes com asma e alérgicos. Posologia: 50mg por dia sendo 3 a 4 vezes por dia a administração. Não é vendida isoladamente. Prometazina:exerce efeito máximo de 30 a 60 minutos. Posologia: 12 a 50 mg por dia sendo 3 a 4 vezes por dia a administração 3. Derivados benzodiazepínicos: Crianças são mais sujeitas a reações adversas, principalmente as ações paroxísticas (excitações, alucinações, hiperatividade, histeria) onde os efeitos excitatórios sobrepõem-se aos inibitórios do SNC. Em crianças com autismo, distúrbios paranoicos e as que estão frequentemente sujeitas a alucinações, o medicamento não tem efeito no controle da ansiedade Diazepan: 0,15 a 0,25 mg/kg de peso, uma hora antes do procedimento Midazolam: 0,5 a 0,75 mg/kg de peso, 30 minutos antes do procedimento. É indicado em pacientes acima de 6 anos e tem ação rápida e duração também rápida. 4. Sedação consciente com Oxido nitroso e oxigênio: O oxido nitroso é um gás incolor, não irritante, com odor e gosto leve e agradável. É pouco solúvel no sangue e isso permite com que seja eliminado mais rapidamente do organismo, onde após 5 a 10 minutos do termino da inalação, o paciente já eliminou a maioria do gás. É pequena a sua ação como anestésico, sendo necessário o uso de anestésico local ou geral dependendo do tratamento e demora de 3 a 5 minutos o processo de indução em crianças. Não deve ser utilizado em concentrações maiores que 70%, para evitar efeitos alucinógenos. Normalmente após a sua utilização, recomenda-se utilizar 100% de oxigênio pra auxiliar na eliminação do gás. O oxido nitroso não elimina o nível de consciência, os sinais vitais ficam estáveis, o paciente consegue responder aos comandos verbais e pode retornar as suas atividades normalmente. Devem-se explicar os sintomas subjetivos da sedação aos pacientes como formigamento das extremidades e sensação de calor que usualmente ocorre nos primeiros minutos. Efeitos adversos agudos e crônicos são raros, sendo náusea e vômito os mais frequentes. Deve-se recomendar uma refeição leve ao paciente, nas duas horas que antecedem a sedação. Durante o tratamento, é importante monitorar os sinais vitais e o nível de consciência. Caso o paciente esteja inconsciente e sem respiração, deve-se providenciar suporte básico de vida até a chegada do socorro e deve-se administrar mais de 90% de oxigênio a 10 min/l de fluxo por pelo menos 60 minutos.
Compartilhar