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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário Resenha do Artigo ou Caso Petrobrás Nome do aluno (a) Nayara Perim Trabalho da disciplina Teoria Geral do Processo do Trabalho Tutor: Prof. Gustavo Bastos de Andrade Itaituba/PA 2018 Artigo ou caso: Petrobrás TÍTULO Petrobrás é multada em R$10 mil pela Justiça do Trabalho REFERÊNCIA: Este trabalho visa construção de uma resenha crítica acerca do contido no artigo supramencionado. O referido artigo trata de decisão condenatória proferida pela 3ª Turma do TRT da 1ª Região (RJ), contra a Petrobrás. Na referida decisão, a Empresa foi multada por reter trabalhadores dentro da Refinaria de Duque de Caxias/RJ, durante o período de greve de seus funcionários. Os trabalhadores, que iniciaram o turno de trabalho um dia antes do início da greve, foram impedidos de deixar a refinaria. A retenção ilegal foi constatada após inspeção realizada por procuradores do Trabalho. O Relator do acórdão, juiz Leonardo Dias Borges, destacou que os funcionários tiveram frustrado seu direito de ir e vir, sendo obrigados a trabalhar à exaustão, sem locais apropriados para descanso. Segundo a decisão, a Petrobrás deveria se abster de praticar qualquer ato que impedisse ou dificultasse o exercício do direito de greve, e, para cada descumprimento da ordem, seria aplicada multa de 100 mil reais. A decisão comentada garante o exercício do direito de greve. A Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89 asseguram o direito de greve a todo trabalhador, competindo-lhe a oportunidade de exercê-lo para defender seus interesses advindos da relação de trabalho. Dessa forma, as empresas não podem adotar meios para forçar o empregado a comparecer ao trabalho, nem frustrar a divulgação do movimento grevista. Do mesmo modo, fazer com que o empregado permaneça no local de trabalho depois de encerrado seu turno de trabalho, mantendo as portas trancadas, é conduta que viola o direito de locomoção, garantido no inciso XV do artigo 5º da Constituição Federal, bem como a sua dignidade. A dignidade da pessoa humana deve prevalecer sobre todo e qualquer zelo do empregador para com seu patrimônio, sendo certo que o poder diretivo não pode se sobrepor à intimidade e à dignidade do empregado.
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