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Junho 2015 [PROJEÇÃO, DIREITO E SOCIEDADE] 
 
Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 11 
 
A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL 
 
Alexandre Batista Ferreira, Kesia Miriam Santos de Araújo 
 
Resumo: O presente artigo apresenta uma abordagem reflexiva sobre a discussão da prática 
profissional do Serviço Social na saúde mental, a partir do estágio curricular desenvolvido no 
Instituto de Saúde Mental, vinculado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O trabalho 
apresenta um breve histórico da atuação do Serviço Social na saúde mental, com ênfase na 
Reforma Psiquiátrica no Brasil e suas implicações na prática profissional. Trata-se de um 
estudo narrativo com o objetivo de mostrar, à luz da literatura nacional, a participação do 
Serviço Social nas instituições que cuidam dos portadores de transtorno mental, 
principalmente a partir das observações feitas durante o convívio com assistentes sociais no 
estágio desenvolvido no Instituto acima mencionado. O artigo tenta fazer uma explanação, 
traçando um perfil quase didático, dos mecanismos existentes nos atendimentos realizados 
pelos Centro de Atenção Psicossocial-CAPS, os quais são fundamentais para o processo de 
reabilitação e ressocialização dos usuários dos serviços de saúde mental. O principal objetivo 
do texto é mostrar a importância da atuação do Serviço Social na área de Saúde Mental, 
destacando-se o papel do assistente social, cuja profissionalização lhes exigem uma atitude de 
maior flexibilidade nas intervenções, o que na maioria das vezes implica em uma indefinição 
quanto à posição ocupada pela profissão na referida área. Contudo, a ação profissional do 
assistente social é fundamental na construção de uma rede de cuidados no atendimento 
integral, tendo como compromisso a plena cidadania do usuário dos serviços de saúde mental, 
contribuindo para a efetivação de tratamentos dignos para esses pacientes. 
Palavras-chave: Serviço social; Saúde mental; Reforma psiquiátrica; Política de saúde 
mental; Assistentes sociais; Profissionalização e usuários. 
 
Abstract: This paper presents a reflective approach to discussion of the professional practice 
of social work in mental health, from the stage curriculum developed at the Institute of Mental 
Health (ISM), linked to the Department of Health of the Federal District. The paper presents 
a brief history of the role of social work in mental health, with emphasis on the psychiatric 
reform in Brazil and its implications for professional practice. This is a study narrative in 
order to show, in the light of national literature, the participation of Social institutions that 
care for the mentally ill, mainly from observations made during the interaction with social 
workers in the developed stage the Institute above. The article tries to make an explanation, 
tracing a profile almost didactic, existing mechanisms in care provided by CAPs, which are 
fundamental to the process of rehabilitation and resocialization of users of mental health 
services. The main objective of this paper is to show the importance of the role of Social Work 
in Mental Health area, highlighting the role of the social worker, whose professionalism 
requires them an attitude of greater flexibility in interventions, which most often involves a 
blurring as to the position occupied by the profession in that area. However, the action of the 
professional social worker is crucial in building a network of care in comprehensive care, 
Junho 2015 [PROJEÇÃO, DIREITO E SOCIEDADE] 
 
Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 12 
 
with a commitment to full citizenship user of mental health services, contributing to the 
realization of worthy treatments for these patients. 
Keywords: Social services; Mental health; Psychiatric reform; Mental health policy; Social 
workers; Professionalization and users. 
 
Introdução 
O ponto de partida para a realização deste trabalho foi a vivência como estagiário no Instituto 
de Saúde Mental – ISM, onde observei que a saúde mental, no contexto geral, enfrenta 
dificuldades para seguir as políticas vigentes, as quais se destacam por servirem de 
alternativas ao tratamento desumano que eram submetidos as pessoas com transtornos mentais 
nos hospitais psiquiátricos e manicômios. 
Para um entendimento mais profundo da questão, o trabalho foi dividido em tópicos, sendo 
que no primeiro é apresentada a Metodologia. No segundo tópico procurou-se dar importância 
aos principais aspectos históricos da questão da saúde mental no Brasil, realçando os 
principais pontos pelo qual passou o assunto ao longo da história. No terceiro tópico focou-se 
na Política de Saúde Mental, fazendo correlação com a seguridade social, dando destaque aos 
movimentos da reforma psiquiátrica, os quais vêm representando um grande avanço nas 
práticas em Saúde Mental com grandes melhorias para os usuários como um todo. 
Em seguida, no quarto tópico, procurou-se tecer comentários específicos sobre a Saúde 
Mental no Distrito Federal, com destaque para a atuação do Instituto de Saúde Mental – ISM, 
suas atribuições, atuações e contribuições como forma de minorar a problemática da saúde 
mental no contexto do município. Constatou-se que a ressocialização e a proteção dos direitos 
dos pacientes psiquiátricos, somente seriam efetivados por meio de práticas do Serviço Social 
que fossem baseadas em uma Reforma Psiquiátrica autêntica. 
Finalmente, no quinto tópico foram comentadas a atuação do Serviço Social na área de saúde 
como um todo, a implementação do Sistema Único de Saúde – SUS - e os seus principais 
desafios, a fim de que se entenda a relação da prática profissional do Serviço Social na saúde 
e o Projeto Ético-Político do Serviço Social, a partir dos anos 1990. Por fim, são apresentadas 
as considerações finais e a referência bibliográfica. 
O assistente social enquanto defensor dos direitos humanos, conforme prevê o Código de 
Ética Profissional do Assistente Social, tem como princípios a busca pela concretização 
desses direitos e, no caso em particular da saúde, a tudo que prevê a Constituição Federal de 
1998 e a Lei Orgânica da Saúde - LOS (Lei Federal nº 8.080/1990). 
Há ainda um longo caminho a percorrer, muito embora a legislação psiquiátrica tenha 
implementado novas políticas de proteção e bem-estar às pessoas com transtornos mentais, 
visando à sua proteção e recuperação. No entanto, existe uma falta de fiscalização e controle 
na aplicação dessas Leis, não atendendo em número suficiente à demanda da população, que 
acaba sendo abandonada pela família. 
Espera-se, com este relato, contribuir para reflexão sobre a prática profissional nas 
instituições que cuidam do assunto, na defesa do acesso universal dos usuários ao direito, à 
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saúde e suas formas de inserção social, articulando de forma criativa os princípios da ética 
profissional e do cumprimento das leis estabelecidas. 
Metodologia 
Estes dados foram obtidos por ocasião do Estágio Supervisionado I e II, ocorrido no período 
de março a outubro de 2010, cumprido no Instituto de Saúde Mental - ISM, no Distrito 
Federal, instituição de atendimento psicossocial aos moradores, principalmente da região de 
abrangência, quais sejam: Riacho Fundo I e II, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, 
Candangolândia e Setor Park Way. 
Durante o estágio, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa e exploratória, apontada 
por Minayo (2011) como o modo que o investigador vai propondo um novo discurso 
interpretativo, e responde a questões muito particulares. 
Dessaforma, foi realizada a pesquisa bibliográfica acerca do tema, tendo como os principais 
autores de referência Amarantes (1994), Bisneto (2009) e Bravo (2004). E na sequência, 
também, uma pesquisa documental a partir dos relatórios do Serviço Social do ISM, dos 
registros do estágio, que constam no diário de campo e nos relatórios de Estágio 
Supervisionado I e II. 
A análise dos dados foi realizada a partir da análise de conteúdo. Minayo (2003, p. 74) 
enfatiza a análise visando verificar hipóteses e/ou descobrir o que está por trás de cada 
conteúdo manifesto: “[...] o que está escrito, falado, mapeado, figurativamente desenhado e/ou 
simbolicamente explicitado sempre será o ponto de partida para a identificação do conteúdo 
manifesto seja ele explícito e/ou latente”. A pesquisa também se estendeu aos artigos 
institucionais do Ministério da Saúde, do Ministério Público e de pesquisa na Internet, como 
forma de enriquecer o conteúdo do trabalho. 
Aspectos históricos 
A internação de pessoas perturbadas de transtornos mentais no Brasil tem início na metade do 
século XIX, com a inauguração no Rio de Janeiro, em 1852, do Hospício Pedro II, cujo 
modelo hospitalocêntrico/hospiciocêntrico de assistência psiquiátrica não considerava o louco 
e a loucura como doença, não sendo assistido por especialistas. 
Ressalta-se, ainda, que a oferta desse atendimento hospitalar concentrava-se nos centros de 
maior desenvolvimento econômico do país, ficando grandes regiões carentes de qualquer 
recurso de assistência em saúde mental. 
Em 1890, foi criada a Assistência Médica Legal a Alienados. No governo Getúlio Vargas 
surgiu o Decreto nº 24.559, de 03 de julho de 1934, que dispunha sobre a profilaxia mental, 
assistência à proteção à pessoa dos psicopatas, sendo que a primeira lei somente foi instituída 
em 1903, pelo Decreto nº 1.132, de 22 de dezembro. Em 1941, foi criado o Serviço Nacional 
de Doenças Mentais. 
Somente a partir dos anos 70, começaram as experiências de transformação da assistência à 
saúde mental, pautada pelas reformas nas instituições psiquiátricas e mais tarde pela 
proposição de um modelo centrado na comunidade e substitutivo ao modelo do hospital 
especializado. 
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Com a Constituição de 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS) e são estabelecidas as 
condições institucionais para a implementação de novas políticas de saúde, entre as quais a de 
saúde mental. 
Diversos foram os movimentos em prol de melhorias e da modernização do modelo 
manicomial, cuja revisão seguia para os serviços extra–hospitalares, executados por equipes 
multiprofissionais e para a progressiva diminuição dos leitos psiquiátricos asilares e sua 
substituição por leitos psiquiátricos em hospitais gerais públicos. 
É nesse contexto que surge e foi aprovado pelo Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 
3.657/89, do Deputado Paulo Delgado (PT- Minas Gerais), que dispõe sobre a extinção 
progressiva dos manicômios e sua substituição por novas modalidades de atendimento, tais 
como: Hospitais-Dia, Centros de Núcleos de Atenção Psicossocial, Residências Terapêuticas 
e regulamentação à internação compulsória. 
Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas, a qual propõe a 
reestruturação da assistência psiquiátrica, sendo que em 2001 é aprovada a Lei Federal nº 
10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, dando origem à Política de 
Saúde Mental, que visa garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental principalmente 
no que se refere ao seu isolamento do convívio com a família e com a sociedade como um 
todo. 
A política de saúde mental no contexto da seguridade social 
Segundo Pereira (2008), a política considerada Política Pública é uma ramificação da Ciência 
Política que recebeu essa conotação nos Estados Unidos da América e nos países da Europa, 
no pós Segunda Guerra Mundial (precisamente após 1945), no intuito de contribuir com o 
processo de compreensão não só do funcionamento das instituições sociais em particular, ou 
do caráter normativo dessas, mas compreender a relação que se estabelece entre governos e 
cidadãos. 
A concepção de “necessidades sociais” apresentada por Pereira (2008) dimensiona as políticas 
públicas para a esfera dos direitos e, de certa maneira, amplia o seu âmbito de atendimento em 
detrimento das imposições individualistas, principalmente no mundo atual, regido 
predominantemente pelo neoliberalismo. 
Sobre esse modelo político-administrativo de governo imposto aos Estados Nacionais, Lourau 
(2009) afirma ser uma estratégia de priorização de incentivo ao mercado em detrimento dos 
serviços sociais. Para essa autora, esse modelo de governo baseia-se no baixo investimento 
nas políticas sociais, o que faz com que sejam estruturados serviços sociais em condições 
diferenciadas, condicionados à inserção dos indivíduos no mercado. Trata-se da criação de 
políticas públicas referenciadas na lógica do mercado que, conforme Alves (2009) 
estabelecem um tipo de “cidadão-consumidor”, o qual não tendo suas necessidades básicas 
imediatas asseguradas pelo Estado, se sujeita ao setor privado. 
Estabelecer portarias ministeriais que normatizem e regulamentem os Centros de Convivência 
e Cooperativas como serviços de rede substitutiva de Saúde Mental, como forma de garantia 
de financiamento nas três esferas governamentais – federal, estadual e municipal. Os serviços 
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de saúde mental existentes na maioria das cidades brasileiras têm se dedicado com afinco à 
desinstitucionalização de pacientes cronicamente asilados, ao tratamento de casos graves, às 
crises, etc. Uma grande parte do sofrimento psíquico menos grave continua sendo objeto do 
trabalho de ambulatórios e da Atenção Básica (AB) em qualquer uma de suas formas. 
A Política de Saúde Mental no Brasil promove a redução programada de leitos psiquiátricos 
de longa duração, incentivando as internações por curta duração no âmbito dos hospitais 
gerais, objetivando oferecer um tratamento digno e humanizado àquelas pessoas que sofrem 
de transtornos mentais, visando à integração delas à vida em comunidade. Para isso foram 
criadas alternativas como os Hospitais-Dia e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), 
como forma de oferecer melhores condições de tratamento e um acompanhamento adequado a 
cada paciente. 
Os CAPS, dentro da atual Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde, são considerados 
dispositivos estratégicos para a organização da rede de atenção em saúde mental. Eles devem 
ser territorializados, ou seja, devem estar circunscritos no espaço de convívio social (família, 
escola, trabalho, igreja, etc.) daqueles usuários que os frequentam. Deve ser um serviço que 
resgata as potencialidades dos recursos comunitários à sua volta, pois todos esses recursos 
devem ser incluídos nos cuidados em saúde mental. A reinserção social pode se dá a partir do 
CAPS, mas sempre em direção à comunidade. 
O cenário atual da Política Nacional de Saúde Mental enfatiza: uma tendência de reversão do 
modelo hospitalar para uma ampliação significativa da rede extra–hospitalar, de base 
comunitária, entendimento das questões de álcool e outras drogas como problema de saúde 
pública e como prioridade de governo e ratificação das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10. 
216/01 e III Conferência Nacional de Saúde Mental, alguns dados importantes atuais: 3% de 
população geral sofrem com transtornos mentaisseveros e persistentes, 6% da população 
apresentam transtornos psiquiátricos graves decorrentes de uso de álcool e outras drogas, 12% 
da população necessitam de algum atendimento em saúde mental e seja contínuo ou eventual, 
somente 2,3% do orçamento anual do SUS vai para Saúde Mental. (BRASIL, 2005). 
Após a incorporação da saúde no texto constitucional, a área da saúde mental passa a ser 
regulamentado pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei esta de criação do Sistema 
Único de Saúde - SUS, o qual dispõe sobre as ações e serviços para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde, representando uma importante conquista para a sociedade brasileira. 
A doença mental era uma questão largamente privada, basicamente determinada pelos 
costumes, o poder público só intervia em assunto de direito (validação ou anulação de 
casamento em que um dos cônjuges enlouquecia ou se curava, proteção da propriedade de 
insanos perdulários). O próprio conceito de doença mental era muito mais restrito do que nos 
dias de hoje, pois limitava-se aos aspectos eminentemente exteriores da loucura, ao 
comportamento diretamente observável, mormente quando esse se constituía em estorvo para 
o ambiente familiar imediato e para a comunidade. 
O final do século XVIII, com as idéias do Iluminismo, os princípios da Revolução Francesa, a 
declaração dos direitos do homem nos Estados Unidos, viu crescer o movimento de denúncias 
contra as interações – leia-se <<sequestrações>> - arbitrárias dos doentes mentais, seu 
confinamento em promiscuidade com toda a espécie de marginalizados sociais e as torturas, 
disfarçadas ou não sob a forma de tratamento médico em que eram vítimas. 
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Refiro-me à escassez de dados e informações; contrariamente às suas irmãs da Europa, dos 
Estados Unidos e mesmo de alguns países da América Latina, a psiquiatria brasileira tem 
revelado extraordinário pudor em desnudar-se em público. [...] Se, por um lado, a farta 
disponibilidade desses dados permite que se avance na compreensão das articulações que a 
psiquiatria tem mantido com a sociedade e no entendimento das funções que esta lhe outorga, 
por outro lado, não seria descabido supor que sua escassez esconde a existência de uma 
tendência central que se manteve intocada ao longo do tempo e não pode ser claramente 
enunciada (RESENDE, 2000, p. 17). 
No Brasil, o doente mental faz sua aparição na cena das cidades, igualmente em meio a um 
contexto de desordem e ameaça à paz social. 
O destino do doente mental seguirá irremediavelmente paralelo ao dos marginalizados de 
outra natureza: exclusão em hospitais, arremedos de prisões, reeducação por laborterapias, 
caricaturas de campos de trabalhos forçados. 
O processo de reforma da assistência psiquiátrica se consolida na década de 80, em países 
como Estados Unidos, França, Canadá, Itália, Inglaterra, Finlândia, Jamaica e outras nações, 
conquistando o apoio e o reconhecimento oficial de governos nacionais e de organismos 
internacionais. Tal suporte oficial reflete-se na reestruturação de políticas públicas de saúde 
dirigidas à atenção em saúde mental e em esforços legislativos no sentido de dar respaldo 
legal à transformação das práticas psiquiátricas e ampliar e proteger os direitos à cidadania 
dos doentes mentais. 
No Brasil, desde a década de 70, a Reforma Psiquiátrica conta tanto com a participação 
efetiva do Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental e a Associação Brasileira de 
Psiquiatria (ABP) quanto de órgãos governamentais responsáveis pela assistência, 
notadamente o Ministério de Saúde e o da Previdência Social. 
 O Ministério da Saúde, seguindo os compromissos internacionais assumidos pelo 
governo brasileiro, adota as diretrizes estabelecidas pela “Declaração de Caracas”, documento 
produzido pela Conferência Regional para a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica no 
Continente, a qual, convocada pela Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização 
Mundial de Saúde, realizou-se em Caracas, na Venezuela, em novembro de 1990. Tais 
diretrizes propõem fundamentalmente a superação do hospital psiquiátrico com serviço 
central de atenção em saúde mental, à humanização dos hospitais psiquiátricos existentes e à 
ampliação dos direitos das pessoas com transtornos mentais. 
Esse movimento de reforma psiquiátrica que propõe a substituição do modelo asilar-
manicomial por um modelo de comunidade terapêutica, depois ambulatorial e, atualmente 
comunitária, baseia-se em prática de reintegração social e no enriquecimento e diversificação 
das formas de tratamento. Conceito como os de deshospitalização e desinstituicionalização 
passam a guiar um processo de deslocamento do foco dominante das ações em saúde mental 
da área intra-hospitalar especializada para a extra-hospitalar, onde serviços ambulatoriais, 
Hospitais-Dia e Centro de Atenção Diária, todos referidos à comunidade passam 
gradativamente a assumir e dividir o papel da assistência em saúde mental, até então restrita à 
internação em hospício. Por outro lado, naquelas situações agudas onde as internações 
mostram-se inevitáveis, passa-se a preconizar que essas sejam de duração breve e realizada 
em enfermarias de hospitais gerais, instituições que concentram as tecnologias profissionais e 
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de equipamentos necessários nesses casos e não nos velhos moldes, cuja característica 
inseparável é a indigência tecnológica generalizada. Ao mesmo tempo, questões como o 
trabalho em equipes multiprofissional e interdisciplinar, a pluralidade dos saberes e a 
complexidade das ações e dos serviços assistenciais passam a dominar o campo acadêmico e 
profissional como requisitos fundamentais para o processo de reforma psiquiátrica. 
Diante disso, o rumo da Política de Saúde Mental tem se refletido no conjunto de atenção à 
saúde mental no SUS, para a expansão e consolidação de uma rede de atenção extra-
hospitalar, conforme preconiza as Legislações existência em Saúde Mental a partir da década 
de 1990. 
O papel estratégico dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), dentre todos os dispositivos 
de atenção à saúde mental é o que tem maior valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica 
Brasileira. Com o surgimento desses serviços, passou-se a demonstrar grandes possibilidades 
na organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico. Os CAPS têm como função 
de prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando assim as internações em 
Hospitais Psiquiátricos, promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por 
meio de ações intersetoriais, regular a entrada na rede de assistência em saúde mental na sua 
área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica. 
Os CAPS devem ser substitutivos e não complementares aos Hospitais Psiquiátricos, cabendo 
o acolhimento e a atenção às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, 
procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário, sendo assim, o núcleo de uma 
nova clínica, diferenciando-se pelo porte, capacidade de atendimento, clientela e organizam-
se de acordo com o perfil populacional do município.Nesse sentido, classificam–se como: 
CAPS I – são os centros de menor porte, capazes de oferecer uma resposta às demandas em 
municípios, com população entre 20.000 e 50.000 habitantes; os CAPS II – são serviços de 
médio porte e dão cobertura a municípios com mais de 50.000 habitantes, sua clientela é 
composta de adultos com transtornos mentais severos e persistentes; os CAPSIII – são os 
serviços de maior porte da rede, dão cobertura aos grandes municípios, prestando serviços de 
grandes complexidades, funcionando 24 horas todos os dias da semana. Esses serviços têm 
capacidade para realizar o acompanhamento de até 450 pessoas/mês, os CAPS – 
especializados em atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais e os CAPS 
Ad – especializados em atender pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas. 
O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para o 
planejamento das redes de atenção à saúde mental nas cidades e para a implementação de 
Centros de Atenção Psicossocial, articulado com as instâncias de gestão do SUS, de forma a 
responder melhor as demandas de saúde mental observadas. 
O modelo de atenção aos pacientes com transtornos mentais, previsto pelo Ministério da 
Saúde para o SUS, busca garantir os direitos conferidos na Lei nº 10.216/01, direito de ser 
tratado preferencialmente em serviços comunitários de saúde mental, direito à inserção na 
família, no trabalho e na comunidade. 
Para tanto, o Ministério da Saúde tem perseguido a mudança do modelo hospitalocêntrico 
para um modelo baseado na excepcionalidade da internação e prevalência de assistência 
extra-hospitalar. Nesse sentido, foram criados os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) 
para possibilitar a alta de pacientes para os quais a volta à família tornou-se impossível ou 
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inadequada à reinserção social e o Programa de Volta para a Casa (PVC), que é um dos 
instrumentos mais efetivos para a reintegração social das pessoas com longo histórico de 
hospitalização, onde estão previstos pagamentos mensais de auxílio reabilitação aos seus 
beneficiários. 
O Brasil participou da Conferência Regional para a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica 
no Continente – Organização Pan–Americana de Saúde - OPAS- e é signatário, desde 1990, 
da Declaração de Caracas, comprometendo-se em desenvolver esforços no sentido de superar 
o modelo de hospital psiquiátrico como serviço central para o tratamento das pessoas 
portadoras de transtornos mentais. Portanto, o Ministério da Saúde define uma nova política 
de saúde mental no país, que redireciona paulatinamente os recursos de assistência 
psiquiátrica para um modelo substitutivo de base comunitária. Incentiva-se a criação de 
serviços de saúde mental de atuação comunitária, pública, de base territorial, ao mesmo tempo 
em que se determina a implementação de critérios mínimos de adequação e humanização do 
parque hospitalar especializado. 
A saúde mental no Distrito Federal 
O Distrito Federal não teve um avanço significativo na Reforma Psiquiátrica. Ocupa uma 
posição inferior às demais unidades da Federação no que diz respeito a cobertura de atenção à 
saúde mental. Ocupando a pior colocação entre todas as 27 regiões do Brasil, segundo dados 
do Ministério da Saúde e com a população de aproximadamente 2,6 milhões de habitantes, 
possui apenas 6 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). 
As precariedades dos serviços substitutivos implantados já proporcionam uma demanda 
reprimida considerável, fugindo, assim, das recomendações observadas em lei, que prevê que 
na verdade, dada a população existente, seriam necessários 48 unidades de Atenção 
Psicossocial para atender todo o Distrito Federal. 
No Plano Piloto, há apenas um Centro de Atenção para atender pacientes que sofrem de 
problemas de psicose, neuroses graves e transtornos diversos de origem particular. Diante 
desse problema, profissionais da área, parentes de doentes e membros da sociedade civil se 
mobilizam a fim de sensibilizar a sociedade para a carência do setor e solicitar junto ao 
Governo do Distrito Federal - GDF - espaço apropriado para o atendimento desses pacientes. 
A Política de Saúde Mental, no Distrito Federal, está a cargo da Coordenação de Saúde 
Mental – COSAM, a qual tem a responsabilidade de gerir as ideias de implementação, 
gerenciamento, supervisão e treinamento dos profissionais dos serviços generalizados em 
saúde mental e é subordinado à Diretoria de Saúde Mental - DISAM. 
A Gerência de Saúde Mental - GESAM - é uma unidade orgânica de assessoramento superior, 
subordinado à Subsecretaria de Atenção à Saúde – SAS, a qual tem como principais 
atribuições: propor e participar da formulação de políticas públicas, planos e programas, 
estratégias em saúde mental no DF, de acordo com as diretrizes emanadas do Ministério da 
Saúde, promover e participar de estudos que visam a reorientação e reestruturação da saúde 
mental no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS - e propor e acompanhar a aplicação de 
indicadores para a avaliação dos serviços de saúde mental. 
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No Distrito Federal existe uma grande demanda pelos serviços descentralizados relacionados 
aos usuários dos programas de Atenção à Saúde Mental. A Reforma Psiquiátrica prever 
espaços nos centros urbanos para a inserção social das pessoas com sofrimento psíquico, 
acabando com as instituições de caráter asilar. O Plano Diretor de Ordenamento Territorial do 
Distrito Federal - PDOT - não prevê áreas para o funcionamento de CAPS, Hospitais–Dia, 
Hospitais–Noite e Residências Terapêuticas fora do Setor Hospitalar de Brasília. É preciso 
que ocorram mudanças da lei de zoneamento urbano, a fim de resguardar e incorporar as 
atividades previstas na Reforma Psiquiátrica. Esse tipo de situação tem causado uma demanda 
exagerada nos serviços públicos do DF, especialmente no único hospital especializado em 
tratamento dos transtornos mentais, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), que já conta 
com 36 anos de atuação, atendendo uma demanda referenciada pelos Centros de Saúde 
regionais de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, entre outros. 
A rede de Saúde Mental do Distrito Federal conta atualmente com leitos hospitalares na 
Unidade de Psiquiatria do Hospital de Base e cinco ambulatórios de psiquiatria em 
funcionamento nos hospitais regionais (Asa Norte, Ceilândia, Gama, Paranoá e Planaltina), 
Instituto de Saúde Mental - ISM, que é responsável por determinados atendimentos 
ambulatoriais, para usuários de transtornos mentais graves e ainda com o Centro de 
Orientação Médica Psicopedagógica – COMPP, que atende crianças e adolescentes vítimas de 
violência, problemas de aprendizado, autismo e transtornos mentais. 
Para esses serviços, e com finalidade substitutivas, foram cadastradas no Ministério da Saúde 
três CAPS: CAPS; CAPSi; CAPS I e CAPS Ad, os quais não têm limitações na área de 
abrangência exclusiva, sendo responsáveis pelo atendimento em todo o DF em suas 
especificidades. Recentemente foi inaugurado o CAPS II na DRS – Paranoá, que como CAPS 
Ad II conta com os profissionais da Fundação Zerbini para o desenvolvimento de suas 
atividades técnicas. 
Instituto de saúde mental 
O Instituto de Saúde Mental - ISM - é vinculado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal, 
fundado em 10 de junho de 1987, e marcou o ingresso da Capital Federal nos moldes da 
Reforma Psiquiátrica. 
Essa instituição nasceu como forma de adaptar o modelo de assistência à saúde mental, nos 
moldes de uma nova situação de tratamento preconizado pela Reforma, abandonando o 
modelo antigo que era centrado no esquema de hospitalocêntrico (médico, hospital, camisa de 
força e psicotrópicos), para enfatizar a pessoa e os direitos humanos principalmente. 
O Instituto de Saúde Mental – ISM, que tem como público alvo pessoas adultas acima de 18 
anos, portadoras de transtornos mentais graves e persistentes,com evidências nas neuroses e 
psicoses, oferece assistência nos regimes de Hospital–Dia e Ambulatórios, dispondo também 
de um CAPSi I. Exercem seus determinados papéis há 25 anos e tem como localização a 
Granja do Riacho Fundo, tendo como área de abrangência: Riacho Fundo I e II, Recanto das 
Emas, Núcleo Bandeirante e Candangolândia. Desenvolve programas e projetos visando o 
acolhimento, matriciamento, atividades e oficinas terapêuticas, centro de convivência, 
acompanhamento psiquiátrico, visita domiciliar e programa vida em casa, terapia comunitária, 
ressocialização de pacientes em conflitos com a lei, programa de geração de renda e 
atendimento à pessoa vítima de violência. 
Junho 2015 [PROJEÇÃO, DIREITO E SOCIEDADE] 
 
Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 20 
 
Como instituição aberta de saúde mental, o ISM tem entre seus objetivos os seguintes 
atributos: a garantia do direito de ir e vir dos usuários, considerando-os sempre sujeito de 
transformação, a busca de clareza na comunicação por meio de uma gestão participativa e 
uma tentativa de horizontalização do poder e do saber, e a prática da interdisciplinaridade e da 
convivência, como espaço da proposta terapêutica. 
Assim, o Instituto de Saúde Mental (ISM) atua em três serviços prioritários que servem de 
facilitadores à consecução dos objetivos, quais sejam: Centro de Atenção Psicossocial - 
CAPS, Ambulatório e Casa de Passagem. 
Um dos mais solicitados é o Ambulatório, que tem a capacidade de atender até 1.000 (mil) 
usuários. O CAPS recebe, aproximadamente, 200 usuários. Por sua vez, a Casa de Passagem 
tem 32 moradores (24 homens e 08 mulheres). Entretanto, esses serviços são insuficientes 
para atender à demanda existente. Atualmente cerca de 1.000 (mil) pessoas aguardam em uma 
de fila em lista de espera para participar do Grupo de Acolhimento que é a porta de entrada 
para os usuários dos serviços do ISM. 
No CAPS do Instituto de Saúde Mental - ISM - do Distrito Federal, são realizadas reuniões 
semanais dos grupos, entre profissionais das diferentes áreas (psiquiatra, enfermeiro, técnicos 
de enfermagem, psicólogo, assistente social e nutricionista), que participam de forma 
interdisciplinar para debater os casos dos usuários, organizando projetos terapêuticos 
individuais e estratégias de intervenção. 
A atuação do serviço social na área de saúde mental 
Historicamente tem–se observado que o Serviço Social na área da Saúde, como um todo, vem 
desenvolvendo diversas formas de atuação profissional, devido à complexidade das 
transformações que a Política em apreço vem sofrendo com as Reformas e a própria 
instituição do SUS. 
A partir da década de 90, observa-se que a trajetória de Serviço Social na área da saúde tem 
enfrentado alguns desafios para atingir sua maioridade intelectual, tendo por meta a 
articulação com os demais profissionais de saúde e os movimentos sociais. Assim, 
compreende-se que cabe ao Serviço Social, em uma ação articulada com outros segmentos 
que defendem a melhoria do Sistema Único de Saúde - SUS, formular estratégias que 
busquem reforçar ou criar experiências nos serviços de saúde que efetivem o direito social à 
saúde, levando-se em conta que o trabalho do assistente social, que queira se nortear pelo 
projeto-ético profissionalmente, deve está articulado com o Projeto de Reformas Sanitárias 
(MATOS, 2003; BRAVOS e MATOS, 2004). 
Observa-se que diante do desmate das políticas públicas, em particular a da saúde mental, 
dentro de um contexto neoliberal, são impostos limites à atual conjuntura que manda reduzir 
os gastos sociais. Ora, diante disso, o Serviço Social necessita buscar novas possibilidades de 
intervenção e torna-se indispensável à ruptura do conservadorismo presente na atuação 
profissional. 
Ao analisarmos a atuação do Serviço Social junto ao Grupo Esperança, verifica-se que o 
processo de reabilitação social dos participantes do grupo, bem como o fortalecimento dos 
vínculos familiares se dão a partir do envolvimento familiar no tratamento. Ele trabalha na 
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Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 21 
 
perspectiva de interagir a família no tratamento por meio de informação sobre a doença, sobre 
os medicamentos que serão utilizados pelo usuário, bem como suas reações. Levando-se em 
conta a existência de dúvidas, o receio desses familiares, a troca das experiências e os 
esclarecimentos. Ainda, em relação ao doente mental, o Grupo sempre busca resgatar a 
dignidade e a autoestima, fazendo com que ele perceba que a doença não o impede de viver, 
propondo aos participadores a reabilitação, ou seja, reformar o cotidiano da vida. 
Em suas observações sobre a doença mental, Lévi – Strauss, percebe que as doenças mentais 
podem ser também consideradas como incidência sociológica na conduta do indivíduo cuja 
história e constituições pessoais se dissociaram parcialmente do sistema simbólico do grupo 
dele ser alienado. E mais: que a saúde individual do espírito implica participação da vida 
social, como a recusa em prestar-se a essa participação (sempre em obediência às 
modalidades impostas) corresponde ao surgimento das perturbações mentais. 
A renovação do Serviço Social no Brasil ocorre a partir de meados dos anos 1980. Segundo 
Neto (1996), é possível identificar três tendências na disputa: a modernização com influências 
do funcionalismo, a reatualização do conservadorismo com recursos à fenomenologia e a 
intenção de ruptura responsável pela interlocução com o marxismo. 
A intervenção do Serviço Social na área de saúde mental é de grande relevância institucional, 
pois mediante o assistente social, que se (re)conhece a história de vida de cada usuário, por 
meio de instrumental específico da categoria, que viabiliza todo o seu traçado histórico, ou 
seja, procura-se resgatar a sua história, bem como seus projetos e internações. Após essa 
tentativa, busca-se intervir na rede social do usuário como forma de reinseri-lo em seu 
contexto sócio familiar, por meio da desmistificação da doença no meio social. Contudo, ao 
contrário do que indica uma análise voltada exclusivamente para a relação entre condutas 
alienadas, ordem social e sanção, que parece restringir sua atenção à intervenção psiquiátrica, 
opera tendo como referências o universo bem mais amplo de desvios sociais. As práticas 
voltadas para os considerados doentes mentais apresentam a mesma lógica que move os 
mecanismos de dominação e imposição da lei e da ordem. Dentro de uma perspectiva 
sociológica, torna-se muito difícil discerni-las do conjunto de instituições aparelhadas para 
vigiar e classificar, punir e produzir as condutas consideradas criminosas e controlar as 
camadas populares urbanas percebidas como classes perigosas. (PAIXÃO, 1985, p. 11-44). 
Essa prática é realizada de forma peculiar, respeitando-se sempre a individualidade de cada 
um, pois por saúde entendemos que “é ter meio de traçar um caminho pessoal e original, em 
direção ao bem-estar físico, psíquico e social” (DEJOURS, 1986, p. 11). Muitas vezes, 
contribuímos nesse traçado e nem percebemos que estamos “fazendo saúde mental”. 
O assistente social participa de todas as etapas da atenção da saúde mental, desde o 
planejamento e execução das ações de promoção e prevenção das situações de risco de 
adoecimento mental, nas atividades de acolhimento, reabilitação e tratamento terapêutico até a 
consolidação da reinserção social do usuário. Portanto, em razão do seu desempenho e saber 
profissional, sua atuação na equipe interdisciplinar é fundamental, pois contribui de forma 
enriquecedora e única no olhar “circular” e na intervenção “empática, acessível e resolutiva”junto ao usuário, sujeito principal do atendimento multidisciplinar e consequentemente do 
Sistema Único de Saúde – SUS. 
Junho 2015 [PROJEÇÃO, DIREITO E SOCIEDADE] 
 
Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 22 
 
Pensar hoje em uma atuação competente e crítica do Serviço Social na área de saúde, 
consistem em está articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores e usuários que 
lutam pela real efetivação do SUS, facilitar o acesso dos usuários aos serviços de saúde 
pertinentes, tentar construir ou efetivar juntamente com os trabalhadores da saúde espaços nas 
unidades e nas decisões a serem tomadas, elaborar e participar de projetos de educação 
permanente, buscar assessoria técnica e sistematizar o trabalho desenvolvido e efetivar 
assessoria aos movimentos sociais, ampliado os canais de participar de saúde e visando o 
aprofundamento dos direitos conquistados. 
Vale a pena ressaltar que além do referencial teórico e bibliográfico, o assistente social é 
também norteado pelas legislações existentes em Saúde Mental, que regem o atendimento, 
tratamento e acompanhamento do usuário. Nesse trabalho, foram contempladas as atribuições 
do Serviço Social nas unidades especializadas preconizados pela Reforma Psiquiátrica (Lei nº 
10.216, de 06 de abril de 2001, Portaria GM nº 816, Portaria GM nº 106) e Legislação 
Estadual – Distrito Federal (Lei nº 975, de 12 dezembro de 1995). 
A atuação do Serviço Social no Grupo se compõe de uma equipe interdisciplinar, sendo que a 
especificidade do social diz respeito às questões sociais como um todo, como, por exemplo, as 
relações familiares em conflito, a desinformação sobre os direitos previdenciários, o acesso às 
perspectivas de se requerer um benefício assistencial, como o BPC/LOAS, também o 
comparecimento no CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) para providências de 
um cadastro para a aquisição de algum recurso que lhes sejam fornecidos pelos critérios 
exigidos. 
Em detrimentos do escasso recurso humano, essa atuação de forma sistemática fica limitada, 
pois temos uma intervenção integralizada, embora temos a coerência de intervir 
contextualmente. Logo, observamos que essa intervenção exige uma abordagem nos níveis 
sociopolíticas, nos aspectos da moradia, lazer, trabalho, previdenciário e familiares. 
Com a Constituição Federal de 1988, foi considerada a conquista da saúde como um direito 
de todos e dever do Estado. A saúde juntamente com a assistência social e providência social 
passaram a integrar a Seguridade Social. Nesse sentido, o profissional do Serviço Social deve 
por meio de seu conhecimento teórico metodológico das questões sociais na saúde, criar os 
meios necessários para que os usuários (cidadãos em geral) possam adquirir consciência de 
seu direito à saúde, como é dever do Estado, bem como fortalecer o caráter público das ações 
e serviços de seguridade social. 
O Serviço Social na sua atuação faz interface com as outras categorias profissionais, 
procurando intervir de forma interdisciplinar, objetivando a atenção integral do 
usuário/família. Vale ressaltar que é dada ênfase à intervenção grupal como forma de 
desmistificar a situação, tanto de forma intra como extra familiar. O Serviço Social é 
responsável pelo diagnóstico socioeconômico familiar, bem como pela intervenção nos seus 
variados aspectos. 
A intervenção do Serviço Social na área de saúde mental é de grande relevância institucional, 
pois mediante o assistente social, que se (re)conhece a história de vida de cada usuário, por 
meio de instrumental específico da categoria, que viabiliza todo o seu traçado histórico, ou 
seja, procura-se resgatar a sua história, bem como seus projetos e internações. Após essa 
tentativa, busca-se intervir na rede social do usuário como forma de reinseri-lo em seu 
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Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 23 
 
contexto sócio familiar, por meio da desmistificação da doença no meio social. O assistente 
social é também norteado pelas legislações existentes em saúde mental que regem o 
atendimento, tratamento e acompanhamento ao usuário de saúde mental. 
O profissional de Serviço Social deve articular-se com os demais profissionais, trabalhando 
com uma equipe multi e interdisciplinar da saúde, para juntos defenderem o SUS e formular 
estratégias para a consolidação dos direitos à saúde. O assistente social tem o dever de 
ampliar a sua ação profissional, além da ação direta com os usuários e atuar também em 
planejamento, gestão, assessoria, investigação, formação de recursos humanos e nos 
mecanismos de controle social, podendo suas atribuições serem desenvolvidas nos diversos 
espaços com relevância para determinadas ações a partir da área de trabalho. 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988). 
Ressalta-se, também, que a saúde da população não depende somente do SUS, mas também 
de investimento de recursos de políticas econômicas e sociais. A garantia do emprego, salário 
moradia, saneamento básico, comida, educação, lazer e transporte interferem nas condições da 
saúde e vida. Saúde não é só atendimento médico, mas também educação, recuperação e 
reabilitação, conforme está previsto em Lei. 
Segundo Mioto (2004), a sua discussão envolve inúmeros aspectos como as diferentes 
configurações familiares, as relações que a família vem estabelecendo com outras esferas da 
sociedade, tais como: Estado, sociedade civil e mercado, bem como os processos familiares. 
Nesse processo de construção, a família pode-se constituir no decorrer de sua vida ou em 
alguns momentos dela, tanto num espaço de felicidade como num espaço de infelicidade. 
Tanto num espaço de desenvolvimento para si e para seus membros, como num espaço de 
limitações e sofrimentos. (MIOTO, 1997, p. 117). 
Segundo Buckley, os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como 
“sistemas abertos”, mantendo um contínuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o 
ambiente. A Teoria de Sistema permite reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, 
permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza 
completamente diferentes. Acolher indistintamente famílias com suas mais variadas histórias 
que de forma direta ou indireta procuram justificar a busca do serviço para tratamento, o que 
involuntariamente acaba contribuindo para a hipótese diagnóstica e posterior 
encaminhamento, seja este interno ou externo. 
Percebe-se uma infinidade de atribuições ao assistente social nos vários contextos onde são 
exercidas as relações sociais, levando-se em conta que o profissional é mediador de tais 
relações. Assim o mesmo deve manter uma postura ética, comprometida com o bem-estar e a 
prestação de um bom serviço ao usuário, como está previsto no inciso do Art. 5º do Código de 
Ética dos Assistentes Sociais de 1993, que assinala que é dever do assistente social “contribuir 
para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no 
sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados” (BRASIL, 1993). 
São relevantes os entraves que atrapalham o exercício profissional dos mesmos. Nas 
instituições, principalmente de cunho privado, com o não reconhecimento das suas atribuições 
Junho 2015 [PROJEÇÃO, DIREITO E SOCIEDADE] 
 
Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 24 
 
e a ausência de autonomia na elaboração de medidas para um atendimentoeficaz ao usuário, 
visto que todo o exercício profissional é feito segundo as normas da instituição. 
 
Considerações finais 
Cabe ao assistente social, não só orientar sobre direitos, mas estimular os usuários para que os 
mesmos possam reivindicar uma melhor qualidade dos serviços a eles oferecidos, como forma 
de garantir a efetivação da cidadania. Visualizei essa postura profissional durante o estágio, 
que o mesmo assistente social que luta pelo cumprimento dos direitos dos usuários na 
Instituição, muitas vezes não o respeita por falta de recursos, de capacitação ou de excesso de 
trabalho em função do número reduzido de funcionários ou por condições de natureza 
subjetiva. 
Para que no mercado tenha assistentes sociais capacitados para atender a demanda dos 
usuários, necessário se faz uma formação profissional de qualidade, com capacitação 
continuada a fim de que não se perpetue a prática conservadora, uma vez que as demandas 
cada vez mais se tornam complexas com o agravamento da questão social. Outra ênfase deve 
ser dada ao desenvolvimento do conhecimento e da pesquisa, como forma de melhorar a 
formação e consequentemente a prática dos profissionais do ramo. A pesquisa social é um dos 
componentes necessários para a formação do perfil moderno do profissional de Serviço 
Social, na medida em que possibilita uma ampla formação teórica e uma perspectiva crítico-
investigativa, fazendo com que o assistente social não seja meramente um técnico-operativo. 
Entendemos que o trabalho do assistente social deverá sempre está direcionado, buscando 
estratégias que ultrapassem a atuação institucional, de forma a conhecer a realidade 
enfrentada pelo usuário na sua plenitude, bem como os serviços possíveis de serem acessados. 
O conhecimento desses serviços, formas de acesso e seu funcionamento são as ferramentas 
com que devam trabalhar o assistente social, além de ser entendido como mecanismo inicial 
para a construção de uma rede de cuidados. Assim, o trabalho do assistente social está 
diretamente relacionado com o processo de formulação, execução e acompanhamento de 
ações que visem à promoção da saúde e o bem-estar, levando em conta as variantes 
envolvidas no processo de saúde, sendo o objeto da profissão a questão social em toda sua 
plenitude. 
A experiência vivida durante os estágios curriculares, dentro do Instituto de Saúde Mental - 
ISM - foram de grande valia, na medida em que trouxeram inúmeros conhecimentos e a 
percepção de como muitas vezes ações tão pequenas resultam em grandes conquistas, 
melhoria do atendimento e da qualidade de vida dos usuários. Assim, criou-se o entendimento 
de que a ação profissional de assistência social não se concretiza somente em uma ação, mas 
sim dentro de complexo quadro da vida cotidiana que envolve os cuidados e/ou cuidadores 
dos portadores de transtorno mental. 
Mediante o exposto, identifica-se que o assistente social enfrenta vários desafios na vida 
profissional cotidiana, e cada vez mais são chamados a fornecerem respostas condizentes com 
a realidade institucional. No campo da saúde e atuando no âmbito do SUS, ele se depara com 
desafios quando à materialização de suas intervenções, tendo em vista a dificuldade em 
acessar os bens e serviços do sistema nacional de saúde, muito embora o trabalho profissional 
Junho 2015 [PROJEÇÃO, DIREITO E SOCIEDADE] 
 
Periódico Científico Projeção, Direito e Sociedade | v.6 | n.1 25 
 
do assistente social tem sido requisitado cada vez mais nos espaços públicos de saúde, em 
especial na área hospitalar. 
Finalmente, entendo que cabe ao assistente social não só orientar sobre os direitos, mas 
estimular os usuários das Instituições de Saúde Mental no Brasil para que eles possam 
reivindicar uma melhoria na qualidade dos serviços a eles oferecidos, como forma de praticar 
a cidadania e forçar mudanças no modelo assistencial, as quais de certa forma já estão 
ocorrendo de maneira tímida, mas que podem contribuir sensivelmente para o 
desenvolvimento humano e social. Mas para que isso ocorra plenamente é necessária a 
mobilização das categorias profissionais e da sociedade civil, de forma a se organizarem a fim 
de concretizar uma Reforma Psiquiátrica autêntica, garantindo uma ampla rede como forma 
de reduzir o isolamento e a exclusão dos portadores de transtorno mental, senão estaremos 
condenados a perpetuar as práticas conservadoras, dificultando a concretização de um suporte 
social efetivo para a inserção e o pleno bem-estar físico, mental e social dos que necessitam 
usar as Instituições de Saúde Mental no Brasil. 
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