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TRABALHO A CARTOMANTE pronto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPUS DE AQUIDAUANA
Disciplina: Teoria da Literatura l
Acadêmicos: Jorge, Mateus, Rosa, Vânia e Yuri
Profª. Rosalina Brites de Assunção
Análise do conto A CARTOMANTE (Machado de Assis)
Enredo
	Trama que tem como tema um triângulo amoroso envolvendo dois amigos de infância, que, ao se reencontrarem após muitos anos, um deles passa a se envolver emocionalmente pela esposa do outro.
Narrador
	O narrador é heterodiegético, onisciente e apresenta a narrativa em terceira pessoa, ou seja, apenas conta a história não participando ativamente dela, mas conhece os sentimentos mais internos dos personagens. 
“Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura; mas a batalha foi curta e a vitória delirante.”
Personagens
	Nesse conto temos quatro personagens principais que são: Vilela, Camilo, Rita e a cartomante. Também aparecem outros secundários que não participam ativamente, portanto não foram determinantes para o desfecho da trama, exceto a mãe de Camilo que em razão de sua morte, acentuou maior aproximação entre ele (Camilo), e Rita.
Rita
Características Físicas
“Realmente, era graciosa e viva nos gestos, olhos cálidos, boca fina e interrogativa. Era um pouco mais velha que ambos: contava trinta anos...”
Características Psicológicas
Rita era envolvente, dissimulada, desconfiada, corajosa e ao mesmo tempo medrosa. 
“Rita como uma serpente, foi se acercando dele, envolve-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado.”
“A opinião dela é que Camilo devia tornar à casa deles, tatear o marido, e pode ser até que lhe ouvisse a confidência de Algum negócio particular.”
“Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu a cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo.”
Vilela 
Características Físicas
“Vilela vinte e nove e Camilo vinte e seis. Entretanto, o porte grave de Vilela fazia-o parecer mais velho que a mulher,...”
Características Psicológicas
Vilela era amigo, prestativo, desconfiado e violento.
“Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; ...”
“Nenhuma apareceu; mas daí algum tempo Vilela começou a mostrar-se sombrio, falando pouco, como desconfiado.”
“Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.” 
Camilo
Características Físicas
“... enquanto Camilo era um ingênuo na vida moral e prática. Faltava-lhe tanto a ação do tempo, como os óculos de cristal, que a natureza põe no berço de alguns para adiantar os anos. Nem experiência, nem intuição.”
Características Psicológicas
Camilo era também dissimulado e medroso.
“A verdade é que gostava de passar as horas ao lado dela; era sua enfermeira moral, quase uma irmã, mas principalmente era mulher e bonita. Odor di femina: eis o que aspirava nela, e em volta dela, incorporá-lo em si próprio.”
“Camilo estremeceu, tinha medo: depois sorriu amarelo, e em todo caso repugnava-lhe a idéia de recuar e foi andando.”
A cartomante
Características Físicas
“Era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena e magra, com olhos sonsos e agudos.”
“... com os dedos finos, de unhas descuradas;...”
“... mostrando duas fileiras de dentes que desmentiam as unhas.”
Características Psicológicas
A cartomante era enganadora e misteriosa.
“Nada aconteceria nem a um nem a outro; ele, o terceiro, ignorava tudo”
Tempo
	A narrativa é “in medias res”, ou seja, começa pelo meio da história.
Tempo da diegese
É o tempo durante o qual a história se desenrola, podem ou não ter referências temporais como as horas, os dias, os meses etc.
“Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; Rita tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor.”
Tempo do discurso
É o modo como o narrador relata os acontecimentos e pode coincidir ou não com o tempo da diegese.
“Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1989, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.”
Tempo Psicológico
Não mantém nenhuma relação com o tempo propriamente dito, transcorre no interior de cada personagem, ou seja, é o tempo interior que se encurta ou se prolonga de acordo com o estado de espírito em que o personagem se encontra. (dor, tristeza, angústia etc)
“E consigo, para explicar a demora ao amigo, engenhou qualquer cousa,; parece que formou também um plano de aproveitar o incidente para tornar à antiga assiduidade... De volta com os planos, reboavam-lhe na alma as palavras da cartomante. Em verdade, ela adivinhara o objeto da consulta, o estado dele, a existência de um terceiro; por que não adivinharia o resto? O presente que se ignora vale o futuro. Era assim, lentas e contínuas, que as velhas crenças do rapaz iam tornando ao de cima, e o mistério empolgava-o com as unhas de ferro. Às vezes queria rir, e ria de si mesmo, algo vexado; mas a mulher, as cartas, as palavras secas e afirmativas, a exortação:...” 
Espaço
Físico
O espaço se dá no Rio de Janeiro, mais precisamente na região do Botafogo e também em algumas ruas.
“Esta desceu pela rua das Mangueiras, na direção do Botafogo, onde residia; Camilo desceu pela da Guarda velha, olhando de passagem para a casa da cartomante.” 
“Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo,...”
Psicológico
É o espaço interior do personagem, onde se situam as ações como vivências, os sentimentos e os pensamentos.
“Como daí chegaram ao amor, não o soube ele nunca. A verdade é que gostava de passar as horas ao lado dela; era sua enfermeira moral,...”
Ponto de Vista
É a relação entre o narrador e a diegese e também entre o narrador e o narratário.
Podemos classificar o conto com uma visão “por trás”, (é quando o narrador conhece tudo sobre os personagens e a história), com Focalização Heterodiegética (onde o narrador não é um dos atores da diegese), interna ( o narrador apresenta o que se passa no interior dos personagens) e onisciente (o narrador conhece tudo em relação aos personagens e aos eventos).

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