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QUESTIONARIO D CONSUMIDOR

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1 
 
 
 
Questões retiradas do site: www.jurisway.org.br 
 
1 – Direitos Difusos e Coletivos ___________________________________________________ 1 
2 – Campo de Incidência do Código de Defesa do Consumidor___________________________ 3 
3 – Política Nacional das Relações de Consumo ______________________________________ 7 
4 – Direitos do Consumidor_______________________________________________________ 7 
5 – Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço ______________________________ 10 
6 – Responsabilidade pelo Vício do Produto e do Serviço ______________________________ 13 
7 – Publicidade Enganosa e Abusiva ______________________________________________ 18 
8 – Práticas Comerciais Abusivas _________________________________________________ 19 
9 – Proteção Contratual do Consumidor ____________________________________________ 22 
10 – Princípios _______________________________________________________________ 26 
 
 
1 – Direitos Difusos e Coletivos 
 
1 – OAB – 2010 (Segundo) (II Exame Unificado) JurisWay Provas da OAB 2010 (Segundo) (II 
Exame Unificado) - 100ª Questão: 
Nas ações coletivas, o efeito da coisa julgada material será: 
a) Tratando-se de direitos individuais homogêneos, efeito erga omnes, se procedente, mas só 
aproveita aquele que se habilitou até o trânsito em julgado. 
b) Tratando-se de direitos individuais homogêneos, julgados improcedentes, o consumidor, que 
não tiver conhecimento da ação, não poderá intentar ação individual. 
c) Tratando-se de direitos difusos, no caso de improcedência por insuficiência de provas, não faz 
coisa julgada material, podendo, qualquer prejudicado, intentar nova ação com os mesmos 
fundamentos, valendo-se de novas provas. 
d) Tratando-se de direitos coletivos, no caso de improcedência do pedido de nulidade de cláusula 
contratual, o efeito é ultra partes e impede a propositura de ação individual. 
 
2 – OAB – 2012 (Terceiro) (IX Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
21/01/13 (Reaplicação Ipatinga/MG) - 47ª Questão: 
Determinada associação, legalmente constituída há três anos, ingressa com medida judicial 
buscando a defesa coletiva dos interesses de seus associados no tocante à infração na relação de 
PERÍODOS: 8º e 9º PROFESSOR (A): EDISON MIGUEL RODRIGUES 
ATIVIDADE: ATIVIDADE 
PARA NOTA 
PARCIAL NP1 
 
SALA: ALUNO (A): 
DISCIP: DIREITO DO 
CONSUMIDOR 
 
TURNO: MATUTINO MATRÍCULA: -- 
DATA: 
TURMA: 
 
 
http://www.jurisway.org.br/
2 
 
consumo pelo fornecedor T, pessoa jurídica de direito privado. A partir do fato narrado acima, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A associação somente teria legitimidade para propor a ação coletiva se houvesse sido 
constituída há mais de cinco anos. 
b) A associação necessita de autorização assemblear para ajuizar a demanda, mesmo que inclua 
entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos do consumidor. 
c) A propositura da ação coletiva não impede a que qualquer interessado ingresse com nova ação 
judicial apontando o mesmo réu, causa de pedir e pedido. 
d) As ações individuais apontando o mesmo réu, causa de pedir e pedido, ajuizadas depois da 
demanda coletiva, importarão em litispendência merecendo os processos ser extintos. 
 
3 – OAB – 2015 (Primeiro) (XVI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 15/03/15) - 47ª Questão: 
As negociações mercantis adotaram uma nova ordem quando o Código de Defesa do Consumidor 
foi implementado no sistema jurídico nacional. A norma visa a proteger a parte mais frágil 
econômica e tecnicamente de práticas abusivas, conferindo-lhe a tutela do Art. 4º, I, do CDC, que 
consagra a presunção de vulnerabilidade absoluta geral inerente a todos os consumidores. Essa 
nova ordem ainda conferiu especial atenção à Convenção Coletiva adotada em outros ramos do 
Direito, passando também a constituir forma de equacionamento de conflitos nas relações de 
consumo antes mesmo da judicialização das questões, ou mesmo se antecipando à instalação dos 
litígios. 
A respeito da Convenção Coletiva de Consumo, prevista no microssistema do Código de Defesa 
do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
a) A Convenção regularmente constituída torna-se obrigatória a partir da assinatura dos 
legitimados, dispensando-se o registro do instrumento em cartório de títulos e documentos. 
b) A Convenção não poderá regulamentar as relações de consumo no que diz respeito ao preço e 
às garantias de produtos e serviços, atribuições do Departamento de Proteção e Defesa do 
Consumidor. 
c) A Convenção regularmente constituída vincula os signatários, mas, caso o fornecedor se 
desligue da entidade celebrante à qual estava vinculado, eximir-se-á do cumprimento do 
estabelecido. 
d) A Convenção firmada por entidades civis de consumidores e associações de fornecedores 
somente obrigará os filiados às entidades signatárias. 
 
4 – OAB – 2018 (Terceiro) (XXVII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 18/11/2018) – 45ª Questão: 
O posto de gasolina X foi demandado pelo Ministério Público devido à venda de óleo diesel com 
adulterações em sua fórmula, em desacordo com as especificações da Agência Nacional de 
Petróleo (ANP). Trata-se de relação de consumo e de dano coletivo, que gerou sentença 
condenatória. 
Você foi procurado(a), como advogado(a), por um consumidor que adquiriu óleo diesel adulterado 
no posto de gasolina X, para orientá-lo. 
Assinale a opção que contém a correta orientação a ser prestada ao cliente. 
 
a) Cuida-se de interesse individual homogêneo, bastando que, diante da sentença condenatória 
genérica, o consumidor liquide e execute individualmente, ou, ainda, habilite-se em execução 
coletiva, para definir o quantum debeatur. 
b) Deverá o consumidor se habilitar no processo de conhecimento nessa qualidade, sendo esse 
requisito indispensável para fazer jus ao recebimento de indenização, de caráter condenatória a 
decisão judicial. 
c) Cuida-se de interesse difuso, afastando a possibilidade de o consumidor ter atuado como 
litisconsorte e sendo permitida apenas a execução coletiva. 
d) Deverão os consumidores individuais ingressar com medidas autônomas, distribuídas por 
conexão à ação civil pública originária, na medida em que o montante indenizatório da sentença 
3 
 
condenatória da ação coletiva será integralmente revertido em favor do Fundo de Reconstituição 
de Bens Lesados. 
 
5 – Prova da OAB 1ª Fase - XXX Exame (2019.3) Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
Prova aplicada em Outubro/2019 
O Ministério Público ajuizou ação coletiva em face de Vaquinha Laticínios, em função do 
descumprimento de normas para o transporte de alimentos lácteos. 
A sentença condenou a ré ao pagamento de indenização a ser revertida em favor de um fundo 
específico, bem como a indenizar os consumidores genericamente considerados, além de 
determinar a publicação da parte dispositiva da sentença em jornais de grande circulação, a fim de 
que os consumidores tomassem ciência do ato judicial. 
João, leitor de um dos jornais, procurou você como advogado(a) para saber de seus direitos, uma 
vez que era consumidor daqueles produtos. 
Nesse caso, à luz do Código do Consumidor, trata-se de hipótese 
A) de interesse difuso; por esse motivo, as indenizações pelos prejuízos individuais de João 
perderão preferência no concurso de crédito frente às condenações decorrentes das ações civis 
públicas derivadas do mesmo evento danoso. 
B) de interesses individuais homogêneos; nesses casos, tem-se, por inviável, a liquidação e 
execução individual, devendo João aguardar que o Ministério Público, autor da ação, receba a 
verba indenizatória genérica para, então, habilitar-se como interessado junto ao referido órgão. 
C) de interesses coletivos; em razão disso, João poderá liquidar e executar a sentença 
individualmente, mas o mesmo direito não poderia ser exercido por seus sucessores,sendo inviável 
a sucessão processual na hipótese. 
D) de interesses individuais homogêneos; João pode, em legitimidade originária ou por seus 
sucessores, por meio de processo de liquidação, provar a existência do seu dano pessoal e do 
nexo causal, a fim de quantificá-lo e promover a execução. 
 
2 – Campo de Incidência do Código de Defesa do Consumidor 
 
6 – OAB – 2015 (Segundo) (XVII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 19/07/2015)) - 46ª Questão: 
Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar no ramo das festas de 
casamento, produzindo os chamados "bem-casados", deliciosos doces recheados oferecidos aos 
convidados ao final da festa. Saulo e Bianca não possuem registro da atividade empresarial 
desenvolvida, sendo essa a fonte única de renda da família. No mês passado, os noivos Carla e 
Jair encomendaram ao casal uma centena de "bem-casados" no sabor doce de leite. A encomenda 
foi entregue conforme contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados que 
ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o produto estava estragado. A 
impropriedade do produto para o consumo foi comprovada por perícia técnica. 
Com base no caso narrado, assinale a alternativa correta. 
a) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, pois 
fornecem produtos com habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade 
de consumidores indiretos, poderão pleitear indenização. 
b) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta 
Comercial, pode ser considerada fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os convidados do 
casamento, na qualidade de consumidores por equiparação, poderão pedir indenização 
diretamente àqueles. 
c) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair 
quanto seus convidados intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir 
indenização, porém a inversão do ônus da prova só se aplica em favor de Carla e Jair, contratantes 
diretos. 
d) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está oficialmente registrada na Junta 
Comercial e, portanto, por ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito legal de 
4 
 
fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao caso as regras atinentes aos vícios redibitórios 
do Código Civil. 
 
7 – OAB – 2016 (Segundo) (XX Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 25/07/2016)) – 47ª Questão: 
Heitor agraciou cinco funcionários de uma de suas sociedades empresárias, situada no Rio Grande 
do Sul, com uma viagem para curso de treinamento profissional realizado em determinado sábado, 
de 9h às 15h, numa cidade do Uruguai, há cerca de 50 minutos de voo. Heitor custeou as 
passagens aéreas, translado e alimentação dos cinco funcionários com sua própria renda, 
integralmente desvinculada da atividade empresária. Ocorre que houve atraso no voo sem qualquer 
justificativa prestada pela companhia aérea. Às 14h, sem previsão de saída do voo, todos 
desistiram do embarque e perderam o curso de treinamento. 
Nesse contexto é correto afirmar que, 
a) por se tratar de transporte aéreo internacional, para o pedido de danos extrapatrimoniais não há 
incidência do Código de Defesa do Consumidor e nem do Código Civil, que regula apenas Contrato 
de Transporte em território nacional, prevalecendo unicamente as Normas Internacionais. 
b) ao caso, aplica-se a norma consumerista, sendo que apenas Heitor é consumidor por ter 
custeado a viagem com seus recursos, mas, como ele tem boas condições financeiras, por esse 
motivo, é consumidor não enquadrado em condição de vulnerabilidade, como tutela o Código de 
Defesa do Consumidor. 
c) embora se trate de transporte aéreo internacional, há incidência plena do Código de Defesa do 
Consumidor para o pedido de danos extrapatrimoniais, em detrimento das normas internacionais 
e, apesar de Heitor ter boas condições financeiras, enquadra-se na condição de vulnerabilidade, 
assim como os seus funcionários, para o pleito de reparação. 
d) por se tratar de relação de Contrato de Transporte previsto expressamente no Código Civil, 
afasta-se a incidência do Código de Defesa do Consumidor e, por ter ocorrido o dano em território 
brasileiro, afastam-se as normas internacionais, sendo, portanto, hipótese de responsabilidade civil 
pautada na comprovação de culpa da companhia aérea pelo evento danoso. 
Obs.: Verificar mudança quanto ao transporte aéreo internacional. 
 
8 – OAB – 2016 (Segundo) (XX Exame Unificado - Reaplicação Salvador/BA - Caderno Tipo I - 
Branco - Gabarito Definitivo (Prova aplicada em 14/08/2016) – 46ª Questão: 
Inês, pretendendo fazer pequenos reparos e manutenção em sua residência, contrai empréstimo 
com essa finalidade. Ocorre que, desconfiando dos valores pagos nas prestações, procura 
orientação jurídica e ingressa com ação revisional de cédula de crédito bancário, questionando a 
incidência de juros remuneratórios, ao argumento de serem mais altos que a média praticada no 
mercado. Requereu a inversão do ônus da prova e, ao final, a procedência do pedido para 
determinar a declaração de nulidade da cláusula. 
A respeito desta situação, é correto afirmar que o Código de Defesa do Consumidor 
a) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o 
questionamento deve seguir a ótica dos direitos obrigacionais previstos no Código Civil, o que 
inviabiliza a inversão do ônus da prova. 
b) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus da 
prova, se preenchidos os requisitos legais e, em caso de nulidade da cláusula, todo contrato será 
declarado nulo, tendo em vista que prática abusiva é questão de ordem pública. 
c) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus da 
prova caso a consumidora comprove preenchimento dos requisitos legais, sendo certo que a 
declaração de nulidade da cláusula não invalida o contrato, salvo se importar em ônus excessivo 
para o consumidor, apesar dos esforços de integração. 
d) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o 
questionamento orienta-se pela norma especial de direito bancário, em prejuízo da inversão do 
ônus da prova pleiteado, ainda que formalmente estivessem cumpridos os requisitos legais. 
 
5 
 
9 – OAB – 2017 (Primeiro) (XXII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 02/04/2017)) – 46ª Questão: 
Alvina, condômina de um edifício residencial, ingressou com ação para reparação de danos, 
aduzindo falha na prestação dos serviços de modernização dos elevadores. Narrou ser moradora 
do 10º andar e que hospedou parentes durante o período dos festejos de fim de ano. Alegou que 
o serviço nos elevadores estava previsto para ser concluído em duas semanas, mas atrasou mais 
de seis semanas, o que implicou falta de elevadores durante o período em que recebeu seus 
hóspedes, fazendo com que seus convidados, todos idosos, tivessem que utilizar as escadas, o 
que gerou transtornos e dificuldades, já que os hóspedes deixaram de fazer passeios e outras 
atividades turísticas diante das dificuldades de acesso. Sentindo-se constrangida e tendo que 
alterar todo o planejamento de atividades para o período, Alvina afirmou ter sofrido danos 
extrapatrimoniais decorrentes da mora do fornecedor de serviço, que, ainda que regularmente 
notificado pelo condomínio, quedou-se inerte e não apresentou qualquer justificativa que impedisse 
o cumprimento da obrigação de forma tempestiva. 
Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) Existe relação de consumo apenas entre o condomínio e o fornecedor de serviço, não tendo 
Alvina legitimidade para ingressar com ação indenizatória, por estar excluída da cadeia da relação 
consumerista. 
b) Inexiste relaçãoconsumerista na hipótese, e sim relação contratual regida pelo Código Civil, 
tendo a multa contratual pelo atraso na execução do serviço cunho indenizatório, que deve servir 
a todos os condôminos e não a Alvina, individualmente. 
c) Existe relação de consumo, mas não cabe ação individual, e sim a perpetrada por todos os 
condôminos, em litisconsórcio, tendo como objeto apenas a cobrança de multa contratual e 
indenização coletiva. 
d) Existe relação de consumo entre a condômina e o fornecedor, com base da teoria finalista, 
podendo Alvina ingressar individualmente com a ação indenizatória, já que é destinatária final e 
quem sofreu os danos narrados. 
 
10 – OAB – 2017 (Segundo) (XXIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 23/07/2017)) – 44ª Questão: 
Heitor foi surpreendido pelo recebimento de informação de anotação de seu nome no cadastro 
restritivo de crédito, em decorrência de suposta contratação de serviços de telefonia e Internet. 
Heitor não havia celebrado tal contrato, sendo o mesmo fruto de fraude, e busca orientação a 
respeito de como proceder para rescindir o contrato, cancelar o débito e ter seu nome fora do 
cadastro negativo, bem como o recebimento de reparação por danos extrapatrimoniais, já que 
nunca havia tido o seu nome inscrito em tal cadastro. 
Com base na hipótese apresentada, na qualidade de advogado(a) de Heitor, assinale a opção que 
apresenta o procedimento a ser adotado. 
a) Cabe o pedido de cancelamento do serviço, declaração de inexistência da dívida e exclusão da 
anotação indevida, inexistindo qualquer dever de reparação, já que à operadora não foi atribuído 
defeito ou falha do serviço digital, que seria a motivação para tal pleito. 
b) Trata-se de cobrança devida pelo serviço prestado, restando a Heitor pagar imediatamente e, 
somente assim, excluir a anotação de seu nome em cadastro negativo, e, então, ingressar com a 
medida judicial, comprovando que não procedeu com a contratação e buscando a rescisão do 
contrato irregular com devolução em dobro do valor pago. 
c) Heitor não pode ser considerado consumidor em razão da ausência de vinculação contratual 
verídica e válida que consagre a relação consumerista, afastando-se os elementos principiológicos 
e fazendo surgir a responsabilidade civil subjetiva da operadora de telefonia e Internet. 
d) Heitor é consumidor por equiparação, aplicando-se a teoria do risco da atividade e devendo a 
operadora suportar os riscos do contrato fruto de fraude, caso não consiga comprovar a 
regularidade da contratação e a consequente reparação pelos danos extrapatrimoniais in re ipsa, 
além da declaração de inexistência da dívida e da exclusão da anotação indevida. 
 
6 
 
11 – OAB – 2017 (Segundo) (XXIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 23/07/2017) – 45ª Questão: 
Vera sofreu acidente doméstico e, sentindo fortes dores nas costas e redução da força dos 
membros inferiores, procurou atendimento médico-hospitalar. A equipe médica prescreveu uma 
análise neurológica que, a partir dos exames de imagem, evidenciaram uma lesão na coluna. O 
plano de saúde, entretanto, negou o procedimento e o material, aduzindo negativa de cobertura, 
embora a moléstia estivesse prevista em contrato. 
Vera o(a) procura como advogado(a) a fim de saber se o plano de saúde poderia negar, sob a 
justificativa de falta de cobertura contratual, algo que os médicos informaram ser essencial para a 
diagnose correta da extensão da lesão da coluna. 
Neste caso, à luz da norma consumerista e do entendimento do STJ, assinale a afirmativa correta. 
a) O contrato de plano de saúde não é regido pelo Código do Consumidor e sim, exclusivamente, 
pelas normas da Agência Nacional de Saúde, o que impede a interpretação ampliativa, sob pena 
de comprometer a higidez econômica dos planos de saúde, respaldada no princípio da 
solidariedade. 
b) O plano de saúde pode se negar a cobrir o procedimento médico-hospitalar, desde que possibilite 
o reembolso de material indicado pelos profissionais de medicina, ainda que imponha limitação de 
valores e o reembolso se dê de forma parcial. 
c) O contrato de plano de saúde é regido pelo Código do Consumidor e os planos de saúde apenas 
podem estabelecer para quais moléstias oferecerão cobertura, não lhes cabendo limitar o tipo de 
tratamento que será prescrito, incumbência essa que pertence ao profissional da medicina que 
assiste ao paciente. 
d) O contrato de plano de saúde é regido pelo Código do Consumidor e, resguardados os direitos 
básicos do consumidor, os planos de saúde podem estabelecer para quais moléstias e para que 
tipo de tratamento oferecerão cobertura, de acordo com a categoria de cada nível contratado, sem 
que isso viole o CDC. 
 
OBS: STJ – Súmula 469 e recentes julgados do STJ. 
 
12 – Prova da OAB 1ª Fase - XXIX Exame (2019.2) Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
Prova aplicada em Junho/2019 
A concessionária de veículo X adquiriu, da montadora, trinta unidades de veículo do mesmo modelo 
e de cores diversificadas, a fim de guarnecer seu estoque, e direcionou três veículos desse total 
para uso da própria pessoa jurídica. Ocorre que cinco veículos apresentaram problemas mecânicos 
decorrentes de falha na fabricação, que comprometiam a segurança dos passageiros. Desses 
automóveis, um pertencia à concessionária e os outros quatro, a particulares que adquiriram o bem 
na concessionária. 
Nesse caso, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a afirmativa correta. 
A) Entre os consumidores particulares e a montadora inexiste relação jurídica, posto que a 
aquisição dos veículos se deu na concessionária. 
B) Entre os consumidores particulares e a montadora, por se tratar de falha na fabricação, há 
relação jurídica protegida pelo CDC; a relação jurídica entre a concessionária e a montadora, no 
que se refere à unidade adquirida pela pessoa jurídica para uso próprio, é de direito comum civil. 
C) Existe, entre a concessionária e a montadora, relação jurídica regida pelo CDC, mesmo que 
ambas sejam pessoas jurídicas, no que diz respeito ao veículo adquirido pela concessionária para 
uso próprio, e não para venda. 
D) Somente há relação jurídica protegida pelo CDC entre o consumidor e a concessionária, que 
deverá ingressar com ação de regresso contra a montadora, caso seja condenada em ação judicial, 
não sendo possível aos consumidores demandarem diretamente contra a montadora. 
 
13 – Prova da OAB 1ª Fase - XXX Exame (2019.3) Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
Prova aplicada em Outubro/2019 
Durante período de intenso calor, o Condomínio do Edifício X, por seu representante, adquiriu, junto 
à sociedade empresária Equipamentos Aquáticos, peças plásticas recreativas próprias para uso 
7 
 
em piscinas, produzidas com material atóxico. Na primeira semana de uso, os produtos soltaram 
gradualmente sua tinta na vestimenta dos usuários, o que gerou apenas problema estético, na 
medida em que a pigmentação era atóxica e podia ser removida facilmente das roupas dos usuários 
por meio de uso de sabão. 
O Condomínio do Edifício X, por seu representante, procurou você, como advogado(a), buscando 
orientação para receber de volta o valor pago e ser indenizado pelos danos morais suportados. 
Nesse caso, cuida-se de 
A) fato do produto, sendo excluída a responsabilidade civil da sociedade empresária, respondendo 
pelo evento o fabricante das peças; não cabe indenização por danos extrapatrimoniais, por ser o 
Condomínio pessoa jurídica, que não sofre essa modalidade de dano. 
B) inaplicabilidade do CDC, haja vista a natureza da relação jurídica estabelecida entre o 
Condomínio e a sociedade empresária, cabendo a responsabilização civil com base nas regras 
gerais de Direito Civil, e incabível pleitear indenização por danos morais, por ter o Condomínio a 
qualidade de pessoa jurídica. 
C) aplicabilidade do CDC somente por meio de medida de defesa coletiva dos condôminos, cuja 
legitimidadeserá exercida pelo Condomínio, na defesa dos interesses a título coletivo. 
D) vício do produto, sendo solidária a responsabilidade da sociedade empresária e do fabricante 
das peças; o Condomínio do Edifício X é parte legítima para ingressar individualmente com a 
medida judicial por ser consumidor, segundo a teoria finalista mitigada. 
 
3 – Política Nacional das Relações de Consumo 
 
14 – OAB – 2013 (Terceiro) (XII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo) 
47ª Questão: 
Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, 
residem há seis meses no Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na 
cidade onde moram é prestado por um única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. 
Há uma semana, o casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação 
do serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e da 
geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser indenizado. 
Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
a) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código do 
Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto 
para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à 
indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova. 
b) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico 
indeterminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está configurada 
a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito básico à indenização 
pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
c) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é 
sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e Manoel 
demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o consequente direito 
básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos. 
d) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou 
científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes à 
contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço 
oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do 
casal e do consequente direito à indenização. 
 
4 – Direitos do Consumidor 
 
14 – OAB – 2011 (Primeiro) (IV Exame Unificado - Caderno Branco) – 47ª Questão: 
8 
 
Analisando o artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor, que prescreve: “São direitos 
básicos do consumidor: V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente 
onerosas”, assinale a alternativa correta. 
a) Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade das partes. 
b) Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a resolução do contrato firmado entre 
consumidor e fornecedor. 
c) Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus. 
d) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente. 
 
15 – OAB – 2011 (Terceiro) (VI Exame Unificado - Branco - Reaplicação Duque de Caxias/RJ - 
Gabarito Definitivo) – 47ª Questão: 
O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, entretanto, prevê a possibilidade de inversão do onus probandi e, a respeito de tal 
tema, é correto afirmar que 
a) ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz verifique ser verossímil a alegação do consumidor 
ou quando for ele hipossuficiente. 
b) é regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os 
desconstituam, já que o autor é hipossuficiente nas relações de consumo. 
c) será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor houver 
sido previamente ajustada por meio de cláusula contratual. 
d) ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se 
admitindo exceções, sendo declarada abusiva qualquer cláusula que disponha de modo contrário. 
 
16 – OAB – 2015 (Segundo) (XVII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 19/07/2015) – 47ª Questão: 
Tommy adquiriu determinado veículo junto a um revendedor de automóveis usados. Para tanto, fez 
o pagamento de 60% do valor do bem e financiou os 40% restantes com garantia de alienação 
fiduciária, junto ao banco com o qual mantém vínculo de conta-corrente. A negociação transcorreu 
normalmente e o veículo foi entregue. Ocorre que Tommy, alguns meses depois, achou que a 
obrigação assumida estava lhe sendo excessivamente onerosa. Procurou então você como 
advogado(a) a fim de saber se ainda assim seria possível questionar o negócio jurídico realizado e 
pedir revisão do contrato que Tommy sequer possuía. 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
a) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia que transfere ao credor o domínio 
resolúvel e a posse indireta do bem alienado, não havendo aplicabilidade do Código de Defesa do 
Consumidor e, portanto, nem o pedido de revisão na hipótese, haja vista que a questão jurídica 
está submetida unicamente à leitura da norma geral civil, sem a inversão do ônus da prova. 
b) A questão comporta aplicação do CDC, mas para propor ação revisional, a parte deve ingressar 
com medida cautelar preparatória de exibição de documentos, sob pena de extinção da medida 
cognitiva revisional por falta de interesse de agir. 
c) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia, que transfere para o devedor a posse 
direta do bem, tornando-o depositário, motivo pelo qual a questão jurídica rege-se exclusivamente 
pelas regras impostas pelo Decreto-lei nº 911, de 1969, que estabelece normas de processo sobre 
alienação fiduciária. 
d) A questão comporta aplicação do CDC, e a ação revisional pode ser proposta 
independentemente de medida cautelar preparatória de exibição de documentos, já que o pleito de 
exibição do contrato poderá ser formulado incidentalmente e nos próprios autos. 
 
17 – OAB – 2017 (Primeiro) (XXII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 02/04/2017) – 47ª Questão: 
Mário firmou contrato de seguro de vida e acidentes pessoais, apontando como beneficiários sua 
esposa e seu filho. O negócio foi feito via telemarketing, com áudio gravado, recebendo 
9 
 
informações superficiais a respeito da cobertura completa a partir do momento da contratação, 
atendido pequeno prazo de carência em caso de morte ou invalidez parcial e total, além do envio 
de brindes em caso de contratação imediata. Mário contratou o serviço na mesma oportunidade 
por via telefônica, com posterior envio de contrato escrito para a residência do segurado. 
Mário veio a óbito noventa dias após a contratação. Os beneficiários de Mário, ao entrarem em 
contato com a seguradora, foram informados de que não poderiam receber a indenização 
securitária contratada, que ainda estaria no período de carência, ainda que a operadora de 
telemarketing, que vendeu o seguro para Mário, garantisse a cobertura. Verificando o contrato, os 
beneficiários perceberam o engano de compreensão da informação, já que estava descrito haver 
período de carência para o evento morte “nos termos da lei civil”. 
Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) A informação foi clara por estar escrita, embora mencionada superficialmente pela operadora de 
telemarketing, e o período de carência é lícito, mesmo nasrelações de consumo. 
b) A fixação do período de carência é lícita, mesmo nas relações de consumo. Todavia, a 
informação prestada quanto ao prazo de carência, embora descrita no contrato, não foi clara o 
suficiente, evidenciando, portanto, a vulnerabilidade do consumidor. 
c) A falta de informação e o equívoco na imposição de prazo de carência não são admitidas nas 
relações de consumo, e sim nas relações genuinamente civilistas. 
d) O dever de informação do consumidor foi respeitado, na medida em que estava descrito no 
contrato, sendo o período de carência instituto ilícito, por se tratar de relação de consumo. 
 
18 – OAB – 2017 (Terceiro) (XXIV Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Preliminar 
(Prova aplicada em 19/11/2017) – 44ª Questão: 
Os arquitetos Everton e Joana adquiriram pacote de viagens para passar a lua de mel na Europa, 
primeira viagem internacional do casal. Ocorre que o trajeto do voo previa conexão em um país 
que exigia visto de trânsito, tendo havido impedimento do embarque dos noivos, ainda no Brasil, 
por não terem o visto exigido. O casal questionou a agência de turismo por não ter dado qualquer 
explicação prévia nesse sentido, e a fornecedora informou que não se responsabilizava pela 
informação de necessidade de visto para a realização da viagem. 
Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
a) Cabe ação de reparação por danos extrapatrimoniais, em razão da insuficiência de informação 
clara e precisa, que deveria ter sido prestada pela agência de turismo, no tocante à necessidade 
de visto de trânsito para a conexão internacional prevista no trajeto. 
b) Não houve danos materiais a serem ressarcidos, já que os consumidores sequer embarcaram, 
situação muito diferente de terem de retornar, às próprias expensas, diretamente do país de 
conexão, interrompendo a viagem durante o percurso. 
c) Não ocorreram danos extrapatrimoniais por se tratar de pessoas que tinham capacidade de 
leitura e compreensão do contrato, sendo culpa exclusiva das próprias vítimas a interrupção da 
viagem por desconhecerem a necessidade de visto de trânsito para realizarem a conexão 
internacional. 
d) Houve culpa exclusiva da empresa aérea que emitiu os bilhetes de viagem, não podendo a 
agência de viagem ser culpabilizada, por ser o comerciante responsável subsidiariamente e não 
responder diretamente pelo fato do serviço. 
 
19 – Prova da OAB 1ª Fase - XXIX Exame (2019.2) Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
Prova aplicada em Junho/2019 
 
Antônio é deficiente visual e precisa do auxílio de amigos ou familiares para compreender diversas 
questões da vida cotidiana, como as contas de despesas da casa e outras questões de rotina. 
Pensando nessa dificuldade, Antônio procura você, como advogado(a), para orientá-lo a respeito 
dos direitos dos deficientes visuais nas relações de consumo. 
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. 
a) O consumidor poderá solicitar às fornecedoras de serviços, em razão de sua deficiência visual, 
o envio das faturas das contas detalhadas em Braille. 
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b) As informações sobre os riscos que o produto apresenta, por sua própria natureza, devem ser 
prestadas em formatos acessíveis somente às pessoas que apresentem deficiência visual. 
c) A impossibilidade operacional impede que a informação de serviços seja ofertada em formatos 
acessíveis, considerando a diversidade de deficiências, o que justifica a dispensa de tal 
obrigatoriedade por expressa determinação legal. 
d) O consumidor poderá solicitar as faturas em Braille, mas bastará ser indicado o preço, 
dispensando-se outras informações, por expressa disposição legal. 
 
 
5 – Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço 
 
20 – OAB – 2013 (Segundo) (XI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
06/09/13) – 47ª Questão: 
Carla ajuizou ação de indenização por danos materiais, morais e estéticos em face do dentista 
Pedro, lastreada em prova pericial que constatou falha, durante um tratamento de canal, na 
prestação do serviço odontológico. O referido laudo comprovou a inadequação da terapia dentária 
adotada, o que resultou na necessidade de extração de três dentes da paciente, sendo que na 
execução da extração ocorreu fratura da mandíbula de Carla, o que gerou redução óssea e 
sequelas permanentes, que incluíram assimetria facial. 
Com base no caso concreto, à luz do Código de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
a) O dentista Pedro responderá objetivamente pelos danos causados à paciente Carla, em razão 
do comprovado fato do serviço, no prazo prescricional de cinco anos. 
b) Haverá responsabilidade de Pedro, independentemente de dolo ou culpa, diante da constatação 
do vício do serviço, no prazo decadencial de noventa dias. 
c) A obrigação de indenizar por parte de Pedro é subjetiva e fica condicionada à comprovação de 
dolo ou culpa. 
d) Inexiste relação de consumo no caso em questão, pois é uma relação privada, que encerra 
obrigação de meio pelo profissional liberal, aplicando-se o Código Civil. 
 
21 – OAB – 2014 (Segundo) (XIV Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 03/08/14) – 46ª Questão: 
Um homem foi submetido a cirurgia para remoção de cálculos renais em hospital privado. A 
intervenção foi realizada por equipe médica não integrante dos quadros de funcionários do referido 
hospital, apesar de ter sido indicada por esse mesmo hospital. 
Durante o procedimento, houve perfuração do fígado do paciente, verificada somente três dias após 
a cirurgia, motivo pelo qual o homem teve que se submeter a novo procedimento cirúrgico, que lhe 
deixou uma grande cicatriz na região abdominal. O paciente ingressou com ação judicial em face 
do hospital, visando a indenização por danos morais e estéticos. 
Partindo dessa narrativa, assinale a opção correta. 
a) O hospital responde objetivamente pelos danos morais e estéticos decorrentes do erro médico, 
tendo em vista que ele indicou a equipe médica. 
b) O hospital responderá pelos danos, mas de forma alternativa, não se acumulando os danos 
morais e estéticos, sob pena de enriquecimento ilícito do autor. 
c) O hospital não responderá pelos danos, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva da 
equipe médica, sendo o hospital parte ilegítima na ação porque apenas prestou serviço de 
instalações e hospedagem do paciente. 
d) O hospital não responderá pelos danos, tendo em vista que não se aplica a norma consumerista 
à relação entre médico e paciente, mas, sim, o Código Civil, embora a responsabilidade civil dos 
profissionais liberais seja objetiva. 
 
22 – OAB – 2014 (Terceiro) (XV Exame Unificado - Caderno Tipo 2 - Verde - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 16/11/14) – 46ª Questão: 
Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança denominado airbag do 
motorista, apenas para o caso de colisões frontais. Cerca de dois meses após a aquisição do bem, 
11 
 
o veículo de Carmen sofreu colisão traseira, e a motorista teve seu rosto arremessado contra o 
volante, causando-lhe escoriações leves. A consumidora ingressou com medida judicial em face 
do fabricante, buscando a reparação pelos danos materiais e morais que sofrera, alegando ser o 
produto defeituoso, já que o airbag não foi acionado quando da ocorrência da colisão. A perícia 
constatou colisão traseira e em velocidade inferior à necessária para o acionamento do dispositivo 
de segurança. Carmen invocou a inversão do ônus da prova contra o fabricante, o que foi indeferido 
pelo juiz. 
Analise o caso à luz da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta. 
a) Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa determinação legal, 
não podendo, em qualquer hipótese, o julgador negar tal pleito. 
b) Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que o 
responsável civil pela reparação é o comerciante, no caso, a concessionária de veículos. 
c) A responsabilidade civil do fabricanteé objetiva e independe de culpa; por isso, será cabível 
indenização à vítima consumidora, mesmo que esta não tenha conseguido comprovar a colisão 
dianteira. 
d) O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante de 
indenizar a consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão traseira. 
 
23 – OAB – 2015 (Primeiro) (XVI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 15/03/15) – 46ª Questão: 
A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, estabelecida pelo Código do 
Consumidor, reconheceu a relação jurídica qualificada pela presença de uma parte vulnerável, 
devendo ser observados os princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da pessoa humana 
e equidade. 
A respeito da temática, assinale a afirmativa correta. 
a) A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor a comprovação da 
existência de nexo de causalidade que o vincule ao fornecedor, mediante comprovação da culpa, 
invertendo-se o ônus da prova no que tange ao resultado danoso suportado. 
b) A responsabilidade civil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o comerciante é 
identificado e encontrado para responder pelo vício ou fato do produto, cabendo ao segundo a 
responsabilidade civil objetiva. 
c) A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser imputada se houver 
demonstração dos elementos mínimos que comprovem o nexo de causalidade que justifique a ação 
proposta, ônus esse do consumidor. 
d) A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de ordem pública e de 
imputação imediata, cabendo ao fabricante a carga probatória frente ao consumidor, em razão da 
responsabilidade civil objetiva. 
 
 
24 – OAB – 2018 (Primeiro) (XXV Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Preliminar 
(Prova aplicada em 08/04/2018) 
Eloá procurou o renomado Estúdio Max para tratamento de restauração dos fios do cabelo, que 
entendia muito danificados pelo uso de químicas capilares. A proposta do profissional empregado 
do estabelecimento foi a aplicação de determinado produto que acabara de chegar ao mercado, da 
marca mundialmente conhecida Ops, que promovia uma amostragem inaugural do produto em 
questão no próprio Estúdio Max. 
Eloá ficou satisfeita com o resultado da aplicação pelo profissional no estabelecimento, mas, nos 
dias que se seguiram, observou a queda e a quebra de muitos fios de cabelo, o que foi aumentando 
progressivamente. Retornando ao Estúdio, o funcionário que a havia atendido informou-lhe que 
poderia ter ocorrido reação química com outro produto utilizado por Eloá anteriormente ao 
tratamento, levando aos efeitos descritos pela consumidora, embora o produto da marca Ops não 
apontasse contraindicações. 
Eloá procurou você como advogado(a), narrando essa situação. 
Neste caso, assinale a opção que apresenta sua orientação. 
12 
 
a) Há evidente fato do serviço executado pelo profissional, cabendo ao Estúdio Max e ao fabricante 
do produto da marca Ops, em responsabilidade solidária, responderem pelos danos suportados 
pela consumidora. 
b) Há evidente fato do produto; por esse motivo, a ação judicial poderá ser proposta apenas em 
face da fabricante do produto da marca Ops, não havendo responsabilidade solidária do 
comerciante Estúdio Max. 
c) Há evidente fato do serviço, o que vincula a responsabilidade civil subjetiva exclusiva do 
profissional que sugeriu e aplicou o produto, com base na teoria do risco da atividade, excluindo-
se a responsabilidade do Estúdio Max. 
d) Há evidente vício do produto, sendo a responsabilidade objetiva decorrente do acidente de 
consumo atribuída ao fabricante do produto da marca Ops e, em caráter subsidiário, ao Estúdio 
Max e ao profissional, e não do profissional que aplicou o produto. 
 
25 – OAB – 2018 (Segundo) (XXVI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 05/08/2018) – 44ª Questão: 
 
Dora levou seu cavalo de raça para banho, escovação e cuidados específicos nos cascos, a ser 
realizado pelos profissionais da Hípica X. Algumas horas depois de o animal ter sido deixado no 
local, a fornecedora do serviço entrou em contato com Dora para informar-lhe que, durante o 
tratamento, o cavalo apresentou sinais de doença cardíaca. Já era sabido por Dora que os 
equipamentos utilizados poderiam causar estresse no animal. Foi chamado o médico veterinário 
da própria Hípica X, mas o cavalo faleceu no dia seguinte. Dora, que conhecia a pré-existência da 
doença do animal, ingressou com ação judicial em face da Hípica X pleiteando reparação pelos 
danos morais suportados, em decorrência do ocorrido durante o tratamento de higiene. 
 
Nesse caso, à luz do Código de Defesa do Consumidor (CDC), é correto afirmar que a Hípica X 
 
a) não poderá ser responsabilizada se provar que a conduta no procedimento de higiene foi 
adequada, seguindo padrões fixados pelos órgão competentes, e que a doença do animal que o 
levou a óbito era pré-existente ao procedimento de higienização do animal. 
b) poderá ser responsabilizada em razão de o evento deflagrador da identificação da doença do 
animal ter ocorrido durante a sua higienização, ainda que se comprove ser pré-existente a doença 
e que tenham sido seguidos os padrões fixados por órgãos competentes para o procedimento de 
higienização, pois o nexo causal resta presumido na hipótese. 
c) não poderá ser responsabilizada somente se provar que prestou os primeiros socorros, pois a 
pre-existência da doença não inibiria a responsabilidade civil objetiva dos fornecedores do serviço; 
somente a conduta de chamar atendimento médico foi capaz de desconstruir o nexo causal entre 
o procedimento de higiene e o evento do óbito. 
d) poderá ser responsabilizada em solidariedade com o profissional veterinário, pois os serviços 
foram prestados por ambos os fornecedores, em responsabilidade objetiva, mesmo que Dora 
comprove que o procedimento de higienização do cavalo tenha potencializado o evento que levou 
ao óbito do animal, ainda que seguidos os padrões estipulados pelos órgãos competentes. 
 
26 – OAB – 2019 (Primeiro) (XXVIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Preliminar 
Retificado (Prova aplicada em 17/03/2019) – 44ª Questão: 
Mara adquiriu, diretamente pelo site da fabricante, o creme depilatório Belle et Belle, da empresa 
Bela Cosméticos Ltda. Antes de iniciar o uso, Mara leu atentamente o rótulo e as instruções, essas 
unicamente voltadas para a forma de aplicação do produto. 
Assim que iniciou a aplicação, Mara sentiu queimação na pele e removeu imediatamente o produto, 
mas, ainda assim, sofreu lesões nos locais de aplicação. A adquirente entrou em contato com a 
central de atendimento da fornecedora, que lhe explicou ter sido a reação alérgica provocada por 
uma característica do organismo da consumidora, o que poderia acontecer pela própria natureza 
química do produto. 
Não se dando por satisfeita, Mara procurou você, como advogado(a), a fim de saber se é possível 
buscar a compensação pelos danos sofridos. 
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Nesse caso de clara relação de consumo, assinale a opção que apresenta a orientação a ser dada 
a Mara. 
 
a) Poderá ser afastada a responsabilidade civil da fabricante, se esta comprovar que o dano 
decorreu exclusivamente de reação alérgica da consumidora, fator característico daquela 
destinatária final, não havendo, assim, qualquer ilícito praticado pela ré. 
b) Existe a hipótese de culpa exclusiva da vítima, na medida em que o CDC descreve que os 
produtos não colocarão em risco a saúde e a segurança do consumidor, excetuando aqueles de 
cuja natureza e fruição sejam extraídas a previsibilidade e a possibilidade de riscos perceptíveis 
pelo homem médio. 
c) O fornecedor está obrigado, necessariamente, a retirá-lo de circulação, por estar presente defeito 
no produto, sob pena de prática de crime contra o consumidor. 
d) Cuida-se da hipótese de violação ao dever de oferecer informações clarasao consumidor, na 
medida em que a periculosidade do uso de produto químico, quando composto por substâncias 
com potenciais alergênicos, deve ser apresentada em destaque ao consumidor. 
 
6 – Responsabilidade pelo Vício do Produto e do Serviço 
 
27 – OAB – 2010 (Terceiro) (III Exame Unificado) – 92ª Questão: 
O prazo para reclamar sobre vício oculto de produto durável é de 
a) 90 (noventa) dias a contar da aquisição do produto. 
b) 90 (noventa) dias a contar da entrega do produto. 
c) 30 (trinta) dias a contar da entrega do produto. 
d) 90 (noventa) dias a contar de quando ficar evidenciado o vício. 
 
28 – OAB – 2011 (Segundo) (V Exame Unificado - Caderno Branco) – 47ª Questão: 
Ao instalar um novo aparelho de televisão no quarto de seu filho, o consumidor verifica que a tecla 
de volume do controle remoto não está funcionando bem. Em contato com a loja onde adquiriu o 
produto, é encaminhado à autorizada. 
O que esse consumidor pode exigir com base na lei, nesse momento, do comerciante? 
a) A imediata substituição do produto por outro novo. 
b) O dinheiro de volta. 
c) O conserto do produto no prazo máximo de 30 dias. 
d) Um produto idêntico emprestado enquanto durar o conserto. 
 
 
29 – OAB – 2011 (Terceiro) (VI Exame Unificado - Caderno Branco - Gabarito Definitivo) – 47ª 
Questão: 
Franco adquiriu um veículo zero quilômetro em novembro de 2010. Ao sair com o automóvel da 
concessionária, percebeu um ruído todas as vezes em que acionava a embreagem para a troca de 
marcha. Retornou à loja, e os funcionários disseram que tal barulho era natural ao veículo, cujo 
motor era novo. Oito meses depois, ao retornar para fazer a revisão de dez mil quilômetros, o 
consumidor se queixou que o ruído persistia, mas foi novamente informado de que se tratava de 
característica do modelo. Cerca de uma semana depois, o veículo parou de funcionar e foi rebocado 
até a concessionária, lá permanecendo por mais de sessenta dias. Franco acionou o Poder 
Judiciário alegando vício oculto e pleiteando ressarcimento pelos danos materiais e indenização 
por danos morais. 
Considerando o que dispõe o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, a respeito do narrado 
acima, é correto afirmar que, por se tratar de vício oculto, 
a) o prazo decadencial para reclamar se iniciou com a retirada do veículo da concessionária, 
devendo o processo ser extinto. 
b) o direito de reclamar judicialmente se iniciou no momento em que ficou evidenciado o defeito, e 
o prazo decadencial é de noventa dias. 
c) o prazo decadencial é de trinta dias contados do momento em que o veículo parou de funcionar, 
tornando-se imprestável para o uso. 
14 
 
d) o consumidor Franco tinha o prazo de sete dias para desistir do contrato e, tendo deixado de 
exercê-lo, operou-se a decadência. 
 
30 – 2012 (Segundo) (VIII Exame Unificado - Caderno Branco - Gabarito Definitivo 04/10/12) – 47ª 
Questão: 
Determinado consumidor, ao mastigar uma fatia de pão com geleia, encontrou um elemento rígido, 
o que lhe causou intenso desconforto e a quebra parcial de um dos dentes. Em razão do fato, 
ingressou com medida judicial em face do mercado que vendeu a geleia, a fim de ser reparado. No 
curso do processo, a perícia constatou que o elemento encontrado era uma pequena porção de 
açúcar cristalizado, não oferecendo risco à saúde do autor. 
Diante desta narrativa, assinale a afirmativa correta. 
a) O fabricante e o fornecedor do serviço devem ser excluídos de responsabilidade, visto que o 
material não ofereceu qualquer risco à integridade física do consumidor, não merecendo reparação. 
b) O elemento rígido não característico do produto, ainda que não o tornasse impróprio para o 
consumo, violou padrões de segurança, já que houve dano comprovado pelo consumidor. 
c) A responsabilidade do fornecedor depende de apuração de culpa e, portanto, não tendo o 
comerciante agido de modo a causar voluntariamente o evento, não deve responder pelo resultado. 
d) O comerciante não deve ser condenado e sequer caberia qualquer medida contra o fabricante, 
posto que não há fato ou vício do produto, motivo pelo qual não deve ser responsabilizado pelo 
alegado defeito. 
 
31 – OAB – 2013 (Primeiro) (X Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
28/05/13) – 46ª Questão: 
Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de serviços de valor 
preestabelecido que incluía ligações locais de até 100 minutos e isenção total dos valores pelo 
período de três meses, exceto os minutos que ultrapassassem os contratados, ligações 
interurbanas e para telefone móvel. Para sua surpresa, logo no primeiro mês recebeu cobrança 
pelo pacote de serviços no importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse utilizado 
apenas 32 minutos em ligações locais. 
A consumidora fez diversos contatos com a fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, mas 
não obteve solução. De posse dos números dos protocolos de reclamações, ingressou com medida 
judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de cobrança e de negativação do nome. 
Considerando o caso acima descrito, assinale a afirmativa correta. 
a) A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual aplicação 
de multa. 
b) A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido 
expressamente. 
c) A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer 
hipótese. 
d) A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, que 
requer medida cautelar própria e justificação prévia. 
 
32 – OAB – 2013 (Primeiro) (X Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
28/05/13) – 47ª Questão: 
Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de 
Viagens e Turismo “X” um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, 
hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela 
seguradora “Y”. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos 
entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo 
informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, 
que manteve Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em 
Paris, tudo às suas expensas. 
Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
15 
 
a) O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço 
tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso. 
b) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo 
responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por 
outra empresa. 
c) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente 
por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência 
da ação. 
d) O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de 
contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda 
casada, não há responsabilidade solidária na hipótese. 
 
33 – OAB – 2013 (Segundo) (XI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
06/09/13) – 46ª Questão: 
O Mercado A comercializa o produto desinfetante W, fabricado por “W.Industrial”. O proprietário do 
Mercado B, que adquiriu tal produto para uso na higienização das partes comuns das suas 
instalações, verifica que o volume contido no frasco está em desacordo com as informações do 
rótulo do produto. Em razão disso, o Mercado B propõe ação judicial em face do Mercado A, 
invocando a Lei n. 8.078/90 (CDC), arguindo vícios decorrentes de tal disparidade. O Mercado A, 
em defesa, apontou que se tratava de responsabilidade do fabricante e requereu a extinção do 
processo. 
A respeito docaso sugerido, assinale a alternativa correta. 
a) O processo merece ser extinto por ilegitimidade passiva. 
b) O caso versa sobre fato do produto, logo a responsabilidade do réu é subsidiária. 
c) O processo deve ser extinto, pois o autor não se enquadra na condição de consumidor. 
d) Trata-se de vício do produto, logo o réu e o fabricante são solidariamente responsáveis. 
 
34 – OAB – 2014 (Primeiro) (XIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo) 
– 47ª Questão: 
Mauro adquiriu um veículo zero quilômetro da fabricante brasileira Surreal, na concessionária 
Possante Ltda., revendedora de automóveis que comercializa habitualmente diversas marcas 
nacionais e estrangeiras. Na época em que Mauro efetuou a compra, o modelo adquirido ainda não 
era produzido com o opcional de freio ABS, o que só veio a ocorrer seis meses após a aquisição 
feita por Mauro. Tal sistema de frenagem (travagem) evita que a roda do veículo bloqueie quando 
o pedal do freio é pisado fortemente, impedindo com isso o descontrole e a derrapagem do veículo. 
Mauro, inconformado, aciona a concessionária postulando a substituição do seu veículo, pelo novo 
modelo com freio ABS. 
Diante do caso narrado e das regras atinentes ao Direito do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
a) Mauro tem direito à substituição, pois o fato de o novo modelo ter sido oferecido com o opcional 
do freio ABS, de melhor qualidade, configura defeito do modelo anterior por ele adquirido. 
b) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar futuro defeito no freio dentro do prazo de garantia, 
a concessionária Possante Ltda. é obrigada a assegurar a oferta de peças de reposição originais 
enquanto não cessar a fabricação do veículo. 
c) Somente quando cessada a produção no país do veículo adquirido por Mauro, a fabricante 
Surreal ficará exonerada do dever legal de assegurar o oferecimento de componentes e peças de 
reposição para o automóvel. 
d) Havendo necessidade de reposição de peças ou componentes no veículo de Mauro, a fabricante 
Surreal deverá, ainda que cessada a fabricação no país, efetuar o reparo com peças originais por 
um período razoável de tempo, fixado por lei. A reposição com peças usadas só é admitida pelo 
Código do Consumidor quando houver autorização do consumidor. 
 
35 – OAB – 2015 (Terceiro) (XVIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 29/11/2015) – 46ª Questão: 
16 
 
Dulce, cinquenta e oito anos de idade, fumante há três décadas, foi diagnosticada como portadora 
de enfisema pulmonar. Trata-se de uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela 
dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, que causa a perda da capacidade respiratória e uma 
consequente oxigenação insuficiente. Em razão do avançado estágio da doença, foi prescrito como 
essencial o tratamento de suplementação de oxigênio. Para tanto, Joana, filha de Dulce, adquiriu 
para sua mãe um aparelho respiratório na loja Saúde e Bem-Estar. Porém, com uma semana de 
uso, o produto parou de funcionar. Joana procurou imediatamente a loja para substituição do 
aparelho, oportunidade na qual foi informada pela gerente que deveria aguardar o prazo legal de 
trinta dias para conserto do produto pelo fabricante. 
Com base no caso narrado, em relação ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale 
a afirmativa correta. 
a) Está correta a orientação da vendedora. Joana deverá aguardar o prazo legal de trinta dias para 
conserto e, caso não seja sanado o vício, exigir a substituição do produto, a devolução do dinheiro 
corrigido monetariamente ou o abatimento proporcional do preço. 
b) Joana não é consumidora destinatária final do produto, logo tem apenas direito ao conserto do 
produto durável no prazo de noventa dias, mas não à devolução da quantia paga. 
c) Joana não precisa aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto, pois tem direito de exigir 
a substituição imediata do produto, em razão de sua essencialidade. 
d) Na impossibilidade de substituição do produto por outro da mesma espécie, Joana poderá optar 
por um modelo diverso, sem direito à restituição de eventual diferença de preço, e, se este for de 
valor maior, não será devida por Joana qualquer complementação. 
 
36 – OAB – 2015 (Terceiro) (XVIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 29/11/2015) – 47ª Questão: 
Hugo colidiu com seu veículo e necessitou de reparos na lataria e na pintura. Para tanto, procurou, 
por indicação de um amigo, os serviços da Oficina Mecânica M, oportunidade na qual lhe foi 
ofertado orçamento escrito, válido por 15 (quinze) dias, com o valor da mão de obra e dos materiais 
a serem utilizados na realização do conserto do automóvel. Hugo, na certeza da boa indicação, 
contratou pela primeira vez com a Oficina. 
Considerando as regras do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
a) Segundo a lei do consumidor, o orçamento tem prazo de validade obrigatório de 10 (dez) dias, 
contados do seu recebimento pelo consumidor Hugo. Logo, no caso, somente durante esse período 
a Oficina Mecânica M estará vinculada ao valor orçado. 
b) Uma vez aprovado o orçamento pelo consumidor, os contraentes estarão vinculados, sendo 
correto afirmar que Hugo não responderá por quaisquer ônus ou acréscimos no valor dos materiais 
orçados; contudo, ele poderá vir a responder pela necessidade de contratação de terceiros não 
previstos no orçamento prévio. 
c) Se o serviço de pintura contratado por Hugo apresentar vícios de qualidade, é correto afirmar 
que ele terá tríplice opção, à sua escolha, de exigir da oficina mecânica: a re-execução do serviço 
sem custo adicional; a devolução de eventual quantia já paga, corrigida monetariamente, ou o 
abatimento do preço de forma proporcional. 
d) A lei consumerista considera prática abusiva a execução de serviços sem a prévia elaboração 
de orçamento, o que pode ser feito por qualquer meio, oral ou escrito, exigindo-se, para sua 
validade, o consentimento expresso ou tácito do consumidor. 
 
37 – OAB – 2016 (Primeiro) (XIX Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 03/04/2016) – 47ª Questão: 
Antônio desenvolve há mais de 40 anos atividade de comércio no ramo de hortifrúti. Seus clientes 
chegam cedo para adquirir verduras frescas entregues pelos produtores rurais da região. Antônio 
também vende no varejo, com pesagem na hora, grãos e cereais adquiridos em sacas de 30 quilos, 
de uma marca muito conhecida e respeitada no mercado. Determinado dia, a cliente Maria 
desconfiou da pesagem e fez a conferência na sua balança caseira, que apontou suposta 
divergência de peso. Procedeu com a imediata denúncia junto ao Órgão Oficial de Fiscalização, 
17 
 
que confirmou que o instrumento de medição do comerciante estava com problemas de calibragem 
e que não estava aferido segundo padrões oficiais, gerando prejuízo aos consumidores. A cliente 
denunciante buscou ser ressarcida pelo vício de quantidade dos produtos. 
Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. 
a) Trata-se de responsabilidade civil solidária, podendo Maria acionar tanto o comerciante quanto 
os produtores. 
b) Trata-se de responsabilidade civil subsidiária, pois o comerciante só responde se os demais 
fornecedores não forem identificados. 
c) Trata-se de responsabilidade civil exclusiva do comerciante, na qualidade de fornecedor 
imediato. 
d) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, motivo pelo qual inexistem excludentes de 
responsabilidade. 
 
38 – 2017 – (Terceiro) (XXIV Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Preliminar 
(Prova aplicada em 19/11/2017) – 45ª Questão: 
Osvaldo adquiriu um veículo zero quilômetro e, ao chegar a casa, verificou que, no painel do 
veículo, foi acionada a indicação de problema no nível de óleo. Ao abrir o capô, constatou sujeira 
de óleo em toda a área. Osvaldo voltou imediatamente à concessionária, que realizou uma rigorosa 
avaliaçãodo veículo e constatou que havia uma rachadura na estrutura do motor, que, por isso, 
deveria ser trocado. Oswaldo solicitou um novo veículo, aduzindo que optou pela aquisição de um 
zero quilômetro por buscar um carro que tivesse toda a sua estrutura “de fábrica”. 
A concessionária se negou a efetuar a troca ou devolver o dinheiro, alegando que isso não 
descaracterizaria o veículo como novo e que o custo financeiro de faturamento e outras medidas 
administrativas eram altas, não justificando, por aquele motivo, o desfazimento do negócio. 
No mesmo dia, Osvaldo procura você, como advogado, para orientá-lo. Assinale a opção que 
apresenta a orientação dada. 
a) Cuida-se de vício do produto, e a concessionária dispõe de até trinta dias para providenciar o 
reparo, fase que, ordinariamente, deve preceder o direito do consumidor de pleitear a troca do 
veículo. 
b) Trata-se de fato do produto, e o consumidor sempre pode exigir a imediata restituição da quantia 
paga, sem prejuízo de pleitear perdas e danos em juízo. 
c) Há evidente vício do produto, sendo subsidiária a responsabilidade da concessionária, devendo 
o consumidor ajuizar a ação de indenização por danos materiais em face do fabricante. 
d) Trata-se de fato do produto, e o consumidor não tem interesse de agir, pois está no curso do 
prazo para o fornecedor sanar o defeito. 
 
39 – Prova da OAB 1ª Fase - XXXI Exame (2020.1) Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Preliminar 
Prova aplicada em Fevereiro/2020 
Adriano, por meio de um site especializado, efetuou reserva de hotel para estada com sua família 
em praia caribenha. A reserva foi imediatamente confirmada pelo site, um mês antes das suas 
férias, quando fariam a viagem. 
Ocorre que, dez dias antes do embarque, o site especializado comunicou a Adriano que o hotel 
havia informado o cancelamento da contratação por erro no parcelamento com o cartão de crédito. 
Adriano, então, buscou nova compra do serviço, mas os valores estavam cerca de 30% mais caros 
do que na contratação inicial, com o qual anuiu por não ser mais possível alterar a data de suas 
férias. 
Ao retornar de viagem, Adriano procurou você, como advogado(a), a fim de saber se seria possível 
a restituição dessa diferença de valores. 
Neste caso, é correto afirmar que o ressarcimento da diferença arcada pelo consumidor 
A) poderá ser buscado em face exclusivamente do hotel, fornecedor que cancelou a contratação. 
B) poderá ser buscado em face do site de viagens e do hotel, que respondem solidariamente, por 
comporem a cadeia de fornecimento do serviço. 
C) não poderá ser revisto, porque o consumidor tinha o dever de confirmar a compra em sua fatura 
de cartão de crédito. 
18 
 
D) poderá ser revisto, sendo a responsabilidade exclusiva do site de viagens, com base na teoria 
da aparência, respondendo o hotel apenas subsidiariamente. 
 
 
7 – Publicidade Enganosa e Abusiva 
 
40 – OAB – 2010 (Segundo) (II Exame Unificado) – 99ª Questão: 
Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que: 
a) a publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas. 
b) a publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo 
quando não essencial para o produto. 
c) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicitária cabe ao veículo de comunicação. 
d) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais. 
 
41 – OAB – 2016 (Terceiro) (XXI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 27/11/2016) – 46ª Questão: 
A Pizzaria X fez publicidade comparando a qualidade da sua pizza de mozarela com a da Pizzaria 
Y, descrevendo a quantidade de queijo e o crocante das bordas, detalhes que a tornariam mais 
saborosa do que a oferecida pela concorrente. Além disso, disponibiliza para os consumidores o 
bônus da entrega de pizza pelo motociclista, em até 30 minutos, ou a dispensa do pagamento pelo 
produto. 
A respeito do narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) A publicidade comparativa é expressamente vedada pelo Código de Defesa do Consumidor, 
que, entretanto, nada disciplina a respeito da entrega do produto por motociclista em período de 
tempo ou dispensa do pagamento. 
b) A promessa de dispensa do pagamento pelo consumidor como forma de estímulo à prática de 
aumento da velocidade pelo motociclista é vedada por lei especial, enquanto a publicidade 
comparativa é admitida, respeitados os critérios do CDC e as proteções dispostas em normas 
especiais que tutelam marca e concorrência. 
c) A dispensa de pagamento, em caso de atraso na entrega do produto por motociclista, é lícita, 
mas a publicidade comparativa é expressamente vedada pelo Código de Defesa do Consumidor e 
pela legislação especial. 
d) A publicidade comparativa e a entrega de produto por motociclista em determinado prazo ou a 
dispensa de pagamento, por serem em benefício do consumidor, embora não previstos em lei, são 
atos lícitos, conforme entendimento pacífico da jurisprudência. 
Obs.: LEI Nº 12.436, DE 6 DE JULHO DE 2011 – veda as práticas que gerem o aumento da 
velocidade 
 
42 – OAB – 2018 (Segundo) (XXVI Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branco - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 05/08/2018) – 45ª Questão: 
A Construtora X instalou um estande de vendas em um shopping center da cidade, apresentando 
folder de empreendimento imobiliário de dez edifícios residenciais com área comum que incluía 
churrasqueira, espaço gourmet, salão de festas, parquinho infantil, academia e piscina. A proposta 
fez tanto sucesso que, em apenas um mês, foram firmados contratos de compra e venda da 
integralidade das unidades. A Construtora X somente realizou a entrega dois anos após o prazo 
originário de entrega dos imóveis e sem pagamento de qualquer verba pela mora, visto que o 
contrato previa exclusão de cláusula penal, e também deixou de entregar a área comum de lazer 
que constava do folder. 
Nesse caso, à luz do Código de Defesa do Consumidor, cabe 
a) ação individual ou coletiva, em razão da propaganda enganosa evidenciada pela ausência da 
entrega da parte comum indicada no folder de venda. 
b) ação individual ou coletiva, em busca de ressarcimento decorrente da demora na entrega; 
contudo, não se configura, na hipótese, propaganda enganosa, mas apenas inadimplemento 
contratual, sendo viável a exclusão da cláusula penal. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.436-2011?OpenDocument
19 
 
c) ação coletiva, somente, haja vista que cada adquirente, individualmente, não possui interesse 
processual decorrente da propaganda enganosa. 
d) ação individual ou coletiva, a fim de buscar tutela declaratória de nulidade do contrato, inválido 
de pleno direito por conter cláusula abusiva que fixou impedimento de qualquer cláusula penal. 
 
8 – Práticas Comerciais Abusivas 
 
43 – OAB – 2011 (Terceiro) (VI Exame Unificado - Caderno Branco - Gabarito Definitivo) – 46ª 
Questão: 
A empresa Cristal Ltda., atendendo à solicitação da cliente Ruth, realizou orçamento para prestação 
de serviço, discriminando material, equipamentos, mão de obra, condições de pagamento e datas 
para início e término do serviço de instalação de oito janelas e quatro portas em alumínio na 
residência da consumidora. 
Com base no narrado acima, é correto afirmar que 
a) o orçamento terá validade de trinta dias, independentemente da data do recebimento e 
aprovação pela consumidora Ruth. 
b) Ruth não responderá por eventuais acréscimos não previstos no orçamento prévio, exceto se 
decorrente da contratação de serviço de terceiro. 
c) o valor orçado terá validade de dez dias, contados do recebimento pela consumidora; aprovado, 
obriga os contraentes, que poderão alterá-lo mediante livre negociação. 
d) uma vez aprovado, o orçamento obriga os contraentes e não poderá alterado ou negociado pelas 
partes, que, buscando mudar os termos, deverão fazer novo orçamento. 
 
44 – OAB – 2012 (Terceiro) (IX Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca- Gabarito Definitivo 
15/01/13) – 46ª Questão: 
Academia de ginástica veicula anúncio assinalando que os seus alunos, quando viajam ao exterior, 
podem se utilizar de rede mundial credenciada, presente em 60 países e 230 cidades, sem custo 
adicional. Um ano após continuamente fazer tal divulgação, vários alunos reclamam que, em quase 
todos os países, é exigida tarifa de uso da unidade conveniada. A academia responde que a 
referência ao “sem custo adicional” refere-se à inexistência de acréscimo cobrado por ela, e não de 
eventual cobrança, no exterior, de terceiro. 
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
a) A loja veicula publicidade enganosa, que se caracteriza como a que induz o consumidor a se 
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança. 
b) A loja promove publicidade abusiva, pois anuncia informação parcialmente falsa, a respeito do 
preço e qualidade do serviço. 
c) Não há irregularidade, e as informações complementares podem ser facilmente buscadas na 
recepção ou com as atendentes, sendo inviável que o ordenamento exija que detalhes sejam 
prestados, todos, no anúncio. 
d) A loja faz publicidade enganosa, que se configura, basicamente, pela falsidade, total ou parcial, 
da informação veiculada. 
 
45 – OAB – 2012 (Terceiro) (IX Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo 
15/01/13) – 47ª Questão: 
A sociedade empresária XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes universitários, contratos 
individuais de fornecimento de material didático, nos quais garante a entrega, com 25% de desconto 
sobre o valor indicado pela editora, dos livros didáticos escolhidos pelos contratantes (de lista de 
editoras de antemão definidas). Os contratos têm duração de 24 meses, e cada estudante 
compromete-se a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor dos livros 
escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade diminuiu, devido a dívidas e 
problemas judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os contratos, para obter 
aumento do valor mensal, ou então liberar-se do vínculo. 
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
a) A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à luz do 
indicado, para rever os contratos. 
20 
 
b) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são destinatários finais do serviço, mas o aumento só 
será concedido se provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato seja 
proveitoso para os compradores. 
c) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se 
provado que os problemas citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, no 
sistema do consumidor, para autorizar a revisão. 
d) A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, pois existe o contrato de execução 
diferida, a superveniência de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para a 
outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e imprevisível. 
 
46 – OAB – 2013 (Terceiro) (XII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo) – 
46ª Questão: 
O Banco XYZ, com objetivo de aumentar sua clientela, enviou proposta de abertura de conta 
corrente com cartão de crédito para diversos estudantes universitários. Ocorre que, por desatenção 
de um dos encarregados pela instituição financeira da entrega das propostas, o conteúdo da 
proposta encaminhada para a estudante Bruna, de dezoito anos, foi furtado. O cartão de crédito foi 
utilizado indevidamente por terceiro, sendo Bruna surpreendida com boletos e ligações de cobrança 
por compras que não realizou. O episódio culminou com posterior inclusão do seu nome em um 
cadastro negativo de restrições ao crédito. Bruna nunca solicitou o envio do cartão ou da proposta 
de abertura de conta, e sequer celebrou contrato com o Banco XYZ, mas tem dúvidas acerca de 
eventual direito à indenização. 
Na qualidade de Advogado, diante do caso concreto, assinale a afirmativa correta. 
a) A conduta adotada pelo Banco XYZ é prática abusiva à luz do Código do Consumidor, mas como 
Bruna não é consumidora, haja vista a ausência de vínculo contratual, deverá se utilizar das regras 
do Código Civil para fins de eventual indenização. 
b) A pessoa exposta a uma prática abusiva, como na hipótese do envio de produto não solicitado, 
é equiparada a consumidor, logo Bruna pode postular indenização com base no Código do 
Consumidor. 
c) A prática bancária em questão é abusiva segundo o Código do Consumidor, mas o furto sofrido 
pelo preposto do Banco XYZ configura culpa exclusiva de terceiro, excludente da obrigação da 
instituição financeira de indenizar Bruna. 
d) O envio de produto sem solicitação do consumidor não é expressamente vedado pela lei 
consumerista, que apenas considera o produto como mera amostra grátis, afastando eventual 
obrigação do Banco XYZ de indenizar Bruna. 
 
47 – OAB – 2014 (Primeiro) (XIII Exame Unificado - Caderno Tipo I - Branca - Gabarito Definitivo) 
– 46ª Questão: Eliane trabalha em determinada empresa para a qual uma seguradora apresentou 
proposta de seguro de vida e acidentes pessoais aos empregados. Eliane preencheu o formulário 
entregue pela seguradora e, dias depois, recebeu comunicado escrito informando, sem motivo 
justificado, a recusa da seguradora para a contratação por Eliane. 
Partindo da situação fática narrada, à luz da legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
a) Eliane pode exigir o cumprimento forçado da obrigação nos termos do serviço apresentado, já 
que a oferta obriga a seguradora e a negativa constituiu prática abusiva pela recusa infundada de 
prestação de serviço. 
b) Trata-se de hipótese de aplicação da legislação consumerista, mas, a despeito das garantias 
conferidas ao consumidor, em hipóteses como a narrada no caso, é facultado à seguradora recusar 
a contratação antes da assinatura do contrato. 
c) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada por 
Eliane nos termos do Código Civil, norma aplicável ao caso, que assegura que a proposta não 
obriga o proponente. 
d) A seguradora não está obrigada a se vincular a Eliane, já que a proposta de seguro e acidentes 
pessoais dos empregados não configura oferta, nos termos do Código do Consumidor. 
 
48 – OAB – 2014 (Terceiro) (XV Exame Unificado - Caderno Tipo 2 - Verde - Gabarito Definitivo 
(Prova aplicada em 16/11/14) – 47ª Questão: 
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Roberto, atraído pela propaganda de veículos zero quilômetro, compareceu até uma 
concessionária a fim de conhecer as condições de financiamento. Verificando que o valor das 
prestações cabia no seu orçamento mensal e que as taxas e os custos lhe pareciam justos, Roberto 
iniciou junto ao vendedor os procedimentos para a compra do veículo. Para sua surpresa, 
entretanto, a financeira negou-lhe o crédito, ao argumento de que havia negativação do nome de 
Roberto nos cadastros de proteção ao crédito. Indignado e buscando esclarecimentos, Roberto 
procurou o Banco de Dados e Cadastro que havia informado à concessionária acerca da suposta 
existência de negativação, sendo informado por um dos empregados que as informações que 
Roberto buscava somente poderiam ser dadas mediante ordem judicial. 
Sobre o procedimento do empregado do Banco, assinale a afirmativa correta. 
a) O empregado do Banco de Dados e Cadastros agiu no legítimo exercício de direito ao negar a 
prestação das informações, já que o solicitado pelo consumidor somente deve ser dado pelo 
fornecedor que solicitou a negativação, cabendo a Roberto buscar uma ordem judicial 
mandamental, autorizando a divulgação dos dados para ele diretamente. 
b) O procedimento do empregado, ao negar as informações que constam no Banco de Dados e 
Cadastros sobre o consumidor, configura infração penal punível com pena de detenção ou multa, 
nos termos tipificados no Código de Defesa do Consumidor. 
c) A negativa no fornecimento das informações foi indevida, mas configura mera infração

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