Técnicas_de_Coleta_de_Dados

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TÉCNICAS DE COLETAS DE DADOS
Entrevista e Observação
			 Org. por Leilah Santiago Bufrem
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 ENTREVISTA
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DEFINIÇÕES
Técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obter informações que interessam à investigação.
Técnica de interação social, para obtenção de informações. 
Encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.
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VANTAGENS
Flexibilidade para adaptação às pessoas e às circunstâncias em que se desenvolve a entrevista.
Obtenção de dados: 
referentes aos mais diversos aspectos da vida social;
suscetíveis de classificação ou de quantificação.
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VANTAGENS
Possibilidade de aprofundamento de questões que exigem maior grau de reflexão.
Facilidade de comunicação entre o investigador e o entrevistado.
Facilidade ao primeiro para explicar as perguntas e ao último para complementar as respostas.
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VANTAGENS
Obtenção de informações que são tanto complexas como emocionalmente carregadas por favorecer o aparecimento de sentimentos subjacentes a uma opinião expressa.
Oportunidade de observar não apenas os detalhes do agente ou sujeito de estudo, mas também as atitudes do entrevistado. 
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DIFICULDADES
Fornecimento de respostas falsas, determinadas por razões conscientes ou inconscientes.
Inabilidade ou mesmo incapacidade do entrevistado para responder adequadamente, em decorrência de insuficiência vocabular ou de problemas psicológicos.
Falta de motivação do entrevistado para responder as perguntas que lhe são feitas. 
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DIFICULDADES
Influência das opiniões pessoais do entrevistador sobre as respostas do entrevistado.
Pequeno grau de controle sobre uma situação de coleta de dados.
Retenção pelo entrevistado de alguns dados importantes, receando que sua identificação seja revelada.
Custos com treinamento de pessoal e aplicação das entrevistas.
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RECOMENDAÇÕES
Submeter a um pré-teste o padrão/roteiro de uma entrevista.
Ao formular as questões, observar as reações do entrevistado.
Criar condições para que o entrevistado se sinta à vontade para falar.
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RECOMENDAÇÕES
Será mais fácil obter informações de uma pessoa sozinha do que quando está em grupo. 
Fazer o registro das informações imediatamente após a entrevista: deve-se preparar um registro bem amplo. 
Necessidade de cautela quanto à tendenciosidade. 
Dedicar especial atenção ao preparo dos entrevistadores.
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RECOMENDAÇÕES
Evitar estabelecimento de polêmica, aconselhamento ou imposição da vontade do entrevistador.
Intervir apenas para ajudar, dissipar receios ou estimular a fala.
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TIPOS de entrevistas
PADRONIZADA/ESTRUTURADA: 
com roteiro previamente estabelecido;
adequada para desenvolvimento de levantamentos sociais.
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TIPOS de entrevistas
NÃO ESTRUTURADA/INFORMAL:
com liberdade para o entrevistador desenvolver cada situação na direção que considere adequada;
 recomendada para estudos exploratórios.
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TIPOS de entrevistas
FOCALIZADA: 
enfoca um tema específico;
utilizada em situações experimentais e em estudos de mudança de conduta;
o entrevistador permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto;
exige grande habilidade e perspicácia do entrevistador.
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TIPOS de entrevistas
NÃO DIRIGIDA: 
há liberdade total por parte do entrevistador, que poderá expressar suas opiniões e sentimentos;
a função do entrevistador é de incentivo, levando o informante a falar sobre determinado assunto, sem, entretanto, forçá-lo a responder.
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TIPOS de entrevistas
PAINEL: 
consiste na repetição de perguntas, de tempos em tempos, às mesmas pessoas, para estudar a evolução das opiniões em períodos curtos
as perguntas devem ser formuladas de maneira diversa, para que o entrevistado não distorça as repostas com essas repetições.
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OBSERVAÇÃO
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OBSERVAÇÃO
DEFINIÇÃO
UTILIZAÇÃO DOS SENTIDOS A FIM DE SE OBTER DETERMINADA INFORMAÇÃO SOBRE ALGUM ASPECTO DA REALIDADE
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OBJETIVOS
Reconstruir empiricamente a realidade.
Coletar e reunir evidências concretas capazes de reproduzir os fenômenos em estudo no que eles têm de essencial.
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OBSERVAÇÃO
VANTAGENS
Ausência de intermediação na percepção dos fatos.
Intensificação da objetividade das informações.
DESVANTAGEM
Possibilidade de constranger o observado, provocando alterações em seu comportamento.
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Categorias de observação
Quanto à ESTRUTURAÇÃO:
 assistemática ou não estruturada: sem controle anterior ou instrumental apropriado;
 sistemática: 
 utiliza instrumental adequado;
 requer planejamento prévio e condições controladas;
 tem em vista objetivos e propósitos pré-definidos.
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Categorias de observação
=> Quanto à PROXIMIDADE com a realidade:
direta, ou sem intermediação; 
indireta, mediada por registros ou documentos (análise de citações, métodos sociológicos e verificação de estatísticas)
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Categorias de observação
=> Quanto à PARTICIPAÇÃO do observador:
participante: o observador se incorpora ao grupo ou à comunidade estudada;
não participante, o observador presencia o fato mas não participa dele.
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Categorias de observação
=> Quanto ao número de observadores:
individual: quando a técnica é realizada apenas por um pesquisador
em equipe: o grupo pode observar a ocorrência por vários ângulos. 
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Observação em equipe
todos observam o mesmo fenômeno; 
cada um observa um aspecto diferente do fenômeno; 
os observadores empregam procedimentos diferenciados; 
forma-se uma rede de observadores, distribuídos em uma cidade, região ou país (observação maciça ou em massa).
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Categorias de observação
Quanto ao LOCAL DA PESQUISA
Vida real: são registrados os dados à medida em que se sucedem, espontaneamente, de preferência no local onde o evento ocorre. 
Em laboratório: as condições para a coleta de dados são cuidadosamente dispostas e controladas, gerando caráter artificial. Dai a necessidade e a preocupação em criar condições análogas às naturais. Recomendam-se instrumentos adequados, que possibilitem a realização de observações refinadas.