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Escolas hermenêuticas

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Escolas hermenêuticas.
Na aula passada a gente estudou algumas métodos que ajudaram a extrair o sentido da norma jurídica, e a gente viu que esses métodos não são incompatíveis uns com os outros, você pode aplicar todos eles na mesma norma jurídica e obter um resultado diferente, mas a partir de agora a gente vai começar a estudar as escolas hermenêuticas.
As escolas hermenêuticas são teorias do direito que define o conceito específico de direito, e o modo específico de interpretar, então diferentemente dos métodos hermenêuticos, as escolas hermenêuticas elas se contrapõe, porque na verdade o que ela defende é que um daqueles métodos que foi estudado na aula passada é melhor do que os outros, ou seja, um tem prevalência, e por causa disso elas terminam entrando em conflito, são concepções diferentes do direito que levam a gente a interpretar o direito com metodologias e formas diferentes, a gente vai fazer uma linha histórica das principais escolas do direito, que lidam não só com as ideias do que o direito, mas também como modo pelo qual a gente deve interpretar, algumas dessas escolas a gente já estudou, no decorrer dos outro estágio.
Escola da exegese: Essa é a primeira escola do direito, e ela é uma escola francesa que surgiu junto ao código de Napoleão, E a principal crença que essa escola tinha era o Fetichismo da lei, da crença que a legislação era perfeita, que ordenamento jurídico era completo, que não existe lacuna, e que por isso os juízes estão limitados na atuação do princípio da legalidade, ou seja, ele só pode julgar o caso concreto, com base na legislação, de modo que aplicação do direito na verdade funciona como sistema dedutivo, que a crença maior é a legislação, e a premissa menor o caso concreto. Então para casos semelhantes eu vou aplicar sempre as mesmas leis, e vou alcançar sempre as mesmas sentenças), Então a escola das da Exegese ela acredita numa espécie de objetividade de estabilidade de padronização do direito a partir da padronização da interpretação da legislação, então o grande princípio hermenêutico da escola da Exegese é o seguinte: Na clareza da lei cessasse se a interpretação, esse princípio exegético ele afirma que a interpretação do direito ela não pode ir além do que aquilo que está descrito na letra da lei, ou seja, a exegese ela vai Priorizar os métodos sintáticos de interpretação, os métodos sintáticos são: gramatical, lógico, e sistemático, então para exegese Os melhores métodos de interpretação e não só os melhores os únicos métodos de interpretação a demitidos possível do direito são os métodos sintéticos, um exegeta ele apenas análise o texto da lei em suas palavras frases ou relação a outras normas do mesmo ordenamento, o juiz está impedido de interpretar a legislação e o ordenamento para além dos limites daquilo que está expressamente positivado na codificação e na legislação porque o juiz está completamente preso ao princípio da legalidade ele não tem autonomia para julgar conforme o seu entendimento as ideias de justiça que ele possui, Ele tem que julgar sempre com base na lei, então a escola da exegese, Ela é grande Defensora dos métodos sintáticos de interpretação, Essa escola não desapareceu, toda vez que a gente fala hoje em princípio da legalidade e a gente fala na necessidade do juiz julgar conforme a legislação, a gente tá falando do método exegético de interpretação, então, então nesse sentido não é que a escola da exagere estava certo ou errada, Mas na verdade todas essas escolas tem alguma influência no modo como a gente interpreta o direito hoje, então tem muito juiz que ainda é exegético, que ainda acredita que tem que aplicar a legislação, sem muita, interpretação porque tem que respeitar a vontade do legislador. 
Escola da livre pesquisa científica: Essa escola também é uma escola francesa, ela foi criada por François , Segundo ele o nosso mundo se divide em duas partes, mundo no dado, que é regido por leis naturais e pelo direito natural, e o mundo do construído, que é o mundo cultural regido e criado pelos seres humanos, ou seja, pelo direito positivo, François ele é um critico da escola da exegese, Mais ele não é um crítico radical, ele critica apenas parcialmente a escola da exegese, Porque ele acredita que quando existe lei para um caso concreto o juiz ele tem que aplicar a legislação, ele tá adstrito ao principal da legalidade, mas François admite a existência das lacunas no ordenamento, o que a escola de exegese não admitia então para o François quando a gente tem um caso de lacuna então o juiz ele vai se lançar ao que a gente chama de livre pesquisa científica, a livre pesquisa científica é buscar em outros lugares que não seja o ordenamento jurídico, modos novos da gente preencher aquela falha ou aquela lacuna, eu vou fazer uma livre pesquisa, livre pesquisa, porque não está preso as amarras da lei , da legislação, e é científica: Porque essa pesquisa ela tem que ser uma pesquisa objetiva, ela não pode ser uma vontade subjetiva do juiz, eu faço essa pesquisa objetiva procurando nos costumes, no direito natural, que eu complemento o direito positivo, que é o direito do mundo da cultura, do mundo do construído, com o direito natural, que é o direito do mundo dado, e que não é lacunoso, porque é a lei da natureza, então nesse caso essa pesquisa ela se torna objetiva porque ela ainda atende a vontade dos objetivos do juiz, ela tem que obedecer a critérios objetivos específicos para que seja preenchido a lacuna sem que haja nenhuma afronta grande ao princípio da legalidade, então por isso a gente diz que a pesquisa científica ela é uma crítica a exegese porque ela admite a existência das lacunas, Diferentemente da exegese, mas ela não rompe totalmente com a exegese porque ainda advoga em favor do princípio da legalidade. 
Escola histórica do direito: Na época moderna com a revolução científica começou a surgir esse paradigma que até hoje existe, que é o paradigma da ciência natural, preso a essa perspectiva de ciência que tem um sujeito que analisa um objeto para saber o que é verdadeiro, gerou digamos assim certo envolvimento intelectual na Europa, então nesse período na Europa a gente tinha três potências que despontava como potências, de um lado a gente tinha França com o racionalismo francês representado pelo Descarte, pela aquela ideia que a gente pode pensar todo mundo, e a razão é capaz de produzir todo conhecimento científico independentemente da experiência, de outro lado a gente tinha a Inglaterra com os empiristas, com o Look que dizia que o conhecimento surgia da experiência e não da racionalidade, e do outro lado a gente tinha a Itália com o renascimento estético, então os grandes pintores, os grandes escultores todos eram italianos, só que Alemanha nesse período ela passava por mal lenços, inclusive Alemanha foi o último país da Europa ocidental a se constituir a reconstruir a sua fronteira definitivamente, nessa época enquanto os outros países estavam super desenvolvidos do ponto de vista científico e tecnológico, a Alemanha estava sempre a um passo atrás, ela ainda estava no regime feudalista cheios de guerras civis, os senhores feudais, ou seja, estava completamente dividida, e a Alemanha ela se sentia para trás em relação as grandes potências da Europa, e esse desenvolvimento do racionalismo ele foi tão elevado, que tudo que quisesse ser reconhecido como conhecimento científico tinha que ser equiparar aquele padrão de racionalidade francesa, e a Alemanha começou a se incomodar com isso, e disse que para fazer ciência eu não tenho que fazer ciência n estilo francês, eu posso encontrar outra forma de conhecimento científico, que é tão válido quanto o modo francês, o modo inglês de fazer, e que é meu, e foi aí que surgiu o que ficou conhecido como movimento Romântico, ou seja, o romantismo, ele não é só o movimento literário, na verdade ele é um movimento filosófico, científico, e estético, mas a gente geralmente só estuda ele na literatura, acontece que o romantismo ele gerou uma valorizaçãodo individual, porque assim no Descartes, no racionalismo a gente tem uma tendência a universalização, a padronização, como pensamento é o que surge do conhecimento, e o pensamento é igual para todo mundo, Descarte dizia que no início do discurso chamado discurso do método, todo mundo tinha um bom senso, agora tem gente que sabe usar melhor e tem gente que não sabe usar, ou seja, usa de uma maneira mais ruim, mas todo mundo nasce com a razão em igual, então o racionalismo ele tem essa tendência a universalização, que é a verdade que existe na França, é verdade que existe em qualquer lugar, o romantismo é o movimento inverso, ou seja, é a particularização do conhecimento a particularização do sentimento, por isso que o romântico, aquela pessoa que sente muito, é sempre é exagerada nos sentimentos, porque essa volta para o interior, esse retorno ao interior, envolve exatamente uma forma de manifestação do conhecimento que não é pela razão, mas sim pela emoção, E aí com isso gerou-se todo um movimento nacionalista alemão, ou seja, vamos valorizar o que é nosso, o que é interno aqui do nosso país e não aquilo que está imposto por países exteriores, então o romantismo é essa troca do pensamento racional para o pensamento emocional, e quando a gente leva isso pro direito, o que resulta disso é a escola histórica do direito, segundo a escola histórica do direito: a origem do direito é um costume, ou seja, o direito, surge de uma prática social, imemoriável tão velha que ninguém sabe de onde vem, mais que todo mundo acha que é obrigatória, e que existe uma espécie de sentimento de correspondência com essa prática, ou seja, a gente acha que essa prática é certa, mas a gente acha que ela é certa não porque a gente pensou e descobriu que Ela é certa, Mas por que os nossos pais faziam assim, nossos avós, e assim repetidamente até o ponto da gente não saber quem foi que começou com aquela prática, então a legislação vai dizer que existe o direito positivo, só que o direito positivo é o reflexo do costume, primeiro vem o costume e aí o direito positivo, positiva esse costume, por exemplo, quando a gente ver a questão do casamento, o casamento monogâmico, a gente casa com uma pessoa só, não é porque a lei manda, é porque existe essa prática das pessoas casarem com uma pessoa só, essa prática vem de uma prática religiosa do cristianismo, e aí esse costume repetido terminou sendo positivado, uma norma que proíbe a bigamia no nosso país, então a escola histórica do direito ela acredita que para você compreender o direito, você tem que compreender o costume, porque a origem do direito está no costume, só que a gente não pode dissociar a ideia de costume, com a ideia de povo, porque um costume pertence sempre há uma localidade, a uma determinada sociedade a um determinado povo, e aí surge o conceito formosíssimo da escola histórico aqui é o 
Volksgeist: Que é o espírito do povo, na verdade essa palavra espírito é uma palavra super utilizada, no movimento tanto estadista quanto romântico, ela foi criada pelo Reing, ele fala de espírito subjetivo então essa palavra é uma palavra comum da época, apesar de não ser hoje, quando alguém fala em espírito, a gente já pensa logo em um negócio sobrenatural, mas não é bem assim não, espírito do povo: é a ideia dos laços de costumes e de sentimentos que ligam o povo, que liga uma nação, quando a gente forma uma nação, a gente não é uma nação só porque a gente vive no mesmo território, a gente é uma nação porque a gente compartilhar dos mesmos costumes, dos mesmos atos, dos mesmos valores, é isso que forma a gente um corpo nacional, é por isso que os judeus antes de Israel, eles não tinham território não tinham país mas eles eram uma nação, porque os judeus eles tem um sentimento, eles tem um espírito do povo, eles tem um conjunto de costumes e de praticas de e de valores que são compartilhados muito exclusivamente por aquelas pessoas que são judeus, então a ideia de corpo não necessariamente está ligada a ideia de território, mais sim de compartilhamento de valores, então nesse sentido a teoria do direito é uma teoria que vai ter que estudar, vai ter que da de conta de desvendar de e interpretar esse espírito do povo, para conseguir a partir da interpretação do costume interpretar o sentido da norma, eu não tenho como interpretar a norma sem analisar o direito historicamente, então essa é uma grande linha de defesa da escola histórica, o direito vem do costume, e como o costume ele estar relacionado com laços de sentimentos, de valores de um povo , então a gente tem que estudar o direito por esse método, o método histórico, então a escola histórica do direito ela é uma grande defensora do método interpretação semântico histórico o grande representante da escola histórica foi o Savigny.
Savigny: ele criou uma teoria histórica do direito que não só defende que o costume é o fundamento do direito, mas entende que esse costume ele se articula de modo orgânico, ou seja, ele forma um todo da sociedade, só que quem estuda o espírito do povo, e quem estuda o costume não é o próprio povo, não é a pessoa comum, porque o povo não está interessado em saber qual o costume, ele está interessado em viver, ele está interessado em criar seus filhos, em casar, em produzir, em se alimentar, ele tá interessado em viver a vida, ele não está interessado em parar e pensar... Nossa qual o costume da minha nação, quem pensa nisso é teórico do direito, então o organicismo que usado em cria, é um organicismo que ele não é de fato, ele é apenas teórico, apenas o cientista do direito tem o conhecimento suficiente, e o discernimento suficiente, para entender o costume, não é qualquer pessoa que entende costume, não é qualquer pessoa que interpreta a norma, tem que ser esse ponto de vista do cientista do direito, então nesse sentido ele está puxando fogo para passadinha dele, ele tá dizendo, bem o direito nasce do costume, e o costume vem do povo, mas não é o povo que faz o direito, que interpreta o direito, quem faz e interpreta o direito é o cientista do direito, o cientista histórico do direito, o historiador do direito, da escola histórica surgiu outro movimento alemão também, que ficou conhecido como formalismo jurídico alemão. 
Formalismo jurídico alemão: da escola histórica surgiu outro movimento alemão também, que ficou conhecido como formalismo jurídico alemão, ainda não é o formalismo do Kelsen, mas ele se baseia muito nesse formalismo alemão, o formalismo alemão ele se desenvolve com dois discípulos de Savigny, ou seja, foram dois alunos do Savigny que desenvolveram teorias distintas, o primeiro aluno é o famoso.
Hering: Ele tem duas fases no pensamento dele, a primeira fase ele é formalista, na segunda fase ele é teológista, ele acredita na finalidade do Direito, e ele lança um livro chamado “a luta pelo direito”, e foi com esse livro que ele mudou a perspectiva teórica dele, e deixou de ser um formalista para ser uma pessoa que acredita que o direito tem uma finalidade, tem um fim, e que ele se realiza na luta prática pela justiça, por isso que eu nome do livro chama luta pelo direito, o direito é o resultado da nossa luta pela efetivação da justiça, é isso que o direito é pra a Hering, mas antes disso ele era formalista, o direito ele se torna uma ciência extremamente isolada, abstrata, e universal, o direito ele articula não é a lei, o direito articulou conceitos jurídicos, então quando a gente estuda direito, a gente não estudar a legislação, a gente estuda primeiro os conceitos, depois a gente estuda a legislação, a legislação segundo o formalismo alemão ela se apropria dos conceitos e criam as leis, mas quando a gente faz ciência do Direito, a gente não estuda a lei, porque a lei um resultado prático da ciência do Direito, que é o estudo dos conceitos do direito, então o formalismo alemão é chamado de jurisprudência dos conceitos, porque na verdade o formalismo ele defende que o direito se articula não por meio das normas, mas por meio dos conceitos jurídicos científicos, eesses conceitos jurídicos eles são universais, ou seja, em qualquer canto do mundo se eu disser o que é responsabilidade civil vai ser mais ou menos o mesmo conceito, agora o que vai mudar é as necessidades legais, como é que a gente age o ordenamento jurídico e se apropriam do conceito de responsabilidade, mas o conceito de homicídio não muda em nenhum canto do mundo, o conceito é o mesmo, agora os ordenamentos, as legislações se apropriam desse conceito e aplicam sanções, multas, punições diferentes, mas os conceitos jurídicos eles são sempre os mesmos, e quando a gente estuda direito, a gente não estuda a lei, a gente estuda conceitos jurídicos, e só secundariamente a gente estuda a legislação, então desse ponto de vista, se o direito estuda conceitos, e os conceitos são aplicados em qualquer teoria jurídica, então direito é uma ciência universal e abstrata, só que não pelo ponto de vista da norma, a norma varia, mas do ponto de vista dos conceitos jurídicos, é por isso que chama de formalismo, porque ainda está ligado à ideia de desse conhecimento do direito abstrato científico universal que não leva em consideração o conteúdo particularista dos ordenamentos do que as normas prescreve ou não, o segundo aluno o segundo estudioso colega do Hering é o Puchta, 
Puchta: Ele vai tentar fazer uma fusão entre escola da exegese, e escola histórica, , no a escola da exegese, é a grande representante do racionalismo, e a escola histórica, na exegese eu tenho que o direito é um sistema dedutivo, ele é dedutivo porque ele parte do geral para o particular, então eu tenho a lei, que é geral, e eu tenho um caso concreto que é particular, e aí a partir do geral particular eu chego na sentença, então o direito é um processo dedutivo, porque ele vai do geral para o particular, na escola histórica, é o inverso, o direito é um processo que surge do costume, e a indução ela parte do particular para o geral, o costume ele não é geral, o costume ele é particular, de cada povo, de cada valor, de cada sentimento, mas do costume surgiu a lei, e a lei é Geral, e aí eu aplico essa lei em um caso concreto, então o processo de aplicação e criação do direito na escola histórica é o inverso, vem do costume, que é particular, para o geral que a lei, já na escola da exegese é a dedução, vai da lei do geral, para o caso particular), aí o Puchta ele vai tentar fundir isso, ele vai dizer que na verdade o direito ele pode surgir tanto de um procedimento lógico dedutivo, quanto de um procedimento lógico indutivo, ele vai dizer que os dois podem, na verdade nem a exegese está totalmente errada, nem a escola histórica está totalmente errada, acontece que dependendo do sistema que eu aplicar, eu chego a um resultado diferente, se eu aplico a indução, eu saio do caso particular, e alcanço os princípios gerais do direito, quando eu pego um costume e aplico a ele uma lógica indutiva , eu vou com alcançar geral, esse algo geral é o princípio geral do direito, aí desse princípio geral do direito, que é geral, eu vou aplicar ao caso concreto, Ou seja, eu vou do geral para o particular, ou seja, eu estou aplicando no sistema lógico dedutivo, e aí eu alcanço a lei, a sentença, a legislação, então o direito ele é um processo em que os dois modos de raciocínio se aplicam, eu aplico tanto o método indutivo, vindo do costume criando uma norma genérica, geral, que é positivado pelo direito, e vem dessa norma geral que eu criei, aplicando de volta para o caso particular, e aí esse caso particular, ele retro alimenta, e aí o direito ele é sempre a articulação entre os sistemas lógicos indutivos e os sistemas lógicos dedutivos, mas em todo caso isso que ele está falando não é da lei, mas sim dos conceitos por isso que ele está enquadrados ainda no formalismo jurídico alemão, ambos são defensores da jurisprudência dos conceitos. 
Positivismo sociológico: nesse período da modernidade, surgiu um cara chamado Comple, ele criou a ciência física social, que a gente chama hoje de sociologia, o positivismo sociológico, ele foi uma teoria que não foi necessariamente jurídica, é uma teoria sociológica, e ela surgiu porque o Comple gritava que a física social era uma ciência que tinha como objeto o corpo social, ou seja, a sociedade, só que ela era uma ciência que baseia o seu método científico na experimentação do concreto, do Real, do que está posto, por isso que ela chama de positivismo, a gente estuda uma sociedade não a sociedade imaginária irreal, mas sim a sociedade real, a sociedade que eu consigo observar, e assim produzi um saber sobre isso, então Comple ele acreditava que o desenvolvimento científico da humanidade tinha três fases, a fase teológica, a fase metafísica, e a fase positiva, que é fase mais elevada na qual está a sociologia. 
Fase teológica: A fase teológica é quando tudo que o homem observa, ou tenta explicar, ele coloca a culpa em Deus, então, por exemplo, se caiu um raio, a culpa foi de Deus, se eu ganhar na megasena a culpa foi de Deus, tudo é culpa de Deus, a justificativa do mundo é sempre uma justificativa divina, uma explicação do divino, teológica, essa fase, mas inicial do conhecimento humano, é tanto que antigamente os índios quando via o mar eles achavam que era Deus, tudo que a gente não sabia explicar, era Deus, essa é fase teológica, depois da fase teológica o homem romper com a dignidade, mas ele continua a usar os conceitos abstratos, ou seja, essa fase metafísica. 
Fase metafísica: A fase metafísica eu ainda não justifico a minha vida e o mundo como coisas concretas, mas assim como conceitos abstratos, tipo assim, a natureza humana, a natureza humana é um negócio meio metafísico, ou seja, meta físico, além da física, então assim não é, mas Deus, mas também são conceitos abstratos, tipo natureza humana, bem comum, a ideia de racionalidade, tudo isso é conceito abstrato, ele é de verdade, eu justifico as coisas do mundo não pelo que é real, mas pelo que é apenas pensado, apenas racional, apenas que não existe na concretude, existe apenas no pensamento, então essa fase é a fase metafísica, a fase metafísica ela é superada pela fase da ciência positiva. 
Fase positiva: é a fase da ciência do concreto, do real, então agora a gente justifica o mundo não é, mas Deus, não é uma ideia de razão, ideia da metafísica de mundo, das ideias, mas sim daquilo que está concreto, que se mostra pra gente, que explica você consegue comprovar, justificar as coisas que acontece no mundo sem apelar para conceitos abstratos ou para Deus, mas sim explicando a realidade a partir da própria realidade, então essa é fase da ciência positiva, e aí a sociologia ela vem como ciência positiva maior, porque toda ciência da época era uma ciência racionalista, que explicava o mundo por conceitos racionais, então o Compe ele acreditava que essa ciência estava na fase metafísica, porque ela ainda não se voltava para o concreto, e aí a sociologia como ciência do corpo social, ela vem exatamente como aquela ciência que se volta para prática social concreta, ou seja, para aquilo que está posto, e aí foi por isso que o Comple desenvolveu o que a gente conhece hoje como positivismo sociológico, o efeito disso no direito é que, se o positivismo valoriza aquilo que está posto, aquilo que está concreto, que é real, o tipo de direito que o positivismo vai defender, é o direito natural ou direito positivo, vai defender o direito positivo, porque o direito natural é uma fase metafísica do direito, do mesmo jeito que o direito canônico é uma fase teológica do direito, então o positivismo jurídico baseado no positivismo sociológico, ele desenvolve uma ideia naturalista do direito, ou seja, o direito ele é um objeto natural, só que quando a gente fala em um sentido natural, é o natural no sentido físico, o objeto que está posto na nossa sociedade, e que é o direito positivo, o direito concreto, o direito real, então esse naturalismo desemboca numa sobrevalorização do direito positivo entretimento do direito natural. A gente tem dois grandes tipos dedireito, o direito natural, que o fundamento é a natureza humana, e o Direito positivo, que o fundamento é a força da autoridade, a vontade da autoridade é o fundamento do direito positivo, o fundamento do direito natural ele é um fundamento metafísico, porque eu não tenho como explicar a natureza humana, o direito natural ele é um pensamento metafísico sobre direito, ele não é um pensamento que se volta para o direito concreto, o direito concreto ele é um direito positivo, é um direito que está posto pela autoridade, então o positivismo jurídico inspirado no positivismo sociológico, ele vai se inspirar no Comple, e nessa ideia de fase positiva do conhecimento, para estabelecer uma visão naturalista do direito, mas não é naturalista do direito, no sentido de direito natural, é naturalista no sentido de objeto concreto, real na nossa frente, e aí ele vai se inspirar no naturalismo para defender uma hegemonia, uma sobrevalorização do direito positivo, entendimento do direito natural, porque o direito natural é metafísico, enquanto direito positivo, ele é positivo, ou seja, é uma fase do direito posto pelo direito real para o direito concreto, o método de interpretação mais definida pela escola sociológica é o método sociológico, esse ainda não é o positivismo de Kelsen, o positivismo de que Kelsen ele é conhecido como positivismo Dominato, porque existe três positivismo, existe o positivismo sociológico, que é o do Comple, existe o positivismo lógico, que é o primeiro movimento da filosofia da linguagem, do círculo de Viena que não tem nada haver com direito, e o positivismo jurídico dogmático, que é o positivismo Kelseneano, mas Comple se fluência por essa ideia de direito positivo, e essa crítica ao direito natural, ele acredita que o direito natural não existe na verdade nada natural, os direitos eles sempre são postos por uma autoridade em um momento histórico específico, então Kelsen ele apresenta essa mesma crítica na distinção Entre o direito natural e direito positivo, Kelsen é uma mistura de formalismo alemão, com o positivismo, ele valoriza o direito positivo, mas não numa perspectiva naturalista, e sim numa perspectiva da ciência, ou seja, é a ciência pura do Direito, o direito não é um objeto natural para o Kelsen, para o positivismo sociológico o direito é como se fosse um objeto social, está vivo ali dentro da sociedade, dentro do corpo social, ele é algo dado, e aí a gente observa esse algo real, esse objeto real, e produz o direito positivo, esse naturalismo não é direito natural, é naturalismo no sentido de direito como objeto real, concreto na sociedade, não é direito natural.
Jurisprudência dos interesses: o Heck ele vai afirmou o seguinte, as normas jurídicas elas existem para tutelar bens, toda norma jurídica ela protege um bem, então, por exemplo, as normas que proíbem as pessoas de matarem as outras, ela está tutelando o bem da vida, as normas que dizem que a gente tem a liberdade de ir e vir quando a gente quiser, é uma norma que tutela a liberdade, então toda norma jurídica tem um bem que ela protege, que ela resguarda, esse bem, esse valor, é o que Heck chama de interesse, o interesse é quando eu tenho um bem a ser protegido, quando eu tenho um valor, quando eu tenho algo que eu quero que seja resguardado e protegido pelo direito, acontece que a prática jurídica na verdade ela se realiza no jogo de interesses, se as normas, cada norma tem um interesse, as vezes as normas tutelam interesses distintos, e esses interesses eles podem entrar em conflito, então o papel do juiz é fazer esse equilíbrio entre os interesses normativos, os interesses normativos na verdade existe dois tipos de interesses na nossa vida, existe os interesses particulares.
Interesses particulares: são os interesses daquilo que cada um de nós temos, de cada pessoa, esses interesses particulares eles são resguardado pelo direito na sentença, quando eu entro na justiça, eu não entro por causa de um interesse geral, eu entro para satisfazer um interesse que é meu, aí o juiz aplica a sentença e aquela sentença ela protege o meu interesse, essa sentença não se aplica a outras pessoas além de mim, a sentença ela trata de interesses particulares que estão em conflito, mas além dos interesses particulares, que são os das pessoas comuns, individuais, a gente também tem os interesses gerais. 
Interesses gerais: os interesses gerais eles são resguardado por normas gerais, que são as legislações, os interesses particulares eles são protegidos por normas individuais, particulares, sentenças, e os interesses gerais, são protegidos por normas gerais, como a legislação, então quando a gente fala da legislação protetora da vida, da propriedade, da liberdade e da igualdade, isso não é um interesse particular só meu isso é um interesse geral, coletivo, então ele vai ser resguardado por uma norma jurídica, na prática o que o juiz ele tenta amenizar o endereço da norma, que é o interesse geral, com os interesses particulares, o juiz ele está fazendo sempre esse jogo de balança, ele está dizendo e harmonizando, contrabalanceando interesses, por isso que o direito é uma jurisprudência dos interesses, esses interesses são os interesses gerais da norma jurídica em face dos interesses individuais dos particulares, e aí o juiz aplicar a norma ao caso particular, mais esse ato de aplicar a norma na verdade é um ato de mediar, de articular, interesses, o método interpretativo que o Heck acha mais bacana é o método teológico, porque eu vou pensar a finalidade da lei, eu vou pensar o interesse, o bem que a lei resguardar para eu poder contrabalancear o interesse dos particulares em conflito, então o Heck ele utiliza o método teleológico majoritariamente, não é para confundir, jurisprudência dos conceitos, afirma que o direito articula conceitos, a ciência do direito é um conjunto de conceitos universais e abstratos que se articula e que são apropriados pela legislação para positivar para normatizar, para regular o comportamento, então o direito se articula nos conceitos, a ciência do Direito é conceitual, a jurisprudência dos Interesses, não é uma articulação de conceitos, é uma articulação de interesses. 
Movimento para o Direito livre: A escola do direito livre, ou o movimento para o direito livre, ela não tem um representante só, na verdade foram vários autores que começaram a questionar a ideia de princípio da legalidade, a ideia de incerteza jurídica, a ideia de garantia legislativa, garantia por meio da norma jurídica, e aí começaram a desenvolver uma corrente jurídica que foi conhecida como direito alternativo, no Brasil o direito alternativo é muito aplicado nos tribunais do Sul, porque os juízes lá eles entende que o compromisso deles na verdade é com a justiça, e não com a legislação, então a legislação é só mais uma fonte de justificação da sentença judicial, eu posso fundamentar minha decisão judicial por vários instrumentos, inclusive pela lei, mas se eu acho que a lei é injusta, então eu não vou aplicar absolutamente o que está descrito na legislação, porque eu tenho esse compromisso com a realização do justo, lembrando que o justo não tem nada ver com que “eu” juiz acho justo, mas sim, com que a minha tradição acha justo, então o juiz ele está relacionado com a ideia opinião pública, ele não faz o que ele acha correto, mas ele faz a justiça objetiva, ele se baseia na ideia de justiça objetiva, e não de justiça subjetiva, a justiça objetiva ela pode ser comutativa, distributiva, e social, todas essas ideias de justiça nenhuma delas está relacionado com o que “eu” penso e acho certo ou errado, tem sempre um patamar de justiça que vai para além da minha vontade individual, e é isso que o direito vai realizar, e é isso que o juiz deve concretizar na formulação de suas sentenças, obviamente a escola do direito livre não defender uma posição habituaria do Direito, o juiz julga do jeito que ele quer, o juiz ele tem que fundamentar a decisão judicial, e essa fundamentação ela tem que ser uma fundamentação razoável,ou seja, todo mundo tem que ler e dizer tá senhor juiz entendi o senhor conseguindo aceitar aquele fundamento. 
Formalismo jurídico de Kelsen: Kelsen é um formalista e ele prioriza a forma da lei, o nome da forma da lei para ele é uma proposição prescritiva hipotética condicional, Que é, Se A é, deve ser B, as partes dessa norma são normas primária e normas secundária, essas partes se liga a partir do princípio da imputação, essa norma é posta por uma autoridade competente segundo procedimento legislativo, quem determina a autoridade e o procedimento legislativo é uma norma, para o Kelsen a norma cria normal, a norma superior criar a norma inferior, porque existe uma hierarquia nas normas, em que eu tenho as normas superiores, as normas gerais, e as normas individuais, todas elas estão relacionados no processo de supra e infra ordenação, numa cadeia de validade formal, essa validade formal se dar de modo dinâmico em que as normas se relaciona pelo procedimento, e não pelo conteúdo, e aí obviamente se uma norma criar outra norma fica necessário que uma pressuposição lógica que estaura a validade do ordenamento chamado de norma fundamental, considerando o sistema do Kelsen percebe-se que a tentativa teórica que ele tentou construir foi uma teoria cientificista, por isso que ele é formalista, porque ele se espira lá no formalismo jurídico alemão, mas ele não afirma que o direito são conceitos, o direito é composto de proposições hipotéticas condicionais, de proposições jurídicas, por isso que ele não é formalista alemão clássico, ele também se espira no positivismo, porque ele privilegia o direito positivo, ao invés do direito natural, então ele também se espira no positivismo sociológico, mas ele se diferencia por que para ele o direito ele é uma proposição puramente, ou seja, o direito é um juízo, e o juízo é só um pensamento, então não tem como ele ser um positivista sociológico, até porque ele acredita que a sociologia ela não pode fazer parte da ciência do direito, nem a sociologia, nem a ética, nem filosofia, nem a ideia de justiça, nem a ideia de valor, nem nada, a Ciência do direito é uma ciência pura, é por isso que ele cria uma nova forma interpretação, a interpretação para o Kelsen ela não pode se dar na proposição jurídica, ela se dar na norma jurídica, a diferença de proposição jurídica para norma jurídica, é que existe a regra de direito, que a forma da lei, e existe a norma de direito, que é o conteúdo da lei, a gente interpreta o conteúdo da lei e não uma forma da lei, então a gente interpreta a norma de direito, a norma jurídica, a gente não interpreta a regra de direito, que a proposição jurídica, então não tem como a interpretação ser objetiva, O Kelsen é o maior objtivista do mundo, mas quando chega na parte da hermenêutica e diz que a interpretação da norma vai variar, a norma tem diversas possibilidades de sentido, ele vai dizer que a forma da lei ela como uma espécie de moldura, e que dentro dessa moldura existe os vários sentidos que a norma jurídica pode ter, uma norma jurídica, que é o conteúdo da proposição, pode ter vários sentidos diferentes, dependendo da interpretação que a pessoa dar, mas todos esses sentidos eles estão delimitadas dentro da forma da lei, então a forma da lei uma moldura, que contém os milhares de sentidos que uma norma jurídica pode ter, a mesma norma jurídica, aí o juiz na hora de aplicar a lei, que é o processo de subsunção, a subsunção é o processo de aplicação da norma geral com a aplicação da norma individual, então quando o juiz vai aplicar a lei, é nesse momento que ele vai interpretar, a interpretação para o Kelson é escolher um dos sentidos possíveis da norma, interpretar é escolher um sentido possível para norma jurídica, é como se você estivesse pescando um sentido dentro daquela moldura que contém todos os sentidos possíveis da norma, para eu poder escolher um desses sentidos eu preciso da interpretação da hermenêutica, e a hermenêutica ela não pode se dar por questão de valores, a hermenêutica não pode ser uma ciência pura, para eu interpretar eu preciso de um juízo de Valor, eu preciso ter consciência do contexto em qual eu me aplico, então o Kelsen vai dizer que o modo pelo qual eu interpretar a norma, não faz parte da ciência do Direito, se você quiser saber como se interpretar uma norma você vai estudar a hermenêutica jurídica, que é outra ciência que não é ciência do Direito, ele não defende que um método é melhor que o outro, porque ele acredita que a hermenêutica jurídica não faz parte da ciência pura do Direito, ela é uma ciência separada, assim como é a sociologia jurídica, a filosofia jurídica, a ética jurídica, não é que ele negue que não existe o conceito de justiça, que não existem valores do direito, existem só que eles não são estudados por ciência do Direito, se você quer estudar os valores do direito você vai estudar ética jurídica, você não vai estudar teoria geral do direito, se você quer estudar interpretação do direito, você vai estudar hermenêutica jurídica, você não vai estudar ciência do Direito, na verdade é isso que ele defende, o Kelsen ele exclui a hermenêutica do processo da teoria geral do direito, porque não tem como separar a hermenêutica dos valores, não tem como separar a hermenêutica da posição, quando a gente interpreta, a gente interpreta sempre a partir de uma posição, que é um lugar dentro de uma tradição, que são apropriação de valores, não tem como escapar da hermenêutica e afasta-la dos valores, e aí para não se prejudicar Kelsen termina separando o processo de interpretação, do processo de criação do direito, ele separa, o direito se cria de uma forma e se interpreta de outro. 
Jurisprudência dos valores: A jurisprudência dos valores ela está relacionada com a teoria da norma como juízo de valor, essa teoria ela afirma que a norma não surge da norma, eu tenho um fato, e aí a esse fato eu posso atribuir vários valores, é bom ruim certo errado, quando eu atribuo a um fato um valor de ser justo ou de ser injusto, automaticamente esse fato se transforma em uma norma, ou seja, a norma jurídica é a qualificação de um fato como justo ou injusto, é atribuição de um valor a um fato, mas não é qualquer valor, é o valor do justo ou injusto, a jurisprudência dos valores ela vai trabalhar não só com ideia de valor justo ou injusto, mais com uma ideia mais ampla, o direito na verdade ele é uma atribuição de valores, a certos bens que nós temos na nossa vida, então o direito, ele não é científico, ele não é positivista, ele não é nada, na verdade o direito é uma grande ética jurídica, em que a gente lida com valores culturais e as normas jurídicas elas são normas sempre tradicionais, isso significa que o direito é um conjunto de normas tradicionais, e vem da tradição, a tradução é apropriação de certos objetos e atribuição de um significado para esse objeto, de um valor para esse objeto, é o mesmo objeto valorado de maneiras diferentes, a função do direito é transformar essa tradição, essa determinação de valores em normas, então quando juiz aplica o direito, na verdade ele está interpretando valores, ele não está interpretando normas, ele está interpretando valores que estão embutidos, resguardados, na norma, e esses valores são os valores daquela tradição, que garante a existência, e a vida, e o modo de vida daquela tradição específica, então ordenamento brasileiro eles resguardam os valores da sociedade brasileira, de um modo geral, então quando juiz diz o direito, o juiz na verdade ele não interpreta a norma, ele interpreta o valor, para eu interpretar o direito, eu tenho que interpretar os valores da sociedade ao qual pertenço, então na verdade a Jurisprudência dos valores ela está ligada a ideia de tradição, e a ideia de que o direito não está separado da moral, direito e moral eles se sobrepõe, porque as normas do Direito São normas de valor também, só que são normas de valor que tem um plug a mais, o que se adiciona ao direito que não tem dono moral é a sanção jurídica, a norma moraltem a sanção moral, e a norma jurídica tem a sanção jurídica, mas a norma jurídica é uma apropriação de valores, da mesma forma que a norma moral, então para eu interpretar o direito, eu tenho que interpretar cultura, existe uma aproximação entre direito e cultura, e tradição, e modo de vida de um povo, e tudo isso está sobreposto, a diferença para o historicismo, é que o historicismo se baseia na ideia de costume, o costume tem um conceito específico, que é uma prática social, indeterminada, tão velha que a gente não sabe quando ela começou a existir, e a gente acha que ela é obrigatória, mesmo não sendo.

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