Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE Disciplina: Introdução aos Estudos Literários Prof.: Sherry Almeida Aluno: Hallef de Oliveira Estudo dirigido A partir do pensamento de Antoine Compagnon, nos capítulos iniciais de O Demônio da Teoria (2006), desenvolva uma argumentação que apresente a compreensão do autor e a sua sobre o que é literatura e qual é sua função, considerando o a discussão sobre literariedade. R.: A obra de autoria Antonine Compagnom (2006), O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum, prescreve ao leitor o dever de observar a literatura sob a ótica da teoria e o fazer científico, não apenas com o olhar do senso comum. O primeiro capítulo da obra divide-se em sete tópicos, sendo o primeiro; A Literatura; segundo: A extensão da literatura; terceiro: Compreensão da literatura: Função; quarto: Compreensão da Literatura: Forma do conteúdo; quinto: Compreensão da literatura: A forma da expressão; sexto: Literatura ou preconceito; e sétimo: Literatura é Literatura; No primeiro tópico, de maneira inicial, há a indagação do que seria a literatura explícita ou implícita no âmbito do “estudo literário”, o que no tocante a esta indagação, é possível ver que diante de qualquer análise devemos prestar a atenção na definição deste objeto de estudo literário, no caso o texto literário, bem como a sua definição na qualidade literária deste texto. O autor se limita a definir o texto como respaldo literário e, por esta razão, como dito anteriormente, o autor indaga: “Numa palavra, o que é para ele, explicita e implicitamente, a literatura? ” (COMPAGOM, 2006, p. 29) Ante a isso, creio que haja a necessidade de definir a literatura e seu objeto de estudo, mas culminaria com normas extraliterárias; com mais definições com elementos que abrangeria um profundo conhecimento de mundo social, histórico, haja vista que não se tem ainda um aprofundamento sobre qual é o objeto de sua análise. O segundo tópico aborda a definição de literatura em seu sentido mais amplo, a saber: No sentido mais amplo, literatura é tudo que é impresso (ou mesmo manuscrito), são todos os livros que a biblioteca contém (incluindo-se aí o que se clama literatura oral, doravante consignada). Essa acepção corresponde à noção clássica de “belas-letras” as quais compreendiam tudo o que a retorica e a poética podiam produzir, não somente a ficção, mas também a história, a filosofia e a ciência, e, ainda, toda a eloquência (p.31) Observemos que o autor expõe a ideia de que literatura era quase tudo dentro da filosofia, ciência, história e poética. O termo literatura estava circunscrito ao que era impresso, não apenas a gêneros literários. Logo, tudo o que se tinha como escrito era, de certa forma, literatura. Ulteriormente, no século XIX, esta definição lhe é negada. Para o autor a literatura ganhou, na era moderna uma nova acepção, novas definições que vinha desde Aristóteles aos dias de hoje, como formulas poéticas e de imitações, e o sentido vem a ser inseparável do romantismo, este congratula o termo na pré era da modernidade. Segundo Antonine Compagnom, numa acepção romântica, literatura são os grandes escritores, mas, não nos esqueçamos, como assim informa o autor, que a mesma acepção é uma generalização canônica daquilo que tratamos aqui, a literatura. Mais à frente o autor reporta ao poeta T.S Eliot dizendo que a literatura rompe as barreiras, e pode se esconder em outras obras não pertencentes ao cânone, mas que poderão ser canônicas, fazendo rupturas e refazendo a literatura em um eterno retrocesso entre o novo e o antigo. Mais adiante, no sexto tópico, Antonine Compagnom nos dá uma definição de literatura, só que, a nosso ver, ao definirmos o que teoricamente seja literatura caímos em afirmativas de exclusão por parte do objeto de estudo da literatura, e é sempre um preconceito, pois a mesma, cabe a um sentido mais amplo mais universal, ou seja, como disse antes o autor, um sentido extraliterário. Por fim, o último tópico define que Literatura é literatura, aludindo que é aquilo que os professores e editores incluem na literatura, desde de elementos extraliterários, ou não. Ante o exposto, conclui-se que devemos nos ater ao que estamos estudando sobre o que vem a ser este termo que tanto entra em definições ampla e, ao mesmo tempo, eminentemente restrita. Neste capitulo é enfatizado pelo autor o paradoxo a que pode levar-nos as várias definições sobre o que é a Literatura.
Compartilhar