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Aula 00
Legislação Institucional p/ DPGE-RJ - Técnico Superior Jurídico
Professor: Renan Araujo
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Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) 
TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO 
 
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AULA DEMONSTRATIVA: A DEFENSORIA PÚBLICA 
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do Curso e Cronograma - Sumário 01 
I ± A Defensoria Pública na CRFB/88 04 
Lista das questões 13 
Questões comentadas 18 
Gabarito 29 
 
Olá, meus amigos! 
 
É com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo 
ESTRATÉGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir 
para a aprovação de vocês no concurso da DEFENSORIA PÚBLICA DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Aqui vamos estudar (E muito!) teoria e 
comentar alguns exercícios sobre LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL para o 
cargo de TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO. 
E aí, povo, preparados para a maratona? 
A Banca que irá organizar o concurso (cujo edital ACABOU DE 
SAIR!) é a FGV. 
Nesse curso há uma alegria especial para mim, pois vou falar de um 
assunto que amo: Defensoria Pública! 
Bom, está na hora de me apresentar a vocês, não é? 
Meu nome é Renan Araujo, tenho 26 anos, sou Defensor Público 
Federal desde 2010, titular do 16° Ofício Cível da Defensoria Pública da 
União no Rio de Janeiro. Antes, porém, fui servidor da Justiça Eleitoral 
(TRE-RJ), onde exerci o cargo de Técnico Judiciário, por dois anos. Sou 
Bacharel em Direito pela UNESA e pós-graduado em Direito Público pela 
Universidade Gama Filho. 
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Disse a vocês minha idade propositalmente. Minha trajetória de vida 
está intimamente ligada aos Concursos Públicos. Desde o começo da 
Faculdade eu sabia que era isso que eu queria pra minha vida! E querem 
saber? Isso faz toda a diferença! Algumas pessoas me perguntam como 
consegui sucesso nos concursos em tão pouco tempo. Simples: Foco + 
Força de vontade + Disciplina. Não há fórmula mágica, não há ingrediente 
secreto! Basta querer e correr atrás do seu sonho! Acreditem em mim, 
isso funciona! 
Bom, como já adiantei, neste curso estudaremos todo o conteúdo 
de Legislação Institucional (relativo à estrutura da Defensoria 
Pública, não veremos a parte relativa ao regime jurídico dos 
servidores, que será analisado em outro curso) previsto no Edital. 
Estudaremos teoria e vamos trabalhar também com exercícios 
comentados (poucos, já que esta matéria não é cobrada em muitas 
provas). 
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 00 A Defensoria Pública na Constituição Federal 10/02 
Aula 01 
Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 
80/94) ± Parte I 15/02 
Aula 02 
Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 
80/94) ± Parte II 20/02 
Aula 03 
Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 
80/94) ± Parte III 25/02 
Aula 04 
Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio 
de Janeiro (LCE 06/77) ± Parte I 05/03 
Aula 05 
Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio 
de Janeiro (LCE 06/77) ± Parte II 10/03 
Aula 06 
Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio 
de Janeiro (LCE 06/77) ± Parte III 15/03 
Aula 07 Lei nº 1.060/50. Emenda Constitucional 45/2004. 20/03 
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Lei Federal 8842/94. Emenda Constitucional 
69/2012. Emenda Constitucional 74/2013. 
Requerimento de gratuidade de justiça; 
indeferimento, recursos aplicáveis. Efeito 
suspensivo. Curador especial. 
 
 
As aulas serão disponibilizadas no site conforme o cronograma 
apresentado. Em cada aula eu trarei algumas questões que foram 
cobradas recentemente em concursos públicos. Sempre que 
possível, trarei questões da própria FGV. 
Como se trata de um tema que só cai em provas de 
Defensoria Pública (parte do tema só cai nos concursos da DPGE-
RJ), em algumas aulas eu mesmo irei elaborar as questões. 
 
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. 
;-) 
 
 
 
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I ± A DEFENSORIA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
 A Defensoria Pública é uma Instituição essencial à Função 
Jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação e defesa dos 
interesses dos necessitados em TODOS OS GRAUS. Essa é a norma 
prevista no art. 134 da Constituição da República. 
Vejamos: 
 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, 
LXXIV.) 
 
Mas, professor, o que seria uma Instituição essencial à 
função Jurisdicional do Estado? Primeiro, precisamos entender o que é 
função jurisdicional do Estado. 
O Estado (em sentido amplo) possui três funções básicas 
(legislativa, administrativa e jurisdicional). A última delas, que é a que 
nos interessa, é a função de dirimir conflitos sociais, através do Poder 
Judiciário (em regra), dizendo quem, no caso concreto, tem o direito. 
Como nós sabemos, o acesso à Justiça (e não apenas ao Judiciário) 
é, por vezes, difícil. Fatores de ordem econômica, política e social 
contribuem para que grande parcela da população se veja privada do 
exercício de seus direitos. 
 
Assim, a Defensoria Pública é a Instituição constitucionalmente 
prevista, cuja finalidade é promover o acesso à Justiça a todos os 
necessitados. 
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Ah, então quer dizer que a Defensoria Pública faz parte do 
Poder Judiciário? Não! A Defensoria Pública não faz parte do Judiciário. 
Ela é uma Instituição autônoma. 
Vejam o esquema sobre as Funções essenciais à Justiça e o 
Judiciário: 
 
Vejam que o Poder Judiciário é o centro porque ele é quem deve 
resolver os conflitos, é ele quem desempenha a FUNÇÃO 
JURISDICIONAL. Os demais (Advocacia, MP e Defensoria Pública) são 
funções essenciais à Justiça porque atuam de forma fundamental para 
que o Poder Judiciário possa exercer sua tarefa. 
O acesso à Justiça é um princípio basilar em qualquer Estado 
verdadeiramente democrático de Direito. No nosso caso, está previsto, 
dentre outros artigos, no art. 5º, LXXIV da Constituição.Vejamos: 
 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos 
que comprovarem insuficiência de recursos; 
Advocacia 
(Pública e 
Privada) 
Defensoria 
Pública 
 Ministério 
 Público 
 Poder 
Judiciário 
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Assim, a Defensoria Pública é uma Instituição cuja finalidade é, em 
resumo, promover a cidadania, através da orientação jurídica aos 
necessitados e, se necessário, a defesa de seus interesses em Juízo. 
 
 
CUIDADO! À Defensoria Pública não cabe apenas a defesa judicial dos 
interesses dos necessitados, mas também, e primordialmente, a 
orientação jurídica aos necessitados, para que possam conhecer seus 
direitos. Além disso, a Defensoria Pública também deve tentar a 
resolução extrajudicial dos conflitos, sempre que possível, contribuindo 
para a resolução célere dos problemas e para o desafogamento do 
Judiciário. 
 
A Defensoria Pública NÃO ESTÁ VINCULADA À OAB. Que isso 
fique BEM CLARO! 
A advocacia privada é uma Função essencial à Justiça, assim como 
a Defensoria Pública. Contudo, são Instituições diferentes, reguladas por 
diplomas normativos diferentes. 
A Defensoria Pública é uma Instituição regida por Lei 
Complementar, a LC 80/94. Já a advocacia privada é Instituição 
regida por lei ordinária, a Lei 8.906/94, que é mais conhecida 
como Estatuto da OAB. 
 
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CUIDADO: Embora o art. 3º, §1º da Lei 8.906/94 estabeleça que o 
Estatuto da OAB se aplica aos membros da Defensoria Pública, este 
artigo é inconstitucional, pois regulamenta tema cuja regulamentação só 
pode se dar por Lei Complementar (que, no caso, é a LC 80/94), de 
forma que os Defensores Públicos não estão vinculados à OAB, 
respondendo em caso de infração disciplinar perante a Corregedoria da 
Defensoria Pública a que estejam vinculados. Além disso, a capacidade 
postulatória1 dos Defensores Públicos independe de sua inscrição 
na OAB, pois decorre EXCLUSIVAMENTE de sua posse no cargo de 
Defensor Público, nos termos da LC 80/94, conforme veremos mais 
adiante. 
 
Essa determinação de regulamentação por LC está prevista na 
própria Constituição Federal, no §1º do art. 134. Vejamos: 
 
Art. 134 (...) 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do 
Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua 
organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe 
inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da 
advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
1 Capacidade postulatória é a capacidade para postular em Juízo, ou seja, para atuar como profissional do 
Direito. 
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Como vocês podem ver, o §1º do art. 134 também contém três 
outras previsões, além da previsão de necessidade de LC: 
 
x Inamovibilidade dos membros da Defensoria Pública; 
x Ingresso dos membros mediante concurso de provas E 
títulos; 
x Vedação de exercício da advocacia fora das atribuições 
funcionais; 
 
A primeira das previsões (inamovibilidade) refere-se à prerrogativa 
conferida aos membros da Defensoria Pública (os Defensores Públicos) de 
não serem removidos compulsoriamente de suas respectivas Unidades de 
atuação. 
 
EXEMPLO: Imagine que um Defensor Público esteja ajuizando diversas 
ações civis públicas (a Defensoria Pública tem legitimidade para o 
ajuizamento destas ações) em face do Governo do estado. O Governador 
liga para o Defensor Público-Geral do Estado e exige a remoção deste 
'HIHQVRU�SDUD�RXWUD�FRPDUFD��(VVD� UHPRomR��FKDPDGD�³H[�RIILFLR´��QmR�
será possível de ser efetivada, pois desde a posse os membros da 
Defensoria Pública são inamovíveis. Trata-se de uma garantia para que 
os Defensores possam desempenhar bem e fielmente sua função. 
 
A segunda previsão se refere à necessidade de ingresso na 
carreira mediante concurso público de provas e títulos. O que isso 
significa? Que nos concursos para a seleção de Defensores Públicos, 
deverão ser aplicadas provas (de diversos tipos) e avaliados os títulos do 
candidato (se possui Mestrado, Doutorado, se leciona, etc.). 
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CUIDADO! Isso se aplica nos concursos para ingresso na carreira da 
Defensoria Pública, ou seja, somente nos concursos para MEMBROS da 
Defensoria Pública, não se aplicando aos concursos para servidores. 
A terceira e última previsão diz respeito à impossibilidade de os 
Defensores Públicos advogarem. Embora os Defensores Públicos não 
estejam vinculados à OAB, eles não estão proibidos de estar inscritos 
nos quadros da OAB, mas não podem advogar. 
Ainda com relação aos membros da Defensoria Pública, o art. 135 
estabelece que eles devam ser remunerados mediante subsídio. Vejamos: 
 
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas 
Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, 
§ 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
(...) 
 
Art. 39 (...) 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros 
de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados 
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o 
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
Mas o que seria remuneração mediante subsídio? O subsídio é 
uma espécie remuneratória que é adotada para o pagamento de 
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determinados agentes públicos, e tem como característica principal o fato 
de que se constitui em parcela única. Assim, quem recebe subsídio recebe 
apenas uma rubrica em seu contracheque, referente ao valor do seu 
subsídio, não podendo haver pagamento de abonos, gratificações, etc. (os 
FKDPDGRV�³SHQGXULFDOKRV´�� 
Embora a remuneração por subsídio deva ser feita em parcela única, 
isso não impede o pagamento de parcelas de natureza indenizatória, 
como auxílio-alimentação, auxílio-saúde, etc. 
Finalizando o estudo da Defensoria Pública na Constituição Federal, 
vamos analisar alguns aspectos referentes à sua Organização. 
Nos termos do art. 134, §2º da CRFB/88,as Defensorias Públicas 
estaduais possuem autonomia funcional e administrativa, e também 
possuem a iniciativa de sua proposta orçamentária, nos limites da LDO. 
Vejamos: 
 
Art. 134 (...) 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 
Essa autonomia funcional e administrativa refere-se ao poder de se 
autogovernar, administrar seus próprios recursos, e estabelecer 
determinadas regulamentações internas, quando não se trate de matérias 
reservadas à Lei. 
Mas porque somente às Defensorias Públicas dos Estados 
foram conferidos estes poderes, e não também à Defensoria 
Pública da União e à Defensoria Pública do DF e Territórios? Esta 
autonomia fora introduzida pela EC 45/04, e propositalmente deixou 
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de fora a Defensoria Pública da União (DPU), já que o Governo Federal 
não possui nenhum interesse em fortalecer a única Instituição da 
República que necessariamente litiga contra o próprio Governo, já que a 
Defensoria Pública da União atua na Justiça Federal, onde em 99,9% dos 
casos as demandas ajuizadas pela DPU terão como parte adversária a 
União, uma de suas autarquias ou empresas públicas. 
Contudo, em 2013, após uma longa batalha no Poder 
Legislativo, foi aprovada a EC 74/2013, conferindo à Defensoria 
Pública da União e à Defensoria Pública do DF e Territórios a 
mesma autonomia que foi dada às Defensorias Públicas estaduais. 
Esta EC 74/13 incluiu o §3º no art. 134 da CRFB/88. Vejamos: 
Art. 134 (...) 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e 
do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 
2013) 
 
Assim, ATENÇÃO! Como se trata de uma alteração 
relativamente recente, é bastante provável que seja cobrada na 
prova! 
 
Ainda no que tange à Organização da Defensoria Pública, é 
importante que vocês saibam que compete à União, aos estados e ao DF 
legislarem concorrentemente sobre a Defensoria Pública e a assistência 
jurídica. 
Vejamos o art. 24, XIII da Constituição: 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
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(...) 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
 
O que isso significa? Significa que todos estes entes federados 
(União, estados e DF) podem legislar sobre Defensoria Pública, cada um 
dentro de sua esfera, é claro. Assim, o estado do Amapá não pode legislar 
sobre a Defensoria Pública da União, por não possuir qualquer ingerência 
sobre esta. 
Mas e os Municípios, não podem legislar sobre Defensoria 
Pública? Não! Os municípios não possuem competência constitucional 
para legislar sobre Defensoria Pública, até porque não existe Defensoria 
Pública municipal. 
 
CUIDADO! O fato de não existir Defensoria Pública municipal não quer 
dizer que não exista Defensoria Pública nos municípios. Assim, é 
plenamente possível que existam NÚCLEOS da Defensoria Pública nos 
mais diversos municípios que estejam dentro de sua esfera de atuação. 
Assim, haverá Defensoria Pública em Petrópolis/RJ, mas não estaremos 
diante de uma Instituição própria, e sim de um Núcleo da DPGE-RJ (esta 
sim é a Instituição). 
 
 
Além disso, todas as Leis que digam respeito à organização da 
Defensoria Pública da União, bem como estabeleçam normas 
gerais sobre a organização das Defensorias Públicas estaduais são 
de iniciativa privativa do Presidente da República. Vejamos: 
 
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Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: 
(...) 
II - disponham sobre: 
(...) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, 
bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
LISTA DAS QUESTÕES 
 
 
01 - (FCC ± 2011 ± DPE-RS ± DEFENSOR PÚBLICO) 
O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita, previsto 
constitucionalmente e instrumentalizado pela Defensoria Pública, 
compreende 
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a) prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos necessitados, 
somente no segundo grau de jurisdição. 
b) prestar orientação jurídica a todos os beneficiados pela Lei no 
1.060/50, assim considerados os nacionais ou estrangeiros, residentes no 
país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil ou do trabalho, 
excluída a Justiça Militar. 
c) a impossibilidade de denegação ao atendimento do cidadão, tendo em 
vista a universalidade do direito prestado, desimportando que se trata de 
pessoa com elevado poder aquisitivo. 
d) a função institucional da Defensoria Pública para propositura da ação 
penal pública, naqueles casos em que não houver órgão de atuação do 
Ministério Público na Comarca. 
e) promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos 
necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos, sociais, 
econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis todas as espécies 
de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. 
 
02 - (MOVENS - 2010 ± PREFEITURA DE MANAUS/AM ± ANALISTA 
JURÍDICO) 
Em relação à Defensoria Pública, assinale a opção correta. 
a) Norma estadual que atribui à defensoria pública do estado a defesa 
judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou 
criminalmente em razão do regular exercício do cargo é compatível com a 
CF/88. 
b) Às defensorias públicas, em âmbito federal e estadual são asseguradas 
autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
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c) Aos integrantes das defensorias públicas é assegurada a garantia da 
inamovibilidade e permitido o exercício da advocacia fora das atribuiçõesinstitucionais, exceto em demandas contra a fazenda pública que os 
remunera. 
d) Por desempenhar, com exclusividade, um mister estatal genuíno e 
essencial à jurisdição, a defensoria pública não convive com a 
possibilidade de que seus integrantes sejam recrutados em caráter 
precário. 
 
03 - (CESPE ± 2006 ± TJ-SE ± TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS E 
DE REGISTROS) 
O Ministério Público, a advocacia e a defensoria pública constituem 
funções essenciais à justiça. 
 
04 - (CESPE ± 2005 ± TRT 16 RG ± AJAJ) 
São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que 
disponham sobre a organização do Ministério Público e da Defensoria 
Pública da União, bem como as normas gerais para a organização do 
Ministério Público e da Defensoria Pública dos estados, do DF e dos 
territórios. 
 
05 - (CESPE ± 2010 ± TRT 21 RG ± AJAA) 
À Defensoria Pública da União e às defensorias públicas estaduais são 
asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
 
06 - (CESPE ± 2010 ± DPE/BA ± DEFENSOR PÚBLICO) 
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Com relação à DP, julgue o item subsecutivo. 
De acordo com a CF, são de iniciativa exclusiva do presidente da 
República as leis que disponham sobre a organização da Defensoria 
Pública da União bem como as normas gerais para a organização da DP 
dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios. 
 
07 - (FCC ± 2008 ± TRT 8 RG ± AJAA) 
A Defensoria Pública da União é organizada por 
a) Lei Delegada. 
b) Decreto Legislativo. 
c) Lei Ordinária. 
d) Lei Complementar. 
e) Resolução. 
 
08 - (FCC ± 2010 ± BAHIAGÁS ± ANALISTA DE PROCESSOS 
ORGANIZACIONAIS ± DIREITO) 
As Leis que disponham sobre organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização 
do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados e do Distrito 
Federal são de iniciativa privativa do Presidente 
a) do Supremo Tribunal Federal. 
b) do Senado Federal. 
c) da Câmara dos Deputados. 
d) da República. 
e) do Superior Tribunal de Justiça. 
 
09 - (FUNDEP ± 2010 ± TJ/MG ± OFICIAL DE APOIO JUDICIAL) 
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Assinale a entidade que a Constituição de 1988 definiu como instituição 
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação 
jurídica e a defesa, em todos graus, dos necessitados, na forma do art. 
5º, LXXIV?. 
a) Ministério Público 
b) Ordem dos Advogados do Brasil 
c) Advocacia-Geral 
d) Defensoria Pública 
 
10 - (FCC ± 2009 ± MPE-SE ± ANALISTA DO MPE-DIREITO) 
Projeto de lei complementar de iniciativa popular, que disponha sobre a 
organização da Defensoria Pública da União, aprovado pela maioria 
absoluta dos membros de ambas as Casas do Congresso Nacional, 
a) é materialmente inconstitucional, na medida em que apenas os Estados 
estão autorizados, pela Constituição, a organizar carreira e órgãos de 
Defensoria Pública. 
b) é compatível com a disciplina constitucional do processo legislativo. 
c) padece do vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar de 
matéria de iniciativa privativa do Presidente da República. 
d) somente poderá ser sancionado pelo Presidente da República se houver 
sido subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, 
distribuído por pelo menos 5 Estados. 
e) deverá ser vetado pelo Presidente da República, por tratar de matéria 
reservada à lei complementar, cuja aprovação exige quorum de maioria 
qualificada de dois terços dos membros de cada Casa legislativa. 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
01 - (FCC ± 2011 ± DPE-RS ± DEFENSOR PÚBLICO) 
O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita, 
previsto constitucionalmente e instrumentalizado pela Defensoria 
Pública, compreende 
a) prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos necessitados, 
somente no segundo grau de jurisdição. 
b) prestar orientação jurídica a todos os beneficiados pela Lei no 
1.060/50, assim considerados os nacionais ou estrangeiros, 
residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil 
ou do trabalho, excluída a Justiça Militar. 
c) a impossibilidade de denegação ao atendimento do cidadão, 
tendo em vista a universalidade do direito prestado, 
desimportando que se trata de pessoa com elevado poder 
aquisitivo. 
d) a função institucional da Defensoria Pública para propositura 
da ação penal pública, naqueles casos em que não houver órgão 
de atuação do Ministério Público na Comarca. 
e) promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos 
necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos, 
sociais, econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis 
todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e 
efetiva tutela. 
COMENTÁRIOS: A assistência jurídica integral e gratuita, oferecida pela 
Defensoria Pública, compreende a orientação jurídica e a defesa dos 
direitos dos necessitados, em TODOS OS GRAUS, e por todas as formas 
jurídicas cabíveis. Essa defesa se dá tanto em relação a direitos 
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individuais quanto a direitos coletivos, já que à Defensoria Pública foi 
conferida legitimidade para ajuizar ações civis públicas. 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA E. 
 
02 - (MOVENS - 2010 ± PREFEITURA DE MANAUS/AM ± ANALISTA 
JURÍDICO) 
Em relação à Defensoria Pública, assinale a opção correta. 
a) Norma estadual que atribui à defensoria pública do estado a 
defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil 
ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo é 
compatível com a CF/88. 
b) Às defensorias públicas, em âmbito federal e estadual são 
asseguradas autonomias funcional e administrativa e a iniciativa 
de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na 
lei de diretrizes orçamentárias. 
c) Aos integrantes das defensorias públicas é assegurada a 
garantia da inamovibilidade e permitido o exercício da advocacia 
fora das atribuições institucionais, exceto em demandas contra a 
fazenda pública que os remunera. 
d) Por desempenhar, com exclusividade, um mister estatal 
genuíno e essencial à jurisdição, a defensoria pública não convive 
com a possibilidade de que seus integrantes sejam recrutados em 
caráter precário. 
COMENTÁRIOS: Em razão do caráter genuinamente estatal da atividade 
de Defensor Público, esta função não pode ser desempenhada por 
integrantes recrutados de forma precária, estabelecendo a Constituição 
Federal, em seu art. 134, §1º, que o ingresso na carreira de Defensor 
Público sedará por meio de concurso público de provas e títulos. 
Vejamos: 
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Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, 
LXXIV.) 
(...) 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do 
Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua 
organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe 
inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da 
advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
03 - (CESPE ± 2006 ± TJ-SE ± TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS E 
DE REGISTROS) 
O Ministério Público, a advocacia e a defensoria pública 
constituem funções essenciais à justiça. 
COMENTÁRIOS: De fato, o MP, a advocacia pública e a Defensoria 
Pública são considerados Funções essenciais à Justiça, pois estão 
previstos no capítulo relativo às Funções essenciais à Justiça, o capítulo 
IV do Título IV da Constituição Federal (seções I e III). 
Portanto, a afirmativa está CORRETA. 
 
04 - (CESPE ± 2005 ± TRT 16 RG ± AJAJ) 
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São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que 
disponham sobre a organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública da União, bem como as normas gerais para a 
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos 
estados, do DF e dos territórios. 
COMENTÁRIOS: De fato, ao Presidente da República foi conferida a 
iniciativa privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da 
Constituição Federal: 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: 
(...) 
II - disponham sobre: 
(...) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, 
bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
05 - (CESPE ± 2010 ± TRT 21 RG ± AJAA) 
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À Defensoria Pública da União e às defensorias públicas estaduais 
são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a 
iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
COMENTÁRIOS: Quando da aplicação da prova, a questão estava 
errada, eis que a DPU ainda não possuía autonomia plena, que só havia 
sido conferida às Defensorias Públicas estaduais. Contudo, com a EC 
74/13, a DPU também passou a ser dotada de autonomia plena, na forma 
do §2º do art. 134 da CRFB/88, que passou a ser aplicável à DPU e à 
DPDF, por força do §3º, incluído pela referida emenda constitucional: 
 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, 
LXXIV.) 
(...) 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
(...)§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União 
e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 
2013) 
 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA (embora estivesse errada 
na época da aplicação da prova). 
 
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06 - (CESPE ± 2010 ± DPE/BA ± DEFENSOR PÚBLICO) 
Com relação à DP, julgue o item subsecutivo. 
De acordo com a CF, são de iniciativa exclusiva do presidente da 
República as leis que disponham sobre a organização da 
Defensoria Pública da União bem como as normas gerais para a 
organização da DP dos estados, do Distrito Federal, dos territórios 
e dos municípios. 
COMENTÁRIOS: De fato, ao Presidente da República foi conferida a 
iniciativa privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da 
Constituição Federal: 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: 
(...) 
II - disponham sobre: 
(...) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, 
bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
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Contudo, como se pode ver, não há Defensoria Pública Municipal, 
embora deva haver núcleos da Defensoria Pública da União e das 
Defensorias Públicas estaduais nos municípios. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
07 - (FCC ± 2008 ± TRT 8 RG ± AJAA) 
A Defensoria Pública da União é organizada por 
a) Lei Delegada. 
b) Decreto Legislativo. 
c) Lei Ordinária. 
d) Lei Complementar. 
e) Resolução. 
COMENTÁRIOS: A Defensoria Pública da União é regulamentada por Lei 
Complementar, nos termos do art. 134, §1º da Constituição Federal: 
 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, 
LXXIV.) 
(...) 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do 
Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua 
organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe 
inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
seus integrantes a garantiada inamovibilidade e vedado o exercício da 
advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
08 - (FCC ± 2010 ± BAHIAGÁS ± ANALISTA DE PROCESSOS 
ORGANIZACIONAIS ± DIREITO) 
As Leis que disponham sobre organização do Ministério Público e 
da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a 
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos 
Estados e do Distrito Federal são de iniciativa privativa do 
Presidente 
a) do Supremo Tribunal Federal. 
b) do Senado Federal. 
c) da Câmara dos Deputados. 
d) da República. 
e) do Superior Tribunal de Justiça. 
COMENTÁRIOS: Ao Presidente da República foi conferida a iniciativa 
privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da Constituição 
Federal: 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: 
(...) 
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II - disponham sobre: 
(...) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, 
bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
09 - (FUNDEP ± 2010 ± TJ/MG ± OFICIAL DE APOIO JUDICIAL) 
Assinale a entidade que a Constituição de 1988 definiu como 
instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos graus, dos 
necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. 
a) Ministério Público 
b) Ordem dos Advogados do Brasil 
c) Advocacia-Geral 
d) Defensoria Pública 
COMENTÁRIOS: A assistência jurídica integral e gratuita, aos 
necessitados, em todos os graus, foi conferida à Defensoria Pública, e 
compreende a orientação jurídica e a defesa dos direitos dos 
necessitados, em TODOS OS GRAUS, e por todas as formas jurídicas 
cabíveis. Essa defesa se dá tanto em relação a direitos individuais quanto 
a direitos coletivos, já que à Defensoria Pública foi conferida legitimidade 
para ajuizar ações civis públicas. 
Vejamos o art. 134 da Constituição: 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
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defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, 
LXXIV.) 
 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA D. 
 
10 - (FCC ± 2009 ± MPE-SE ± ANALISTA DO MPE-DIREITO) 
Projeto de lei complementar de iniciativa popular, que disponha 
sobre a organização da Defensoria Pública da União, aprovado 
pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas do 
Congresso Nacional, 
a) é materialmente inconstitucional, na medida em que apenas os 
Estados estão autorizados, pela Constituição, a organizar carreira 
e órgãos de Defensoria Pública. 
b) é compatível com a disciplina constitucional do processo 
legislativo. 
c) padece do vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar 
de matéria de iniciativa privativa do Presidente da República. 
d) somente poderá ser sancionado pelo Presidente da República 
se houver sido subscrito por, no mínimo, um por cento do 
eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados. 
e) deverá ser vetado pelo Presidente da República, por tratar de 
matéria reservada à lei complementar, cuja aprovação exige 
quorum de maioria qualificada de dois terços dos membros de 
cada Casa legislativa. 
COMENTÁRIOS: Ao Presidente da República foi conferida a iniciativa 
privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da Constituição 
Federal: 
 
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Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: 
(...) 
II - disponham sobre: 
(...) 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, 
bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da 
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
 
Assim, eventual Lei Complementar que tenha sido iniciada por outro 
meio que não seja pelo Presidente da República (como, no caso, por 
iniciativa popular), padece de vício de inconstitucionalidade FORMAL, já 
que possui vício de forma. 
 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
 
 
 
 
 
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1. ALTERNATIVA E 
2. ALTERNATIVA D 
3. CORRETA 
4. CORRETA 
5. CORRETA 
6. ERRADA 
7. ALTERNATIVA D 
8. ALTERNATIVA D 
9. ALTERNATIVA D 
10. ALTERNATIVA C 
 
 
 
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