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RESUMO DA CURTA METRAGEM “ILHA DAS FLORES” Em Belém Novo, no Rio Grande do Sul, o senhor Masaki Suzuki é proprietário de um cultivo de tomates, e dedica cinquenta por cento do seu dia em sua plantação. A maior parte da produção do senhor Suzuki está destinada ao mercado, onde poderá ser adquirida pela dona Nete, por exemplo, uma senhora que aparenta ser de um gosto refinado. Não é por menos; dona Nete exerce a profissão de revendedora de perfumes. Todos os dias dona Nete visita suas clientes em seus respectivos lares. Assim, dona Nete garante o dinheiro necessário para comprar o tomate e outras coisinhas mais, tomate cujo senhor Suzuki vendeu ao supermercado onde dona Nete vai ás compras. Ao meio-dia, dona Nete serve ao seu marido e filhos, um assado de porco. Este assado leva um molho de tomate, com aparência saborosa. Molho que foi preparado com os tomates que dona Nete comprou no supermercado, os mesmos tomates cujo senhor Suzuki vendeu, após serem colhidos em seu pomar. Porém um dos tomates, que foram comprados por dona Nete, estava estragado. Este foi jogado ao lixo e mais tarde recolhido pelos coletores. No bairro Ilha da Flores, todo o lixo coletado em Porto Alegre, inclusive o tomate descartado por dona Nete, é despejado. Ambos, o tomate e todo resto do lixo, poderão servir , ou não, de alimento para os porcos que são criados na Ilha das Flores. Os proprietários da criação de porcos separam o lixo de origem orgânica, aqueles que jugam aproveitáveis servirão de alimento para os porcos, o resto servirá de comida para a população carente do bairro. A cada cinco minutos dez pessoas, mulheres e seus filhos, têm permissão para adentrar o chiqueiro dos porcos, onde o lixo foi despejado, para juntar, do resto daquilo que foi recolhido aos porcos, tudo o que jugarem adequado à sua alimentação. O tomate que dona Nete jogou fora, provavelmente está ali, pois este fora julgado ruim para o consumo dos porcos. O que coloca os moradores do bairro, abaixo dos porcos na prioridade de escolha dos alimentos. Isso porque não têm dinheiro, mas são “livres”.
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