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Resumo de ciencia do solo conceito de solo A ciência do solo estuda os aspectos de formação, as funções, os componentes do solo, relacionando com os demais componentes dos ecossistemas. o termo edafologia derivado do grego edaphos = terra ou terreno é algumas vezes usado como sinônimo de pedologia aplicada ao estudo do solo ( a pedologia estuda a formação do solo) , o meio onde se cultivam as plantas, a Edafologia estuda o solo do ponto de vista de sua utilização pelas plantas, ou seja, estuda a relação solo-planta ( importância para o desenvolvimento agricola) . A Fertilidade do Solo que está inserida na edafologia tem preocupação com a capacidade da camada mais superficial, onde se concentra a maior parte das raízes das plantas cultivadas, para suprimento de nutrientes essenciais. pedologia trata dos estudos relacionados com a identificação, a formação, a classificação e o mapeamento dos solos , procura entender a sua formação através da pedogênese. Conceito aceito para o solo – mesca a pedologia e a edafologia Uma coleção de corpos naturais que ocupam porções da superfície da Terra, que sustentam plantas e que têm propriedades definidas ao efeito integrado do clima e organismos, atuando sobre o material de origem; este efeito é condicionado pelo relevo durante períodos de tempo. solo assim caracterizado: a) Como meio para o desenvolvimento das plantas b) Corpos naturais organizados e sendo produto da alteração de materiais orgânicos e minerais. c) Com capacidade de armazenar e transformar resíduos. Beck et al. (2000) define o solo como corpo natural da superfície terrestre, constituído de materiais minerais e orgânicos resultantes das interações dos fatores de formação (clima, organismos vivos, material de origem e relevo) através do tempo, contendo matéria viva e em parte modificado pela ação humana, capaz de sustentar as plantas, de reter água, de armazenar e transformar resíduos e suportar as edificações. Carl Sprengel de 1830-1840 apareceram os conceitos de que o solo é função da influência do clima e dos seres vivos. sendo o solo uma coleção de corpos naturais dinâmicos, que contem matéria viva, resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha, cuja transformações se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo de relevo. O solo é dotado de historicidade e de geograficidade CONCEITO DE SOLOS 1- O SOLO COMO MEIO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS – LIGADO A EDAFOLOGIA 2 - O SOLO COMO REGOLITO Também podemos conceituar o solo como regolito, compreendendo como sendo a porção superior da crosta terrestre a litosfera, mais precisamente a porção superior do regolito (Figura 1). O regolito é o material solto, constituído de rocha alterada e solo, que ocorre acima da rocha consolidada. A rocha alterada constitui o material de origem do solo, surgindo daí a designação do solo conforme a rocha que lhe deu origem. 3 - O SOLO COMO CORPO NATURAL ORGANIZADO o solo como um corpo natural, organizado de tal forma que o clima e os organismos são fatores ativos que atuam durante determinando tempo e em certas condições de relevo sobre o material de origem, que é o fator de resistência, sendo essas características visualizadas no perfil de solo. S = f (m , cl, r, o, t ) Qualquer material natural ou artificial, depositado pela ação humana, como exemplo um aterro, que seja capaz de suportar o desenvolvimento de plantas, também é considerado como solo. a formação ou gênese do solo é chamada de pedogênese e os processos de formação do solo são processos pedogenéticos. 4 - O SOLO COMO SISTEMA ABERTO o geoecossistema sendo o compartimento terrestre onde se dão as interações entre o solo, os organismos que nele vivem, o relevo, a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera, não se esquecendo que, um sistema consiste num todo organizado, formado por um conjunto de componentes interdependentes que atuam integradamente, de maneira que a alteração de um componente afeta os demais. Desta forma, os geoecossistemas e solos são sistemas abertos. A geologia, do grego geo, terra e logos, estudo é a ciência que estuda a crosta terrestre, seus processos internos e externos e sua evolução através do estudo das rochas, seu mecanismo de formação, as alterações que está experimentando desde sua origem. conhecer o interior da Terra podem ser obtidos de forma direta, através de métodos diretos, ou de forma indireta, através de métodos indiretos. Terra é subdividido em três principais camadas a crosta terrestre, o manto e o núcleo (fig. 7). O núcleo da Terra e formado por materiais submetidos a elevadas pressões reconhece no núcleo duas partes com propriedades distintas sendo a primeira o núcleo interno de composição sólida, e com raio de cerca de 1.250 km o fato de o núcleo ser sólido deve-se ao fato de a pressão ser extremamente elevada, núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido (a combinação é chamada NIFE), com traços de outros elementos, Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir certas ondas sísmicas e que são captadas por um aparelho chamado de sismógrafo, o mesmo que mede a intensidade dos terremotos. A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria do dínamo. Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades conhecidas respectivamente de Mohorovicic e a de Gutenberg O manto envolve o núcleo sob a forma de camadas de densidade cada vez menores em direção a superfície. O manto superior tem influência direta e importante sobre a dinâmica da crosta terrestre. Supostamente nele estão localizadas as células de correntes de convecção, que fazem com que materiais quentes das grandes profundidades subam em direção a superfície, espalhando-se lateralmente e retornando, posteriormente, as profundidades do manto. O manto superior e formado de rochas densas de coloração escura. A crosta terrestre e uma camada relativamente fina, com 20 a 30 km de espessura, em média a continental e oceânica. A camada superior, menos densa, constitui a camada granítico metamórfica, com abundância de sílica e alumina, donde sua denominação de crosta siálica ou, simplesmente, referida pela sigla SIAL caracteriza os continentes. A parte inferior da crosta terrestre e formada por rochas mais densas ricas em silício e magnésio, sendo conhecida pela sigla SIMA representando os fundos oceânicos. litosfera, é a mais importante, porque é a sede da maior parte dos fenômenos que interessam ao homem. Ela tem 60100 km de espessura e é constituída de 3 tipos de rochas as magmáticas, sedimentares e metamórficas. Desta forma, a litosfera é formada quase inteiramente de espécies minerais. A mineralogia é uma ciência que estuda as espécies minerais. Os MINERAIS são as unidades constituintes das rochas e são definidos como sendo sólidos homogêneos, naturais, que apresentam arranjo atômico ordenado e com composição química definida , cada mineral apresenta um predeterminado de elemento quimico e arranjo pre definido . Assim, a forma, a clivagem e a absorção seletiva da luz, entre outras, são propriedades físicas dos minerais e refletem a sua estrutura interna regular, enquanto a dissolução em ácidos reflete a composição química dos minerais. As espécies minerais são substâncias naturais provenientes de processos inorgânicos definidos e apresentando composição da qual participa um ou mais elementos químicos. As rochas se constituem de um ou dareunião de dois ou mais minerais apresentando arranjo atômico ordenado e composição química definida . Os minerais que constituem a formacao do solo podem ser primario ou secundario, existem poucos minerais primarios que geram muitos minerais secundarios importantes. Assim, podemos definir os Mineral primário como sendo o mineral presente nas rochas magmáticas ou metamórficas, que permanece no perfil do solo bem desenvolvido por ser resistente ao intemperismo. Estes minerais são, portanto, formados a altas temperaturas e/ou pressão. O Mineral secundário é o Mineral resultante da decomposição parcial de um outro mineral, tendo estrutura essencialmente herdada ou formado a partir da solubilização de outros minerais. Entre os minerais primários deve ser ressaltada a importância dos silicatos, por constituírem o maior número das espécies presentes em rochas ígneas e na maioria dos solos. Propriedades dos mineirais Densidade (d): É o número que expressa a razão entre o peso do mineral e o peso de um mesmo volume de água, indicando quantas vezes um certo volume do mineral é mais pesado que o mesmo volume de água. A densidade depende principalmente da composição química do mineral em questãoDureza (D): é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito com uma ponta aguda, Essa Propriedade está diretamente ligada à estrutura do cristal, aumentando com a densidade de empacotamento dos íons, A dureza é uma propriedade física muito útil na identificação de minerais. HÁBITO: O formato com que o mineral é encontrado pode ser útil na sua identificação e algumas vezes até diagnóstico. Está relacionado ao sistema de cristalização ou ausência de cristalização em materiais amorfos é a configuração externa do mineral (forma) ou do conjunto de indivíduos da mesma espécie mineral (agregado) Clivagem: Quando um mineral se rompe ao longo de planos de fraqueza quando aplicada uma força adequada, fratura é a maneira de como o mineral se quebra quando não apresenta planos de clivagem. Vidros e substâncias amorfas apresentam fraturas. Cor e Brilho: Estas duas propriedades estão relacionadas à absorção e/ou reflexão da luz pelos minerais. A cor resulta da absorção seletiva de comprimentos de onda da luz branca pelos minerais. O brilho está relacionado com a quantidade de luz que o mineral reflete Temos conhecimento que a susceptibilidade de um mineral ao intemperismo, em igualdade de condições físicas, é em função de sua estrutura atômica. omo há uma grande diferença na superfície específica e consequente reatividade dos minerais separa-se as partículas minerais do solo em duas classes de tamanho: a) areia-silte e b) argila. Outros fatores, além do grau de união e o número de tetraedros de alumina, que parecem afetar a estabilidade dos minerais são os seguintes: 1º - A presença de ferro ferroso ou outros cátions que podem se oxidar durante o intemperismo, reduz muito a estabilidade estrutural, pois ao oxidarse, algum cátion deve abandonar a estrutura para manter a neutralidade eletrostática do arranjo cristalino. Na realidade, a presença de Fe2+ nos minerais é um dos fatores mais importantes que contribuem para a sua instabilidade frente ao intemperismo 2º - Quanto mais intimamente estão agrupados os oxigênios ao redor do cátion, em posições que não sejam as tetraedrais, isto é, quanto menor for o volume ocupado pelos íons, mais estável é o mineral 3º - O fato de que há espaços vazios em certas partes da estrutura está intimamente relacionado com o compacto de agrupação. Os espaços vazios não somente reduzem as forças eletrostáticas que mantêm a estrutura unida, como também servem de ponto de entrada e saída ao interior de uma partícula de cristal, portanto, servem para acelerar as reações. De acordo com HURT (1971), a alterabilidade dos minerais pode sintetizar-se nos seguintes grupos Os minerais também são classificados em essenciais e acessórios. Os essenciais, dispostos na Série de Bowen (Figura 15), são aqueles cuja presença e teor são importantes para a classificação das rochas. Os acessórios são aqueles que, ocasionalmente, podem estar presentes nas rochas. Os minerais primários presentes nos solos são habitualmente estudados pela Série de Bowen. Constituicao mineralogica da listofera Assim, estes oito elementos (O, Si, Al, Fe, Ca, Na, k e Mg) combinam se entre si, formando os minerais das rochas mais comuns, e o mais importante deles e a do silício com o oxigênio dando origem ao grupo dos silicatos, o mais abundante deles e o feldspato, formando 60% dos minerais da crosta. Quando a combinação e feita com Al e K, tem o nome de ortoclasio mineral característico dos granitos. Quando Na, Ca e Al se combinam com o radical SiO2, o mineral e denominado plagioclásio, ocorrendo principalmente nos basaltos. Não havendo elemento algum se combinar com SiO2, este e cristalizado com o quartzo, mineral mais frequente nas rochas sedimentares, ocorrendo na proporção de 12% na crosta terrestre. Juntamente com o ortoclasio mais uma pequena porcentagem de mica, o quartzo forma as rochas graníticas, as mais abundantes do SIAL. Os A rocha pode ser definida simplesmente como um agregado de um ou mais minerais. O termo agregado significa que os minerais se apresentam misturados mas mantendo as suas propriedades individuais. As rochas podem ser identificadas pelo tipo de mineral que as integra 1. Mineral essencial: o mineral caracteriza um tipo de roch 2. Minerais acessórios: revelam condições especiais de cristalização 3. Minerais secundários: aparecem na rocha depois de sua formação, ou seja, são formados da alteração de outros minerais Agora vamos classificar as rochas, segundo a origem, em três grupos: as magmatica são as mais importantes, constituindo 95% do volume de toda a crosta. No entanto, as sedimentares ocupam maior área, ou sejam, 75% da superfície terrestre. As metamórficas se enquadram entre as sedimentares, pois, na maior parte, são derivadas de antigos sedimentos. Já se fez menção da diferença entre a constituição da crosta terrestre nas regiões continentais e oceânicas. Naquelas, predominam as rochas da família dos granitos; nos fundos oceânicos, as rochas basálticas. Intemperismo: transformações das rochas A intensidade do intemperismo é altamente dependente de numerosos fatores os quais incluem tamanho das partículas constituintes as rochas, permeabilidade do manto rochoso, posição do nível freático, temperatura da rocha, composição e quantidade de água subterrânea, oxigênio e outras fases no sistema, macro e microflora presente e solubilidade relativa da rocha exposta Com a finalidade de estudar o intemperismo mais detalhadamente, dividiremos em três tipos: INTEMPERISMO FÍSICO INTEMPERISMO QUÍMICO INTEMPERISMO BIOLOGICO Intemperismo é o conjunto de transformações de origem física (desagregação) ou química (decomposição), atuantes nas rochas. Os fatores que controlam a ação do intemperismo são o clima, como por exemplo, a variação sazonal da chuva e da temperatura, e ainda o relevo, este último influindo no regime de infiltração e drenagem das águas. Os detritos são retirados da rocha matriz pela ação do intemperismo e levados para regiões mais baixas, por meio de agentes transportadores como água, vento e até mesmo geleiras, sendo depositados por fim, em bacias sedimentares. Uma vez depositado, o material sedimentar passa a responder às condições de um novo ambiente, o da diagênese. A diagênese são transformações ocorridas nos depósitos sedimentares após a deposição, consistindo em mudanças nas condições de pressão, temperatura, ph e pressão de água, ocorrendo dissoluções e precipitações a partir das soluçõesaquosas existentes nos poros. o processo termina na transformação do depósito sedimentar inconsolidado em rocha, ou litificação O intemperismo normalmente diz respeito a decomposição de materiais, ao passo que a diagênese é à formação de outros materiais a partir dos produtos decompostos pelo primeiro processo a intemperização física ou desintegração, envolve processos de subdivisão de massa rochosa em unidades menores por meios mecânicos, sem haver alteração na composição química dos mesmos. Desta formaa, o intemperismo físico é a desagregação da rocha transformando-a em material descontínuo e friável. As diferenças nos coeficientes de dilatação térmica dos minerais provoca deslocamento entre os cristais. depósitos de "loess", um sedimento fértil de coloração amarela: resultado da fragmentação fisica provocada pelo congelamento da agua em regioes frias (termicas/pressão) A intemperização química ou decomposição, atua modificando a composição química da rocha e dos minerais. Levando-se em conta o estudo da formação do solo, o intemperismo químico é de maior importância que a alteração física, isto porque, proporciona ao mesmo tempo capacidade de nutrir os vegetais com a liberação de nutrientes através dos processos químicos. quando a água transforma a composição mineral das rochas temos o intemperismo químico. Tais transformações ocorrem com intensidade variável, pois depende do grau de temperatura e umidade do local. De acordo com as condições do local, a água provoca grandes sulcos que podem atingir centenas de metros de profundidade como é o caso do maior cânion do mundo. Processos químicos envolvidos no intemperismo químico 1- A dissolução talvez represente o primeiro estágio do processo de intemperismo químico.Via de regra, a reação com o oxigênio resulta na oxidação. A dissolução e eficiente em minerais sucetivel a agua. 2- hidratação :A adição de moléculas de água na rocha ou no mineral através da atração entre os dipolos das moléculas de água e as cargas elétricas não neutralizadas das superfícies transformando-a em um novo mineral e chamado de hidratação que comumente ocorre durante a hidrólise, oxidação e carbonatação 3- A hidrólise é uma reação de dupla decomposição apresentada pela troca de componentes, íons H+ ou OH- da água e os elementos de uma rocha ou mineral. É o processo mais importante de intemperismo químico. É através desse processo que ocorre a decomposição dos silicatos (feldspatos, micas, anfibólios, piroxênios, etc.) e dos minerais aluminossilicatos. 4- A carbonatação e a combinação dos íons carbonato - Co3- e bicarbonatos HCO3- com um material geológico. Assim, cálcio, magnésio e rochas contendo ferro são comumente intemperizados por carbonatação. 5- A oxidação é a principais reações que ocorrem durante o intemperismo químico, acontecendo quando a água com oxigênio dissolvido penetra no subsolo, a oxidação processa-se primeiramente nos primeiros metros superficiais, cessando totalmente até lençol freático. As reações de oxidação envolvem uma transferência de elétrons. Assim, podemos representar tais reações com a oxidação do oxigênio reagindo com os minerais, principalmente com aqueles que contêm ferro, manganês e enxofre, sendo favorecida pela presença de umidade, sendo que na ausência de água, é pouco efetiva Desta forma, as regiões de clima úmido, os óxidos de ferro conferem ao manto de intemperismo colorações avermelhadas, castanhas ou amareladas, as quais dependem do grau de oxidação e da quantidade de água presentes no óxido de ferro A Gênese do Solo trata da origem e do desenvolvimento dos solos, suas relações com o ambiente atual e a influência de características herdadas do passado no seu comportamento. Quando são tratados aspectos relacionadas com formação natural do solo usa-se o termo pedogênese (do Grego, pedon = solo, genesis = gênese, origem, produção) para expressar formação do solo ou gênese do solo, bem como o termo pedogenético para expressar o efeito, ou o produto de um processo de formação do solo. Os minerais constituintes do solo podem ou não ser pedogenéticos: o quartzo e os feldspatos são minerais primários herdados do material de origem, portanto, não são pedogenéticos; os minerais secundários caulinita, gibbsita, hematita, goethita, quando formados no solo são considerados minerais pedogenéticos. Cinco são os fatores de formação dos solos que motivam direta ou indiretamente as manifestações mais ou menos agressivas daqueles fenômenos: relevo, clima, organismos, tempo e material de origem 1- relevo A ação do relevo reflete diretamente sobre a dinâmica da água, tanto no sentido vertical com a infiltração, e no sentido lateral com escorrimentos superficiais provocando enxurradas, e indiretamente sobre o clima dos solos (temperatura e umidade), através da incidência diferenciada da radiação solar, do decréscimo da temperatura com o aumento das altitudes, e sobre os seres vivos – os tipos de vegetação natural importantes na formação dos solo. Assim, em terrenos declivosos, a quantidade de água que penetra no solo é, em igualdade de incidência de precipitação pluvial, normalmente menor que nos menos inclinados. Os solos de relevo íngreme são submetidos ao rejuvenescimento, através dos processos erosivos naturais e, em geral, apresentam clima mais seco do que aqueles de relevo mais suaves, menos profundos e evoluídos do que os situados em condições de relevo mais suave, onde as condições hídricas determinam ambiente úmido mais duradouro. Em terrenos aplainados, a eliminação da água pelo escorrimento superfi cial é diminuta; assim, há um acentuado fluxo de água através do perfil, favorecendo a lixiviação em sistema de drenagem livre. Nos terrenos de relevo subaplainado ou deprimido, em ambiente de drenagem impedida, determinando sistema fechado, as condições são ideais para os fenômenos de redução, devido ao prolongado encharcamento, resultando em solos particulares, denominados hidromórficos. O relevo tem uma grande importância principalmente para o levantamento de solos, podemos observar que em locais onde o relevo é mais uniforme, como por exemplo no planalto, temos pouca variabilidade dos solos facilitando assim, o levantamento de solos 2- o clima tem uma grande importância onde podemos destacar a influência de seus elementos, principalmente em nosso país, com ação direta na pedogênese a temperatura; 1. a precipitação plúvial; 2. a deficiência e o excedente hídrico. a latitude influência diretamente nos regimes térmicos regionais tendo grande importante no desenvolvimento dos solos, com pouca velocidade nas reações químicas que neles se processam sendo diretamente proporcional ao aumento da temperatura.Além da temperatura, a quantidade de água de chuva que atinja a superfície, nela penetre, seja mantida ou percole, é fator igualmente importante no processo de formação do solo. Regiões com farta disponibilidade de água excedente apresentam, normalmente, solos mais evoluídos do que regiões secas. água que percola através dos solos nas regiões úmidas promove a hidratação de constituintes e favorece a remoção dos cátions liberados dos minerais pela hidrólise, acelerando as transformações de constituintes e, consequentemente, o processo evolutivo do solo. A grande diviversidade climatica faz surgir uma grande diversidade de solos. Em regioes onde a pouca precipitação os solos são razos e pouco desenvolvidos com presença de minerais primarios 3- organismos - microflora e macroflora, microfauna e macrofauna – pelas suas manifestações de vida, quer na superfície quer no interior dos solos, atuam como agentes de sua formação. a cobertura assume grande a importância para o solo atuando nas ação passiva como agente atenuante do clima.Sua ação protetora depende de sua estrutura e tipo podemos ver isso por exemplo na Amazônia, onde a cobertura vegetal é eficaz protegendo o solo contra a ação das chuvas. O anteparo da cobertura vegetal exerce efeito atenuador na temperatura da parte mais superficial dos solos, repercutindo na diminuição da evapotranspiração. A ação pedológica passiva da cobertura vegetal desempenha ainda outras funções protetoras, intervindo na fixação de materiais sólidos, como nas dunas ou nas planícies aluviais. A vegetação tem participação ativa nos processos de TC no material do solo, pela ação do contato direto das raízes com as superfícies coloidais além da relevante participação no estoque de nutrientes do sistema, os quais retornam aos solos devolvidos pelos resíduos vegetais. 4- tempo Dos fatores de formação, o tempo é o mais passivo onde não se adiciona, não exporta material nem gera energia que possa acelerar os fenômenos de intemperismo mecânico e químico, necessário à formação de um solo. 5- material de origem Desta forma podemos diferenciar idade e maturidade dos solos, sendo que a idade no sentido cronológico é a medida dos anos transcorridos desde seu início até determinado momento, enquanto a maturidade (evolução) é expressa pela evolução sofrida, manifestada por seus atributos em dado momento de sua existência. Assim, alguns solos podem apresentar idade absoluta relativamente pequena e serem bem mais maduros que outros com idade absoluta bem maior. as rochas dividem-se em três grandes grupos: 1. ígneas ou magmáticas; 2. sedimentares; 3. metamórficas. 1- As Rochas Ígneas ou Magmáticas são aqueles tipos de formações rochosas que se originam no interior da Terra, onde é muito quente, o que faz com que, inicialmente, elas permaneçam sob a forma de magma. As rochas magmáticas compõem cerca de 80% das formações rochosas terrestres. Estas são chamadas de rocha ígnea intrusiva, quando o resfriamento ocorrer no interior do globo terrestre, e de rocha ígnea extrusiva ou vulcânica, se o magma conseguir chegar à superfície. as rochas intrusivas também chamadas de plutônicas ou faneríticas, apresentam, em geral, uma quantidade maior de minerais em sua composição. Isso acontece porque sua formação é mais lenta e gradativa, o que permite o acúmulo desses minerais. As rochas extrusivas, também denominadas vulcânicas ou afaníticas, por se formarem em temperaturas menores, solidificam-se em uma velocidade muito maior, dificultando a agregação dos minerais e contribuindo para a presença de matéria vítrea em sua composição. Para reconhecer se a rocha é intrusiva ou extrusiva, é necessário avaliar sua textura. Assim, o resfriamento dos magmas intrusivos é lento, dando tempo para que os minerais em formação cresçam o suficiente para serem facilmente visíveis.O resfriamento dos magmas extrusivos é muito mais rápido, não tanto tempo suficiente para os cristais crescerem muito. A rocha extrusiva tende a ter, portanto, uma textura de granulação fina, apresentando cor variáve. 2- rochas sedimentares é formada a partir da compactação e/ou cimentação de fragmentos produzidos pela ação dos agentes intempéricos e pedogênese sobre uma rocha preexistente, após serem transportados pela ação dos ventos, das águas que escoam pela superfície ou pelo gelo, do ponto de origem até o ponto de deposição. Não é por acaso que esta espécie de rocha é prolífica na preservação de fósseis animais e vegetais, exatamente pelo fato de tais corpos muitas vezes estarem envolvidos entre a matéria constitutiva de toda rocha sedimenta, representando cerca de 75% das rochas expostas à superfície, sendo uma fina camada dessa superfície. O tipo mais comum de rocha sedimentar é a do processo descrito acima, que receberá o nome de clástica ou mecânica. Há outro tipo sedimentar cuja matéria que o forma é predominantemente orgânica, com destaque para litificação de restos orgânicos, como os do carvão. O processo é virtualmente o mesmo das rochas sedimentares clásticas, porém este grupo recebe o nome de rocha sedimentar orgânica. Assim as rochas sedimentares clástica são aquelas formadas pela deposição de fragmentos de outras rochas (ígneas, metamórficas ou mesmo sedimentares). Esses fragmentos, principalmente quartzo e silicatos, constituem os sedimentos e surgem por efeito da erosão. A chuva, vento, calor e gelo vão fragmentando as rochas e os pedaços que se soltam são transportados para lugares maisbaixos pela ação da gravidade, de rios, de geleiras ou do vento. Um terceiro tipo importante de rocha sedimentar são as rochas sedimentares químicas ou Não- Clásticas que surge pela precipitação química de sais ou pela acumulação de restos orgânicos de animais e plantas. Quando formadas por sais, são chamadas de químicas como exemplo temos calcário e evaporito. Se formadas por restos orgânicas, são chamadas de orgânicas. Podemos citar aqui o guano e carvão. As rochas sedimentares químicas são formadas principalmente por carbonatos, sulfatos, sílica, fosfatos e haloides. As principais rochas calcárias são o calcário (composto essencialmente de calcita) e o dolomito (composto de dolomita). Tipos mistos são os calcários dolomíticos. Classificacao de rochas sendimentares referente ao material que compoem 1- Rochas sedimentares detríticas - predominantemente constituídas pelos detritos de outras rochas, resultante do processo conhecido como "meteorização" de outras rochas já existentes. o não consolidadas, como depósito de balastros, areias, siltes e argilas, e o consolidadas, formadas pela consolidação destes mesmos sedimentos detríticos por diagênese. Rochas sedimentares quimiogênicas - originárias do processo de precipitação de minerais em solução. Neste grupo temos o calcário, o gesso e o sal-gema. Rochas sedimentares biogênicas - são rochas constituídas de sedimentos de origem biológica, resultado dos restos físicos de seres vivos ou resultantes de sua atividade. Exemplos de rochas sedimentares biogênicas são o calcário e o carvão. A importância econômica das rochas sedimentares deve ser destacada levando-se em conta a sua grande utilização principalmente na área da construção civil. Isso sem mencionar que tais rochas são as fontes de petróleo e hidrocarbonetos, de importância capital para a economia atual 3-As Rocha metamórfica é um tipo de rocha derivado da metamorfose (transformação) de rochas magmáticas ou sedimentares que sofrem modificação em sua composição atômica, devido à influência das diferentes condições do ambiente em que estão inseridas em comparação aos locais onde foram originalmente formadas. Dessa maneira, origina-se uma nova rocha, com novas propriedades e outra composição mineral. Assim, na maioria dos casos as rochas metamórficas formam-se a partir de outras rochas, que são submetidas a pressões intensas ou elevadas temperaturas. O metamorfismo, nome dado ao fenômeno descrito acima, é passível de desenvolvimento em diversos ambientes da crosta, variando na extensão, profundidade e o grau de modificação das rochas. Os fatores determinantes para a ocorrência do metamorfismo são: tipos de rochas metamórficas a serem formadas; localização e extensão na crosta terrestre; parâmetros físicos envolvidos; mecanismo determinante para a conjunção destes parâmetros; tipo de metamorfismo a) o metamorfismo regional ou dinamotermal - ocorre em grande extensões bem como em grandes profundidades na crosta. Suas transformações estão relacionadas à ação combinada da temperatura, pressão litosférica e pressão dirigida sendo aplicadas durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas e falhadas, sofrem recristalização, apresentando estrutura foliada. Sãoexemplos: ardósias, xistos, gnaisses e anfibolitos. b) metamorfismo de contato ou termal - resultado apenas da ação da temperatura, através do calor cedido por intrusão magmática que corta uma sequência de rochas sedimentares encaixantes, metamórficas ou magmáticas. As rochas deste grupo são conhecidas por "hornfels". c- metamorfismo dinâmico ou cataclástico - neste caso, o fator determinante e exclusivo é o atrito. É desenvolvido através de longas faixas e estreita adjacência de falhas, onde pressões de grande intensidade causam movimentações e rupturas na crosta. O ciclo das rochas é um fenômeno natural cíclico, continuo e infinito, que envolve os processos de transformação das rochas através do tempo e que ocorrem através da erosão ou do intemperismo. Esse ciclo, que leva milhões de anos para acontecer, é responsável pela renovação e transformação da litosfera terrestre (parte sólida da Terra). Etapas da formação de rochas do ciclo 1-Magma: o estágio inicial do ciclo das rochas começa no interior da terra, quando o magma (rocha fundida ou lava), massa pastosa mineral, é expelido através de uma atividade vulcânica. Com altas temperaturas, no momento em que chega a superfície, o magma sofre um resfriamento. 2- Cristalização (congelamento das rochas): com o resfriamento do magma, ocorre a cristalização dessa massa mineral, o que dá origem as rochas chamadas de magmáticas (ou ígneas). 3- Erosão: processo natural resultante do desgaste do relevo, a erosão pode ocorrer pela força da água e do vento. 4- Sedimentação: após o processo de erosão, diversas camadas de sedimentos são depositadas nas camadas mais baixas (bacias sedimentares), levando ao processo de formação das rochas sedimentares. 5- Enterro Tectônico e Metamorfismo: Com o passar do tempo, as rochas sedimentares vão sendo enterradas e sofrendo processos químicos e físicos por meio da temperatura e pressão, o que transforma sua composição originando as rochas metamórficas. 6. Fusão: mesmo com essa transformação, a temperatura continua agindo em sua superfície, e assim resulta na fusão do magma, que a transforma novamente em rocha ígnea. Após milhões de anos, o ciclo se reinicia. Processo de formação do solo As diversas combinações dos fatores de formação do solo (material de origem, clima, relevo, organismos vivos) agindo ao longo do tempo criando condições para o desenvolvimento de diversos processos pedogenéticos (= processos de formação do solo). Os processos pedogenéticos consistem numa combinação de reações químicas, biológicas e físicas cuja ação e intensidade é condicionada pelos fatores ambientais. Desta maneira são produzidos diferentes tipos de solos. Portanto, os fatores criam as condições para a ação dos processos, os quais são os mecanismos de formação do solo: processos gerais São processos que produzem as modificações que ocorrem no solo devido atuação dos fatores de formação do solo: MATERIAL DE ORIGEM, CLIMA, ORGANISMOS, TOPOGRAFIA (RELEVO) E TEMPO. 1- ADIÇÃO No processo de adição consideramos tudo que entra no perfil do solo, vindo do mundo exterior por qualquer meio de transporte Adição eólica: são transporte efetuados pelo vento na superfície do solo, sendo diretamente proporcional à sua velocidade e inversamente ao peso das partículas transportadas. Exemplos: areia, cinzas vulcânicas trazidas de outro local e depositados sobre o perfil. Adição por precipitação pluvial: que é a própria água constituinte dos seres vivos, sendo responsável pela adição de materiais dissolvidos ou carreados. Adição por difusão: decorre da variação proporcional de ar:água nos poros do solo, promovendo um fluxo continua e bilateral do ar conforme a umidade, alterando a dinâmica de adição de oxigênio, nitrogênio e gás carbônico. 2- REMOÇÃO Compreende as perdas de gases, líquidos ou sólidos sofridas por uma determinada porção de solo, podendo ser em superfície ou em profundidade. 3- translocação caracterizada pelo movimento de materiais de um ponto para o outro dentro do perfil do solo. São processos de translocação, entre outros, o movimento de argilas e/ou solutos de um horizonte para o outro no perfil, o preenchimento de espaços deixados por raízes decompostas, cupins, minhocas, formigas, etc., o movimento de materiais promovido pela atividade agrícola, e o preenchimento de vazios provocados pela contração de solos ricos em argilas expansivas, como a montmorilonita). 4-transformaçoes São processos que consistem na transformação física, química ou biológica dos constituintes do solo, envolvendo síntese e decomposição. Transformações físicas incluem quebras de minerais e rochas, umedecimento e secagem do solo com quebra de agregados, compressão provocada pelo crescimento de raízes, etc. Transformações químicas consistem dos processos de intemperismo químico (dissolução, oxidação, hidrólise), assim como a neoformação de minerais da fração argila do solo. Desta forma esse processo de transformação compreende os mais complexos processos da pedogênese sendo responsável pela organização de horizonte de grande importância tais como os horizontes Bw caraterísticos dos Latossolos. Processo especifico Os processos de formação do solo são uma sequência de eventos complexos que inclui reações complicadas com rearranjamentos comparativos de simples materiais que afetam intimamente o solo onde ocorrem. São : 1- FERRALITIZAÇÃO Nas regiões tropicais e subtropicais úmidas, a abundância de chuvas e altas temperaturas favorecem um intemperismo químico intenso e rápido, onde predominam as reações de hidrólise e oxidação. Com a disponibilidade de água e boa drenagem há intensa lixiviação dos cátions básicos (Ca, Mg, K, Na) e do silício (dessilicação) liberados na alteração dos minerais. O ambiente oxidante favorece a formação de óxidos de ferro (goethita e hematita) e de alumínio (gibbsita), que tendem a acumular. Devido ao acumulo de Fe e Al residual no solo esse processo recebe o no de ferratilitização . PRINCIPAIS SOLOS FORMADOS SÃO OS LATOSSOLOS E OS NITOSSOLOS (ANTIGO TERRA ROXA ESTRUTURADA). Os solos gerados desse processo são, geralmente, muito lixiviados e ácidos, tem baixa CTC e são pobres em nutrientes, apresentam boa porosidade e permeabilidade, proporcionada pela floculação das partículas de caulinita e óxidos, formando agregados estáveis. Pelo fato das partículas estarem floculadas, não há dispersão de argila e, consequentemente, a iluviação-eluviação é pouco significativo. A laterização consiste na acumulação de óxidos de ferro que promovem a cimentação da massa do solo, dando origem à laterita ou ferricrete ou petroplintita. Os solos que apresentam esta cimentação por ferro são identificados como Plintossolos Pétricos. 2- LESSIVAGEM O processo de lessivagem e conhecido também como eluviação-iluviação. Onde, a aluviação é uma palavra que provém do latim da junção do prefixo "ex" ou "e" que significam "fora" e o verbo "lavere" que significa, como talvez seja possível deduzir, "lavar". Desse modo, uma camada ou horizonte do solo que sofre eluviação constitui uma porção do perfil do solo que sofre perdas de material Por exemplo, o horizonte E de um planossolo é um horizonte de perdas de argilas que são destruídas no topo do horizonte B por um processo chamado de ferrólise. Ainda nesse mesmo exemplo, este horizonte pode estar contribuindo com argila para o horizonte logo abaixo. Nesse sentido, a argila seria translocada descendentemente para o horizonte que se situa abaixo. Assim, percebe-se que esse horizonte é um horizonte de perda ou, pedologicamente falando, um horizonte eluvial. Seguindo a linha de raciocínio do exemplo acima, o horizonte que recebe ou ganha a argila que migra com as águas que descem peloperfil (percolam) chamado de horizonte iluvial. Os solos submetidos a lessivagem apresentam, portanto, um gradiente textural. Principais solos são , Argissolos e os Planossolos, Devido ao acúmulo de argila, o horizonte subsuperficial tende a apresentar uma densidade do solo mais elevada ou seja, com uma menor condutividade hidráulica saturada, ou seja, menor permeabilidade. Consequentemente, a água infiltrada no solo pode acumular-se acima do horizonte Bt, originando, temporariamente, um lençol freático suspenso. 3- GLEIZAÇÃO A gleização se desenvolve em ambiente com excesso de água e deficiência de oxigênio, onde as condições anaeróbicas favorecem as reações de redução, que são promovidas por microorganismos anaeróbicos utilizando como receptores de elétrons principalmente óxidos de Fe3+ Consequentemente, no solo formam-se zonas desbotadas (de coloração cinzenta) devido a perda de óxidos de Fe3+ e zonas de acumulação destes óxidos na forma de mosqueados (vermelhos, amarelos), nódulos e concreções (plintita). Os principais solos resultantes do processo de gleização são os Gleissolos. 4-CARBONATAÇÃO A carbonatação consiste na formação e enriquecimento de minerais carbonato secundários (CaCO3) no solo, podendo estar finamente distribuídos na massa do solo ou na forma de nódulos e crostas. A formação de CaCO3 secundário ocorre quando aumenta a concentração de CaHCO3 (bicarbonato de cálcio) na solução do solo devido a retirada de água pela vegetação, ou quando a pressão parcial de CO2 do ar e do solo diminui pela sua difusão para os macroporos ou a atmosfera. o processo de carbonatação é mais comum em regiões semiáridas, ou em solos com baixa permeabilidade que contenham argilominerais esmectíticos. são observados na forma de nódulos de CaCO3 em alguns Chernossolos, Vertissolos, Planossolos e Gleissolos. 5- Salinização e Sodificação A salinização consiste na acumulação de sais solúveis no perfil ou na superfície do solo, podendo ser natural ou induzida pela irrigação mal conduzida. tende a ocorrer em regiões semiáridas e áridas, onde houve acumulação de sais em épocas geológicas passadas, ou a acumulação atual devido a migração de sais dissolvidos provenientes de áreas situadas em cotas mais altas. Assim, nos períodos secos os sais ascendem com a água capilar, acumulando-se na parte superior ou na superfície do solo na forma de crostas salinas (eflorescências). A cada chuva os sais são solubilizados e transferidos para o subsolo, para ascender novamente nos períodos secos. origina os Gleissolos Salinos. A salinização artificial pode ocorrer pelo uso de água de irrigação com alto teor de sódio, ou quando a área sob irrigação não tem um sistema de drenagem eficiente. Para evitar a salinização é necessário a drenagem da água de irrigação para fora do sistema, evitando seu contato com os sais profundos. A sodificação consiste na concentração de sódio no solo, que promove a dispersão da argila e sua eluviação, originando um horizonte B textural sódico (Btn). Deste processo originam-se os Planossolos Nátricos 6- Podzolização consiste na transferência de compostos orgânicos, complexados ou não com ferro e alumínio, da parte superior do solo até uma determinada profundidade. O resultado é um horizonte eluvial (E) de perda de material e um horizonte espódico de acumulação (Bh, Bs ou Bhs). Para o desenvolvimento deste processo é necessário a acumulação de material orgânico com capacidade complexante na superfície do solo, cujo material de origem deve apresentar uma fração grosseira quartzosa (areia grossa, cascalho), para facilitar a migração dos complexos nos macroporos. Este processo origina os Espodossolos. 7-Sulfurização (ou tiomorfismo) consiste na oxidação de sulfetos (pirita FeS2) presentes em certos sedimentos de alagadiços litorâneos, quando são drenados. No processo forma-se ácido sulfúrico (H2SO4) que promove a acidificação do solo (pH <3,5) e a dissolução de minerais, dificultando ou inviabilizando o desenvolvimento da vegetação, são solos tiomórficos que apresentam um horizonte sulfúrico. em certos casos, um manejo da drenagem, impedindo a oxidação dos sulfetos, pode ser adequado para controlar a acidificação. Este processo origina os Gleissolos Tiomórficos e os Organossolos Tiomórficos. 8- Paludização consiste na acumulação de materiais orgânicos em áreas alagadiças, originando turfeiras e Organossolos (solos orgânicos). Restos de plantas aquáticas acumulados em alagadiços podem alcançar até vários metros de espessura, pois a oxidação do material orgânico é inibida pela ausência de oxigênio (ambiente anaeróbico). Os solos apresentam horizontes hísticos (H). 9-Turbação consiste na mistura dos materiais do solo pela atividade da fauna do solo (bioturbação) ou pela alternância de regimes úmidos e secos (hidroturbação). Resumo A morfologia do solo é o estudo da aparência avaliando a forma, organização e comportamento do material do solo; através das características visíveis a olho nu, ou prontamente perceptíveis pelos sentidos - visão e do tato (manuseio). È a base dos Sistemas de Classificação de Solos. O PERFIL DO SOLO: Seção vertical que, partindo da superfície, aprofunda-se até o contato lítico ou rocha intemperizada, mostrando uma série de subseções dispostas paralelamente à superfície do terreno, chamadas de horizontes pedogenéticos que possuem atributos morfológicos resultantes dos efeitos combinados dos processos de formação do solo. Em suma, a sucessão vertical desses horizontes constitui o perfil de um solo. 1. HORIZONTES: Subseções do perfil do solo, aproximadamente paralelas a superfície do solo, que apresentam características morfológicas e atributos físicos, químicos e mineralógicos suficientemente distintos para individualizá-las segundo critérios morfogenéticos. os horizontes mais superficiais do perfil, por conterem quantidades maiores de matéria orgânica, apresentam uma tonalidade mais escura, enquanto os horizontes mais inferiores, mais ricos em argilominerais e óxi- hidróxidos de ferro e de alumínio, são mais claros (regiões temperadas) ou mais avermelhados e amarelados (em regiões tropicais). 2. CAMADA: É distintivo para uma seção do solo que se diferencia das demais em seus atributos morfológicos em função das características do material herdado em contraposição aos horizontes que se diferenciam em função dos processos pedogenéticos. E as Camadas são seções pouco ou nada afetadas pelos processos pedogenéticos. Designam características específicas decorrentes dos processos pedogenéticos. a – propriedades ândicas (material amorfo de natureza vulcânica). b – horizonte enterrado (soterrado). c – concreções ou nódulos endurecidos de Fe, Al, Mn ou Ti. d – acentuada decomposição de material orgânico. e – escurecimento da parte externa dos agregados por M.O. não associada a sesquióxidos. f – material plíntico e, ou, bauxítico brando. g – gleização (cores cinzentas e neutras). h – acumulação iluvial de matéria orgânica. Ex.: Bh Bhs. i – incipiente desenvolvimento do hor. B. j – tiomorfismo (material rico em sulfetos – jarosita (KFe3 (OH)6 (SO4 )2 ). k – presença de carbonatos alcalino-terrosos. k´ - acumulação de carbonato de cálcio secundário. m – extremamente cimentado. Duripã qm ou sm cimentação irreversível. n – acumulação de sódio. PST> 6%. o – material orgânico mal o não decomposto. Possível identificação da matéria orgânica. p – (plow = lavrar) aração ou outras pedoturbações. q – acumulação de sílica. r – rocha branda ou saprolito. Ex.:Cr. s – acumulação iluvial de sesquióxidos. Cores vivas – valor e croma > 3. t – acumulação de argila. u – modificações antropogênicas (terra preta do índio).v – características vérticas. w – intensa intemperização. Exclusivo para o hor.B. x – cimentação aparente reversível. Fragipã – friável quando úmido. y – acumulação de sulfato de cálcio. z – acumulação de sais prontamente solúveis (KCl, NaCl, CaCl2 ). MATIZ – é a gama de cor do espectro solar. Traduz o comprimento de onda dominante da luz refletida por determinado corpo ou objeto. Na escala Munsell, é representado por um número e uma ou duas letras VALOR – o valor traduz a tonalidade mais clara ou mais escura da cor. É resultante das proporções variáveis de preto e de branco combinados com um matiz qualquer. Em suma, valor é o brilho ou a tonalidade da cor. CROMA – representa a pureza da cor; traduz a saturação ou intensidade do colorido. É, portanto, a intensidade ou pureza da cor em relação ao cinza. Classificação dos solos ]A necessidade de organizar os conhecimentos sobre os objetos que o cercam fez com que o homem agrupasse os indivíduos em classes homogêneas, com características comuns. Então, surgiram então os sistemas de classificação. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS Entre as características usadas para classificação de solos em vários sistemas taxonômicos, o conceito dos horizontes diagnósticos é extremamente importante, pois auxilia diretamente na sistematização dos conhecimentos, como também tem grande aplicação prática. Em uma sequência cronológica podemos ver que os Latossolos são solos envelhecidos e geralmente mais profundos; os solos mais novos são os Neossolos Litólicos (a rocha está próxima à superfície - horizonte A está sobre a rocha R), os Neossolos Flúvicos (horizonte C em camadas) e Neossolos Regolíticos (horizonte C sem estratos e com minerais primários, além de quartzo);n os Cambissolos e Latossolos não apresentam muita variação nos teores de argila entre o horizonte A e o horizonte B. Os Cambissolos, ao contrário dos Latossolos, possuem a relação silte/argila maior (> 0,7) e/ou maior proporção de minerais primários facilmente intemperizáveis. Os solos Tiomórficos possuem altos teores de enxofre e por isso exalam um mau cheiro característico sendo encontrados nas faixas litorâneas. Os NeossolosQuartzarênicos Profundos são solossem horizonte B (perfil AC), profundos, muito arenosos (classes texturais areia e areia franca), distróficos, sendo o quartzo o mineral dominante. Ocupam área bastante significativa do território brasileiro. SOLOS COM B LATOSSÓLICO (Bw) Os teores de Fe2O3, associados às rochas de origem; a coloração associada à forma de ferro (goetita x hematita) e o comportamento associado à relação teores de gibbsita/caulinita, são os principais critérios usados para classificar os Latossolos. Latossolo Amarelo (LA) - este é o Latossolo que, tipicamente, ocorre nos tabuleiros costeiros e numa extensão muito grande na Amazônia. Tem baixos teores de Fe2O3, cor amarelada e é tipicamente caulinítico e goethítico, apresentando os torrões com uma grande coerência e que não desmancham como pó de café. É quase sempre álico (alta saturação de Al3+ HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUPERFICIAIS Horizonte Hístico Um tipo de horizonte constituído predominantemente de material orgânico, contendo 80g/kg ou mais de (C-org). Compreende materiais depositados nos solos sob condições de excesso de água ( horizonte H) , por longos períodos ou por todo o ano, ainda que, no presente, tenha sido artificialmente drenado, e materiais depositados em condições de drenagem livre ( horizonte O ), sem estagnação de água, condicionados pelo clima úmido, frio e de vegetação alto- montana O horizonte hístico pode ocorrer à superfície ou estar soterrado por material mineral e deve atender a um dos seguintes requisitos: A. Espessura maior ou igual a 20 cm; B. Espessura maior ou igual a 40 cm quando 75% ou mais do volume do horizonte for constituído de tecido vegetal na forma de restos de ramos finos, raízes finas e cascas de árvores, excluindo as partes vivas; C. Espessura de 10 cm ou mais quando sobrejacente a um contato lítico ou sobrejacente a material fragmentar constituído por 90% ou mais de volume de fragmentos de rocha (cascalho, calhaus e matações). Horizonte A chernozêmico Um horizonte mineral superficial, relativamente espesso, de cor escura, com alta saturação por bases, que, mesmo após revolvimento superficial (ex.: por aração), atenda às seguintes características: a) estrutura do solo suficientemente desenvolvida, com agregação e grau de desenvolvimento predominantemente moderado ou forte, não sendo admitida, simultaneamente, estrutura maciça e consistência quando seco, dura ou mais (muito dura e extremamente dura). b) a cor do solo, em ambas as amostras, indeformada e amassada, é de croma igual ou inferior a 3 quando úmido, e valores iguais ou mais escuros que 3 quando úmido e que 5 quando seco. c) a saturação por bases (V%) é de 65% ou mais, com predomínio do íon cálcio e/ou magnésio; d) o conteúdo de carbono orgânico é de 6g/kg de solo ou mais em todo o horizonte, conforme o critério de espessura no item seguinte. Se, devido à presença de 400g/kg de solo ou mais de carbonato de cálcio equivalente, os requisitos de cor são diferenciados do usual, o conteúdo de carbono orgânico Horizonte A proeminente As características do horizonte A proeminente são comparáveis àquelas do A chernozêmico, no que se refere a cor, teor de carbono orgânico, consistência, estrutura e espessura; diferindo, essencialmente, por apresentar saturação por bases (V%) inferior a 65%. Difere do horizonte A húmico pelo teor de carbono orgânico conjugado com espessura e teor de argila Horizonte A húmico É um horizonte mineral superficial, com valor e croma (cor do solo úmido) iguais ou inferiores a 4 e saturação por bases (V) inferior a 65%, apresentando espessura e conteúdo de carbono orgânico (C-org) dentro de limites específicos. Horizonte A antrópico É um horizonte formado ou modificado pelo uso contínuo do solo, pelo homem, como lugar de residência ou cultivo, por períodos prolongados, com adições de material orgânico em mistura ou não com material mineral. HORIZONTES DIAGNÓSTICOS SUBSUPERFICIAIS Horizonte B textural Pode-se dizer que um horizonte B textural se forma sob um horizonte ou horizontes superficiais(abaixo), A. ter pelo menos 10% da soma das espessuras dos horizontes sobrejacentes e no mínimo 7,5 cm; ou B. ter 15 cm ou mais, se os horizontes A e B somarem mais que 150 cm; ou ter 15 cm ou mais, se a textura do horizonte E ou A for areia franca ou areia; ou C. se o horizonte B for inteiramente constituído por lamelas, estas devem ter, em conjunto, espessura superior a 15 cm; ou D. se a textura for média ou argilosa, o horizonte B textural deve ter espessura de pelo menos 7,5 cm. Horizonte B latossólico Um horizonte mineral subsuperficial, cujos constituintes evidenciam avançado estágio de intemperização, explícita pela transformação quase completa dos minerais alteráveis, seguida de intensa dessilicificação, lixiviação de bases e concentração residual de sesquióxidos e/ou argilominerais do tipo 1:1 e minerais resistentes ao intemperismo. Em geral, constituído por 6 quantidades variáveis de óxidos de ferro e de alumínio, argilominerais do tipo 1:1, quartzo e outros minerais mais resistentes ao intemperismo. Deve apresentar espessura mínima de 50 cm, textura franco arenosa ou mais fina e baixos teores de silte, de maneira que a relação silte/argila seja inferior a 0,7 nos solos de textura média e inferior a 0,6 nos solos de textura argilosa, na maioria dos suborizontes do B até a profundidade de 200 cm (ou 300 cm se o horizonte A exceder a 150 cm de espessura. Pode apresentar cerosidade pouca e fraca. Pode conter mais argila do que o horizontesobrejacente, porém o incremento da fração argila com o aumento da profundidade é pequeno, de maneira que comparações feitas a intervalos de 30 cm ou menos entre os horizontes A e B, ou dentro da seção de controle para cálculo da relação textural, apresentam diferenças menores que aquelas necessárias para caracterizar um horizonte B textural O horizonte B incipiente deve ter no minimo 10 cm de espessura e apresentar as seguintes características: não apresentar também cimentação, endurecimento ou consistência quebradiça quando úmido, características de fragipã, duripã e horizonte petrocálcico; ademais não apresenta quantidade de plintita requerida para horizonte plíntico e nem expressiva evidência de redução distintiva de horizonte glei; apresenta dominância de cores brunadas, amareladas e avermelhadas, com ou sem mosqueados ou cores acinzentadas com mosqueados, resultantes da segregação de óxidos de ferro; textura franco-arenosa ou mais fina; desenvolvimento de unidades estruturais no solo (agregados ou peds) e ausência da estrutura da rocha original, em 50% ou mais do seu volume; teor de argila mais elevado ou cromas mais fortes ou matiz mais vermelho do que o horizonte subjacente; conteúdo de argila menor, igual ou pouco maior que o do horizonte A, neste último caso, não satisfazendo os requisitos de um horizonte B textural; Horizonte B nítico Horizonte mineral subsuperficial, não hidromórfico, de textura argilosa ou muito argilosa, sem incremento de argila do horizonte superficial para o subsuperficial ou com pequeno incremento, traduzido em relação textural B/A sempre inferior a 1,5. Apresentam ordinariamente argila de atividade baixa ou caráter alítico. O horizonte para ser identificado como B nítico deve atender aos seguintes requisitos: espessura de 30 cm ou mais, a não ser que o solo apresente contato lítico nos primeiros 50 cm de profundidade, quando deve apresentar 15 cm ou mais de espessura; textura argilosa ou muito argilosa; estrutura em blocos ou prismática de grau de desenvolvimento moderado ou forte, associada a cerosidade em quantidade no mínimo comum e com grau forte ou moderado. Horizonte B espódico Horizonte mineral subsuperficial, com espessura mínima de 2,5 cm, que apresenta acumulação iluvial de matéria orgânica, associada a complexos de sílica-alumínio ou húmus-alumínio, podendo ou não conter ferro. Ocorre, normalmente, sob qualquer tipo de horizonte A ou sob um horizonte E (álbico ou não) que pode ser precedido de horizonte A ou horizonte hístico. É possível que o horizonte B espódico ocorra na superfície se o solo foi truncado, ou devido à mistura da parte superficial do solo pelo uso agrícola. O horizonte álbico, usualmente, precede um horizonte B espódico, B textural, B plânico, horizonte plíntico, horizonte glei, fragipã ou uma camada impermeável que restrinja a percolação da águaHorizonte plíntico O horizonte plíntico caracteriza-se pela presença de plintita em quantidade igual ou superior a 15% (por volume) e espessura de pelo menos 15 cm Horizonte concrecionário Horizonte constituído de 50% ou mais, por volume, de material grosseiro com predomínio de petroplintita, do tipo nódulos ou concreções de ferro ou de ferro e alumínio, numa matriz terrosa de textura variada ou matriz de material mais grosseira. o horizonte litoplíntico deve ter uma espessura de 10 cm ou mais. Este horizonte constitui um sério impedimento para penetração das raizes e da água. O horizonte litoplíntico difere de um horizonte B espódico cimentado (―ortstein‖) por conter pouca ou nenhuma matéria orgânica. Horizonte glei Em síntese, o horizonte glei é um horizonte mineral, com espessura mínima de 15 cm, com menos de 15% de plintita e saturado com água por influência do lençol freático durante algum período ou o ano todo, a não ser que tenha sido artificialmente drenado, apresentando evidências de processos de redução, com ou sem segregação de ferro Horizonte cálcico Horizonte cálcico é formado pela acumulação de carbonato de cálcio. Horizonte vértico Um horizonte mineral subsuperficial que, devido à expansão e contração das argilas, apresenta feições pedológicas típicas, que são as superfícies de fricção (―slickensides‖) em quantidade no mínimo comum e/ou a presença de unidades estruturais cuneiformes e/ou paralelepipédicas (Santos et al., 2005), cujo eixo longitudinal está inclinado de 10O ou mais em relação à horizontal, e fendas em algum período mais seco do ano com pelo menos 1 cm de largura.A sua textura mais freqüente varia de argilosa a muito argilosa, admitindo-se na faixa de textura média um mínimo de 300g/kg de argila. Para ser diagnóstico, este horizonte deve apresentar uma espessura mínima de 20 cm. Sistema brasileiro de classificação de soloTrata-se de um sistema morfopedológico e multicategórico, compreendendo 13 (treze) classes, assim subdivididas: NÍVEIS CATEGÓRICOS DO SISTEMA 1° nível categórico = ordem (13 classes) 2º nível categórico = Características diferenciais: cor, atividade de argila, tipo de horizonte A, hidromorfismo, tiomorfismo, halomorfismo (44 classes). Ex.: NITOSSOLO VERMELHO 3º nível categórico = Características diferenciais: atividade de argila, saturação por bases, por alumínio, por sódio, por outros sais, teores de ferro, tipo de horizonte A (156 classes) Ex.: NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico – Nvef NÍVEL 4 – SUBGRUPO - Características diferenciais B) representa o conceito central da classe (é o típico); C) solos intermediários para o 1º, 2º e 3º níveis categóricos; D) representa os solos com características extraordinárias. Ex.: LATOSSOLO VERMELHO Distrófico psamítico – Lvdq 5º nível categórico (famílias) O 5º nível categórico do SiBCS está em discussão e deverão ser definidas com base em características e propriedades morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas importantes para uso e manejo dos solos.NÍVEL 6 – SÉRIE - Características diferenciais: características diretamente relacionadas com o crescimento de plantas, principalmente no que concerne ao desenvolvimento do sistema radicular, relações solo água- planta e propriedades importantes nas interpretações para fins de engenharia e geotecnia. Ordem dos solos ARGISSOLOS São solos medianamente profundos a profundos, moderadamente drenados, com horizonte B textural (horizonte diagnostico que caracteriza a classe de solo), de cores vermelhas a amarelas e textura argilosa, abaixo de um horizonte A ou E de cores mais claras e textura arenosa ou média, com baixos teores de matéria orgânica. Apresentam argila de atividade baixa e saturação por bases alta. Desenvolvem-se a partir de diversos materiais de origem, em áreas de relevo plano a montanhoso, A transição entre os horizontes A e B é, usualmente clara, abrupta ou gradual Classes do 2º nível categórico do sistema (subordens) Ordem dos ARGISSOLOS Compreende 5 (cinco) subordens, distintas pelas cores. Argissolos Bruno–Acinzentados Argissolos Acinzentados Argissolos Amarelos Argissolos Vermelho–Amarelos. CAMBISSOLOS Solos pouco desenvolvidos, que ainda apresentam características do material originário (rocha) evidenciado pela presença de minerais primários. São definidos pela presença de horizonte diagnóstico B incipiente (pouco desenvolvimento estrutural) apresentando baixa (distróficos) ou alta (eutróficos) saturação por bases, baixa a alta atividade da argila, Variam de solos pouco profundos a profundos, sendo normalmente de baixa permeabilidade. São identificados em diversos ambientes, estando normalmente associados a áreas de relevos muito movimentados (ondulados a montanhosos) podendo, no entanto, ocorrer em áreas planas (baixadas) fora da influência do lençol freático.Em áreas mais planas, os Cambissolos, principalmente os de maior fertilidade natural, argila de atividade baixa e de maior profundidade, apresentam potencial para o uso agrícola. Já em ambientes de relevos mais declivosos, os Cambissolos mais rasos apresentam fortes limitações para o uso agrícola relacionadas à mecanização e à alta suscetibilidade aos processos erosivos. O manejo adequado dos Cambissolos implica a adoção de correção da acidez e de teores nocivos de alumínio à maioria das plantas, além de adubação de acordo com a necessidade da cultura. Para os Cambissolos das encostas, além destas, há necessidade das práticas conservacionistas devido a maior suscetibilidade aos processos erosivos. Os Cambissolos flúvicos são classificados no terceiro nível categórico do SiBCS como demonstrado no quadro abaixo, onde são relacionadas às características destas classes de solo e as implicações solo para uso e manejo Cambissolos Húmicos: solos com horizonte A húmico sendo solo com o Horizonte A rico em húmus e são subdivididos em 4 tipos quanto a acidez e aos minérios encontrados neles: Aluminoférricos; Alumínicos; Distroférricos; Distróficos. Cambissolos Flúvicos: solos com caráter flúvico dentro de 120cm a partir da superfície do solo. Cambissolos Háplicos: outros solos que não se enquadram nas classes anteriores. CHERNOSSOLOS Solos de desenvolvimento não muito avançado, originários de rochas ricas em cálcio e magnésio e presença de minerais esmectíticos que conferem alta atividade da argila e eventual acumulação de carbonato de cálcio, promovendo reação aproximadamente neutra ou moderadamente ácidos a fortemente alcalinos, com enriquecimento em matéria orgânica. São classificados pela presença de horizonte diagnóstico superficial A chernozêmico de alta saturação por bases, teores elevados de carbono orgânico e de carbonato de cálcio acima de um horizonte B textural ou com caráter argilúvico e argila de atividade alta, são ambientes variaveis, mas depende da conjunção de condições que favoreçam a formação e a persistência de um horizonte superficial rico em matéria orgânica e com alto conteúdo de cálcio e magnésio, e de argilominerais de estrutura 2:1, especialmente do grupo das esmectitas. Apresentam alto potencial agrícola devido às características químicas: alta fertilidade natural (eutróficos) associada principalmente aos altos teores de cálcio, de magnésio e de matéria orgânica, baixa a mediana acidez e alta capacidade de troca de cátions relacionada à sua mineralogia. Com relação às características físicas, variam de solos pouco profundos a profundos, podendo apresentar suscetibilidade aos processos erosivos pela presença de horizonte subsuperficial B textural ou de horizonte com caráter argilúvico (gradiente textural). Os solos de texturas mais leves ou os mais argilosos, mas de boa estrutura e sem alto gradiente textural, são normalmente mais porosos, apresentando boa permeabilidade, sendo menos suscetíveis à erosão , o manejo adequado destes solos implica na adoção de práticas conservacionistas de prevenção da erosão e preservação da matéria orgânica. Compreende 4 subordens. Chernossolos Rêndzicos: solos com A chernozêmico, com horizontes A, C e presença de teores elevados em carbonatos. Chernossolos Ebânicos: solos que apresentam caráter ebânico (cores escuras, até pretas) na maior parte do B Chernossolos Argilúvicos: Solos com horizonte B textural ou caráter argilúvico abaixo do horizonte A chernozêmico. Chernossolos Háplicos: outros solos que não se enquadram nas classes anteriores. ESPODOSSOLOS Esta classe de solo é definida pela presença de horizonte diagnóstico B espódico em sequência a horizonte E (álbico ou não) ou horizonte A, segundo critérios estabelecidos pelo SiBCS , No campo, pode ser identificada pela cor do horizonte espódico, que varia desde cinzenta, de tonalidade escura ou preta, até avermelhada ou amarelada, e pela nítida diferenciação de horizontes. Podem apresentar um horizonte cimentado como fragipã, duripã ou ―ortstein‖ subjacente ao horizonte espódico. Verifica-se a atuação do processo de perda de compostos de alumínio com ou sem ferro em presença de húmus ácido e consequente acumulação desses constituintes em profundidade. São solos, em geral, moderada a fortemente ácidos, normalmente com saturação por bases baixa (distróficos), podendo ocorrer altos teores de alumínio extraível. A textura é predominantemente arenosa, sendo menos comumente textura média e raramente argilosa (tendente para média ou siltosa) no horizonte B espódico. Variam de pouco profundos até muito profundos. A drenagem é muito variável, havendo estreita relação entre profundidade, grau de desenvolvimento, endurecimento ou cimentação do horizonte diagnóstico (B espódico) e a drenagem do solo. São originários, principalmente, de materiais arenoquartzosos, sob condições de clima tropical e subtropical, em relevo plano, suave ondulado ou ondulado. sob os mais diversos tipos de vegetação. Ordem dos ESPODOSSOLOS Compreende 3 subordens. Espodossolos Humilúvicos: solos com horizonte B espódico de acumulação de húmus. Espodossolos Ferrilúvicos: solos com horizonte B espódico de acumulação de ferro principalmente. Espodossolos Ferrihumilúvicos: outros solos com horizonte B espódico que não se enquadram nas classes anteriores. GLEISSOLOS Os Gleissolos (G) são solos minerais, hidromórficos, desenvolvidos de sedimentos recentes não consolidados, de constituição argilosa, argilo-arenosa e arenosa, do período do Holoceno. Podem ocorrer com algum acúmulo de matéria orgânica, porém, com o horizonte glei iniciando dentro de 50 cm da superfície, ou entre 50 e 125 cm, desde que precedido por horizontes com presença de mosqueados abundantes e cores de redução. Compreende solos mal a muito mal drenados e que possuam características resultantes da influência do excesso de umidade permanente ou temporário, devido a presença do lençol freático próximo à superfície, durante um determinado período do ano. São solos bastante diversificados em suas características físicas, químicas e morfológicas, devido às circunstâncias em que são formados, de aporte de sedimentos e sob condição hidromórfica Podem ser eutróficos, distróficos, com argilas de atividade alta ou baixa, acidez moderada a forte. Ocupam os ambientes de várzeas úmidas e baixadas mal ou muito mal drenadas, em relevo plano sob vegetação de campos higrófilos e hidrófilos de várzea que são sujeitos a períodos longos de alagamentos e, com menos frequência, a floresta perenifólia de várzea. Os Gleissolos apresentam limitações ao uso agrícola, devido à presença de lençol freático elevado e ao risco de inundações ou alagamentos frequentes. Apresentam em geral, fertilidade natural baixa à média, limitação moderada a forte ao uso de máquinas agrícolas, em condições naturais, devido o excesso d'água. Após drenados e corrigidas as deficiências químicas, esses solos prestam-se principalmente para pastagens, culturas anuais diversas, cana-de-açúcar, bananicultura e olericultura, entre outras Gleissolos Tiomórficos: solos com horizonte sulfúrico e/ou materiais sulfídricos, dentro de 100cm a partir da superfície. Gleissolos Sálicos: solos com caráter sálico (CE ≥ 7ds/m, a 25ºC) em um ou mais horizontes, dentro de 100cm a partir da superfície. Gleissolos Melânicos: solos com horizonte H hístico com menos de 40cm de espessura, ou horizonte A húmico, proeminente ou chernozêmico. Gleissolos Háplicos: outros solos que não se enquadram nas classes anteriores LATOSSOLOS São formados pelo processo denominado latolização que consiste basicamente na remoção da sílica e das basesdo perfil (Ca2+, Mg2+, K+ etc), após transformação dos minerais primários constituintes. São definidas sete diferentes classes de latossolo, diferenciadas com base na combinação de características com teor de Fe2O3, cor do solo e relação Ki (SiO2/Al2O3). São solos minerais, não-hidromórficos, profundos (normalmente superiores a 2 m), horizontes B muito espesso (> 50 cm) com seqüência de horizontes A, B e C pouco diferenciados; as cores variam de vermelhas muito escuras a amareladas, geralmente escuras no A, vivas no B e mais claras no C. São solos com alta permeabilidade à água, podendo ser trabalhados em grande amplitude de umidade. Os latossolos apresentam tendência a formar crostas superficiais, possivelmente, devido à floculação das argilas que passam a comportar-se funcionalmente como silte e areia fina. A fração silte desempenha papel importante no encrostamento, o que pode ser evitado, mantendo-se o terreno com cobertura vegetal a maior parte do tempo, em especial, em áreas com pastagens. Essas pastagens, quando manejadas de maneira inadequada, como: uso de fogo, pisoteio excessivo de animais, deixam o solo exposto e sujeito ao ressecamento. são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas, representados normalmente por sua baixa a média capacidade de troca de cátions. Mais de 95% dos latossolos são distróficos e ácidos, com pH entre 4,0 e 5,5 e teores de fósforo disponível extremamente baixos, quase sempre inferiores a 1 mg/dm³. Em geral, são solos com grandes problemas de fertilidade. A fração argila dos latossolos é composta principalmente por caulinita, óxidos de ferro (goethita e hematita) e óxidos de alumínio (gibbsita) , Um fator limitante é a baixa fertilidade desses solos. Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e fertilizantes, aliadas à época propícia de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas produções, muito suscetíveis à erosão, requerendo tratos conservacionistas e manejo cuidadoso. A grande percolação de água no perfil desses solos, associada à baixa CTC, pode provocar lixiviação de nutrientes. Essa é uma das razões por que os sistemas irrigados devem ser dimensionados, levando-se em conta a textura do solo. No caso de plantios de sequeiro, a baixa capacidade de armazenamento de água dos latossolos de textura média pode provocar grandes prejuízos no rendimento das culturas, haja vista, a ocorrência de veranicos e o período seco pronunciado, característicos do Cerrado, A baixa CTC desses solos pode ser melhorada, adotando-se práticas de manejo que promovam a elevação dos teores de matéria orgânica do solo, uma vez que a CTC depende essencialmente dela. típicas das áreas de derrames basálticos e de influência dos arenitos. Ordem dos LATOSSOLOS Compreende 4 subordens. Latossolos Brunos Latossolos Amarelos Latossolos Vermelhos Latossolos Vermelhos–Amarelos LUVISSOLOS São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B textural com argila de atividade alta e saturação por bases alta na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA), imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A (exceto A chernozêmico) ou sob horizonte E, e satisfazendo o seguinte requisito: Horizontes plíntico, vértico e plânico, se presentes, não satisfazem aos critérios para Plintossolos, Vertissolos e Planossolos, respectivamente, ou seja, não são coincidentes com a parte superficial do horizonte B textural, . Estes solos variam de bem a imperfeitamente drenados, sendo normalmente pouco profundos (60 a 120cm), com nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de textura, cor e/ou estrutura entre eles. Grande parte dos solos desta classe possui mudança textural abrupta (alto gradiente textural) São identificados normalmente nas áreas de clima seco (déficit hídrico) em temperaturas altas e baixas, estando normalmente associados às áreas de relevos movimentados (ondulados a forte ondulados). A alta saturação por bases implica em alta fertilidade natural (eutróficos), conferindo potencial para o uso agrícola. Com relação às características físicas, apresentam normalmente boa permeabilidade. Nos relevos mais declivosos, os de menor profundidade apresentam limitações para o uso agrícola relacionadas à restrição a mecanização e suscetibilidade aos processos erosivos. adubação de acordo com a necessidade da cultura e, nas encostas, além desta, utilização de práticas conservacionistas devido à suscetibilidade aos processos erosivosOrdem dos LUVISSOLOS Compreende 2 subordens. Luvissolos Crômicos: solos com caráter crômico na maior parte do horizonte B. Luvissolos Háplicos: solos pouco cromados na maior parte do horizonte B que não se enquadram na classe anterior. NEOSSOLOS Solos constituídos por material mineral ou por material orgânico pouco espesso, com insuficiência de manifestação dos atributos diagnósticos que caracterizam os diversos processos de formação dos solos, seja em razão de maior resistência do material de origem ou dos demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo) que podem impedir ou limitar a evolução dos solos Apresentam predomínio de características herdadas do material originário, solos pouco evoluídos e sem a presença de horizonte diagnóstico. Os Neossolos podem apresentar alta (eutróficos) ou baixa (distróficos) saturação por bases, acidez e altos teores de alumínio e de sódio. Variam de solos rasos até profundos e de baixa a alta permeabilidade. Serão apresentados dois Neossolos distintos: os Quartzarênicos e os Litólicos. Neossolos Quartzarênicos Originalmente associados a vegetação de cerrado ou floresta estacional, os Neossolos Quartzarênicos mais expressivos no estado de São Paulo são desenvolvidos dos arenitos na Depressão Periférica e nas Cuestas, mas também ocorrem no oeste do estado. Estes solos ocorrem em relevos suavizados, porém por apresentarem muito baixa coesão, sua susceptibilidade à erosão é elevada. Esta condição, em associação com sua elevada permeabilidade e muito baixa retenção de água e de nutrientes, confere elevada fragilidade aos Neossolos Quartzarênicos, que necessitam de práticas conservacionistas específicas para se manterem produtivos. Neossolos Litólicos Os Neossolos Litólicos são típicos das regiões de relevo mais dissecado ou íngreme. No estado de São Paulo estes solos estão principalmente associados às montanhas e escarpas nas regiões das grandes serras do estado, mas também podem ser encontrados determinados Neossolo Litólico Distrófico fragmentário por condições locais de dissecamento do relevo. Em condições de clima mais úmido, como nas escarpas das serras do Mar e da Mantiqueira, estão associados a florestas, mas também podem ocorrer em vegetação de campo ou de cerrado, dependendo do clima regional. São solos com sérios impedimentos para a produção agrícola e florestal, com pequena profundidade e pedregosidade que dificultam a penetração e a exploração de água e nutrientes pelas raízes de plantas. Apesar de ser comum sua utilização com pastagens, devido às suas limitações e fragilidade, o aproveitamento mais adequado destes solos se dá com manutenção da vegetação nativa e proteção das nascentes nele encontradas. Abrangem diversos ambientes climáticos, associados desde áreas de relevos muito movimentados (ondulados a montanhosos) até as áreas planas, sob a influência do lençol freático. Quanto ao material de origem, variam desde sedimentos aluviais até materiais provenientes da decomposição de rochas do cristalino (pré-cambriano). Em áreas mais planas, os Neossolos, principalmente os de maior fertilidade natural (eutróficos) e de maior profundidade, apresentam
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