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APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM ANSIEDADE, DEPRESSÃO

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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Bacharel em Educação Física 
 
 
 
 
Javier Gaston Arcos 
João Victor Martins Consentino 
Thaís Amanda Reia 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM 
ANSIEDADE, DEPRESSÃO E SÍNDROME DO PÂNICO 
Academia Saikoo – Penápolis SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2014 
 
 
Javier Gaston Arcos 
João Victor Martins Consentino 
Thaís Amanda Reia 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM ANSIEDADE, DEPRESSÃO 
E SÍNDROME DO PÂNICO 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa Experimental 
apresentado ao Centro Universitário 
Católico Salesiano Auxilium, para 
obtenção do titulo de Bacharel em 
Educação Física sob a orientação dos 
Professores Me. Leandro Paschoali 
Rodrigues Gomes e orientação técnica 
Ma. Jovira Maria Sarraceni. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2014 
 
 
Javier Gaston Arcos 
João Victor Martins Consentino 
Thaís Amanda Reia 
 
APLICAÇÃO DA MUSCULAÇÃO EM PESSOAS COM ANSIEDADE, DEPRESSÃO 
E SÍNDROME DO PÂNICO 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para a 
obtenção do titulo de Bacharel em Educação Física. 
 
Aprovada em: ___/___/___ 
 
Banca examinadora: 
Professor orientador: Leandro Paschoali Rodrigues Gomes 
Titulação: Mestre em Educação Física – UNIMEP/PIRACICABA-SP 
Assinatura:_________________________ 
 
1º Prof(a): ___________________________________________________________ 
Titulação: ___________________________________________________________ 
 Assinatura: _________________________ 
 
2° Prof(a): ___________________________________________________________ 
Titulação:____________________________________________________________ 
 Assinatura: _________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por estar sempre presente em minha 
vida, aos meus pais, que sempre me apoiaram em todas minhas decisões, aos 
mestres que compartilharam de seus conhecimentos.” 
 
Javier Gaston Arcos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Dedico essa conquista aos meus pais Elio José Consentino e Tânia Aparecida de 
Souza Martins Consentino, pois tenho certeza que sonharam e acreditaram na 
chegada deste momento que marca o início de uma nova etapa em minha vida e 
também a minha namorada Thaís A. Reia que sempre esteve presente e faz parte 
dessa conquista.” 
 
João Victor M. Consentino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Dedico este trabalho à minha família que me proporcionou oportunidades de tornar 
o meu sonho, realidade. Por estarem sempre acreditando no meu potencial, 
confiando no meu sucesso, apoiando minhas decisões e me reerguendo em 
qualquer situação desagradável. Assim facilitando e tornando mais seguro, cada 
passo percorrido nesta jornada.” 
 
Thaís A. Reia 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus por ter me dado forças necessárias no decorrer do 
curso, á superar todos os obstáculos. Aos meus pais pelo apoio de sempre. 
Aos meus MESTRES, em especial a Giseli, Ana Claudia, Wonder, Hilinho, 
que sempre contribuíram de maneira única para meu crescimento profissional. 
Aos meus amigos e parceiros Thais Reia e João Victor pela paciência e em 
acreditar no meu potencial. 
 
Javier Gaston Arcos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, e também a todos que nos 
deram forças para o desenvolvimento deste trabalho, que nos incentivaram em 
todos os momentos e que de alguma forma fizeram parte dessa etapa em nossas 
vidas. 
Agradeço a minha família que ao longo destes anos, por varias vezes me 
acalmou nos momentos de dificuldades, que me apoiou para que na faculdade eu 
pudesse me preparar para enfrentar uma nova realidade profissional. Agradeço 
também a minha namorada Thaís Reia que sempre esteve presente na minha vida 
ao meu amigo e parceiro de tcc Javier e aos professores do UNISALESIANO LINS 
pelo apoio, especialmente ao nosso orientador Me Leandro Paschoali Rodrigues 
Gomes que com muita dedicação contribuiu na minha formação profissional e 
pessoal, e aos colegas de curso pelo companheirismo e amizade de sempre. 
 
 João Victor Martins Consentino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Agradeço primeiramente a Deus, que me fez capacitada para concluir este 
curso, iluminando minhas escolhas e minha mente, me proporcionando 
tranquilidade, persistência e sabedoria nesta jornada. Agradeço à minha família, a 
qual é a minha base, o meu alicerce. Sou grata por sempre me mostrarem o melhor 
caminho a seguir, me apoiarem nas decisões tomadas, por confiarem e acreditarem 
no meu sucesso. Esta confiança depositada em mim foi a minha maior motivação. 
Agradeço também os meus professores, em especial, o meu orientador Leandro 
Paschoali, os quais facilitaram este caminho a ser percorrido, ao meu namorado 
João Victor Consentino aos meus amigos , em especial Javier, meu parceiro de 
monografia, que tornaram esta jornada ainda mais prazerosa. 
 
Thaís A. Reia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A população brasileira vem sofrendo cada vez mais com situações de 
descontrole emocional, sendo detectada na maioria das vezes, como transtorno 
emocional ou síndrome emocional, ocasionando alterações psicológicas, fisiológicas 
e comportamentais. Os transtornos emocionais em geral acarretam uma série de 
malefícios para o ser humano, pois prejudica o indivíduo acometido de diferentes 
formas, e assim, comprometendo sua qualidade de vida. A depressão, por exemplo, 
pode ser interpretada como uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, causando 
uma amargura, desprazer, tristeza profunda e sem fim no portador. Já a ansiedade, 
desencadeia inúmeros desequilíbrios e aflições emocionais no indivíduo como 
inseguranças e incertezas futuras, prevendo perigos e ameaças que muitas vezes 
são inexistentes, acarretando desconfortos físicos, emocionais, fisiológicos, sociais, 
entre outros. Enquanto a síndrome do pânico se caracteriza, sobretudo, o medo 
excessivo, sensação de morte e impotência, também causando reações físicas, 
emocionais, psicológicas e comportamentais. Neste contexto, o exercício físico tem 
se apresentado como uma ferramenta de suma importância para o tratamento e 
prevenção destas síndromes emocionais. Já é reconhecido que o exercício físico 
estimula a liberação de hormônios considerados hormônios do prazer, os quais 
geram sensação tranquilizante, analgésica e de bem estar, deste modo, a prática 
regular de exercícios acarretam benefícios significativos para a melhora dos 
sintomas. Portando, a aplicação do treinamento de musculação para pessoas com 
ansiedade, depressão e síndrome do pânico, associada ao tratamento 
medicamentoso e acompanhamento psicológico gera mudanças benéficas no 
quadro fisiológico, psicológico, físico, social e comportamental para o individuo que 
sofre de ansiedade, depressãoe síndrome do pânico. 
 
Palavras-chaves: Depressão. Ansiedade. Síndrome do pânico. Exercício. 
Musculação. 
 
 
ABSTRACT 
 
The Brazilian population has suffered increasingly with situations of emotional 
control and is detected most often, such as emotional disorders or emotional 
syndrome, causing psychological, physiological and behavioral changes. Emotional 
disorders in general result in a series of harms to humans, since it impairs affected 
individuals in different ways, and thus affecting their quality of life. Depression, for 
example, can be interpreted as a psychiatric chronic and recurrent disease, causing 
bitterness, unpleasantness, deep sadness and endless in the carrier. Already 
anxiety, emotional imbalances and triggers numerous afflictions on the individual as 
future uncertainties and insecurities, foreseeing dangers and threats that often are 
non-existent, resulting in physical, emotional, physiological, social discomfort, among 
others. While panic disorder is characterized, above all, excessive fear, death and 
sense of helplessness, also causing physical, emotional, psychological and 
behavioral reactions. In this context, the exercise has been presented as a tool of 
paramount importance for the treatment and prevention of these emotional 
syndromes. It is recognized that physical exercise stimulates the release of 
hormones considered hormones of pleasure, which generate tranquilizer, analgesic 
and wellness thus feel, regular exercise lead to significant symptom improvement 
benefits. Porting the application of strength training for people with anxiety, 
depression and panic disorder, associated medical treatment and psychological 
counseling produces beneficial changes in physiological, psychological, physical, 
social and behavioral framework for the individual who suffers from anxiety, 
depression and panic disorder. 
 
Keywords: Depression. Anxiety. Panic Disorder. Exercise, Weight. Training.
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Avaliação do Grau de Depressão (Escala de Beck)................................. 33 
Tabela 2: Avaliação do Grau de Ansiedade (Escala de Beck)................................. 34 
Tabela 3: Avaliação do Grau de Pânico (Escala de Beck)....................................... 34 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
OMS: Organização Mundial de Saúde 
TP: Transtorno do pânico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 
 
1 CONCEITOS PRELIMINARES .......................................................................... 16 
1.1 Síndrome Do Pânico ........................................................................................ 16 
1.1.1 Causas, sintomas e consequências ................................................................. 17 
 
1.2 Ansiedade ........................................................................................................ 19 
1.2.1 Conceitos ......................................................................................................... 19 
1.2.2 Causas, sintomas e consequências ................................................................ 21 
 
1.3 Depressão ....................................................................................................... 23 
1.3.1 Conceitos ......................................................................................................... 23 
1.3.2 Causas, sintomas e consequências ................................................................ 24 
 
1.4 Os Benéficos do Exercício Físico em Pessoas com Ansiedade, Depressão e 
Síndrome do Pânico. ................................................................................................. 25 
1.4.2 A musculação como parte do tratamento de problemas emocionais .............. 29 
 
2 O EXPERIMENTO ........................................................................................... 31 
2.1 Casuísticas e métodos ..................................................................................... 31 
2.1.1Técnicas ............................................................................................................ 32 
2.2 Treinamento de musculação............................................................................. 32 
2.3 Resultados ........................................................................................................ 33 
2.4 Depoimentos dos voluntários ............................................................................ 35 
2.5 Discussão ......................................................................................................... 36 
2.6 Conclusão ....................................................................................................... 37 
 
REFERÊCIAS ........................................................................................................... 39 
ANEXOS ................................................................................................................... 43
14 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Atualmente, muitos males que afetam a população são consequências de 
conflitos emocionais, sendo caracterizados como transtornos emocionais. A 
depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico representam elementos de grande 
preocupação por parte dos agentes estudiosos no Brasil (BERNIK, 2014). 
 Tais transtornos tem sido considerados as maiores doenças emocionais que 
afetam a sociedade globalizada. Dentre os inúmeros aspectos que são alvos de 
pesquisas na área das Emoções Humanas, está a alta medicação da população que 
se encontra nesta triste realidade. 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil, mais de 
dez milhões de pessoas aproximadamente são portadoras de distúrbios emocionais, 
sendo estas, ambos os gêneros e qualquer idade. Segundo Varella (2013), as 
mulheres são as mais afetadas por serem vulneráveis à oscilação hormonal. Além 
disso, parentes biológicos em primeiro grau de pessoas que possuem a síndrome 
tem um risco de quatro a sete vezes maiores em desenvolverem em relação à 
população geral e não tem sido identificados determinantes étnicos ou diferenças 
socioeconômicas significativas que possam influenciar no desenvolvimento do 
transtorno. Geralmente, inicia-se no final da adolescência ou no adulto jovem, 
tornando-se ao longo da vida crônica e flutuante. 
A depressão pode ser interpretada como uma doença psiquiátrica crônica e 
recorrente, tendo o estado de humor alterado, caracterizado por uma tristeza 
profunda e sem fim, baixa autoestima, amargura, desprazer, distúrbio de sono e 
apetite, entre outros sentimentos de dor e solidão que afetam os pensamentos, os 
sentimentos, o comportamento e o bem estar físico do ser humano, já a ansiedade é 
uma perturbação emocional causada pela incerteza, insegurança, angústia ou 
aflição. Por sua vez, é um estado considerado normal e presente em todos os seres 
humanos, porém quando sentida em alta intensidade e frequência, a ponto de 
prejudicar a qualidade de vida do indivíduo, torna-se patológica, causando estresse 
emocional, fisiológico e comportamental, enquanto a síndrome do pânico é um 
distúrbio psicológico que provoca na pessoa acometida situações repentinas de 
medo excessivo, acompanhada de reações físicas e emocionais. 
Soma-se a esses fatores mencionados, ausência de exercício físico, má 
alimentação, insônia e outros hábitos inadequados. Assim tendo um cenário propício 
15 
 
ao surgimento de transtornos emocionais e outros fatores que prejudicam a 
qualidade de vida do ser humano.A Organização Mundial da Saúde (2014) reconhece a prática da atividade 
física como fator benéfico e que tem demonstrado uma grande influência positiva 
sobre os transtornos emocionais. 
O exercício físico pode ser um importante aliado a uma mudança significativa 
e necessária no enfrentamento destes males, sendo usado no sentido de retardar e 
atenuar os sintomas, pois sabe-se que durante a realização de exercícios físicos 
ocorrem liberação de endorfinas e de dopamina pelo organismo, propiciando um 
efeito tranquilizante e analgésico no praticante regular, que frequentemente se 
beneficia de um efeito relaxante pós-esforço e, em geral, consegue manter-se um 
estado de equilíbrio psicoemocional mais estável frente às ameaças dos meios 
externos. 
Neste sentido, o presente trabalho se justifica pela necessidade de 
compreender até que ponto a prática regular de musculação contribui para o 
controle e prevenção de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. 
Pretende-se ao longo do estudo responder quais as vantagens que a 
musculação poderá trazer aos portadores desses transtornos emocionais, sendo 
utilizado até mesmo como um complemento de um tratamento psicológico e 
medicamentoso, e assim acarretando benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais 
aos indivíduos que sofrem de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1 CONCEITOS PRELIMINARES 
 
1.1 Síndrome Do Pânico 
 
 A síndrome do pânico ou também transtorno de pânico, é um distúrbio 
psicológico que provoca na pessoa acometida, episódios repentinos e recorrentes 
de forte ansiedade e medo, acompanhado de uma série de reações físicas e 
emocionais como pavor, nítida sensação de que vai morrer enlouquecer, perder o 
controle (BRITES, 2008). 
 O pânico não é detectável por nenhum tipo de exame laboratorial, apenas 
clinicamente. Dez por cento dos atendimentos cardiológicos são portadores da 
síndrome do pânico. Os cardiologistas são os primeiros a serem procurados devido 
à taquicardia, dor no peito e a dormência, depois que não se identifica nenhuma 
anomalia são procurados outros profissionais e deixando por último, até por 
preconceito, os psiquiatras. (BERNIK, 2014). 
 A síndrome do pânico não é uma doença psicológica, mas sim física. Pois 
ocorre um desequilíbrio de determinada área do encéfalo, alterando a química dos 
neurotransmissores, responsáveis pelos impulsos nervosos. O sistema nervoso 
central é quem comanda as funções vitais do nosso corpo, por isso ocorre uma série 
de alterações no nosso organismo, chamado de distúrbios neuro vegetativos. Vários 
estudos epidemiológicos realizados nos Estados Unidos e na Europa, apontam uma 
prevalência do transtorno de pânico (TP) entre 1,5% a 3,5% da população. É 
constatado que 43% dos pacientes com TP são atendidos pela primeira vez em 
pronto-socorro e 15% deles chegam às salas de emergência em ambulâncias 
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). 
O TP é de 2 a 3 vezes mais frequente no gênero feminino, em particular 
associado à agorafobia. Não têm sido identificados determinantes étnicos ou 
diferenças socioeconômicas significativas. Os parentes biológicos em primeiro grau 
de pessoas com TP têm um risco 4 a 7 vezes maior de desenvolverem TP em 
relação à população geral (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994).O TP 
geralmente se inicia no fim da adolescência ou no adulto jovem. Estudos sugerem 
haver um segundo pico de incidência mais tardia, entre os 35 e os 40 anos de idade. 
O início na infância tem sido cada vez mais relatado em estudos específicos 
sobre o tema. O TP ao longo da vida é em geral crônico e flutuante. Eventos como a 
17 
 
morte de pessoas significativas, separações ou perdas podem se associar com a 
reagudização das crises (LESNIASK, 2007). 
O tratamento específico pode mudar o curso da doença e sanar a maioria das 
limitações. A importância do diagnóstico correto e da instituição, o mais 
precocemente possível, do tratamento adequado. Infelizmente, no entanto, os 
pacientes chegam a consultar dez ou mais médicos e a gastar mais de uma década 
em peregrinação por diversas clínicas, antes de serem diagnosticados (AMERICAN 
PSYCHIATRICASSOCIATION,1994). 
 A evidência de que alguns agentes farmacológicos específicos são capazes de 
bloquear as crises de pânico e que certos compostos (lactato de sódio, dióxido de 
carbono, ioimbina, flumazenil, metaclorofenilpiperazina, etc.) inversamente, 
desencadeiam crises de pânico em pessoas predispostas. Esses achados dão 
suporte à idéia de que o pânico não é uma reação inespecífica a agentes 
estressantes e que possui uma base biológica determinada (AMERICAN 
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). 
As principais teorias existentes não são mutuamente exclusivas e envolvem: 
(a) hiperatividade adrenérgica, (b) disfunção serotoninérgica, (c) hipersensibilidade 
dos receptores de CO2 no tronco cerebral; (d) função anormal dos receptores gaba-
benzodiazepínicos; e (e) perturbação de mecanismos biológicos evolutivamente 
determinados. Em todas essas teorias, fatores genéticos seriam importantes na 
transmissão da vulnerabilidade biológica envolvida (AMERICAN PSYCHIATRIC 
ASSOCIATION, 1994). 
 O transtorno de pânico pode ser classificado em leve, moderada, grave e muito 
grave. Alguns portadores do pânico, apesar de muito desconforto, conseguem 
trabalhar com dificuldades, devido à necessidade; porém outros não conseguem 
nem mesmo sair da porta de sua casa, ficando confinados, reclusos em seu lar. À 
medida que o pânico se agrava, diminui o seu raio de ação, ficando bloqueados à 
mercê de seu “inimigo oculto” (LESNIASK, 2007). 
1.1.1 Causas, sintomas e consequências 
 
Com a evolução da espécie humana, o cérebro humano desenvolveu 
sistemas fundamentais para responder a perigos próximos ou distantes que levem à 
destruição imediata do organismo. O pânico resulta da hiperatividade desse sistema 
18 
 
cerebral, que foi desenhado para produzir respostas imediatas ao perigo iminente 
(BERNIK, 2014). 
As crises são caracterizadas com ataques agudos de ansiedade intensa, 
acompanhados por sintomas: palpitações ou aceleração da frequência cardíaca, 
sudorese, sufocamento, taquicardia, vertigem, tremores, sensação de asfixia, dor 
torácica, náusea, tonturas, parestesias, desconforto abdominal, formigamento, 
ondas de calor ou calafrios, dor ou desconforto no peito calafrios ou ondas de calor, 
entre outros. os sintomas psíquicos encontram-se o medo intenso (de morrer, de 
perder o controle, de enlouquecer) e sensações de irrealidade ou estranheza 
referidas ao ambiente (“desrealização”) ou a si mesmo (“despersonalização”)e a 
ocorrência simultânea de quatro sintomas, dentre os acima descriminados, são 
suficientes para demonstrar a existência da doença (BIRCHALL; BRANDON; TAUB, 
2000). 
De acordo com os critérios da American Psychiatric Association, (1994) para 
o diagnóstico de crise de pânico devem estar presentes quatro ou mais dos 
sintomas listados acima, os quais se iniciam agudamente e atingem sua máxima 
intensidade dentro de uns dez minutos, esvanecendo-se num período variável de 
minutos a uma ou duas horas. 
 Durante as crises de pânico podem ocorrer taquicardia transitória e elevação 
moderada da pressão arterial sistólica. Embora alguns estudos tenham sugerido ser 
mais comum a presença de prolapso de valva mitral e doenças da tireóide entre os 
pacientes com TP, outros estudos não confirmaram diferenças na prevalência. O TP 
frequentemente leva a comportamentos fóbicos secundários: medo de sair 
desacompanhado, medo de usar transportes coletivos, de atravessar pontes, de 
estarno meio de uma multidão ou retido no tráfego, entre outros. Todas essas 
situações tem como denominador comum o medo de passar mal e não ser 
prontamente atendido (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994). 
Segundo Bernik (2014), o portador de TP sofre durante as crises e ainda mais 
nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor ideia de quando elas 
ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz 
tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente 
comprometida. O que caracteriza o pânico é a forma abrupta e inesperada que os 
sintomas aparecem e o fato de a crise atingir o ápice em dez minutos. 
19 
 
 Na verdade, bastam 30 segundos para o paciente, que estava se sentindo 
bem, ser tomado inexplicavelmente pelos sintomas. Muitas vezes, tudo isso vem 
acompanhado da sensação de que algo trágico, como morte súbita ou 
enlouquecimento, está por acontecer (BERNIK, 2014). 
 É comum o paciente de TP ter uma reação comportamental de pânico e sair à 
procura de socorro. Aliás, a sala de espera dos prontos-socorros é um dos lugares 
onde o médico mais se depara com transtornos de pânico (BERNIK, 2014). 
 Nas crises de pânico, a sensação de morte iminente provocada por uma 
taquicardia tem duas explicações: a rapidez e a forma inesperada com que a crise 
acontece. A ansiedade normal tende a ocorrer em ondas, não em picos intensos 
(POTOKAR e NUTT, 2000). 
Segundo Bernik (2014), as crises de pânico fazem com que as que as 
pessoas se sintam numa montanha-russa extremamente radical pode ser até 
agradável se estiver dentro de um contexto compreensível. Entretanto, a reação 
será muito diferente, se ele vier do “out ofthe blue”, como dizem os americanos, ou 
do azul do céu, como dizemos nós. 
 O transtorno de pânico pode se dar dias, semanas ou meses depois de 
determinados problemas como perda de entes queridos, desemprego, doenças no 
lar, pré ou pós-operatórios, assaltos, sequestros, acidentes, etc. 
 Outras patologias também se instalam de maneira psíquica, é comum um 
paciente sofrer de pressão alta que nunca teve e passou a ter após a crise, entre 
outros quadros patológicos (OLFSON, et al. 2000). 
Como a síndrome do pânico varia muito na sua intensidade, nem todos 
sentem os mesmos sintomas. 
 
1.2 Ansiedade 
 
1.2.1 Conceitos 
 
A ansiedade possui várias definições, assim sendo caracterizada como uma 
perturbação do espírito causada pela incerteza ou insegurança, angústia, aflição e 
está relacionada com qualquer situação de perigo. A ansiedade estimula o indivíduo 
a entrar em ação, mas, quando em excesso, acontece exatamente o contrário, 
impedindo o indivíduo de reagir (BRASIL, 2014). 
20 
 
Brás (2013), especialista em Psicoterapia, relata que ansiedade é um estado 
que deriva da emoção do medo, ou seja, sempre que o indivíduo sente medo, gera 
um estado de ansiedade. E quanto maior o grau de medo sofrido, maior a 
intensidade desse estado emocional. Brás enfatiza que as pessoas sentem medo 
quando pressentem algum desconforto da situação que irão enfrentar. Esta previsão 
é embasada da análise das experiências que já viveram no passado. 
A ansiedade é um estado considerado normal e frequente em todos os seres 
humanos, sendo importante para a sobrevivência e proteção do indivíduo. Porém, 
quando sentida em alta intensidade e frequência deixa de ser um estado 
normalizado e passa a prejudicar o indivíduo e sua qualidade de vida, trazendo um 
estado emocional desagradável, acarretando desconforto e muitas queixas (ROMAN 
& SAVOIA, 2003). 
Segundo pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde (2014), os 
transtornos de ansiedade são doenças relacionadas às más experiências de vida já 
vividas. As pessoas podem se sentir ansiosas a maior parte do tempo sem nenhum 
motivo aparente, ou podem se sentir assim apenas às vezes, porém tão 
intensamente que se sentirão imobilizadas a realizarem qualquer tipo de atividades. 
Essas sensações são tão desconfortáveis que as pessoas deixam de realizar coisas 
simples apenas para evitá-las (BRASIL, 2014). 
A ansiedade através da liberação de adrenalina tem a capacidade de manter 
o organismo em alerta, criando ao organismo um estado de vigília, pois o corpo fica 
preparado para reagir a situações externas, onde o cérebro fica com maior agilidade 
de raciocínio perante o medo exposto e com o intuito de encontrar uma solução para 
determinada experiência. Porém, a ansiedade retrata uma situação adiante, ou seja, 
quando o indivíduo imagina que uma determinada experiência vai ocorrer, ele sente 
no momento aquilo que sentiria no futuro. A pessoa acaba tendo um desconforto 
enorme por antecedência e muitas vezes tal situação futura nem acontece (BRÁS, 
2013). 
De acordo com segundo o manual de classificação de doenças mentais 
(DSM.IV), ansiedade é: 
 
(...) um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa 
apreensiva”, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no 
mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: 
inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão 
muscular e perturbação do sono. (PSIQUIATRIA GERAL, 2013) 
21 
 
A ansiedade está relacionada ao sinal de ameaça, podendo ser real ou até 
mesmo imaginário. Graeff (2011) relata que a ansiedade pode ser definida como 
uma emoção a qual pressente riscos no ambiente, ou seja, é gerado um estado de 
ansiedade em situações nas quais há um perigo previsto, podendo ser uma 
experiência não conhecida para o indivíduo ou um estímulo que sinalize perigo. 
Kissack (2008) caracteriza o transtorno de ansiedade como preocupação 
excessiva e frequente; dificuldades em controlar a preocupação; ansiedade e 
preocupação não sendo produtos exclusivos de estresse e traumas; ansiedade 
acompanhada de insônia, inquietação, fadiga, sensação de esquecimento, irritação, 
tensão muscular, entre outros; prejuízos na vida social e ocupacional do indivíduo. 
Segundo Varella (2014), é considerada normal a ansiedade que antecede 
uma entrevista de emprego, um concurso, o nascimento de um filho, entre outros. 
Pois nesse caso, o estado de ansiedade funciona como preparação da pessoa para 
enfrentar novas experiências. Por outro lado, Varella enfatiza que se o nível de 
ansiedade for desproporcional à situação enfrentada, causa muito sofrimento e 
interfere na qualidade de vida e convívio familiar, social e profissional do indivíduo. 
Ainda Varella, relata que o transtorno da ansiedade pode afetar pessoas de 
quaisquer idades. Em geral, as mulheres se mostram um pouco mais vulneráveis. 
De acordo com o Ministério da Saúde, devemos entender o termo ansiedade, 
sendo um fator ora nos beneficia, ora, em grande intensidade, nos prejudica, 
podendo tornar-se patológico e assim prejudicando nosso funcionamento psíquico 
(mental) e somático (corporal) (BRASIL, 2014). 
Este estado de transtorno acontece devido ao nosso inconsciente estar 
condicionado por experiências traumáticas no passado, e, portanto, tende-se evitar a 
repetição de tais situações através da ansiedade, causando desconforto ao invés de 
motivação para realizar as atividades diárias. Isso acontece quando vivências 
traumáticas dão sinais negativos à estrutura emocional do indivíduo (BRÁS, 2014). 
Geralmente o fenômeno da ansiedade se manifesta em perturbações emocionais, 
tais como ataques de pânico, obsessões, fobias, timidez, insônia, entre outros. 
 
1.2.2 Causas, sintomas e consequências 
 
Uma pesquisa feita pelo Universal Channel (2010) com mais de dois mil 
pessoas, apontou que as situações que geram maior estado de ansiedade são: 
22pagar contas, problemas no trabalho, cuidar dos filhos tarefas domésticas, cuidar da 
aparência, chegar ao trabalho no horário, reuniões e planejar atividades sociais 
(PEREIRA, 2013) 
Além disso, a pesquisa também relata que quatro de dez pessoas passam 
duas horas por dia preocupadas com o futuro, contribuindo para um estado de 
ansiedade. 
O Psiquiatra e Psicoterapeuta, Augusto Cury diz que o bombardeio de 
informações e atividades intelectuais gerou uma sociedade ansiosa, que sofre por 
antecipação (CURY, 2014). 
A ansiedade quando começa a prejudicar e impedir a pessoa de realizar 
atividades diárias pode causar diversos males, pois o estado fica crônico e o 
indivíduo não consegue mais relaxar e se sentir seguro, portanto é o caso de 
procurar ajuda profissional e evitar malefícios para a mente e o corpo (PEREIRA, 
2013). 
 De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da ansiedade são muito 
mais intensos quando comparados àquela ansiedade considerada normal do 
cotidiano. São eles: tensões, medos exagerados, incapacidade de relaxar, 
preocupações excessivas, pessimismo, pavor, falta de controle sobre pensamentos 
ou atitudes (BRASIL, 2014). 
 Os sintomas mais frequentes da ansiedade são fadiga, insônia, sensação de 
falta de ar e de desmaio, picadas nas mãos e nos pés, confusão, dores no peito, 
palpitações, arrepios, suores, mãos úmidas, boca seca, tremores e vômitos 
incontroláveis, tensão muscular, necessidade urgente de urinar ou defecar, 
dificuldade em engolir, em relaxar e em dormir, tonturas e sensação de impotência 
(BRÁS, 2013). 
Ao mesmo tempo em que as pupilas da pessoa em estado de ansiedade 
aumentam-se para aprimorar a visão, diminui a percepção dos detalhes que a 
cercam (ROMAN & SAVOIA, 2003). 
Roer unhas, bater os pés, mexer as mãos constantemente, insônia, comer 
sem sentir fome, perda de controle de si, pânico, fumar excessivamente, problemas 
físicos não identificados por médicos, portanto encaminham ao Psicólogo, à medida 
que o psicológico é tratado, os sintomas físicos desaparecem (PEREIRA, 2013). 
 Vale ressaltar que os sintomas variam de uma pessoa para outra. O estado 
de ansiedade a maioria das vezes é caracterizados por inquietação, fadiga, 
23 
 
irritabilidade, tensão muscular, dificuldade de concentração, palpitações, falta de ar, 
taquicardia, aumento da pressão arterial, náuseas, alterações intestinais, dores 
musculares, aperto no peito, sudorese excessiva e dor de cabeça (VARELLA, 2013). 
Os sintomas clássicos do transtorno de ansiedade são acordar cansado, dor 
de cabeça, transtornos de sono, dor muscular, déficit de memória, aborrecer 
facilmente com a lentidão alheia, ser impaciente a ponto de não parar para apreciar 
a paisagem, natureza (CURY, 2014). 
Segundo Roman & Savoia (2003), a taquicardia acontece para que haja maior 
irrigação sanguínea. Sua distribuição fica concentrada nos grandes músculos devido 
à uma suposta ação, restando pouco sangue nas extremidades, assim as mãos e os 
pés ficam gelados. Consequentemente, a respiração se torna mais curta e ofegante, 
o que resulta em falta de ar, engasgo, sufoco e dor no peito. E devido ao pouco 
sangue na cabeça, causa tonturas, visão borrada, confusão. 
 
1.3 Depressão 
 
1.3.1 Conceitos 
 
Depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma 
alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a 
sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e 
culpa, assim como distúrbios do sono e do apetite (VARELLA, 2013). 
Segundo Cheik et al.(2003) é correto afirmar que a depressão ou depressão 
nervosa como um estado patológico com um humor triste e doloroso associado à 
redução da atividade psicológica e física. O individuo constatado com depressão se 
sente impotente e a doença vem quase sempre acompanhada de outros sintomas, 
como ansiedade ou a insônia. 
A depressão em sua maneira geral pode afetar todos os sexos e qualquer 
faixa de idade, mas, segundo Varella (2013) mulheres parecem ser mais vulneráveis 
aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas 
principalmente no período fértil. 
O indivíduo constatado com depressão é uma pessoa que se confina em casa 
dia e noite não se expõe ao sol, não respira ar fresco e não se exercita, e assim tem 
maiores chances de não curar essa doença, pois se sabe que o exercício físico 
24 
 
produz uma liberação natural de endorfinas na circulação e no cérebro, a qual ativa 
o sistema nervoso central neutralizando a depressão de uma maneira acentuada 
(ROCHA, 2003). 
A depressão em si é diferente de qualquer tipo de tristeza normal ou uma 
simples desmotivação, na medida em que atrapalha o dia-a-dia, interferindo na 
capacidade de realizar qualquer tipo de atividade, trabalhar, estudar, comer, dormir e 
até momentos de lazer. A sensação de tristeza faz com que os sentimentos de 
desamparo, desesperança, inutilidade são intensos e implacáveis, com pouco ou 
nenhum alívio (LUCAS, 2013). 
 
1.3.2 Causas, sintomas e consequências 
 
O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos 
seguintes, sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônia, 
durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área 
social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária (VARELLA, 2013). 
Conforme relata Del Porto (2000) a depressão também pode se apresentar de 
múltiplas formas, com queixas psíquicas, como: Humor depressivo, anedonia, ideias 
de autodesvalorização e culpa, ideias de morte e suicídio, fadiga, sensação de perda 
de energia, diminuição da concentração, memória e capacidade de decidir, além de 
queixas somáticas, como: aumento ou diminuição de sono, apetite e peso, 
diminuição da libido e dores sem substrato orgânico. 
Também é possível ocorrer algumas alterações no comportamento dos 
diagnosticados com a doença. Entre elas estão: crises de choro, abandono de 
atividades do cotidiano e da higiene pessoal, comportamento suicida, retardo na fala 
e outras ações do cotidiano e o retraimento social (DEL PORTO, 2000). 
As técnicas do tratamento antidepressivo devem ser realizadas considerando 
todos os fatores de uma pessoa, entre eles, fatores biológicos, psicológicos e sociais 
do paciente. Em geral, não há uma diferença significativa em termos de eficácia 
entre os diferentes antidepressivos, mas os perfis de efeitos colaterais, preço, riscos 
de suicídio, tolerabilidade varia bastante o que implica em diferenças na efetividade 
das drogas para cada paciente (SOUZA, 1999). 
Em pacientes com idade mais avançada que são portadores de depressão, 
inicialmente o tratamento deve ser baseado na necessidade de identificação de 
25 
 
fatores que estariam proporcionando o surgimento desse processo depressivo, ou 
até, agravando uma depressão já existente. Assim, é certo pesquisar se o paciente 
possui alguma doença clínica que esteja relacionada com a depressão e observar se 
o uso de algum medicamento (anti-inflamatório, anti-hipertensivo, remédio para 
insônia, etc.), não estaria levando ao surgimento de sintomas depressivos. Em 
seguida, o procedimento indicado é investigar aspectos de natureza psicológica, 
como lutos, isolamento social, abandono e outros fatores que tendem a desencadear 
sintomas depressivos (STELLA, 2002). 
Segundo Rocha (2003) o tratamento de depressão em qualquer faixa etária, é 
baseado fundamentalmente na utilização de drogas, antidepressivos propriamente 
ditos e estimulantes do sistema nervoso, além da prática de atividades físicas tais 
como caminhadas e alongamentos, de preferência ao ar livre.1.4 Os Benéficos do Exercício Físico em Pessoas com Ansiedade, Depressão e 
Síndrome do Pânico. 
 
A prática de exercício físico é uma das melhores maneiras de prevenir 
transtornos emocionais, tais como, ansiedade, depressão e síndrome do pânico e, 
amenizar seus sintomas (LUWISCH, 2007). 
O exercício físico é muito importante ao combate de stress e ansiedade 
quando praticado de forma moderada e regular, pois libera no cérebro endorfinas, 
substâncias que proporcionam bem estar e prazer ao praticante, assim, criando uma 
boa dependência ao exercício e reduzindo os sintomas (LUWISCH, 2007). 
Cruz (2013) relata que os exercícios físicos são benéficos para a redução dos 
sintomas de transtornos emocionais, se praticado regularmente e com 
acompanhamento profissional. Pois, acredita-se que durante a prática aumentam os 
níveis de endorfinas (hormônio do prazer), porém depende da intensidade e 
qualidade do exercício realizado. 
Segundo Luwisch (2007), com a prática regular da atividade física, a liberação 
desse hormônio mais a autoestima adquirida também da atividade física, provoca 
um estado de tranquilidade e paz ao praticante, lhe trazendo benefícios e 
amenizando todos os sintomas de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. 
Pesquisas epidemiológicas constata que pessoas moderadamente ativas 
tendem ser menos atingidas por transtornos emocionais do que as sedentárias, 
26 
 
relatando que exercícios físicos atuam tanto na área física quanto na psicológica e 
que pessoas fisicamente ativas possuem um processo cognitivo mais rápido 
(ANTUNES, 2006). 
Ainda Antunes (2006), atividade física é um mal necessário para a população, 
pois devido a tanta modernidade que vem sendo desenvolvida, tem como 
consequência elevados níveis de estresse e ansiedade, assim comprometendo a 
saúde das pessoas em geral. 
Além de sensação de prazer, melhora no humor e bem estar, a endorfina 
pode ter relação com o estado de tensão corporal, sendo de suma importância ao 
combate de patologias relacionadas ao estado emocional, como estresse, ansiedade 
e depressão. Endorfina é responsável por diversas alterações psicológicas que vão 
desde o efeito analgésico até a sensação de bem estar provocada pela pratica da 
atividade física (CRUZ, 2013). 
Segundo Dráuzio Varella (2013) a atividade física, regular e bem elaborada 
contribui muito para a diminuição dos sintomas de indivíduos deprimidos, além de 
oferecer oportunidade de envolvimento social, elevação da autoestima e 
implementação das funções cognitivas, diminuindo o quadro depressivo e também 
auxiliando na diminuição de recaídas. Além disso, a prática de atividade física 
melhora a qualidade de vida das pessoas de maneira geral, ou seja, no aspecto 
físico, social, espiritual e psicológico, mostrando-se que é fundamental para a 
redução de sintomas relacionados a transtornos emocionais. 
O interesse da psiquiatria em relação aos exercícios físicos é estudar sua 
interferência no aspecto emocional. Por meados de 1970 surgiram os primeiros 
estudos científicos sobre a relação de exercícios e ansiedade. A partir daí, foi dado 
início a outras pesquisas em relação a temas psiquiátricos (VARELLA, 2013). 
Pesquisas realizadas tem evidenciado cada vez mais a importância da 
atividade física e do exercício físico à saúde emocional. Levantamentos realizados 
nos EUA e na Inglaterra demonstram que a prática de exercício físico regular 
apresenta valor terapêutico na redução de sentimentos de ansiedade e depressão 
(WEINBERG, GOULD, 2001). 
O tratamento com medicamentos antidepressivo apresenta resultados 
positivos, porém muitas pessoas não se aderem aos fármacos devido aos efeitos 
colaterais e também ao alto custo dos medicamentos. Portanto, aumenta-se a 
procura de novos meios para combater seus sintomas, considerando a exercício 
27 
 
físico como um fator benéfico para a saúde emocional do praticante (SILVEIRA, 
2001). 
O exercício físico é um importante aliado do tratamento antidepressivo devido 
ao seu baixo custo e também por atuar de forma preventiva contra ansiedade e 
depressão. Os estudos apontam que pessoas fisicamente ativas, praticantes de 
exercícios de forma regular e sadia, apresenta uma redução significativa de 
sintomas ansiolíticos e antidepressivos (SHARKEY, 1998). 
Psiquiatras relatam que a atividade física auxilia de moderadamente a 
totalmente ao tratamento da depressão. De acordo com diversos grupos estudados, 
conclui-se que as principais variáveis que tem efeitos significativos com a prática de 
exercício físico regular são: a melhoria da estabilidade emocional, a imagem 
corporal positiva, o aumento do autocontrole psicológico, a melhora do humor, a 
interação, a diminuição da insônia e da tensão (ANDRADE, 2001). 
O exercício físico tem sido de grande importância para as pessoas que fazem 
o tratamento da depressão, pois a atividade física proporciona benefícios físicos e 
psicológicos como a redução de tensão, insônia, um bem estar emocional, 
cognitivos e sociais a qualquer indivíduo praticante (OLIVEIRA, 2004). 
Segundo Barbosa (2008), qualidade de vida tem sido um dos principais 
objetivos das pessoas que procuram atividade física, isso se dá pela propagação 
que a mídia faz em relação aos estudos que comprovam ou sugerem diversos 
benefícios para a saúde alcançados por meio de atividades corporais, tanto 
fisicamente quanto psicologicamente, como o aumento da autoestima e redução da 
ansiedade. Além disso, o aspecto social também tem relação com a qualidade de 
vida, visto que a população vive em comunidade e necessita fazer parte de algo, 
participando ativamente de um grupo, sendo atividade física uma grande 
oportunidade para isso. 
Bernik (2014) relata que exercício físico além de melhorar o condicionamento 
cardiovascular, provoca algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, 
pois é impossível fazer um exercício vigoroso e não sentir taquicardia, sudorese, 
entre outros. Portanto não se deve diagnosticar como transtorno de pânico se os 
sintomas surgirem logo após atividade física extenuante. Porém experimentar essas 
sensações de pânico num ambiente agradável, ajuda no processo de 
dessensibilização. Por isso se não houver contra indicações, exercícios físicos 
28 
 
vigorosos representam uma forma de terapia de exposição às sensações internas 
que o pânico causa. 
 A atividade física e seus benefícios vêm sendo estudada constantemente em 
relação aos transtornos psiquiátricos porem alguns fatores como a duração, 
intensidade o tipo de atividade ou a combinação de todos esses fatores sobre os 
aspectos psicológicos necessitam de estudos mais rigoros, para que possam chegar 
a uma conclusão mais concreta sobre o assunto (CURY, 2013). 
 
1.4.1 Benefícios da Musculação em Pessoas com Ansiedade, Depressão e 
Síndrome do Pânico 
 
Se tornam cada vez mais banalizado o uso de drogas psiquiátricas contra a 
depressão, ansiedade, stress e outros sintomas mentais, como o pânico 
(MAZARACKI, 2012). 
As pessoas não apresentam depressão ou ansiedade porque o corpo tem 
deficiência de Valium ou Prozac, ou outros medicamentos do mesmo tipo. Estas 
drogas não são utilizadas pelo nosso corpo nos importantes processos metabólicos, 
ao contrário dos efeitos da prática da musculação que estimula o sistema nervoso 
por diversos mecanismos, além de agir na musculatura contraída (MAZARACKI, 
2012). 
 A prática da musculação faz com que o individuo libere a Serotonina, 
substância necessária no organismo para desempenharmos as funções do dia a dia, 
ela faz parte dos neurotransmissores do encéfalo, ou seja, ela faz a transmissão de 
dados entre neurônios. A comunicaçãoentre os neurônios é importantíssima, pois é 
assim que podemos analisar o meio, além de conseguir dar as respostas 
imprescindíveis ao ambiente, como atos de sobrevivência, fuga, entre outras coisas 
(DUDA et al.,1995). 
 As funções desse neurotransmissor estão além da comunicação entre os 
neurônios. Ritmo cardíaco, sono, apetite e regulação de certos hormônios fazem 
parte das funções dessa substância. Claro, não podemos deixar de falar do humor 
quando abordamos essa substância, afinal é normal lembrar-se de humor quando 
abordamos este neurotransmissor. Pois ele é fortemente influenciado pela 
concentração da mesma em nosso corpo. Vários problemas ocorrem pela falta ou 
ausência desta, causando assim cansaço, tristeza, ansiedade, depressão, 
29 
 
enxaqueca, e até algumas doenças mentais mais problemáticas, como a 
esquizofrenia (DUDA et al.,1995) 
 Os benefícios da musculação vão além do que imaginamos e vale ressaltar 
que em longo prazo a musculação, principalmente se feita diariamente, passa a 
dominar o paciente, de forma que, isso passa a ser um novo vício, ou seja, uma 
troca de um negativo por um positivo. Isso se deve a liberação pelo sistema nervoso 
central de endorfinas, que causam uma sensação de bem estar, permanecendo por 
várias horas depois de encerrado o exercício. Com relação à queda hormonal que 
ocorre com o envelhecimento, uma das principais causas desses transtornos, em 
pessoas sadias o mais evidente ocorre no sistema nervoso central com 
neurotransmissores responsáveis pelo estado de humor que o exercício estimula 
(COOPER, 2009). 
 
1.4.2 A musculação como parte do tratamento de problemas emocionais 
 
Já é comprovado que a musculação influencia tanto aspectos positivos 
relacionados à mente de um indivíduo, quanto aspectos físicos também, que 
obviamente também estão inseridos com os aspectos neurológicos (SEDON, 2013). 
A pratica da musculação é capazes de estimular não só receptores diversos 
hormonais, mas também a produção de hormônios, os quais estão direta ou 
indiretamente associados com os níveis de humor. Entre eles, pode-se citar a 
dopamina, a adrenalina, a noradrenalina, a serotonina e a própria insulina, que de 
maneira indireta auxilia nos níveis elevados de energia ao corpo (SEDON, 2013). 
Além disso, a musculação está associada com níveis elevados de 
testosterona, hormônio esse que se estiver em baixa quantidade no organismo, 
também poderá facilitar para que os indivíduos venham a ter problemas emocionais 
(SEDON, 2013). 
A prática musculação é de extrema importância e muito utilizada para a 
melhora das condições físicas, que estão diretamente ligadas ao de bem-estar e de 
autoestima, com a melhor visão que um indivíduo tem de suas qualidades físicas, 
entre outros. Além disso, estimulando a parte hormonal e fazendo-a funcionar de 
maneira adequada, a musculação influencia na forma com que um indivíduo lida 
com seu dia-a-dia, tornando-o mais prazeroso. Não é a toa que muitos indivíduos 
relatam sentirem-se melhores quando praticam atividades físicas antes de iniciar sua 
30 
 
rotina diária. Outros ainda relatam esses mesmos benefícios, liberando o estresse 
com a prática dessas após a sua rotina diária. Individualmente, não importa o 
horário, mas os benefícios estarão ali, presentes (SEDON, 2013). 
A prática da musculação também contribui com os efeitos fisiológicos do sono 
indispensáveis para que as funções metabólicas funcionem adequadamente. Um 
indivíduo que não dorme bem ou dorme pouco pode apresentar problemas de 
produção hormonal (GH, testosterona em especial), problemas na produção de 
hormônios relacionados com o humor, como a serotonina e outros. E esse é um dos 
grandes problemas sofridos por quem tem problemas emocionais, o péssimo sono 
(SEDON, 2013). 
A musculação, não somente estressa o corpo fisicamente, mas mentalmente 
também, faz com que o corpo tenda a querer mais momentos de descanso. É como 
se nos “cansássemos” para então ter uma boa noite de sono (SEDON, 2013). 
Na pratica exaustiva da musculação é liberado ácido láctico, e cortizol, os 
portadores do TP pode também usufruir desses benefícios, porém deverá tomar 
certos cuidados quanto à liberação do acido láctico. Quando ele é liberado, o sangue 
altera o seu PH tornando-se mais ácido (normal é 7.4). Esse aumento da acidez 
aciona as amígdalas cerebrais ocasionando uma crise do TP ou sintomas isolados 
(MINEIRO, 2001). 
Quando se realizar o treinamento de musculação deve ser moderado mantendo 
fora do limite de exaustão, dessa forma, o ácido láctico não será liberado em sua 
totalidade. O seu limite antes dessa liberação, crescerá na mesma proporção do 
treinamento. Sendo portador do TP, não use carboidratos simples (frutose, doces) 
após o treinamento, poderá ocasionar pico de insulina e aumentar ainda mais o seu 
metabolismo já acelerado. Faça uso de carboidratos complexos (MINEIRO, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
2 O EXPERIMENTO 
 
 Esta é uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa a qual teve o 
objetivo de analisar e descrever a influência do treinamento de musculação para 
pessoas que sofrem de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. 
 É reconhecida a prática de exercício físico como fator benéfico e que tem 
demonstrado uma grande influência positiva sobre os transtornos emocionais. 
 Sabe-se que a prática do exercício físico de maneira regular traz benefícios 
aos portadores destas enfermidades, já que durante esta prática além de ocorrer um 
bom convívio social, uma importante interação entre as pessoas e ser um momento 
de descontração e até mesmo lazer, há também um processo de liberação de 
endorfina e dopamina, sendo estes caracterizados como hormônios do prazer, 
levando aos seus praticantes sensações tranquilizantes, analgésicas e de bem 
estar, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e resultando numa influência 
significativa tanto na prevenção quanto no tratamento da depressão, ansiedade e 
síndrome do pânico. 
A presente pesquisa teve como objetivo a aplicação do treinamento de 
musculação regular para pessoas que sofrem de depressão, ansiedade e síndrome 
do pânico e analisar sua influência e seus benefícios na prevenção e tratamento 
dessas síndromes. Estas podem ser consideradas grau leve, moderado ou grave e 
acompanhada de um tratamento psicológico e medicamentoso, portanto a pesquisa 
também visou analisar a influência do treinamento de musculação como um 
complemento benéfico para amenizar os sintomas fisiológicos, psicológicos e 
comportamentais decorrentes dessas síndromes. 
 
2.1 Casuísticas e métodos 
 
Foi realizado um treinamento de musculação três vezes semanal para 10 
pessoas do gênero feminino com idade entre 30 a 65 anos, durante o período de 90 
dias, sendo ocorrido no mês de julho, agosto e setembro de 2014. O estudo de caso 
aconteceu na academia Saikoo localizada na cidade de Penápolis - SP. 
 Foram aplicados dois questionários, escala de depressão de Beck, 
elaborados por Psicóloga, pré e pós-treinamento, sendo o primeiro questionário 
aplicado e respondido pelas participantes antes de iniciar o treinamento, tendo o 
32 
 
objetivo de analisar seus estados emocionais antes da prática. Já o segundo 
questionário foi aplicado e respondido no final do treinamento, com o objetivo de 
analisar o estado emocional das participantes no término da prática. 
Os questionários aplicados foram analisados por uma Psicóloga, a qual 
comparou os dados pessoais e o estado emocional de cada participante, antes e 
após o treinamento de musculação, e verificou qual a influência do treinamento de 
musculação para pessoas que sofrem dedepressão, ansiedade e síndrome do 
pânico. 
 
2.1.1 Técnicas 
 
Termo de consentimento (ANEXO A) 
Questionário escala de depressão de Beck (ANEXO B) 
 
2.2 Treinamento de musculação 
 
Carga: 70% de 1RM; 
Intervalo: 1 minuto e 30 segundos; 
Tempo de treinamento: 55 minutos; 
Aferição da pressão arterial antes, durante e após o treinamento. 
 
Estrutura da sessão: 
5 minutos de aferição inicial da pressão arterial e frequência cardíaca; 
10 minutos de aquecimento articular; 
30 minutos de treinamento muscular; 
5 minutos de alongamento; 
5 minutos de aferição final da pressão arterial e frequência cardíaca; 
 
Observação: Pausa para hidratação no final de cada ciclo de série para outro. 
 
Segunda – feira 
4x15 agachamento livre 
4x15 cadeira extensora 
4x15 leg press 
33 
 
5x20 extensão de panturrilha. 
4x reto abdominal na bola suíça 
 
Quarta – feira 
3x15 puxada atrás 
3x15 peck deck 
3x15 elevação frontal de deltoide 
2x15 banco convergente scott 
2x15 tríceps na polia 
 
Sexta – Feira 
4x15 cadeira flexora 
4x15 stiff 
4x15 cadeira abdutora 
4x15 cadeira adutora 
5x20 infra abdominal flexão e extensão na prancha 
 
2.3 Resultados 
 
 Para melhor visualização dos resultados, os mesmos serão apresentados em 
forma de tabela. 
 
Tabela 1: Avaliação do Grau de Depressão utilizando a Escala de Depressão 
de Beck para determinar o grau dos sujeitos (S) antes (pré) e após (pós) treinamento 
proposto, Depressão Grave (DG), Depressão Moderada (DM), Depressão Leve à 
Moderada (DLM), Sem Depressão ou Depressão Leve (SD/DL) e sem Depressão 
(SD). 
 
 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 
PRÉ DM DG SD/DL DG DM SD DM DM DG DM 
PÓS SD/DL SD/DL SD SD/DL SD/DL SD DLM SD/DL DM DLM 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
34 
 
 Todos os sujeitos obtiveram melhora, exceto o sujeito 6 (S6), que manteve no 
mesmo grau. 
 
Tabela 2: Avaliação do Grau de Ansiedade utilizando a Escala de Ansiedade 
de Beck para determinar o grau dos sujeitos (S) antes (pré) e após (pós) treinamento 
proposto, Ansiedade Severa (AS), Ansiedade Moderada (AM) e Ansiedade Leve 
(AL). 
 
 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 
PRÉ AS AM AS AS AM AL AM AM AS AM 
PÓS AL AL AL AL AL AL AM AL AM AL 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
Todos os sujeitos obtiveram melhora, exceto o sujeito 6 (S6) e 7 (S7), que 
continuou no mesmo grau. 
 
Tabela 3: Avaliação do Grau de Pânico utilizando a Escala de Pânico de Beck 
para determinar o grau dos sujeitos (S) antes (pré) e após (pós) treinamento 
proposto, Alta Probabilidade de Desenvolver Crises de Pânico (APP), Média 
Probabilidade de Desenvolver Crises de Pânico (MPP) e Baixa Probabilidade de 
Desenvolver Crises de Pânico (BPP). 
 
 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 
PRÉ APP APP APP APP APP BPP APP APP APP APP 
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Fonte: Elaborada pelos autores 
 
 
Os Sujeitos S1, S2, S4, S5, S7, S8, S10, obtiveram melhoras. Já os sujeitos 
S3, S6 e S9 permaneceram no mesmo quadro. 
 
 
 
35 
 
2.4 Depoimentos dos voluntários 
 
Gênero feminino, 40 anos. 
 
Para mim, particularmente, está sendo de extrema importância, só do fato de 
eu estar treinando já me sinto outra pessoa, minha mente fica mais leve, relaxa 
sabe?! É uma maneira de desestressar, saio de lá mais leve, mente e corpo 'mais 
leve'. Minha ansiedade diminuiu muito depois que comecei a treinar, me tornei outra 
pessoa, em tudo... Alguns dos sintomas não sinto mais, como atrofiamento nas 
mãos, depois que comecei a treinar não sinto mais, esse eu me livrei. Eu era muito 
estressado dentro de casa também e melhorei muito! A musculação está me 
fazendo muito bem, tanto para o corpo e principalmente mental. 
 
Gênero feminino, 45 anos. 
 
Quando eu não treinava, tinha muita dificuldade para dormir, me sentia 
indisposta o dia todo, me sentia triste por tanta preguiça e indisposição. Sem contar 
o estresse no dia a dia quando não se dorme bem, né? Depois que comecei a fazer 
musculação, minhas noites de sonos são outras. Foi minha principal mudança, já 
que era o meu pior problema. Meu ânimo, disposição mudaram completamente, pois 
passei a dormir bem. Diminuiu muito meu estresse. Fiquei uma pessoa mais feliz. 
 
Gênero feminino, 53 anos. 
 
No início que comecei a treinar eu sentia algumas sensações parecidas com 
a síndrome do pânico, como taquicardia, tremor, fadiga etc, aí ficava meio 
assustada. Mas pouco tempo eu notei que aquilo era normal do exercício, e que 
meu corpo reagia normalmente, que não era nenhuma situação que eu iria morrer. 
Foi muito bom passar por essas situações e não ter mais a sensação que vai morrer. 
E aí quando eu tinha início das crises eu comecei a me controlar, pois estava 
habituada àquelas sensações que eram as mesmas praticamente do treino, e eu 
ficava tranquila, onde passava e foi cada vez diminuindo a frequência e gravidade 
delas. Retornei a viver sem medo. 
 
36 
 
Gênero feminino, 43 anos. 
 
A musculação para mim era o momento de extravazar, suar, colocar tudo de 
ruim para fora, conversar, interagir com as pessoas, rir. Melhorou muito meu estado 
de humor. 
 
2.5 Discussão 
 
Sabe se que a musculação pode ajudar tanto aspectos positivos relacionados 
à mente de uma pessoa quanto aspectos físicos. 
Segundo Sedon (2013), é cabível falar do próprio efeito físico o qual a 
musculação e a atividade física estão associadas. Elas são capazes de estimular 
não só receptores diversos hormonais, mas também a produção de hormônios, os 
quais estão direta ou indiretamente associados com os níveis de humor. Entre eles, 
pode-se citar a dopamina, a adrenalina, a noradrenalina, a serotonina e a própria 
insulina, que de maneira indireta auxilia nos níveis elevados de energia ao corpo. 
Além disso, a própria atividade física está associada com níveis elevados de 
testosterona, hormônio esse que se estiver em baixa quantidade no organismo, 
também poderá facilitar para que os indivíduos venham a ter problemas emocionais. 
Portanto, sendo apenas parte dos benefícios que a musculação pode proporcionar, 
os efeitos físicos tornam-se relativamente importantes para auxiliar os efeitos 
psicológicos e emocionais também (BARBOSA, 2008). 
O treinamento de musculação é de extrema importância e vastamente 
utilizada para a melhora das condições físicas, que estão diretamente ligadas com 
as sensações de bem-estar e de autoestima, com a melhor visão que um indivíduo 
tem de suas qualidades físicas, entre outros. Além disso, estimulando a parte 
hormonal e fazendo-a funcionar de maneira adequada, a musculação influencia na 
forma com que um indivíduo lida com seu dia-a-dia, tornando-o mais prazeroso 
(SEDON, 2013). 
Já é constatado que a atividade física faz bem de uma forma geral, porém a 
musculação foi escolhida pelo seu nível de intensidade não provocar uma elevação 
na frequência cardíaca tanto quanto na atividade aeróbia, o que poderia acarretar 
em algum sintoma rebote. Vale ressaltar que a concentração no momento da 
execução deste tipo de treinamento é muito importante, fazendo com que o indivíduo 
37 
 
esteja totalmente centrado e com isto, diminuindo o estresse e preocupação à 
fatores externos. 
 Não é por acaso que muitas pessoas que possuem ansiedade, depressão ou 
síndrome do pânico relatam a quantidade de benefícios que a musculação ou 
atividade física em geral, proporcionam para eles antes de iniciar suas atividades de 
rotina diária. Outros ainda relatam esses mesmos benefícios, liberando o estresse 
com a prática dessas após a sua rotina diária. Individualmente,não importa o 
horário, mas os benefícios estarão ali, sempre presentes na atividade proposta. 
Através da frequência de exercícios físicos, em especial, treinamento de 
musculação moderada, há uma grande melhora no contexto diário dos portadores 
devido à atividade física estimular a liberação de hormônios considerados hormônios 
do prazer, como endorfina e serotonina, os quais contribuem para amenizar os 
sintomas destes transtornos emocionais. 
Com a prática regular da musculação moderada, obtivemos benefícios 
significativos, reduzindo as probabilidades dos indivíduos portadores de ansiedade, 
depressão e síndrome do pânico terem crises demasiadas, sendo estes, 
transpassando seus sintomas considerados grau severo à grau moderado e leve. 
Além disso, mesmo não sendo o objetivo principal desta presente pesquisa, 
foi observado melhora no condicionamento físico, tônus muscular e interação social, 
resultando numa elevação da autoestima destas pessoas e também contribuindo 
como um fator positivo, já que a baixa autoestima é uma das causas que acarretam 
o surgimento destes transtornos emocionais. 
 
2.6 Conclusão 
 
Os sujeitos da pesquisa que foram submetidos ao treinamento de musculação 
moderada responderam bem a proposta, obtiveram resultados satisfatórios, um dos 
fatores de predominância foi à intensidade escolhida neste treinamento, devido à 
liberação de alguns hormônios de suma importância para estes sujeitos, já que as 
patologias estudadas são consideradas físicas e não psicológicas. Ao decorrer do 
treinamento foram alcançados, além do objetivo central, melhoria do 
condicionamento físico, hipertrofia muscular e interação social. 
Os resultados foram bastante satisfatórios, onde reduziram de maneira 
significativa as probabilidades dos sujeitos sofrerem crises de ansiedade, pânico e 
38 
 
depressão. Porém em se tratando de portadores medicamentosos desses 
transtornos, o tempo de realização foi curto, portanto uma proposta é adequar esse 
treinamento na mesma intensidade, mas durante um longo prazo e diversificando os 
exercícios propostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
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43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (ANEXO A) 
 
 
I – Dados De Identificação Do Paciente Ou Responsável Legal 
 
1. Nome do Paciente: 
 
Documento de Identidade nº 
 
 
Sexo: 
 
Data de Nascimento: 
Endereço: 
 
Cidade: U.F. 
Telefone: 
 
CEP: 
 
 
 
1. Responsável Legal: 
 
Documento de Identidade nº 
 
 
Sexo: Data de Nascimento: 
Endereço: 
 
Cidade: U.F. 
Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.): 
 
 
 
II- Dados sobre a pesquisa 
 
 
1. Título do protocolo de pesquisa: 
 
2. Pesquisador responsável: 
 
Cargo/função: Inscr.Cons.Regional: Unidade ou Departamento do Solicitante: 
 
 
3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como 
conseqüência imediata ou tardia do estudo). 
 
 
 SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO RISCO MAIOR 
 
 
4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar): 
 
 
5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos 
procedimentos que são experimentais: (explicitar) 
 
 
6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar) 
 
 
7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar) 
45 
 
 
 
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar) 
 
 
9. Duração da pesquisa: 
 
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de 
pesquisa em / / 
 
 
 
 
Iv – Consentimento Pós-Esclarecido 
 
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador 
responsável e assistentes, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto 
em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II. 
 
 
 
 
________________________________ Local, / / . 
 Assinatura 
 
 
 
 
 
 ____________________________________ 
 Testemunha 
 
Nome .....: 
 
Endereço.: 
 
Telefone .: 
 
R.G. .......: 
 
 
 
____________________________________ 
 Testemunha 
 
Nome .....: 
 
Endereço.: 
 
Telefone .: 
 
R.G. .......: 
 
 
 
 
 
46 
 
AVALIANDO O GRAU DE DEPRESSÃO: ESCALA DE DEPRESSÃO DE 
BECK (ANEXO B) 
 
 
A escala ou inventário de depressão de Beck é um dos instrumentos mais utilizados para medir a 
severidade dos episódios depressivos. A recente versão é desenhada para pessoas acima de 13 
anos de idade, e é composta de diversos ítens relacionados aos sintomas depressivos, como 
desesperança, irritabilidade e sentimentos de culpa ou de estar sendo punido, assim como sintomas 
físicos, como fadiga, perda de peso e diminuição da libido. Este questionário avalia apenas o grau de 
depressão, e deve sempre ser avaliado por um especialista. 
 
Escolha apenas UMA alternativa que representa como você mais se sentiu nas duas últimas 
semanas, incluindo hoje: 
A - TRISTEZA 
 
0 Não me sinto triste. 
1 Sinto-me melancólico(a) ou triste. 
2a Estou triste e melancólico(a) o tempo todo e não consigo sair disso. 
2b Estou tão triste e infeliz que isso é extremamente doloroso. 
3 Estou tão triste e infeliz que não consigo suportar. 
 
 
B - PESSIMISMO 
 
0 Não estou particularmente triste ou desencorajado(a) em relação ao futuro. 
1 Sinto-me desencorajado(a) em relação ao futuro. 
2a Sinto que não tenho nada para alcançar. 
2b Sinto que nunca superarei meus problemas. 
3 Sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não podem melhorar. 
 
C - SENSO DE FRACASSO 
 
0 Não me sinto um fracassado(a). 
1 Sinto que tenho fracassado(a) mais que uma pessoa comum. 
2a Sinto que tenho realizado muito pouca coisa que valha. 
2b Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos. 
3 Sinto que sou um completo fracasso como pessoa (pai, marido, mulher...). 
 
D- INSATISFAÇÃO 
 
0 Não estou particularmente insatisfeito(a). 
1a Sinto-me entediado(a) a maior parte do tempo. 
1b Não tenho gosto pelas coisas como costumava ter. 
2 Não consigo ter satisfação por nada atualmente. 
3 Estou insatisfeito(a) com tudo. 
 
E- CULPA 
 
0 Não me sinto particularmente culpado(a). 
1 Sinto-me mal ou indigno(a) uma boa parte do tempo. 
2a Sinto-me bastante culpado (a). 
2b Sinto-me mal ou indigno (a), praticamente o tempo todo, agora. 
3 Sinto-me como se estivesse bem ruim e sem valor. 
 
F - EXPECTATIVA DE PUNIÇÃO 
 
0 Não sinto que esteja sendo punido(a). 
1 Tenho um pressentimento de que alguma coisa ruim possa acontecer comigo. 
2 Sinto que estou sendo punido(a) ou que irei ser punido. 
3a Sinto que mereço ser punido(a). 
47 
 
3b Quero ser punido(a). 
 
G- AUTODESGOSTO 
 
0 Não me sinto desapontado(a) comigo mesmo. 
1a Estou desapontado(a) comigo mesmo. 
1b Não gosto de mim. 
2 Estou aborrecido(a) comigo mesmo. 
3 Eu me odeio. 
 
 
H - AUTO-ACUSAÇÕES 
 
0 Não sinto que eu seja algo pior do que qualquer outra pessoa. 
1 Critico-me por minhas fraquezas ou erros. 
2 Acuso a mim mesmo(a) por minhas falhas. 
3 Acuso a mim mesmo(a) por tudo de ruim que acontece. 
 
 
I- IDÉIAS SUICÍDAS 
 
0 Não tenho quaisquer pensamentos sobre prejudicar a mim mesmo(a). 
1 Tenho pensamentos sobre prejudicar a mim mesmo(a), mas eu não os colocaria em prática. 
2a Sinto que estaria em melhor situação morto(a). 
2b Sinto que minha família estaria em melhor situação se eu estivesse morto(a). 
3 Eu me mataria se pudesse. 
 
J- CHORO 
 
0 Não choro mais do que o comum. 
1 Choro mais do que costumava. 
2 Choro o tempo todo, agora; eu não consigo parar com isso. 
3 Eu costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo chorar de maneira alguma, muito 
embora eu queira. 
 
K- IRRITABILIDADE 
 
0 Eu não estou mais irritado(a) agora do que costumo estar. 
1 Fico aborrecido(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava ficar. 
2 Sinto-me irritado(a) o tempo todo. 
3 Eu não fico irritado(a)

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