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Direito do Consumidor Simulado 02 Turma de coach OAB = 14 01 2019 (2)

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VISITE: www.comunicacaojuridica.com.br 
1. Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por 
força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60- anos, o valor da mensalidade sofreu 
aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato 
explicaram que o aumento decorreu da mudança de faixa etária do aposentado. A respeito do tema, assinale a 
afirmativa correta. 
a) O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo em se tratando de 
plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso. 
b) O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços cobertos e o equilíbrio 
contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das partes, não se aplicando o CDC à hipótese, 
por se tratar de contrato de plano de saúde coletivo envolvendo pessoas idosas. 
c) O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e periodicamente 
aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza que o critério faixa etária sirva como 
parâmetro para os reajustes econômicos. 
d) O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na hipótese, sob pena 
de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações 
jurídicas que envolvam pessoa idosa. 
 
2. Antônio desenvolve há mais de 40 anos atividade de comércio no ramo de hortifrúti. Seus clientes chegam cedo 
para adquirir verduras frescas entregues pelos produtores rurais da região. Antônio também vende no varejo, com 
pesagem na hora, grãos e cereais adquiridos em sacas de 30 quilos, de uma marca muito conhecida e respeitada 
no mercado. Determinado dia, a cliente Maria desconfiou da pesagem e fez a conferência na sua balança caseira, 
que apontou suposta divergência de peso. Procedeu com a imediata denúncia junto ao Órgão Oficial de 
Fiscalização, que confirmou que o instrumento de medição do comerciante estava com problemas de calibragem e 
que não estava aferido segundo padrões oficiais, gerando prejuízo aos consumidores. A cliente denunciante 
buscou ser ressarcida pelo vício de quantidade dos produtos. Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa 
correta. 
a) Trata-se de responsabilidade civil solidária, podendo Maria acionar tanto o comerciante quanto os produtores. 
b) Trata-se de responsabilidade civil subsidiária, pois o comerciante só responde se os demais fornecedores não 
forem identificados. 
c) Trata-se de responsabilidade civil exclusiva do comerciante, na qualidade de fornecedor imediato. 
d) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, motivo pelo qual inexistem excludentes de responsabilidade. 
 
3. A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, estabelecida pelo Código do Consumidor, 
reconheceu a relação jurídica qualificada pela presença de uma parte vulnerável, devendo ser observados os 
princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da pessoa humana e equidade. A respeito da temática, assinale 
a afirmativa correta. 
a) A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor a comprovação da existência de nexo de 
causalidade que o vincule ao fornecedor, mediante comprovação da culpa, invertendo-se o ônus da prova no que 
tange ao resultado danoso suportado. 
b) A responsabilidade civil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o comerciante é identificado e 
encontrado para responder pelo vício ou fato do produto, cabendo ao segundo a responsabilidade civil objetiva. 
c) A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser imputada se houver demostração dos 
elementos mínimos que comprovem o nexo de causalidade que justifique a ação proposta, ônus esse do 
consumidor. 
d) A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de ordem pública e de imputação imediata, 
cabendo ao fabricante a carga probatória frente ao consumidor, em razão da responsabilidade civil objetiva. 
 
4. As negociações mercantis adotaram uma nova ordem quando o Código de Defesa do Consumidor foi 
implementado no sistema jurídico nacional. A norma visa a proteger a parte mais frágil econômica e tecnicamente 
de práticas abusivas, conferindo-lhe a tutela do Art. 4º, I, do CDC, que consagra a presunção de vulnerabilidade 
absoluta geral inerente a todos os consumidores. Essa nova ordem ainda conferiu especial atenção à Convenção 
Coletiva adotada em outros ramos do Direito, passando também a constituir forma de equacionamento de conflitos 
nas relações de consumo antes mesmo da judicialização das questões, ou mesmo se antecipando à instalação dos 
litígios. A respeito da Convenção Coletiva de Consumo, prevista no microssistema do Código de Defesa do 
Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
a) A Convenção regularmente constituída torna-se obrigatória a partir da assinatura dos legitimados, dispensando-
se o registro do instrumento em cartório de títulos e documentos. 
b) A Convenção não poderá regulamentar as relações de consumo no que diz respeito ao preço e às garantias de 
produtos e serviços, atribuições do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor. 
 
VISITE: www.comunicacaojuridica.com.br 
c) A Convenção regularmente constituída vincula os signatários, mas, caso o fornecedor se desligue da entidade 
celebrante à qual estava vinculado, eximir-se-á do cumprimento do estabelecido. 
d) A Convenção firmada por entidades civis de consumidores e associações de fornecedores somente obrigará os 
filiados às entidades signatárias. 
 
5. Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar no ramo das festas de casamento, 
produzindo os chamados "bem-casados", deliciosos doces recheados oferecidos aos convidados ao final da festa. 
Saulo e Bianca não possuem registro da atividade empresarial desenvolvida, sendo essa a fonte única de renda da 
família. No mês passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao casal uma centena de "bem-casados" no sabor 
doce de leite. A encomenda foi entregue conforme contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados 
que ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o produto estava estragado. A impropriedade 
do produto para o consumo foi comprovada por perícia técnica. Com base no caso narrado, assinale a alternativa 
correta. 
a) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, pois fornecem 
produtos com habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade de consumidores 
indiretos, poderão pleitear indenização. 
b) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta Comercial, pode ser 
considerada fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os convidados do casamento, na qualidade de 
consumidores por equiparação, poderão pedir indenização diretamente àqueles. 
c) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair quanto seus 
convidados intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir indenização, porém a inversão do 
ônus da prova só se aplica em favor de Carla e Jair, contratantes diretos. 
d) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está oficialmente registrada na Junta Comercial e, 
portanto, por ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito legal de fornecedor da lei do consumidor, 
aplicando-se ao caso as regras atinentes aos vícios redibitórios do Código Civil. 
 
6. Tommy adquiriu determinado veículo junto a um revendedor de automóveis usados. Para tanto, fez o pagamento 
de 60% do valor do bem e financiou os 40% restantes com garantia de alienação fiduciária, junto ao banco com o 
qual mantém vínculo de conta-corrente. A negociaçãotranscorreu normalmente e o veículo foi entregue. Ocorre 
que Tommy, alguns meses depois, achou que a obrigação assumida estava lhe sendo excessivamente onerosa. 
Procurou então você como advogado(a) a fim de saber se ainda assim seria possível questionar o negócio jurídico 
realizado e pedir revisão do contrato que Tommy sequer possuía. A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
a) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia que transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse 
indireta do bem alienado, não havendo aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor e, portanto, nem o 
pedido de revisão na hipótese, haja vista que a questão jurídica está submetida unicamente à leitura da norma geral 
civil, sem a inversão do ônus da prova. 
b) A questão comporta aplicação do CDC, mas para propor ação revisional, a parte deve ingressar com medida 
cautelar preparatória de exibição de documentos, sob pena de extinção da medida cognitiva revisional por falta de 
interesse de agir. 
c) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia, que transfere para o devedor a posse direta do bem, 
tornando-o depositário, motivo pelo qual a questão jurídica rege-se exclusivamente pelas regras impostas pelo 
Decreto-lei nº 911, de 1969, que estabelece normas de processo sobre alienação fiduciária. 
d) A questão comporta aplicação do CDC, e a ação revisional pode ser proposta independentemente de medida 
cautelar preparatória de exibição de documentos, já que o pleito de exibição do contrato poderá ser formulado 
incidentalmente e nos próprios autos. 
 
7. Dulce, cinquenta e oito anos de idade, fumante há três décadas, foi diagnosticada como portadora de enfisema 
pulmonar. Trata-se de uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação excessiva dos alvéolos 
pulmonares, que causa a perda da capacidade respiratória e uma consequente oxigenação insuficiente. Em razão 
do avançado estágio da doença, foi prescrito como essencial o tratamento de suplementação de oxigênio. Para 
tanto, Joana, filha de Dulce, adquiriu para sua mãe um aparelho respiratório na loja Saúde e Bem-Estar. Porém, 
com uma semana de uso, o produto parou de funcionar. Joana procurou imediatamente a loja para substituição do 
aparelho, oportunidade na qual foi informada pela gerente que deveria aguardar o prazo legal de trinta dias para 
conserto do produto pelo fabricante. Com base no caso narrado, em relação ao Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
a) Está correta a orientação da vendedora. Joana deverá aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto e, caso 
não seja sanado o vício, exigir a substituição do produto, a devolução do dinheiro corrigido monetariamente ou o 
abatimento proporcional do preço. 
 
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b) Joana não é consumidora destinatária final do produto, logo tem apenas direito ao conserto do produto durável 
no prazo de noventa dias, mas não à devolução da quantia paga. 
c) Joana não precisa aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto, pois tem direito de exigir a substituição 
imediata do produto, em razão de sua essencialidade. 
d) Na impossibilidade de substituição do produto por outro da mesma espécie, Joana poderá optar por um modelo 
diverso, sem direito à restituição de eventual diferença de preço, e, se este for de valor maior, não será devida por 
Joana qualquer complementação. 
 
8. Hugo colidiu com seu veículo e necessitou de reparos na lataria e na pintura. Para tanto, procurou, por indicação 
de um amigo, os serviços da Oficina Mecânica M, oportunidade na qual lhe foi ofertado orçamento escrito, válido 
por 15 (quinze) dias, com o valor da mão de obra e dos materiais a serem utilizados na realização do conserto do 
automóvel. Hugo, na certeza da boa indicação, contratou pela primeira vez com a Oficina. Considerando as regras 
do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
a) Segundo a lei do consumidor, o orçamento tem prazo de validade obrigatório de 10 (dez) dias, contados do seu 
recebimento pelo consumidor Hugo. Logo, no caso, somente durante esse período a Oficina Mecânica M estará 
vinculada ao valor orçado. 
b) Uma vez aprovado o orçamento pelo consumidor, os contraentes estarão vinculados, sendo correto afirmar que 
Hugo não responderá por quaisquer ônus ou acréscimos no valor dos materiais orçados; contudo, ele poderá vir a 
responder pela necessidade de contratação de terceiros não previstos no orçamento prévio. 
c) Se o serviço de pintura contratado por Hugo apresentar vícios de qualidade, é correto afirmar que ele terá tríplice 
opção, à sua escolha, de exigir da oficina mecânica: a re-execução do serviço sem custo adicional; a devolução de 
eventual quantia já paga, corrigida monetariamente, ou o abatimento do preço de forma proporcional. 
d) A lei consumerista considera prática abusiva a execução de serviços sem a prévia elaboração de orçamento, o 
que pode ser feito por qualquer meio, oral ou escrito, exigindo-se, para sua validade, o consentimento expresso ou 
tácito do consumidor. 
 
9. Eliane trabalha em determinada empresa para a qual uma seguradora apresentou proposta de seguro de vida e 
acidentes pessoais aos empregados. Eliane preencheu o formulário entregue pela seguradora e, dias depois, 
recebeu comunicado escrito informando, sem motivo justificado, a recusa da seguradora para a contratação por 
Eliane. Partindo da situação fática narrada, à luz da legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
a) Eliane pode exigir o cumprimento forçado da obrigação nos termos do serviço apresentado, já que a oferta 
obriga a seguradora e a negativa constituiu prática abusiva pela recusa infundada de prestação de serviço. 
b) Trata-se de hipótese de aplicação da legislação consumerista, mas, a despeito das garantias conferidas ao 
consumidor, em hipóteses como a narrada no caso, é facultado à seguradora recusar a contratação antes da 
assinatura do contrato. 
c) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada por Eliane nos termos 
do Código Civil, norma aplicável ao caso, que assegura que a proposta não obriga o proponente. 
d) A seguradora não está obrigada a se vincular a Eliane, já que a proposta de seguro e acidentes pessoais dos 
empregados não configura oferta, nos termos do Código do Consumidor. 
 
10. Mauro adquiriu um veículo zero quilômetro da fabricante brasileira Surreal, na concessionária Possante Ltda., 
revendedora de automóveis que comercializa habitualmente diversas marcas nacionais e estrangeiras. Na época 
em que Mauro efetuou a compra, o modelo adquirido ainda não era produzido com o opcional de freio ABS, o que 
só veio a ocorrer seis meses após a aquisição feita por Mauro. Tal sistema de frenagem (travagem) evita que a roda 
do veículo bloqueie quando o pedal do freio é pisado fortemente, impedindo com isso o descontrole e a 
derrapagem do veículo. Mauro, inconformado, aciona a concessionária postulando a substituição do seu veículo, 
pelo novo modelo com freio ABS. Diante do caso narrado e das regras atinentes ao Direito do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Mauro tem direito à substituição, pois o fato de o novo modelo ter sido oferecido com o opcional do freio ABS, 
de melhor qualidade, configura defeito do modelo anterior por ele adquirido. 
b) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar futuro defeito no freio dentro do prazo de garantia, a concessionária 
Possante Ltda. é obrigada a assegurar a oferta de peças de reposição originais enquanto não cessar a fabricação 
do veículo. 
c) Somente quando cessada a produção no país do veículo adquirido por Mauro, a fabricante Surreal ficará 
exonerada do dever legal de assegurar o oferecimento de componentes e peças de reposição para o automóvel. 
d) Havendo necessidade de reposição de peças ou componentes no veículo de Mauro, afabricante Surreal deverá, 
ainda que cessada a fabricação no país, efetuar o reparo com peças originais por um período razoável de tempo, 
fixado por lei. A reposição com peças usadas só é admitida pelo Código do Consumidor quando houver 
autorização do consumidor. 
 
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GABARITO 
01) A 06) D 
02) C 07) C 
03) C 08) C 
04) D 09) A 
05) B 10) D

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