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Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Institucional p/ DPGE-RJ - Técnico Superior Jurídico Professor: Renan Araujo 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 29 AULA DEMONSTRATIVA: A DEFENSORIA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do Curso e Cronograma - Sumário 01 I ± A Defensoria Pública na CRFB/88 04 Lista das questões 13 Questões comentadas 18 Gabarito 29 Olá, meus amigos! É com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATÉGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprovação de vocês no concurso da DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Aqui vamos estudar (E muito!) teoria e comentar alguns exercícios sobre LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL para o cargo de TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO. E aí, povo, preparados para a maratona? A Banca que irá organizar o concurso (cujo edital ACABOU DE SAIR!) é a FGV. Nesse curso há uma alegria especial para mim, pois vou falar de um assunto que amo: Defensoria Pública! Bom, está na hora de me apresentar a vocês, não é? Meu nome é Renan Araujo, tenho 26 anos, sou Defensor Público Federal desde 2010, titular do 16° Ofício Cível da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro. Antes, porém, fui servidor da Justiça Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de Técnico Judiciário, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e pós-graduado em Direito Público pela Universidade Gama Filho. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 29 Disse a vocês minha idade propositalmente. Minha trajetória de vida está intimamente ligada aos Concursos Públicos. Desde o começo da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria pra minha vida! E querem saber? Isso faz toda a diferença! Algumas pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em tão pouco tempo. Simples: Foco + Força de vontade + Disciplina. Não há fórmula mágica, não há ingrediente secreto! Basta querer e correr atrás do seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona! Bom, como já adiantei, neste curso estudaremos todo o conteúdo de Legislação Institucional (relativo à estrutura da Defensoria Pública, não veremos a parte relativa ao regime jurídico dos servidores, que será analisado em outro curso) previsto no Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar também com exercícios comentados (poucos, já que esta matéria não é cobrada em muitas provas). Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: AULA CONTEÚDO DATA Aula 00 A Defensoria Pública na Constituição Federal 10/02 Aula 01 Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 80/94) ± Parte I 15/02 Aula 02 Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 80/94) ± Parte II 20/02 Aula 03 Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 80/94) ± Parte III 25/02 Aula 04 Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (LCE 06/77) ± Parte I 05/03 Aula 05 Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (LCE 06/77) ± Parte II 10/03 Aula 06 Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (LCE 06/77) ± Parte III 15/03 Aula 07 Lei nº 1.060/50. Emenda Constitucional 45/2004. 20/03 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 29 Lei Federal 8842/94. Emenda Constitucional 69/2012. Emenda Constitucional 74/2013. Requerimento de gratuidade de justiça; indeferimento, recursos aplicáveis. Efeito suspensivo. Curador especial. As aulas serão disponibilizadas no site conforme o cronograma apresentado. Em cada aula eu trarei algumas questões que foram cobradas recentemente em concursos públicos. Sempre que possível, trarei questões da própria FGV. Como se trata de um tema que só cai em provas de Defensoria Pública (parte do tema só cai nos concursos da DPGE- RJ), em algumas aulas eu mesmo irei elaborar as questões. No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! Prof. Renan Araujo Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. ;-) 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 29 I ± A DEFENSORIA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A Defensoria Pública é uma Instituição essencial à Função Jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação e defesa dos interesses dos necessitados em TODOS OS GRAUS. Essa é a norma prevista no art. 134 da Constituição da República. Vejamos: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) Mas, professor, o que seria uma Instituição essencial à função Jurisdicional do Estado? Primeiro, precisamos entender o que é função jurisdicional do Estado. O Estado (em sentido amplo) possui três funções básicas (legislativa, administrativa e jurisdicional). A última delas, que é a que nos interessa, é a função de dirimir conflitos sociais, através do Poder Judiciário (em regra), dizendo quem, no caso concreto, tem o direito. Como nós sabemos, o acesso à Justiça (e não apenas ao Judiciário) é, por vezes, difícil. Fatores de ordem econômica, política e social contribuem para que grande parcela da população se veja privada do exercício de seus direitos. Assim, a Defensoria Pública é a Instituição constitucionalmente prevista, cuja finalidade é promover o acesso à Justiça a todos os necessitados. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 29 Ah, então quer dizer que a Defensoria Pública faz parte do Poder Judiciário? Não! A Defensoria Pública não faz parte do Judiciário. Ela é uma Instituição autônoma. Vejam o esquema sobre as Funções essenciais à Justiça e o Judiciário: Vejam que o Poder Judiciário é o centro porque ele é quem deve resolver os conflitos, é ele quem desempenha a FUNÇÃO JURISDICIONAL. Os demais (Advocacia, MP e Defensoria Pública) são funções essenciais à Justiça porque atuam de forma fundamental para que o Poder Judiciário possa exercer sua tarefa. O acesso à Justiça é um princípio basilar em qualquer Estado verdadeiramente democrático de Direito. No nosso caso, está previsto, dentre outros artigos, no art. 5º, LXXIV da Constituição.Vejamos: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Advocacia (Pública e Privada) Defensoria Pública Ministério Público Poder Judiciário 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 29 Assim, a Defensoria Pública é uma Instituição cuja finalidade é, em resumo, promover a cidadania, através da orientação jurídica aos necessitados e, se necessário, a defesa de seus interesses em Juízo. CUIDADO! À Defensoria Pública não cabe apenas a defesa judicial dos interesses dos necessitados, mas também, e primordialmente, a orientação jurídica aos necessitados, para que possam conhecer seus direitos. Além disso, a Defensoria Pública também deve tentar a resolução extrajudicial dos conflitos, sempre que possível, contribuindo para a resolução célere dos problemas e para o desafogamento do Judiciário. A Defensoria Pública NÃO ESTÁ VINCULADA À OAB. Que isso fique BEM CLARO! A advocacia privada é uma Função essencial à Justiça, assim como a Defensoria Pública. Contudo, são Instituições diferentes, reguladas por diplomas normativos diferentes. A Defensoria Pública é uma Instituição regida por Lei Complementar, a LC 80/94. Já a advocacia privada é Instituição regida por lei ordinária, a Lei 8.906/94, que é mais conhecida como Estatuto da OAB. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 29 CUIDADO: Embora o art. 3º, §1º da Lei 8.906/94 estabeleça que o Estatuto da OAB se aplica aos membros da Defensoria Pública, este artigo é inconstitucional, pois regulamenta tema cuja regulamentação só pode se dar por Lei Complementar (que, no caso, é a LC 80/94), de forma que os Defensores Públicos não estão vinculados à OAB, respondendo em caso de infração disciplinar perante a Corregedoria da Defensoria Pública a que estejam vinculados. Além disso, a capacidade postulatória1 dos Defensores Públicos independe de sua inscrição na OAB, pois decorre EXCLUSIVAMENTE de sua posse no cargo de Defensor Público, nos termos da LC 80/94, conforme veremos mais adiante. Essa determinação de regulamentação por LC está prevista na própria Constituição Federal, no §1º do art. 134. Vejamos: Art. 134 (...) § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 1 Capacidade postulatória é a capacidade para postular em Juízo, ou seja, para atuar como profissional do Direito. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 29 Como vocês podem ver, o §1º do art. 134 também contém três outras previsões, além da previsão de necessidade de LC: x Inamovibilidade dos membros da Defensoria Pública; x Ingresso dos membros mediante concurso de provas E títulos; x Vedação de exercício da advocacia fora das atribuições funcionais; A primeira das previsões (inamovibilidade) refere-se à prerrogativa conferida aos membros da Defensoria Pública (os Defensores Públicos) de não serem removidos compulsoriamente de suas respectivas Unidades de atuação. EXEMPLO: Imagine que um Defensor Público esteja ajuizando diversas ações civis públicas (a Defensoria Pública tem legitimidade para o ajuizamento destas ações) em face do Governo do estado. O Governador liga para o Defensor Público-Geral do Estado e exige a remoção deste 'HIHQVRU�SDUD�RXWUD�FRPDUFD��(VVD� UHPRomR��FKDPDGD�³H[�RIILFLR´��QmR� será possível de ser efetivada, pois desde a posse os membros da Defensoria Pública são inamovíveis. Trata-se de uma garantia para que os Defensores possam desempenhar bem e fielmente sua função. A segunda previsão se refere à necessidade de ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos. O que isso significa? Que nos concursos para a seleção de Defensores Públicos, deverão ser aplicadas provas (de diversos tipos) e avaliados os títulos do candidato (se possui Mestrado, Doutorado, se leciona, etc.). 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 29 CUIDADO! Isso se aplica nos concursos para ingresso na carreira da Defensoria Pública, ou seja, somente nos concursos para MEMBROS da Defensoria Pública, não se aplicando aos concursos para servidores. A terceira e última previsão diz respeito à impossibilidade de os Defensores Públicos advogarem. Embora os Defensores Públicos não estejam vinculados à OAB, eles não estão proibidos de estar inscritos nos quadros da OAB, mas não podem advogar. Ainda com relação aos membros da Defensoria Pública, o art. 135 estabelece que eles devam ser remunerados mediante subsídio. Vejamos: Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...) Art. 39 (...) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Mas o que seria remuneração mediante subsídio? O subsídio é uma espécie remuneratória que é adotada para o pagamento de 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 29 determinados agentes públicos, e tem como característica principal o fato de que se constitui em parcela única. Assim, quem recebe subsídio recebe apenas uma rubrica em seu contracheque, referente ao valor do seu subsídio, não podendo haver pagamento de abonos, gratificações, etc. (os FKDPDGRV�³SHQGXULFDOKRV´�� Embora a remuneração por subsídio deva ser feita em parcela única, isso não impede o pagamento de parcelas de natureza indenizatória, como auxílio-alimentação, auxílio-saúde, etc. Finalizando o estudo da Defensoria Pública na Constituição Federal, vamos analisar alguns aspectos referentes à sua Organização. Nos termos do art. 134, §2º da CRFB/88,as Defensorias Públicas estaduais possuem autonomia funcional e administrativa, e também possuem a iniciativa de sua proposta orçamentária, nos limites da LDO. Vejamos: Art. 134 (...) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Essa autonomia funcional e administrativa refere-se ao poder de se autogovernar, administrar seus próprios recursos, e estabelecer determinadas regulamentações internas, quando não se trate de matérias reservadas à Lei. Mas porque somente às Defensorias Públicas dos Estados foram conferidos estes poderes, e não também à Defensoria Pública da União e à Defensoria Pública do DF e Territórios? Esta autonomia fora introduzida pela EC 45/04, e propositalmente deixou 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 29 de fora a Defensoria Pública da União (DPU), já que o Governo Federal não possui nenhum interesse em fortalecer a única Instituição da República que necessariamente litiga contra o próprio Governo, já que a Defensoria Pública da União atua na Justiça Federal, onde em 99,9% dos casos as demandas ajuizadas pela DPU terão como parte adversária a União, uma de suas autarquias ou empresas públicas. Contudo, em 2013, após uma longa batalha no Poder Legislativo, foi aprovada a EC 74/2013, conferindo à Defensoria Pública da União e à Defensoria Pública do DF e Territórios a mesma autonomia que foi dada às Defensorias Públicas estaduais. Esta EC 74/13 incluiu o §3º no art. 134 da CRFB/88. Vejamos: Art. 134 (...) § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013) Assim, ATENÇÃO! Como se trata de uma alteração relativamente recente, é bastante provável que seja cobrada na prova! Ainda no que tange à Organização da Defensoria Pública, é importante que vocês saibam que compete à União, aos estados e ao DF legislarem concorrentemente sobre a Defensoria Pública e a assistência jurídica. Vejamos o art. 24, XIII da Constituição: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 29 (...) XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; O que isso significa? Significa que todos estes entes federados (União, estados e DF) podem legislar sobre Defensoria Pública, cada um dentro de sua esfera, é claro. Assim, o estado do Amapá não pode legislar sobre a Defensoria Pública da União, por não possuir qualquer ingerência sobre esta. Mas e os Municípios, não podem legislar sobre Defensoria Pública? Não! Os municípios não possuem competência constitucional para legislar sobre Defensoria Pública, até porque não existe Defensoria Pública municipal. CUIDADO! O fato de não existir Defensoria Pública municipal não quer dizer que não exista Defensoria Pública nos municípios. Assim, é plenamente possível que existam NÚCLEOS da Defensoria Pública nos mais diversos municípios que estejam dentro de sua esfera de atuação. Assim, haverá Defensoria Pública em Petrópolis/RJ, mas não estaremos diante de uma Instituição própria, e sim de um Núcleo da DPGE-RJ (esta sim é a Instituição). Além disso, todas as Leis que digam respeito à organização da Defensoria Pública da União, bem como estabeleçam normas gerais sobre a organização das Defensorias Públicas estaduais são de iniciativa privativa do Presidente da República. Vejamos: 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 29 Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador- Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) II - disponham sobre: (...) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Bons estudos! Prof. Renan Araujo LISTA DAS QUESTÕES 01 - (FCC ± 2011 ± DPE-RS ± DEFENSOR PÚBLICO) O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita, previsto constitucionalmente e instrumentalizado pela Defensoria Pública, compreende 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 29 a) prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos necessitados, somente no segundo grau de jurisdição. b) prestar orientação jurídica a todos os beneficiados pela Lei no 1.060/50, assim considerados os nacionais ou estrangeiros, residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil ou do trabalho, excluída a Justiça Militar. c) a impossibilidade de denegação ao atendimento do cidadão, tendo em vista a universalidade do direito prestado, desimportando que se trata de pessoa com elevado poder aquisitivo. d) a função institucional da Defensoria Pública para propositura da ação penal pública, naqueles casos em que não houver órgão de atuação do Ministério Público na Comarca. e) promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos, sociais, econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. 02 - (MOVENS - 2010 ± PREFEITURA DE MANAUS/AM ± ANALISTA JURÍDICO) Em relação à Defensoria Pública, assinale a opção correta. a) Norma estadual que atribui à defensoria pública do estado a defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo é compatível com a CF/88. b) Às defensorias públicas, em âmbito federal e estadual são asseguradas autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 29 c) Aos integrantes das defensorias públicas é assegurada a garantia da inamovibilidade e permitido o exercício da advocacia fora das atribuiçõesinstitucionais, exceto em demandas contra a fazenda pública que os remunera. d) Por desempenhar, com exclusividade, um mister estatal genuíno e essencial à jurisdição, a defensoria pública não convive com a possibilidade de que seus integrantes sejam recrutados em caráter precário. 03 - (CESPE ± 2006 ± TJ-SE ± TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS E DE REGISTROS) O Ministério Público, a advocacia e a defensoria pública constituem funções essenciais à justiça. 04 - (CESPE ± 2005 ± TRT 16 RG ± AJAJ) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como as normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos estados, do DF e dos territórios. 05 - (CESPE ± 2010 ± TRT 21 RG ± AJAA) À Defensoria Pública da União e às defensorias públicas estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 06 - (CESPE ± 2010 ± DPE/BA ± DEFENSOR PÚBLICO) 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 29 Com relação à DP, julgue o item subsecutivo. De acordo com a CF, são de iniciativa exclusiva do presidente da República as leis que disponham sobre a organização da Defensoria Pública da União bem como as normas gerais para a organização da DP dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios. 07 - (FCC ± 2008 ± TRT 8 RG ± AJAA) A Defensoria Pública da União é organizada por a) Lei Delegada. b) Decreto Legislativo. c) Lei Ordinária. d) Lei Complementar. e) Resolução. 08 - (FCC ± 2010 ± BAHIAGÁS ± ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS ± DIREITO) As Leis que disponham sobre organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados e do Distrito Federal são de iniciativa privativa do Presidente a) do Supremo Tribunal Federal. b) do Senado Federal. c) da Câmara dos Deputados. d) da República. e) do Superior Tribunal de Justiça. 09 - (FUNDEP ± 2010 ± TJ/MG ± OFICIAL DE APOIO JUDICIAL) 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 29 Assinale a entidade que a Constituição de 1988 definiu como instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV?. a) Ministério Público b) Ordem dos Advogados do Brasil c) Advocacia-Geral d) Defensoria Pública 10 - (FCC ± 2009 ± MPE-SE ± ANALISTA DO MPE-DIREITO) Projeto de lei complementar de iniciativa popular, que disponha sobre a organização da Defensoria Pública da União, aprovado pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas do Congresso Nacional, a) é materialmente inconstitucional, na medida em que apenas os Estados estão autorizados, pela Constituição, a organizar carreira e órgãos de Defensoria Pública. b) é compatível com a disciplina constitucional do processo legislativo. c) padece do vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar de matéria de iniciativa privativa do Presidente da República. d) somente poderá ser sancionado pelo Presidente da República se houver sido subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados. e) deverá ser vetado pelo Presidente da República, por tratar de matéria reservada à lei complementar, cuja aprovação exige quorum de maioria qualificada de dois terços dos membros de cada Casa legislativa. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 29 QUESTÕES COMENTADAS 01 - (FCC ± 2011 ± DPE-RS ± DEFENSOR PÚBLICO) O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita, previsto constitucionalmente e instrumentalizado pela Defensoria Pública, compreende a) prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos necessitados, somente no segundo grau de jurisdição. b) prestar orientação jurídica a todos os beneficiados pela Lei no 1.060/50, assim considerados os nacionais ou estrangeiros, residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil ou do trabalho, excluída a Justiça Militar. c) a impossibilidade de denegação ao atendimento do cidadão, tendo em vista a universalidade do direito prestado, desimportando que se trata de pessoa com elevado poder aquisitivo. d) a função institucional da Defensoria Pública para propositura da ação penal pública, naqueles casos em que não houver órgão de atuação do Ministério Público na Comarca. e) promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos, sociais, econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. COMENTÁRIOS: A assistência jurídica integral e gratuita, oferecida pela Defensoria Pública, compreende a orientação jurídica e a defesa dos direitos dos necessitados, em TODOS OS GRAUS, e por todas as formas jurídicas cabíveis. Essa defesa se dá tanto em relação a direitos 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 29 individuais quanto a direitos coletivos, já que à Defensoria Pública foi conferida legitimidade para ajuizar ações civis públicas. Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA E. 02 - (MOVENS - 2010 ± PREFEITURA DE MANAUS/AM ± ANALISTA JURÍDICO) Em relação à Defensoria Pública, assinale a opção correta. a) Norma estadual que atribui à defensoria pública do estado a defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo é compatível com a CF/88. b) Às defensorias públicas, em âmbito federal e estadual são asseguradas autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. c) Aos integrantes das defensorias públicas é assegurada a garantia da inamovibilidade e permitido o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais, exceto em demandas contra a fazenda pública que os remunera. d) Por desempenhar, com exclusividade, um mister estatal genuíno e essencial à jurisdição, a defensoria pública não convive com a possibilidade de que seus integrantes sejam recrutados em caráter precário. COMENTÁRIOS: Em razão do caráter genuinamente estatal da atividade de Defensor Público, esta função não pode ser desempenhada por integrantes recrutados de forma precária, estabelecendo a Constituição Federal, em seu art. 134, §1º, que o ingresso na carreira de Defensor Público sedará por meio de concurso público de provas e títulos. Vejamos: 0 00000000000 - DEMO 0 Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 29 Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) (...) § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 03 - (CESPE ± 2006 ± TJ-SE ± TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS E DE REGISTROS) O Ministério Público, a advocacia e a defensoria pública constituem funções essenciais à justiça. COMENTÁRIOS: De fato, o MP, a advocacia pública e a Defensoria Pública são considerados Funções essenciais à Justiça, pois estão previstos no capítulo relativo às Funções essenciais à Justiça, o capítulo IV do Título IV da Constituição Federal (seções I e III). Portanto, a afirmativa está CORRETA. 04 - (CESPE ± 2005 ± TRT 16 RG ± AJAJ) 0 00000000000 - DEMO ==0== Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 29 São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como as normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos estados, do DF e dos territórios. COMENTÁRIOS: De fato, ao Presidente da República foi conferida a iniciativa privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da Constituição Federal: Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador- Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) II - disponham sobre: (...) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 05 - (CESPE ± 2010 ± TRT 21 RG ± AJAA) 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 29 À Defensoria Pública da União e às defensorias públicas estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. COMENTÁRIOS: Quando da aplicação da prova, a questão estava errada, eis que a DPU ainda não possuía autonomia plena, que só havia sido conferida às Defensorias Públicas estaduais. Contudo, com a EC 74/13, a DPU também passou a ser dotada de autonomia plena, na forma do §2º do art. 134 da CRFB/88, que passou a ser aplicável à DPU e à DPDF, por força do §3º, incluído pela referida emenda constitucional: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) (...) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (...)§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013) Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA (embora estivesse errada na época da aplicação da prova). 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 29 06 - (CESPE ± 2010 ± DPE/BA ± DEFENSOR PÚBLICO) Com relação à DP, julgue o item subsecutivo. De acordo com a CF, são de iniciativa exclusiva do presidente da República as leis que disponham sobre a organização da Defensoria Pública da União bem como as normas gerais para a organização da DP dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios. COMENTÁRIOS: De fato, ao Presidente da República foi conferida a iniciativa privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da Constituição Federal: Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador- Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) II - disponham sobre: (...) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 29 Contudo, como se pode ver, não há Defensoria Pública Municipal, embora deva haver núcleos da Defensoria Pública da União e das Defensorias Públicas estaduais nos municípios. Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 07 - (FCC ± 2008 ± TRT 8 RG ± AJAA) A Defensoria Pública da União é organizada por a) Lei Delegada. b) Decreto Legislativo. c) Lei Ordinária. d) Lei Complementar. e) Resolução. COMENTÁRIOS: A Defensoria Pública da União é regulamentada por Lei Complementar, nos termos do art. 134, §1º da Constituição Federal: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) (...) § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantiada inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 29 Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 08 - (FCC ± 2010 ± BAHIAGÁS ± ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS ± DIREITO) As Leis que disponham sobre organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados e do Distrito Federal são de iniciativa privativa do Presidente a) do Supremo Tribunal Federal. b) do Senado Federal. c) da Câmara dos Deputados. d) da República. e) do Superior Tribunal de Justiça. COMENTÁRIOS: Ao Presidente da República foi conferida a iniciativa privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da Constituição Federal: Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador- Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 29 II - disponham sobre: (...) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 09 - (FUNDEP ± 2010 ± TJ/MG ± OFICIAL DE APOIO JUDICIAL) Assinale a entidade que a Constituição de 1988 definiu como instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. a) Ministério Público b) Ordem dos Advogados do Brasil c) Advocacia-Geral d) Defensoria Pública COMENTÁRIOS: A assistência jurídica integral e gratuita, aos necessitados, em todos os graus, foi conferida à Defensoria Pública, e compreende a orientação jurídica e a defesa dos direitos dos necessitados, em TODOS OS GRAUS, e por todas as formas jurídicas cabíveis. Essa defesa se dá tanto em relação a direitos individuais quanto a direitos coletivos, já que à Defensoria Pública foi conferida legitimidade para ajuizar ações civis públicas. Vejamos o art. 134 da Constituição: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 29 defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA D. 10 - (FCC ± 2009 ± MPE-SE ± ANALISTA DO MPE-DIREITO) Projeto de lei complementar de iniciativa popular, que disponha sobre a organização da Defensoria Pública da União, aprovado pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas do Congresso Nacional, a) é materialmente inconstitucional, na medida em que apenas os Estados estão autorizados, pela Constituição, a organizar carreira e órgãos de Defensoria Pública. b) é compatível com a disciplina constitucional do processo legislativo. c) padece do vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar de matéria de iniciativa privativa do Presidente da República. d) somente poderá ser sancionado pelo Presidente da República se houver sido subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados. e) deverá ser vetado pelo Presidente da República, por tratar de matéria reservada à lei complementar, cuja aprovação exige quorum de maioria qualificada de dois terços dos membros de cada Casa legislativa. COMENTÁRIOS: Ao Presidente da República foi conferida a iniciativa privativa destas Leis, nos termos do art. 61, §1º, II, d da Constituição Federal: 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 29 Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador- Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) II - disponham sobre: (...) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Assim, eventual Lei Complementar que tenha sido iniciada por outro meio que não seja pelo Presidente da República (como, no caso, por iniciativa popular), padece de vício de inconstitucionalidade FORMAL, já que possui vício de forma. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 0 00000000000 - DEMO Legislação Institucional ʹ DPGE-RJ (2014) TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo ʹ Aula DEMO Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 29 1. ALTERNATIVA E 2. ALTERNATIVA D 3. CORRETA 4. CORRETA 5. CORRETA 6. ERRADA 7. ALTERNATIVA D 8. ALTERNATIVA D 9. ALTERNATIVA D 10. ALTERNATIVA C 0 00000000000 - DEMO