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LIVRO-5-PRATICAS PEDAGOGICAS 2023

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Prévia do material em texto

NORMAS DE CONDUTA DO ACADÊMICO 
 
As Normas de Conduta devem ser observadas com a finalidade de unificar a postura dos 
acadêmicos durante a realização da prática pedagógica. 
 
Aspectos profissionais a serem observados: 
1. Solicitar autorização do responsável pela Instituição Concedente (escola) para realização da 
prática, acertando questões pontuais, tais como: data, horário, departamento, processo e o ritmo 
da Instituição Concedente. 
2. Realizar um momento de planejamento junto aos responsáveis pela instituição (visita prévia), 
incluindo detalhes sobre o momento da ação, tais como: postura, altura da voz, sala adequada, 
acústica da sala, necessidade deslocamento a alguma sala específica, uso de materiais, uso de 
recursos de som. 
3. Apresentar/descrever a história que será contada e a atividade que pretende realizar para 
julgamento dos responsáveis/supervisores da instituição; tendo em vista a adequação e o bem-
estar dos sujeitos envolvidos. 
4. Não utilizar nenhum recurso sem prévia autorização da instituição/comunidade. 
5. Procurar identificar as dificuldades para refazer suas estratégias. 
6. Exercitar sua autoavaliação e ficar atento à receptividade de suas atividades. 
7. Otimizar o tempo. 
8. Respeitar a privacidade e a individualidade do local de realização do projeto. 
9. Participar da rotina da Instituição Concedente, sem criar polêmicas. 
10. Preservar sigilo das informações a que tiver acesso. 
11. Promover e preservar a boa imagem dos acadêmicos e da Instituição UNIASSELVI. 
 
Aspectos humanos: 
1. Ser assíduo(a) e pontual em todas as atividades de extensão. 
2. Ter uma atitude receptiva, colaboradora e aberta a solicitações/adequações. 
4. Vestir-se adequadamente. 
5. Não fumar no ambiente de realização do projeto. 
6. O celular deve ser mantido desligado durante a realização das atividades na Instituição 
Concedente. 
7. Permite-se o uso do celular apenas nos casos em que este configura-se como recurso auxiliar 
às atividades previstas no projeto. 
8. Dirigir-se de forma cordial a todas as pessoas. 
9. Adotar postura adequada no que se refere à linguagem utilizada. 
 
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/conteudo/9644/8-passos-para-introduzir-ferramentas-
digitais-na-sala-de-aula
Publicado em NOVA ESCOLA 07 de Março | 2018
Tecnologia
8 passos para levar ferramentas
digitais para sala de aula
Muitos professores sentem dificuldade em lidar com programas e
ferramentas, mas essa aprendizagem já está disponível
Débora Garofalo
As ferramentas digitais incentivam inovação, criatividade e inventividade por meio da
experimentação – dando aos alunos a oportunidade de serem protagonistas de sua própria
aprendizagem Foto: Getty Images
Em nosso cotidiano, convivemos com a tecnologia nas atividades mais rotineiras, como usar um
aplicativo de banco para pagar uma conta via celular ou enviar uma mensagem pelo WhatsApp. Essa
mesma facilidade no uso de tecnologias deveria ser abraçada pela escola e pelos professores, que
poderiam então fazer uso de ferramentas digitais em suas aulas.
Para isso é necessário vencer algumas barreiras, como ausência de infraestrutura, conectividade e
formação docente. Muitos professores sentem dificuldade em lidar com programas e ferramentas, pois
só tiveram contato com tais tecnologias em sua fase adulta – bem diferente dos nossos alunos, que
nasceram na era tecnológica e estão familiarizados com elas.
Recentemente, uma iniciativa do movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Instituto Natura, Itaú BBA, Fundação Telefônica Vivo e
Samsung foi saber o que pensam os professores brasileiros sobre o uso da tecnologia digital em sala
de aula. Apesar das dificuldades com falta de recursos e equipamentos, eles foram unânimes em dizer
que as tecnologias contribuem para o processo de ensino e aprendizagem e que para avançar o
processo de introdução em sala de aula é necessário que as políticas públicas priorizem alguns pontos:
https://novaescola.org.br/conteudo/9644/8-passos-para-introduzir-ferramentas-digitais-na-sala-de-aula
http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/44166/o-que-pensam-os-professores-brasileiros-sobre-a-tecnologia-digital-em-sala-de-aula/
Ofertar melhores oportunidades de formação docente
Assegurar uma melhor infraestrutura física
Promover soluções tecnológicas que levem a rotina escolar e os desafios do dia-a-dia.
Esse é um assunto que gera muito debate. Em NOVA ESCOLA, muitos educadores já se manifestaram
para enumerar as dificuldades em utilizar meios digitais de forma efetiva em sala de aula.
Compartilho desses desafios e acredito que este é o maior entrave para que os avanços destas
ferramentas sejam incluídos no dia a dia escolar.
Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, BNCC, que traz o uso das tecnologias como
uma das competências de ensino, estamos próximos de garantir recursos necessários, principalmente
formação para que professores estreitem os laços com as tecnologias. Mas é possível? Eu acredito que
sim e a seguir enumero oito passos para agregar essas ferramentas na sala de aula:
 
Conheça
Compreenda recursos e softwares que podem ser incorporados a sua rotina escola. Google Drive e
Google Sala de Aula são gerenciadores que permitem realizar trabalhos colaborativos, permitindo que
vários documentos possam ser vistos e comentados por um grupo – com acesso inclusive por celular. É
possível gerenciar pesquisas e aplicar avaliações tornando as aulas mais atrativas e dinâmicas.
 
Explore
Muitas ferramentas digitais promovem novas formas de realizar uma prática pedagógica e explorar
habilidades e competências diversas.
Produção de vídeos, fotos, podcasts, slides e blogs. São ferramentas que podem ser usadas pelo
celular, computador ou tablet e que enriquecem as aulas – por permitir dinamismo e também vivência.
Uma aula pode ganhar muito com exibição de vídeos curtos ou fotos feitas pelos próprios alunos.
 
Planeje
Projete atividades em que a experimentação da aprendizagem esteja presente, valorizando o aluno no
centro do processo de ensino e fazendo do professor o mediador dessa construção. Que tal criar um
espaço maker, com materiais que são reaproveitados? Ao estabelecer espaços colaborativos dentro da
sala de aula, o aluno pode inventar, criar e usar recursos diferentes para a resolução de problemas.
Para criar um espaço maker, você precisará de algumas ferramentas, como chave de fenda, ferro de
solda, tesoura, canetas, uma mesa, materiais de sucata e muita mão na massa para criar junto aos
alunos.
 
Insira
O foco da educação hoje está no desenvolvimento de competências e habilidades. Aproveite para
inserir as redes sociais em suas aulas, expandindo o aprendizado e dando espaço a um ensino mais
personalizado. Edmodo, Blogger, Twitter e Instagram são redes sociais que permitem interação,
personalização e a possibilidade de realizar trabalhos que expressem mais a vivência e a visão do
aluno.
 
Incentive
Use e abuse das ferramentas de pesquisa na Internet. Nossos alunos necessitam de orientação em
relação ao uso, como símbolos e palavras chaves. Indique bibliografias e sites úteis para que
desenvolvam trabalhos com informação de qualidade e confiabilidade. Aproveite para abordar ainda
assuntos como Segurança da Internet e Cyberbullying.
https://cartilha.cert.br/seguranca/
https://www.internetsegura.pt/riscos-e-prevencoes/cyberbullying
 
Crie
Estimule o contato com softwares (programas) autorais e a produção de trabalhos colaborativos. Movie
Maker, Audacity e Gimp são exemplos de programas que permitem realizar diversos tipos de trabalho,
além de serem gratuitos.
 
Estimule
Traga o mundo imaginário dos alunos para a sala de aula, propiciando a produção de games e
estimulando o raciocínio lógico, com o uso de softwares de programação. O Scratch é um programa
recomendável e pode ser trabalhado de forma offline.
 
Compartilhe
Propicie momentos para compartilhar as atividades realizadas, incentivando os alunos a produzirseus
próprios textos em formatos distintos. Eles poderão criar textos a partir das pesquisas realizadas na
internet e em outras mídias e você pode ensiná-los a mencionar de maneira correta o crédito de
autores e fontes pesquisadas.
As ferramentas digitais podem ser usadas como um grande propulsor à inovação, criatividade e
inventividade por meio da experimentação – dando aos alunos a oportunidade de serem
protagonistas, autorais e construtores da sua própria aprendizagem.
Muitas ferramentas acima, oferecem oportunidade de compartilhar os seus trabalhos, então aproveite
ainda esses recursos para mostrar sua experiência a outros professores.
E você, querido professor, como costuma inserir ferramentas digitais em suas aulas? Conte aqui nos
comentários! Vamos aproveitar esse espaço oferecido pela Nova Escola para compartilhar experiências
e práticas docentes. 
Um abraço,
 
https://windows-movie-maker.br.uptodown.com/windows
https://audacity.br.uptodown.com/windows
https://gimp.br.uptodown.com/windows
https://scratch.mit.edu/projects/12059990/
 
SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI LTDA 
Recredenciado pela Portaria nº 763, de 18 de setembro de 2020, publicada no DOU de 21 de 
setembro de 2020, seção 1, página 119. 
Rua Doutor Pedrinho, N 79 - Bairro Rio Morto - CEP 89082-262 - Indaial/SC 
Site: uniasselvi.com.br 
 
CARTA DE APRESENTAÇÃO 
 
Senhor(a), 
 
Apresentamos a V.S.ª o(a) acadêmico(a) ______________________________, matrícula 
__________________, regularmente matriculado(a) no semestre __________, do curso 
de _____________________________________________________________ do 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI, matriculado na disciplina 
______________________________________________________________________ 
que é um componente curricular obrigatório. 
 
 
Agradecemos antecipadamente a oportunidade dada ao(à) nosso(a) acadêmico(a) e nos 
colocamos à disposição para maiores esclarecimentos através do contato do polo de 
apoio presencial: _______________________________________________________. 
 
Atenciosamente, 
 
 
___________________________________________ 
Tutor Externo/Gestor do Polo 
 
 
Loca e data: _______________________, _______ de ________________ de ______. 
 
 
SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI LTDA 
Recredenciado pela Portaria nº 763, de 18 de setembro de 2020, publicada no DOU de 21 de 
setembro de 2020, seção 1, página 119. 
Rua Doutor Pedrinho, Nº 79 - Bairro Rio Morto - CEP 89082-262 - Indaial/SC 
Site: uniasselvi.com.br 
 
DECLARAÇÃO DE COMPARECIMENTO 
 
Instituição de Ensino 
Razão Social: Sociedade Educacional Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI 
CNPJ: 01.894.432/0001-56 
Endereço: Rua Doutor Pedrinho, nº 79 Bairro: Rio Morto 
Cidade: Indaial Estado: SC 
CEP: 89082-262 Fone: (47) 3281-9000 
 
Acadêmico 
Acadêmico(a): Matrícula: 
Curso: Turma: 
Disciplina: Fone: 
 
Unidade Concedente / Ambiente Escolar 
Razão Social: 
CNPJ: 
Endereço: Bairro: 
Cidade: Estado: 
CEP: Fone: 
 
Professor ou Gestor do Ambiente Escolar 
Nome Completo: 
CPF: 
 
Com base na Resolução CNE/CP Nº2, de 20 de dezembro de 2019, que “Define as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação 
Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da 
Educação Básica (BNC-Formação)”, declaro para os devidos fins que o(a) acadêmico(a) 
identificado acima esteve presente nesta unidade concedente no período de 
______________________________________________________________________. 
 
 
_________________________________ _________________________________ 
Instituição Concedente 
(Assinatura e Carimbo) 
Acadêmico(a) 
 
 
Loca e data: _______________________, _______ de ________________ de ______. 
FORM 0017 Versão 1.0
ORIENTAÇÕES SOBRE OBSERVAÇÃO 
DO AMBIENTE ESCOLAR E 
REGISTROS DE IMAGENS
FORM 0017 Versão 1.0
Ambiente escolar e a observação
Acadêmico, após apresentar-se na instituição escolhida, é o momento de 
realizar a observação do ambiente escolar.
FORM 0017 Versão 1.0
Nesse material, você encontrará
orientações que devem ser seguidas para
atingir o objetivo da disciplina.
Lembre-se que, durante a observação, será
necessário realizar um registro
fotográfico (ou mais de um) que
representa a profissão que você atuará
quando formado, e que servirá como base
para a elaboração do mapa conceitual.
*É importante que este registro
fotográfico esteja vinculado ao tema da
disciplina.
FORM 0017 Versão 1.0
O que observar 
no ambiente 
escolar?
FORM 0017 Versão 1.0
Seu olhar deve estar voltado para conhecer alguns detalhes da 
profissão escolhida e do ambiente em que atuará quando formado.
Para isso, elencamos alguns objetivos que servirão de base para suas
observações no ambiente escolar:
• Observar o trabalho de um professor/gestor que atue na área do
seu curso e o seu local de trabalho.
• Identificar as ferramentas utilizadas no dia a dia do professor/gestor
(como: plano de aula, diário, registros avaliativos, livro didático, outros
recursos didáticos ou tecnológicos).
• Perceber a atuação do professor/gestor nas diferentes atividades
escolares (como: saídas a campo, conselhos de classe, reuniões,
recreio assistido, projetos interdisciplinares).
Todas estas percepções podem ser registradas em fotografias. Veja bem: seu olhar pode focar o objeto ou a 
situação em si, mas seu olhar pode, também, ser subjetivo. Ou seja, você pode ter um olhar próprio sobre 
determinado objeto ou determinada situação. Sua fotografia vai mostrar o seu olhar!
FORM 0017 Versão 1.0
Postura Ética e Profissional em 
ambiente escolar
FORM 0017 Versão 1.0
A postura ética e profissional deve ser
praticada durante o período de visita
no ambiente escolar.
É um momento de autoavaliação, cuja
principal preocupação deve ser a
aproximação cada vez maior entre “o
que eu digo e o que eu faço”, entre “o
que pareço ser e o que realmente
sou”.
FORM 0017 Versão 1.0
Aspectos profissionais a serem 
observados:
• Solicitar autorização do responsável pelo ambiente 
escolar para realização da atividade.
• Planejar as ações, observando os horários e o ritmo do 
ambiente escolar.
• Exercitar sua autoavaliação.
• Ficar atento à receptividade de suas atividades.
• Observar com atenção e registrar.
• Otimizar o tempo.
• Respeitar a privacidade e a individualidade do 
ambiente escolar.
• Preservar sigilo das informações a que tiver acesso.
• Aplicar seu roteiro de entrevista com o seu 
responsável indicado na escola.
• Promover a imagem dos acadêmicos e da Instituição 
UNIASSELVI.
Aspectos humanos a serem 
observados:
• Ser assíduo e pontual em todas as 
atividades da disciplina.
• Ter atitude receptiva e colaboradora.
• Vestir-se adequadamente.
• Não fumar no ambiente escolar.
• Utilizar o celular somente para o registro 
fotográfico. O celular deve ser mantido no 
silencioso quando o aluno estiver no local e 
horário do espaço escolar.
• Dirigir-se de forma cordial a todas as 
pessoas.
• Aplicar atitudes de bom senso.
• Adotar postura adequada no que se refere à 
linguagem utilizada, não usar gírias.
FORM 0017 Versão 1.0
Observando e registrando
Regramentos para realizar seus registros!
FORM 0017 Versão 1.0
Ao fotografar espaços da instituição, evite fazer registros nos 
quais estudantes e/ou professores possam ser identificados. 
✓ Há a Autorização de Uso de Imagem para Adultos, que pode ser usada para professores, 
gestores e/ou outros funcionários da escola e deve ser assinada pela própria pessoa fotografada. 
✓ Há a Autorização de Uso de Imagem para Menores, que deve ser assinada pelos pais ou 
responsáveis. 
Para evitar 
quaisquer 
problemas, sugere-
se fazer registros em 
que as pessoas 
estejam de costas 
ou em que o rosto 
não esteja nítido. 
Caso considere 
importante fazer 
registros em que 
apareçam algumas 
pessoas, deve-se 
solicitar a elasque 
assinem uma 
autorização. 
FORM 0017 Versão 1.0
Registro fotográfico
O ambiente escolar a partir o seu olhar!
FORM 0017 Versão 1.0
A foto precisa ser pensada e planejada
dentro das especificidades da disciplina
em questão e apresentar relação com o
mapa conceitual que você elaborará
posteriormente.
Lembre-se que a foto é o centro do
mapa conceitual. Portanto, ela deve
ser representativa da profissão
escolhida por você e do ambiente em
que atuará quando formado.
Nesse sentido, apresentamos alguns
exemplos para que você se inspire no
momento de planejar, fotografar e
estabelecer reflexões sobre o que
visualizou.
FORM 0017 Versão 1.0
Exemplo1:
• Se optar pela observação do contexto escolar, é
possível direcionar sua atenção a uma concepção de
professor como mediador na construção de
conhecimentos e não como alguém cujo papel seja
repassar conteúdos. Dessa forma, procure fazer fotos
que sejam capazes de demonstrar tal concepção.
• A partir dessa imagem central, você poderá
desenvolver os conceitos mais relevantes em relação
a tal concepção, como: mediação, aluno ativo,
protagonismo, colaboração, etc.
Fonte: Disponível em: <https://elements.envato.com/pt-br/a-group-of-small-school-kids-with-teacher-sitting--3DPHZNK>. Acesso em: 16 jan. 2023. 
FORM 0017 Versão 1.0
• Se, por outro lado, a escola na qual você faz suas
observações dispõe de uma organização do espaço
físico e das metodologias de ensino que remetem a
uma educação mais tradicional, procure realizar
registros que demonstrem isso.
• Partindo dessa imagem central, você poderá
recuperar em seu mapa conceitual reflexões e
conceitos mais relevantes que remetam a ela: a
concepção de educação implícita, a concepção de
sujeito, os tipos de avaliação predominantes, as
metodologias de ensino tradicionais que aparecem etc.
Exemplo 2: 
Fonte: Disponível em: <https://elements.envato.com/pt-br/group-of-teenage-students-in-protective-masks-carr-2JCPANX>. Acesso em: 16 jan. 2023. 
FORM 0017 Versão 1.0
Exemplo 3:
• A escola observada possui acesso a Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação em sala de
aula? Como esses recursos são usados?
• Tendo essa imagem como central, você poderia
discutir, através do seu mapa conceitual, os conceitos
mais relevantes em relação ao que se visualiza, como:
tecnologia na educação, autonomia e protagonismo do
aluno, metodologias ativas, colaboração etc.
• Observe também que foi utilizado um recurso que
ofusca a imagem das pessoas (exceto a primeira),
impedindo sua identificação. Pode ser uma alternativa
interessante para realização dos seus registros, uma
vez que mostra o que é relevante para a ideia central a
ser desenvolvida e evita problemas quanto aos direitos
de uso de imagem.
Fonte: Disponível em: <https://elements.envato.com/pt-br/little-girl-e-learning-on-laptop-in-the-classroom--TBLETEK>. Acesso em 16 jan. 2023. 
FORM 0017 Versão 1.0
Agora cabe a você decidir o registro que 
melhor representa a sua experiência ou 
reflexão dentro da temática da disciplina.
FORM 0017 Versão 1.0
“Não basta saber, é preciso saber fazer” 
INSTRUMENTO PARTICULAR DE AUTORIZAÇÃO PARA USO DE SOM E IMAGEM 
Nome: , nacionalidade: , 
estado civi: , profissão: , 
inscrito(a) no CPF sob o nº . . - e portador(a) do
RG nº , residente e domiciliado , 
na cidade de , estado , responsável legal do menor: 
Nome do menor: , nacionalidade: , 
estado civi: , profissão: , 
inscrito(a) no CPF sob o nº . . - e portador(a) do
RG nº , residente e domiciliado , 
na cidade de , estado , AUTORIZA: 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI, mantido pela 
Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda., pessoa jurídica de direito privado, 
inscrita no CNPJ-MF sob nº 01.894.432/0001-56, com sede na BR-470, KM 71, nº 1040, 
Bairro Benedito, na cidade de Indaial, Estado de Santa Catarina, neste ato representado 
pelo Sr. Paulo de Tarso Pires de Moraes, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do RG 
nº 3771924 SSP/SP e inscrito no CPF sob o nº 697.530.081-04 e Sr. Ozinil Martins de 
Souza, brasileiro, solteiro, reitor, portador do RG nº 3010729031 e inscrito no CPF sob o 
nº 004.283.619-00, o uso de som e imagem, com direito exclusivo de poder editar, 
publicar e comercializar, por meios impressos ou eletrônicos, em todo o âmbito nacional, 
nos seguintes termos: 
- Declara estar ciente que a imagem e o som feitos poderão ser reproduzidos e
transmitidos em número ilimitado de vezes e por tempo indeterminado, por qualquer meio 
de comunicação existente, através de todas as formas de transporte de sinal, 
abrangendo plataformas analógicas ou digitais, com atributos de interatividade, ou não, 
“Não basta saber, é preciso saber fazer” 
internet e/ou Telefonia, fixa ou móvel, bem como impressos ou on-line, sem que seja 
devida qualquer remuneração. 
- Concorda que pertence exclusivamente à UNIASSELVI os direitos autorais sobre o
projeto gráfico-visual que esta desenvolver, por si ou por terceiros contratados para tal 
fim, para a OBRA, podendo dispor de tal matéria a seu critério, para esta ou para outras 
edições de qualquer obra ou material, inclusive para fins publicitários. 
- Tenho ciência de que o som e imagem por mim cedidos serão utilizados exclusivamente
pela UNIASSELVI, que a seu critério poderá cedê-las ou comercializá-las, e a quem 
também competirá o direito de tomar as medidas judiciais e/ou extrajudiciais cabíveis 
para impedir a utilização indevida da imagem por terceiros. 
, / / . 
SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI S/S LTDA 
Ciente das minhas obrigações: 
Responsável Legal do Menor 
 
“Não basta saber, é preciso saber fazer” 
 
 
 
INSTRUMENTO PARTICULAR DE AUTORIZAÇÃO PARA USO DE SOM E IMAGEM 
 
Nome: , nacionalidade: 
 , estado civil: , 
profissão: , inscrito(a) no CPF sob o nº 
 . . - e portador(a) do RG nº _, residente e 
domiciliado no endereço: , 
na cidade de , estado: ; AUTORIZA: 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI, mantido pela 
Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda., pessoa jurídica de direito privado, 
inscrita no CNPJ-MF sob nº 01.894.432/0001-56, com sede na BR-470, KM 71, nº 1040, 
Bairro Benedito, na cidade de Indaial, Estado de Santa Catarina, o uso de som e 
imagem, com direito exclusivo de poder editar, publicar e comercializar, por meios 
impressos ou eletrônicos, em todo o âmbito nacional, nos seguintes termos: 
 
- Declara estar ciente que a imagem e o som feitos poderão ser reproduzidos e 
transmitidos em número ilimitado de vezes e por tempo indeterminado, por qualquer meio 
de comunicação existente, através de todas as formas de transporte de sinal, 
abrangendo plataformas analógicas ou digitais, com atributos de interatividade, ou não, 
internet e/ou Telefonia, fixa ou móvel, bem como impressos ou on-line, sem que seja 
devida qualquer remuneração. 
 
- Concorda que pertence exclusivamente à UNIASSELVI os direitos autorais sobre o 
projeto gráfico-visual que esta desenvolver, por si ou por terceiros contratados para tal 
fim, para a OBRA, podendo dispor de tal matéria a seu critério, para esta ou para outras 
edições de qualquer obra ou material, inclusive para fins publicitários. 
 
- Tenho ciência de que o som e imagem por mim cedidos serão utilizados exclusivamente 
pela UNIASSELVI, que a seu critério poderá cedê-las ou comercializá-las, e a quem 
 
“Não basta saber, é preciso saber fazer” 
 
 
 
também competirá o direito de tomar as medidas judiciais e/ou extrajudiciais cabíveis 
para impedir a utilização indevida da imagem por terceiros. 
 
 , / / . 
 
 
 
SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI S/S LTDA 
 
 
 
 
 
Ciente das minhas obrigações: 
 
 
 
 
 
 
 
Título/Função: 
Entrevistas 
Prát ica Pedagógica: 
Estratégias Educac ionais 
Inovadoras
Entrevista
A disciplina de “Prática Pedagógica: Estratégias Educacionais Inovadoras” tem alguns
desafios, entre eles:
- A elaboraçãode um Roteiro de Entrevista, composta por no mínimo dez questões.
- A Entrevista é realizada com um profissional da área da educação (professor ou
gestor educacional ).
Entrevista
O processo de criação e interação com o entrevistado, irá fornecer os subsídios
necessários, para a construção e reflexão sobre o tema da disciplina: Estratégias
Educacionais Inovadoras.
A partir das respostas dos entrevistados, cada equipe de acadêmicos irá discutir e refletir
sobre as respostas, chegando a conclusões.
O mapa conceitual será elaborado a partir da discussão e conclusões que os
acadêmicos realizaram em cada grupo, sobre as respostas das entrevistas, o registro
fotográfico e a observação no ambiente escolar.
Mas o que é uma entrevista? 
É a interação entre pesquisador e entrevistado com o objetivo de coletar dados
importantes sobre um assunto.
Este método científico, permite ao entrevistador (pessoa que realiza as perguntas)
conhecer um pouco mais sobre o problema em questão e buscar respostas, conceitos ou
ideias pela ótica e percepção do entrevistado (pessoa que responde ao questionário).
É uma ferramenta utilizada na coleta de dados e informações específicas de um
conteúdo ou assunto.
No caso dessa disciplina, será importante para compreender o ambiente escolar e
a profissão por meio das percepções do entrevistado.
Etapas de uma entrevista: 
1 – Escolha de um profissional a ser entrevistado
2 – Construção de um roteiro de entrevista
3 – Preparação da entrevista
4 – Realização da entrevista
5 – Análise das respostas da entrevista
Vamos conhercer mais sobre cada uma dessas etapas?
1° Etapa - Escolha do entrevistado 
• O acadêmico deverá escolher um professor ou gestor educacional para realizar
a entrevista. A entrevista é obrigatória e individual, cada acadêmico deverá
realizar a sua entrevista com um profissional de educação.
• Algumas sugestões para a escolha:
1 – Um professor que tenha feito parte da sua formação e que você admira muito.
2 – Um professor/gestor que atua em uma escola que é referência em qualidade de educação na
sua cidade.
3 – Um professor/gestor que tenha recebido um prêmio em educação na sua cidade.
4 – Escolha uma escola que você queira conhecer mais e entreviste um dos professores/ gestores
desta escola.
1° Etapa - Escolha do entrevistado 
• A escolha do entrevistado é muito importante, pois as respostas da entrevista
vão ser os dados qualitativos para a análise e reflexão sobre o tema dessa
disciplina.
• Após escolher o entrevistado, entre em contato com ele e:
1 – Identifique-se e explique o motivo da entrevista
2 – Verfique se ele aceita participar da entrevista
3 – Encaminhe o Termo de Consentimento, solicite sua leitura e assinatura.
3 – Combine com ele o horário e local da entrevista, assim como, estipule uma prévia da duração
da entrevista (por exemplo: no máximo 1hora).
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
• Há três tipos de entrevistas:
➢ Entrevista estruturada
➢ Entrevista não estruturada
➢ Entrevista semiestruturada
Nós vamos utilizar somente a entrevista estruturada ou a semiestruturada
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
➢ Entrevista estruturada
• O acadêmico/pesquisador desenvolve um roteiro com perguntas previamente
planejadas.
• Durante a entrevista, o acadêmico/pesquisador realiza somente aquelas perguntas
que estão definidas no roteiro.
• Esse tipo de entrevista possibilita a comparação das respostas entre diferentes
entrevistados.
• Exemplos de entrevistas estruturadas: pesquisas dos censos do IBGE, pesquisas de
opinião e pesquisas eleitorais.
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
➢ Entrevista semiestruturadas
• O acadêmico/entrevistador segue um roteiro de perguntas previamente estabelecido.
• O acadêmico/entrevistador pode, ainda, combinar com perguntas espontâneas que
podem surgir apenas no momento da entrevista, criando perguntas adicionais aquelas
estabelecidas no roteiro prévio.
• O acadêmico/entrevistador deve ficar atento para dirigir a discussão para o assunto
que interessa à pesquisa.
• A grande vantagem da entrevista semiestruturada é a chance de maior proximidade e
de maior interação entre o acadêmico/entrevistador e a pessoa entrevistada.
Esse é o tipo de entrevista mais adequado para os objetivos da nossa disciplina.
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
➢ Sugestões de perguntas:
Elaborar perguntas que permitam respostas sejam mais objetivas, focado sobre dados
acerca da Formação do Profissional e Experiência Profissional.
Por exemplo:
• Há quanto tempo você trabalha nesse colégio/escola?
• No semestre atual em quantas turmas você ministra aula?
• Qual é a sua formação?
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
➢ Sugestões de perguntas:
Elaborar perguntas abertas que direcionem respostas explicativas, reflexivas que
demonstrem a opinião ou conhecimento do entrevistado sobre a profissão.
Por exemplo:
• Quais as principais habilidades que um professor de Ensino Fundamental precisa ter e
por que você pensa dessa maneira?
• Quais são os recursos tecnológicos mais adequados para se utilizar nas aulas e por
quais motivos?
• Explique de que forma um professor pode aplicar na rotina escolar o que preconiza a
BNCC?
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
• Chegou o momento de elaborar o roteiro de entrevista. O que é necessário considerar
nesse roteiro:
• Deverá elaborar uma entrevista semiestruturada
• Deverá ter no mínimo dez perguntas definidas previamente (conforme já orientado
anteriormente)
• As perguntas devem considerar o tema da disciplina
• As perguntas devem considerar os eixos do mapa conceitual
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
• Considere os eixos do mapa conceitual e elabore as perguntas sobre
esses assuntos:
1º eixo: Profissional da área - Local de trabalho/áreas de atuação
2º eixo: Ferramentas de uso do profissional docente e/ou do gestor 
educacional (como exemplo: plano de aula; diário; registros avaliativos; livro 
didático, outros recursos didáticos ou tecnológicos) 
3º eixo: Competências/Habilidades profissionais
4º eixo: Perspectivas do futuro profissional
2° Etapa – Elaboração do roteiro de entrevista
• Verifique em sua Trilha de Aprendizagem o Modelo para o
Roteiro de Entrevista.
• Os próximos slides explicam esse Modelo.
Caro acadêmico(a)! Antes de iniciar a entrevista com o profissional da 
área da educação, apresente o objetivo da entrevista.
Não esqueça de preencher 
os dados referentes a sua 
identificação.
E a seguir os dados da 
escola e do profissional 
entrevistado.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
• Você deve criar no mínimo 10 questões relacionadas com a temática da 
disciplina.
• As questões elaboradas deverão possibilitar respostas explicativas e 
contextualizadas e não apenas as opções “sim e não”. Não serão aceitos 
questionários (questões de assinalar a resposta em alternativas).
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na primeira parte da entrevista (questões 1
a 2) você pode pensar e elaborar questões
ligadas a: dados de identificação do
profissional entrevistado (formação
acadêmica; experiência profissional;
atualização profissional).
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Para começarmos nossa ent rev is ta , qua l é a
sua fo rmação acadêmica?
- Qua l é o tempo de exper iênc ia na docênc ia?
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na segunda parte da Entrevista
(Questões 3 a 5) você pode pensar e
elaborar questões relacionadas a recursos
didáticos e estratégias educacionais; uso
de tecnologias e recursos inovadores na
educação; conhecimento sobre novas
metodologias de ensino.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Qua is são os recursos d idá t i cos que você mais
u t i l iza em suas au las? Exp l ique os mot ivos .
- Você já u t i l i zou um recurso inovador em suas
au las? Se s im, qua l fo i o recurso e os desaf ios
encont rados? Se a respos ta fo r não , exp l ique o
mot ivo .
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na terceira parte da Entrevista (Questões
6 a 8) você pode pensar e elaborar
questões relacionadas as competências e
habilidades profissionais de um professor
e/ou gestor educacional.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Qua is são as hab i l i dades mais impor tan tes para
um pro fessor desenvo lver no decor re r da sua
fo rmação?
- Qua is são as suas hab i l i dades de maior des taque?
- Qua is são as competênc ias necessár ias para um
pro fessor desenvo lve r uma educação de
qua l idade? Exp l ique .
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na quarta parte da Entrevista (Questões
9 a 10) você pode pensar e elaborar
questões relacionadas as perspectivas
futuras para o profissional da educação.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Como você v isua l i za a educação num cenár io
fu tu ro?
- Que metodo log ias de ens ino poderão ser ma is
u t i l i zadas por um pro fessor no fu tu ro? Exp l ique .
- Qua is aspec tos você cons idera impor tan tes para a
fo rmação de um fu tu ro pro fessor?
3° Etapa – Preparação da entrevista 
• Combine um dia e horário com o professor ou gestor para realizar a
entrevista.
• Entre em acordo com o entrevistado sobre o local que será realizada a
entrevista: será presencialmente? Será por vídeo chamada? Utilizando
qual aplicativo?
• Se for necessário gravar a entrevista, o entrevistado precisa dar
permissão para essa gravação de vídeo ou áudio, combine
previamente com ele.
• Lembre-se de escolher um local adequado para a entrevista, com
pouco ruídos, por exemplo.
3° Etapa – Preparação da entrevista 
• Relembre novamente ao entrevistado sobre o objetivo da entrevista.
• Lembre-se de apresentar e solicitar a assinatura do Termo de
Consentimento.
• Antes de ir para a entrevista, releia o roteiro de perguntas e prepare o
material para realizar as anotações ou a gravação.
• Prepare o material para registrar a entrevista: folha e caneta para
anotar as respostas do entrevistado; um gravador ou outro aparelho
para a realizar a gravação.
Lembrem-se que a gravação deve ser combinada previamente com quem 
será entrevistado e este deverá assinar o Termo de Consentimento.
4° Etapa – Durante a entrevista 
• Esteja pontualmente no local e horário combinado com o entrevistado.
• Seja cordial, se apresente novamente e garanta que haverá sigilo e uso
ético das respostas fornecidas durante a entrevista.
• Registre a entrevista: escrevendo as respostas do entrevistado,
gravando um áudio ou um vídeo.
4° Etapa – Durante a entrevista 
• Esteja focado nesse momento da entrevista, prestando atenção em
cada detalhe da resposta do entrevistado.
• Se a entrevista for gravada em áudio e/ou vídeo é importante que o
entrevistado, no momento final, fale que permitiu a gravação e
divulgação desse material.
• Este momento de conhecimento é único e você pode aprender
inúmeras coisas com o professor ou gestor educacional convidado para
a entrevista.
4° Etapa – Durante a entrevista 
• Observe as oportunidades para inserir novas perguntas sobre o tema
da disciplina, além daquelas elaboradas no roteiro inicial.
• Deixe o entrevistador confortável para responder aos questionamentos,
não julgue as respostas fornecidas.
• Perguntar ao entrevistado se ele ainda gostaria de comentar sobre
mais algum assunto que não tenha sido tratado e que tenha relação
com o objetivo da entrevista.
• Ao final, agradeça ao entrevistado por sua disponibilidade em participar
e por compartilhar seu conhecimento e experiências.
5° Etapa – Análise da entrevista 
• Chega o momento de compreender e analisar os dados obtidos pelas
respostas do profissional (professor ou gestor).
• Estas informações serão importantes no Registro Fotográfico, na
construção do Mapa Conceitual, na Socialização e Portfólio.
• Reúna-se com os demais integrantes da sua equipe e analisem as
respostas das entrevistas.
• Observem e anotem as semelhanças e as divergências entre as
respostas dos entrevistados.
• Separem as repostas por subtemas/eixos.
• Discutam sobre as respostas, reflitam e cheguem a conclusões.
• Após concluir todas as etapas de preparação e realização da entrevista,
assim como, a análise das respostas, você avança para a próxima
etapa da disciplina: a elaboração do Mapa Conceitual!
• Insira o roteiro da Entrevista e as respostas do entrevistado no Portfólio
da disciplina.
• Caso, tenha gravado um vídeo, você pode postar o vídeo no
YouTube (com opção de privacidade “Não Listado”) ou no OneDrive
para conseguir gerar um link .
• Disponibilize em seu portfólio o link de acesso a gravação.
Em casos de dúvida, entre em contato com a tutoria 
interna (professor de disciplina e tutores internos) pelo 
AVA e/ou com o seu tutor de turma (tutor externo)
Bom trabalho! 
Roteiro de Entrevista 
Comentado 
Prát ica Pedagógica
Caro acadêmico(a)! Antes de iniciar a entrevista com o profissional da 
área da educação, apresente o objetivo da entrevista.
Não esqueça de preencher 
os dados referentes a sua 
identificação.
E a seguir os dados da 
escola e do profissional 
entrevistado.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
• Você deve criar no mínimo 10 questões relacionadas com a temática da 
disciplina.
• As questões elaboradas deverão possibilitar respostas explicativas e 
contextualizadas e não apenas as opções “sim e não”. Não serão aceitos 
questionários (questões de assinalar a resposta em alternativas).
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na primeira parte da entrevista (questões 1
a 2) você pode pensar e elaborar questões
ligadas a: dados de identificação do
profissional entrevistado (formação
acadêmica; experiência profissional;
atualização profissional).
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Para começarmos nossa ent rev is ta , qua l é a
sua fo rmação acadêmica?
- Qua l é o tempo de exper iênc ia na docênc ia?
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na segunda parte da Entrevista
(Questões 3 a 5) você pode pensar e
elaborar questões relacionadas a recursos
didáticos e estratégias educacionais; uso
de tecnologias e recursos inovadores na
educação; conhecimento sobre novas
metodologias de ensino.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Qua is são os recursos d idá t i cos que você mais
u t i l i za em suas au las? Exp l ique os mot ivos .
- Você já u t i l i zou um recurso inovador em suas
au las? Se s im, qua l fo i o recurso e os desaf ios
encont rados? Se a respos ta fo r não , exp l ique o
mot ivo .
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na terceira parte da Entrevista (Questões
6 a 8) você pode pensar e elaborar
questões relacionadas as competências e
habilidades profissionais de um professor
e/ou gestor educacional.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Qua is são as hab i l i dades mais impor tan tes para
um pro fessor desenvo lver no decor re r da sua
fo rmação?
- Qua is são as suas hab i l i dades de maior des taque?
- Qua is são as competênc ias necessár ias para um
pro fessor desenvo lve r uma educação de
qua l idade? Exp l ique .
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
Na quarta parte da Entrevista (Questões
9 a 10) você pode pensar e elaborar
questões relacionadas as perspectivas
futuras para o profissional da educação.
R O T E I R O D E E N T R E V I S TA C O M E N TA D O
EXEMPLOS DE QUESTÕES:
- Comovocê v isua l i za a educação num cenár io
fu tu ro?
- Que metodo log ias de ens ino poderão ser ma is
u t i l i zadas por um pro fessor no fu tu ro? Exp l ique .
- Qua is aspec tos você cons idera impor tan tes para a
fo rmação de um fu tu ro pro fessor?
• Em casos de dúvida, entre em contato com o seu tutor da turma ou com
a tutoria interna (professor de disciplina e tutores internos) pelo AVA.
Bom trabalho! 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ENTREVISTA 
 
 
1. IDENTIFICAÇÃO 
 
1.1 IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA 
 
Nome do(a) acadêmico(a): ................................................................................... 
Curso: ................................................................................................................... 
Disciplina: ............................................................................................................. 
Nome do Tutor: ..................................................................................................... 
 
1.2 DADOS RELACIONADOS À ENTREVISTA 
 
Escola selecionada: .............................................................................................. 
Entrevistado (nome/assinatura): ........................................................................... 
Função do entrevistado: ....................................................................................... 
Data: ..................................................................................................................... 
 
 
 
2. ROTEIRO DE ENTREVISTA 
 
 
QUESTÃO 1: Você pode pensar e elaborar questões ligadas a: Dados de 
identificação do profissional entrevistado (Formação acadêmica; Experiência 
profissional; Atuação profissional). 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 2: Você pode pensar e elaborar questões ligadas a: Dados de 
identificação do profissional entrevistado (Formação acadêmica; Experiência 
profissional; Atuação profissional). 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 3: Você pode pensar e elaborar questões ligadas a recursos 
didáticos e estratégias educacionais; uso de tecnologias e recursos inovadores 
na educação; conhecimento sobre novas metodologias de ensino. 
Resposta: 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 4: Você pode pensar e elaborar questões ligadas a recursos 
didáticos e estratégias educacionais; uso de tecnologias e recursos inovadores 
na educação; conhecimento sobre novas metodologias de ensino. 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 5 Você pode pensar e elaborar questões ligadas à carreira, 
desenvolvimento pessoal, profissional, desafios e conquistas da profissão. 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 6: Você pode pensar e elaborar questões ligadas à carreira, 
desenvolvimento pessoal, profissional, desafios e conquistas da profissão. 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 7: Você pode pensar e elaborar questões ligadas à carreira, 
desenvolvimento pessoal, profissional, desafios e conquistas da profissão. 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 8: Você pode pensar e elaborar questões ligadas a competências e 
habilidades profissionais de um professor e/ou gestor educacional. 
Resposta: 
 
 
 
 
Questão 9: Você pode pensar e elaborar questões relacionadas as perspectivas 
futuras do profissional de educação. 
Resposta: 
 
 
 
 
QUESTÃO 10: Você pode pensar e elaborar questões relacionadas as 
perspectivas futuras do profissional de educação. 
Resposta: 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO ACADÊMICOS: No desenvolvimento das atividades da entrevista, o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido deverá ser apresentado em duas vias: uma via será entregue 
ao entrevistado e a outra ficará com o acadêmico, anexar no portfólio. 
 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
Nome da Disciplina: ............................................................................................................ 
Nome do Tutor (a)/ Orientador(a): ........................................................... 
Nome do(s) aluno(s): ...................................................................... 
 
1. Natureza da pesquisa: o sr. (sra.) está sendo convidado(a) a participar desta entrevista que faz 
parte das atividades práticas a serem realizadas na disciplina de Prática Pedagógica (1° 
semestre) do curso de.................................................................. da UNIASSELVI. Tem como 
principais objetivos: a) Refletir sobre o espaço escolar como campo profissional; b) Reconhecer 
o campo de atuação do docente na Educação Básica; c) Compreender os elementos essenciais 
envolvidos no estudo da carreira docente; d) Refletir sobre a atuação profissional a partir do 
olhar de um docente que já atua na área. 
2. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo o sr. (sra.) permitirá que o (a) acadêmico 
(a) reflita sobre as respostas fornecidas durante a entrevista. Posteriormente, o (a) acadêmico (a) 
elaborará um mapa conceitual sobre as conclusões alcançadas. O mapa conceitual será 
socializado com os demais acadêmicos da turma. O Sr. (sra.) tem a liberdade de se recusar a 
participar, sem qualquer prejuízo. 
3. Sobre as entrevistas: a entrevista poderá ser realizada pessoalmente ou por vídeo chamada, 
partindo de um acordo previamente estabelecido entre o (a) acadêmico e o (a) entrevistado (a). 
As perguntas de entrevista seguirão um roteiro prévio desenvolvido pelo acadêmico (a), podendo 
ocorrer perguntas espontâneas durante o momento da entrevista, sobre os objetivos da pesquisa. 
4. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, 
serão utilizadas somente para fins de produção de trabalhos acadêmicos e divulgação científica 
relativas à disciplina de Prática Pedagógica, conforme descrito anteriormente. 
5. Pagamento: a sra (sr.) não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como 
nada será pago por sua participação. 
 
 
 
 
 
 
 
Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar 
desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem. 
 
Consentimento Livre e Esclarecido 
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu 
consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a 
realização da entrevista e a utilização dos dados obtidos neste estudo na disciplina curricular do (a) acadêmico 
(a). 
 
Local e data: ________________________________________________________. 
 
 
 
___________________________ 
Nome do Participante da Entrevista 
 
 
______________________________ 
Assinatura do Participante da Entrevista 
 
 
__________________________________ 
Assinatura do Acadêmico 
 
 
 
Capítulo 
7 
 
A entrevista como instrumento de pesquisa 
científica: planejamento, execução e análise 
Carla Leitão (PUC-Rio) 
cfaria@inf.puc-rio.br 
Objetivo do Capítulo 
 
Este capítulo tem o objetivo de apresentar as características que definem a entrevista 
como um instrumento metodológico de investigação cientifica, bem como suas etapas de 
planejamento, execução e análise. Ao final da leitura deste capítulo, você deve ser capaz de: 
● Identificar se e quando a entrevista é o instrumento adequado para a exploração de uma 
questão de pesquisa e para a consecução dos objetivos pretendidos, diferenciando os 
vários ambientes nos quais a entrevista pode ser realizada.. 
● Conhecer as etapas de pesquisas que fazem uso de entrevistas, as atividades 
envolvidas em cada uma delas e as competências básicas necessárias à sua 
realização. 
● Aplicar os conhecimentos adquiridos no contexto real de uma pesquisa científica. 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Era uma vez… um alunode doutorado, o Estudantino, que se encontrava na etapa 
de definição do design metodológico da pesquisa que iria realizar em sua tese. Ao 
longo do ano anterior, ele havia participado de um projeto de extensão junto a uma 
equipe de professores e de alunos de graduação e pós-graduação, no qual 
implementaram aulas de programação através de jogos em escolas de ensino médio 
e fundamental do Rio de Janeiro. Estudantino e seu grupo treinaram 18 professores 
dessas escolas e acompanharam as aulas ministradas por eles a alunos de 10 a 16 
anos. Com o término desses cursos, ele planejava desenvolver um ambiente 
computacional de apoio ao ensino de raciocínio computacional. Para isto, gostaria 
de explorar os desafios que os professores das escolas identificaram ao longo do 
projeto, de modo que o ambiente a ser desenvolvido contribuísse para o 
enfrentamento dos mesmos. Por sugestão de seu orientador, Estudantino havia 
decidido, então, realizar entrevistas com os professores participantes do projeto para 
identificar os desafios percebidos, suas consequências e caminhos de discussão e 
ação. Ele, porém, nunca havia feito entrevistas, não tinha nenhuma formação em 
técnicas na elaboração e condução de entrevistas e, portanto, precisava buscar 
conhecimentos sobre os fundamentos da entrevista e os passos envolvidos na 
realização de uma pesquisa científica que lança mão desse instrumento. 
 
 
 
 3 
1 Entrevistas: para que servem, como se definem 
1.1 Situando as entrevistas no cenário amplo da metodologia científica 
O uso de entrevistas como instrumento científico de coleta de dados deve ser o 
reflexo de um planejamento metodológico consciente e informado. Isto porque, por trás 
de uma escolha técnico-instrumental, há o enquadramento da pesquisa em um paradigma 
científico, que oferece ao pesquisador contornos e definições claras a respeito do tipo de 
problema que é possível investigar, como é possível fazê-lo, qual tipo de raciocínio 
envolvido, qual a postura adotada pelo pesquisador e, finalmente, que tipo de 
conhecimento pode ser obtido (KUHN, 1992; DENZIN; LINCOLN, 2006). 
Historicamente, de modo análogo aos de outras áreas das ciências exatas e 
tecnológicas, a Computação desenvolveu pesquisas mais fortemente alinhadas ao 
paradigma quantitativo-experimental. Possivelmente em decorrência da natureza 
algorítmica de seu objeto de estudo (entre outras questões), a construção de hipóteses, a 
manipulação de variáveis e a reprodutibilidade da ocorrência de fenômenos mostrou-se, 
por muito tempo, perfeitamente adequada para a produção de conhecimento no contexto 
computacional (LEITÃO; PRATES, 2017). Baseado no modelo lógico-matemático, esse 
tipo de investigação pressupõe que o pesquisador exercite o raciocínio hipotético-
dedutivo, ou seja, que defina um conjunto de hipóteses e as submeta à verificação e 
demonstração por meio da manipulação das variáveis operacionalmente definidas e da 
análise estatística (JAPIASSÚ; MARCONDES; 1996). O problema de pesquisa, uma vez 
objetivado em hipóteses, deve ser sempre replicável, de modo que, ao término do estudo, 
suas condições de ocorrência sejam não apenas conhecidas, mas também previsíveis e 
reprodutíveis (CRESWELL; 2009). Com isto, o tipo de resultado obtido evoca 
generalização, abrangência e universalidade (DENZIN; LINCOLN, 2006). Em pesquisas 
moldadas no paradigma quantitativo-experimental, vigora o ideal da neutralidade do 
pesquisador que, despido de valores e posições éticas e temporariamente desvinculado de 
seu contexto histórico, cultural e social, desvela objetivamente os fenômenos que estuda. 
Para tanto, os estudos são frequentemente realizados em laboratórios, dissociados do 
contexto natural de ocorrência de fenômenos, por meio de experimentos com condições 
controladas e passíveis de mensuração ou da aplicação de questionários e escalas de 
atitudes em amostras com representatividade estatística e análise quantitativa de 
resultados (CRESWELL; 2009; LEITÃO; PRATES, 2017). 
Embora a área da Computação colha bons resultados de pesquisas baseadas no 
paradigma quantitativo-experimental, mais recentemente, vimos observando o 
surgimento de pesquisas que se voltam para aspectos não mensuráveis das experiências 
humanas com tecnologias computacionais. A identificação de fatores de resistência e de 
fracasso na adoção de um ambiente computacional e as diferenças culturais envolvidas 
no uso de tecnologias da informação são dois exemplos de questões de estudo que 
parecem não se encaixar no paradigma quantitativo-experimental. Justamente por 
envolverem tipos de problemas de natureza distinta, essas pesquisas exigem modelos de 
execução e de soluções igualmente distintos, rompendo com o raciocínio hipotético-
dedutivo e com a crença na neutralidade mais tradicionalmente adotada pelos 
pesquisadores da Computação (LEITÃO; PRATES, 2017). Trata-se, nesse contexto mais 
 
 4 
recente, de pesquisas alinhadas ao paradigma qualitativo. E são pesquisas moldadas 
nesse paradigma que fazem uso, dentre outras, das técnicas de entrevistas para a coleta 
de dados. Por essa razão, para que um pesquisador saiba avaliar se entrevistas são um 
instrumento de coleta de dados adequado para uma determinada investigação científica, 
ele deve, primeiramente, refletir se sua pesquisa está alinhada ao paradigma qualitativo e 
ao tipo de problema que esse paradigma busca explorar. Técnicas e métodos são tão-
somente ferramentas a serviço de um determinado tipo de investigação (DENZIN; 
LINCOLN, 2006; CRESWELL, 2009). 
No paradigma qualitativo, pressupõe-se que as formas humanas de agir, pensar, 
sentir, se relacionar e se organizar em grupos são fenômenos complexos, imprevisíveis, 
irreplicáveis e sempre vinculados a um contexto específico de ocorrência. Pesquisas 
alinhadas a esse paradigma buscam explorar em profundidade problemas e contextos a 
respeito dos quais não há hipóteses prévias e para os quais se buscam respostas novas e 
imprevistas. São pesquisas exploratórias, guiadas por questões de estudo abertas, que 
excluem a busca por confirmação de pressupostos, expectativas e pontos-de-vista prévios 
(DENZIN; LINCOLN, 2006; CRESWELL; 2009). Diferentemente do raciocínio 
hipotético-dedutivo que permeia a pesquisa quantitativo-experimental, o paradigma 
qualitativo tem por base o raciocínio indutivo e interpretativo (JAPIASSÚ; 
MARCONDES; 1996), de influência empirista, que vai do particular para o geral a partir 
da análise e interpretação dos fenômenos. Pesquisas alinhadas ao paradigma qualitativo 
buscam identificar, explorar, coletar e construir significados sobre a questão de estudo 
(DENZIN; LINCOLN, 2006; CRESWELL; 2009; LEITÃO; PRATES, 2017). Em vez 
das condições de controle dos laboratórios e da manipulação de variáveis, que retiram o 
objeto de seu contexto e o simplificam reduzindo-o a um conjunto delimitado de 
variáveis, esse tipo de pesquisa busca a observação naturalística dos fenômenos ou o 
discurso direto daqueles que vivem e sentem os fenômenos sob investigação. Enquanto 
no paradigma quantitativo-experimental trabalha-se com a linguagem matemática e 
estatística, no paradigma qualitativo, a linguagem, verbal e não verbal, assume posição 
central, possibilitando a produção de significados. A inserção do pesquisador, sua 
observação, ação e análise do contexto de pesquisa são fortemente relacionadas a sua 
bagagem teórica, mas também a sua própria história de vida, a seus valores e a sua cultura, 
não havendo espaço para o conceito de neutralidade na produção de conhecimentos 
científicos (DENZIN E LINCOLN, 2006). Os resultados obtidos estão vinculados ao 
contexto da pesquisa sendo, portanto, parciais e situados. Constituem-se como “uma rede 
de significados articulados que dão uma perspectiva em profundidade e contextualizada 
do fenômeno explorado” (LEITÃO; PRATES, 2017, p. 46-7). 
De modo muito resumido, é possível definir, portanto,um paradigma científico 
como uma lente que permite focalizar um determinado tipo de questões e problemas de 
pesquisa em detrimento de outros. No paradigma qualitativo, esses problemas 
relacionam-se, sobretudo, à exploração, identificação e construção de significados a 
respeito de como as pessoas vivem, sentem, percebem, se relacionam ou como enfrentam 
determinadas situações. No contexto das tecnologias computacionais voltadas à 
educação, as pesquisas alinhadas ao paradigma qualitativo exploram, por exemplo, o 
contexto de uso das tecnologias educacionais pelas pessoas e os impactos e as 
transformações nos processos de ensino-aprendizado a partir da introdução dessas 
 
 5 
tecnologias tão diversas. Para que pesquisas desse tipo se concretizem, é necessário, 
então, escolher instrumento(s) de coleta e análise de dados consistente(s) com os objetivos 
e pressupostos do paradigma qualitativo. É fácil perceber, por exemplo, que experimentos 
controlados em laboratório, análises probabilísticas e mensuração de comportamentos e 
emoções entram em forte colisão com a necessidade de imersão e implicação do 
pesquisador no contexto de ocorrência do estudo e com a impossibilidade de previsão e 
replicação de fenômenos humanos e sociais. Para a consecução de pesquisas sob esta 
última perspectiva, um outro conjunto de métodos – qualitativos – se oferece de forma 
mais consistente. 
Em linhas gerais, métodos qualitativos são definidos na literatura como conjuntos 
diversos, porém sistemáticos de procedimentos para a investigação de um fenômeno ou 
grupo de fenômenos relacionados a opiniões, hábitos, valores, atitudes, demandas, 
desejos, emoções e comportamentos de seres humanos e grupos sociais em diferentes 
contextos histórico-culturais. Os métodos qualitativos são ferramentas exploratórias, por 
oposição a métodos de checagem, refutação ou confirmação de achados ou impressões. 
Apesar de diversos, reúnem algumas características comuns. Buscam a coleta de dados 
em profundidade, capturando minúcias subjacentes aos fenômenos. Estimulam a 
emergência espontânea de significados, ações e comportamentos, valorizam a 
perspectiva dos participantes e, ao mesmo tempo, reconhecem a implicação do 
pesquisador e o papel central da interpretação sistemática nos resultados obtidos 
(TURATO, 2003; DENZIN; LINCOLN, 2006; CRESWELL, 2009; LEITÃO; PRATES, 
2017). 
Os métodos qualitativos variam muito quanto à aproximação da ocorrência 
espontânea dos fenômenos. A observação participante (ou não) e a etnografia, por 
exemplo, são especialmente interessantes para a coleta de dados em contextos reais, sejam 
eles físicos ou virtuais. Retomando o cenário de exemplo utilizado neste capítulo, caso 
nosso aluno, Estudantino, buscasse, em sua pesquisa de doutorado, investigar a dinâmica 
e as relações envolvidas no uso, em sala de aula, de uma ferramenta de programação por 
meio de jogos, a observação das aulas ministradas ao longo do projeto seria uma escolha 
metodológica adequada. Estudantino poderia, assim, assistir às aulas das diferentes 
turmas e escolas – sejam estas em ambiente presencial ou online, identificando como os 
estudantes travavam contato com a ferramenta, como se organizavam em grupo, como e 
quando pediam auxílio dos professores, etc. Ele estaria, em função de sua escolha 
metodológica, no próprio contexto de ocorrência natural de seu fenômeno de estudo, seja 
este a sala de aula física, seja este um ambiente de ensino remoto. Como vimos em nosso 
cenário, no entanto, Estudantino tinha um objetivo de estudo distinto. Ele buscava 
identificar os desafios que os professores dessas turmas identificaram ao longo de seus 
cursos de programação, de modo que o ambiente computacional que pretendia 
desenvolver pudesse contribuir para o enfrentamento dos mesmos. Para atingir objetivos 
dessa natureza, a observação in loco mostra-se bastante limitada. Isto porque não é 
possível, pela observação, conhecer a opinião, as críticas, dificuldades e sugestões que o 
grupo de professores encontrou ao longo do projeto. A questão de pesquisa de Estudantino 
envolve a externalização de processos internos, isto é, envolve aspectos não observáveis 
do fenômeno, posto que fruto da reflexão por parte dos professores. Somente por meio da 
verbalização desse processo de reflexão é que o pesquisador pode ter acesso à perspectiva 
 
 6 
dos próprios participantes. Nessas condições, é necessário um instrumento que possibilite 
a externalização desse processo, como é o caso de questionários, grupos focais e 
entrevistas. Em outras palavras, enquanto técnicas de observação são especialmente úteis 
para a investigação qualitativa de fenômenos capturáveis em contextos reais de ocorrência 
(e.g. execução de tarefas e atividades ou interações interpessoais colaborativas em grupo), 
entrevistas, questionários e grupos focais mostram-se instrumentos adequados para 
a coleta de significados relacionados a aspectos não capturáveis pela observação 
direta, ou seja, ligados a processos internos (SEIDMAN, 2013; LEITÃO; PRATES, 
2017), tais como motivação, desejos, receios, desagrados ou pontos de vista a respeito da 
questão de estudo. 
Entrevistas, questionários e grupos focais são também, por consequência, 
fortemente voltados para a perspectiva do participante. Ou seja, apesar de envolverem a 
influência do pesquisador durante a aplicação, esses instrumentos buscam a ótica do 
outro, buscam o que os participantes apresentam como opiniões, avaliações, concepções 
e informações. No contexto das pesquisas em Informática e Educação, esses participantes 
podem ser usuários, especialistas no domínio da educação ou da computação, dependendo 
dos objetivos da pesquisa. Em todos os casos, ao buscar a perspectiva dos participantes, 
esses instrumentos apoiam a construção de relatos sobre fatos e situações, não se 
pretendendo adequados para a observação ou verificação da situação e do fato em si 
mesmo (MANZINI, 2004). Relatos são versões que, embora potencialmente ricas, têm 
como limites a sinceridade e o grau de consciência e de conhecimento dos entrevistados. 
No contexto da pesquisa de Estudantino, por exemplo, as entrevistas o possibilitariam 
tecer uma rede de significados sobre os desafios no desenvolvimento do raciocínio 
computacional da ótica de um conjunto de professores. Se, em um cenário hipotético, um 
dos significados emergentes das entrevistas fosse a dificuldade de aprendizado dos 
alunos, Estudantino deveria ser capaz de perceber que essa categoria de análise 
(dificuldade de aprendizado) corresponderia a um relato sobre um fato (o aprendizado), 
mas não poderia ser uma conclusão sobre esse fato em si (a avaliação do aprendizado dos 
alunos). Para avaliar o aprendizado em si, outras técnicas deveriam ser escolhidas. As 
entrevistas trariam uma reflexão sobre o aprendizado elaborada por um dos grupos de 
autores envolvidos. 
Ao longo desta seção parece termos deixado razoavelmente claro que a entrevista, 
foco desse capítulo, é um instrumento da metodologia qualitativa e mostra-se 
especialmente adequada à investigação de processos internos e reflexivos e à produção 
de significados da ótica dos entrevistados. Faz-se ainda necessário, no entanto, 
estabelecer as diferenças entre as entrevistas, os grupos focais e os questionários, posto 
que as três técnicas são instrumentos de investigação de processos internos e reflexivos a 
partir de significados construídos pelos participantes. 
No tocante aos objetivos que podem atingir, as entrevistas e os grupos focais 
(BARBOUR, 2009) se diferenciam pelo modo através do qual os significados são 
construídos. Nos grupos focais, o grupo de participantes está reunido e as reflexões e 
depoimentos que fornecem ao pesquisador sofrem forte influência uns dos outros. Os 
significados são construídos coletivamente e não representam redes individuais de 
sentidos. Isto porque nem sempre o quefalamos em grupo é o mesmo que falamos mais 
privadamente. Por vezes, a fala de alguém inspira e leva nossos pontos de vista em uma 
 
 7 
direção a qual não nos lançaríamos se a reflexão fosse individual. Em outras ocasiões, 
omitimos alguma opinião em grupo por constrangimento. Por outro lado, ao fazer uso de 
entrevistas individuais, o pesquisador pode ter acesso às percepções individualmente, sem 
a pressão ou a inspiração de terceiros. Ao término de um conjunto de entrevistas, o 
pesquisador obtém um conjunto de significados que, embora individuais, mostram-se 
recorrentes no grupo de participantes. Não existe a superioridade de um instrumento sobre 
o outro. A escolha por um deles deve considerar os objetivos de cada investigação. No 
caso de nosso exemplo, a escolha de Estudantino pelas entrevistas estaria relacionada ao 
interesse por pontos de vista individuais acerca de cursos distintos, em escolas também 
distintas. Ao priorizar as especificidades de cada escola, Estudantino poderia trabalhar 
tanto questões recorrentes, independentemente das diferenças nos contextos escolares, 
quanto desafios emergentes decorrentes de um contexto escolar em particular. 
Já no que se refere à escolha entre entrevistas e questionários, para além de 
escolhas motivadas por questões operacionais (e.g. impossibilidade de interação síncrona 
entre pesquisador e participantes), a adequação se relaciona a questões de quantidade e 
profundidade. Por meio de entrevistas, o pesquisador obtém um material mais minucioso, 
na medida em que pode interferir no processo de reflexão, solicitando esclarecimentos, 
exemplos e aprofundamentos. Já os questionários (instrumento também abordado neste 
livro), mesmo quando compostos de questões abertas e exploratórias (em sintonia com a 
abordagem qualitativa), não permitem interação e intervenção dos pesquisadores e, por 
isso, aliado ao fato de usarem a linguagem escrita, tendem a gerar resultados mais sucintos 
e superficiais. 
Em resumo, as entrevistas mostram-se instrumentos valiosos para a investigação 
qualitativa, permitindo que o pesquisador obtenha material minucioso e profundo sobre 
uma questão de estudo, em particular sobre aspectos que não são capturáveis pela 
observação direta do fenômeno. Trabalhando com material linguístico, o pesquisador é 
capaz de organizar uma rede articulada de significados sobre o fenômeno examinado, 
colocando o foco na perspectiva individual de cada participante e na análise das 
recorrências que emergiram dessas perspectivas individuais. 
1.2 Características e tipos principais 
As entrevistas apresentam três dimensões a partir das quais podemos compreender 
algumas de suas características específicas: a dimensão temporal, a dimensão espacial e 
a dimensão estrutural. 
A dimensão temporal dá a entrevista sua definição mais geral e idiossincrática. 
A entrevista é uma comunicação direta entre pesquisador e participante, que se configura 
necessariamente como um contato síncrono. Em outras palavras, trata-se de uma 
interação em tempo real, que pode ocorrer presencialmente ou não. Além de síncrono, 
esse contato é também interativo, no sentido de que há uma conversação com troca de 
turnos na sequência temporal de ocorrência da comunicação. Deste modo, entrevistador 
e entrevistado podem pedir esclarecimentos, interromper um ao outro, adicionar 
comentários espontâneos, de forma análoga a uma conversa cotidiana e coloquial. Por ser 
interativa, a entrevista diferencia-se do questionário, este último envolvendo uma relação 
 
 8 
não-interativa entre participante e pesquisador. 
A dimensão espacial caracteriza a posição dos interlocutores (pesquisador e 
entrevistado) em relação ao ambiente no qual a entrevista é realizada. Quando os 
interlocutores se encontram juntos em um mesmo ambiente, temos a entrevista 
presencial, historicamente a modalidade mais comum de entrevista. No contato face-a-
face, o pesquisador tem a seu dispor todas as informações (verbais, não-verbais e 
contextuais), tanto para melhor conduzir a interação, quanto para perceber sutilezas 
expressas pelo entrevistado. O contato face-a-face, com interação em linguagem oral, 
favorece ainda a fala espontânea e menos sujeita à censura (mais presente em contatos 
que utilizam a linguagem escrita como meio de comunicação). As entrevistas a distância 
tiveram sua difusão favorecida pelo desenvolvimento de tecnologias de comunicação 
síncronas cada vez mais amigáveis. Esse tipo de entrevista é especialmente interessante 
para pesquisas cuja conversa envolve muito constrangimento e um certo grau de 
distanciamento é desejável para motivar a participação e a espontaneidade. Obviamente, 
ela também facilita e agiliza o encontro com participantes com os quais, por questões de 
localização, a entrevista presencial não é viável. Contudo, é importante que o fator 
agilidade não prevaleça como critério de opção, uma vez que a entrevista face-a-face 
costuma favorecer a coleta de dados em maior profundidade do que as entrevistas a 
distância. Estas últimas podem usar a linguagem oral e o vídeo. As entrevistas por vídeo 
são muito similares às presenciais, pois favorecem a fala espontânea e o contato olho-no-
olho. Ainda são sensíveis à linguagem não verbal, embora a visibilidade pela tela limite 
um pouco a percepção corporal. Além disso, como aliado do fator espontaneidade, trazem 
a possibilidade de o entrevistado estar em um espaço que ele mesmo habita 
cotidianamente. Por vezes, isso, no entanto, traz limitações no tocante à privacidade (e.g. 
o entrevistado se sentir invadido ao dar entrevista em seu quarto, por vezes, única opção 
factível para jovens). Em geral, salvo diferenças individuais, as conversas por vídeo são 
espontâneas, mas tendem a ser mais diretas do que as entrevistas presenciais. Também 
requerem cuidados prévios em relação à qualidade da conexão e do registro de dados, ou 
podem usar a linguagem escrita. No caso de entrevistas que utilizam a linguagem escrita, 
por chats de WhatsApp ou Messenger, por exemplo, é importante considerar que os 
entrevistados costumam ser mais sucintos e podem exercer mais censura a seus 
depoimentos do que quando se expressam oralmente. Apesar disto, a entrevista tende a 
ser mais demorada do que as presenciais ou por vídeo, pois implicam o tempo de digitação 
do entrevistado e do entrevistador. Além disso, apesar da vantagem de o conteúdo escrito 
já ser em si mesmo a transcrição, há a desvantagem da perda das expressões não-verbais 
(entonações, pausas, volume da voz, etc.). 
A dimensão estrutural é definida pela existência ou não de um roteiro que guie 
a condução da entrevista pelo pesquisador. As entrevistas são classificadas em livres (ou 
não estruturadas), semiestruturadas ou estruturadas, de acordo com a liberdade que o 
entrevistador tem de explorar (aprofundando ou definindo novas direções) o roteiro pré-
definido (SEIDMAN; 2013; MANZINI; 2004; NICOLACI-DA-COSTA ET AL., 2004; 
BLANDFORD; 2013; LEITÃO; PRATES; 2017). Entrevistas livres não seguem 
nenhum roteiro pré-estabelecido, embora, não custe lembrar, nenhuma entrevista ligada 
à pesquisa científica é totalmente livre, pois deve sempre se ater a tópicos relacionados à 
questão de estudo. Esse tipo de entrevistas é muito usado como instrumento de pesquisa-
 
 9 
piloto, para informar a construção de um roteiro definitivo de entrevista. Entrevistas 
estruturadas são aquelas cujos tópicos ou perguntas do roteiro obedecem uma definição 
e uma sequência rígida de formulação, similar a um questionário. Por um lado, essa 
estrutura tem a vantagem de imprimir ao material coletado alto potencial de 
comparabilidade entre as respostas dos participantes. Por outro, tem como desvantagem 
a restrição à coleta de significados espontâneos e não previstos pelo pesquisador, mas 
considerados relevantes pelo entrevistado. Entrevistas semiestruturadas são mais 
comumenteutilizadas nas pesquisas científicas por conciliarem um certo grau de 
comparabilidade entre o depoimento dos participantes e um espaço para a espontaneidade 
na emergência de significados não previstos. Servem-se de um roteiro prévio mas 
obedecem um fluxo espontâneo de conversa. É um tanto usual vermos pessoas se 
referirem ao roteiro de entrevista como ‘questionário’. É importante destacar esse 
equívoco, posto que o que define um questionário é ser um instrumento escrito, 
distribuído ao entrevistado, para gerar respostas escritas de modo não interativo. Em 
contraste, um roteiro de entrevista é um guia para o entrevistador, ao qual o entrevistado 
não tem acesso, que orienta a relação interativa entre pesquisador e entrevistado. Por sua 
maior utilização, no decorrer desse capítulo, o foco se concentra nas especificidades de 
estudos qualitativos que fazem uso de entrevistas semiestruturadas. 
 
As três dimensões da entrevista 
 
Dimensão Características 
Estrutural 
 
 
 Livre Estruturada Semiestruturada 
Roteiro Não Sim Sim 
Flexibilidade Sim Não Sim 
Comparabilidade Não Sim Sim 
Espacial 
Presencial Sim Sim Sim 
A distância Sim Sim Sim 
Temporal 
Síncrona Sim Sim Sim 
Interativa Sim Sim Sim 
 
2 A entrevista semiestruturada 
O uso adequado de um instrumento metodológico requer que o pesquisador tome 
cuidados e ações diversas ao longo das diferentes etapas de uma pesquisa. Nesta seção, 
buscamos fornecer alguns subsídios básicos para a preparação, a coleta e a análise de 
dados oriundos de entrevistas semiestruturadas. 
2.1 Preparação 
2.1.1 Design metodológico: a opção pela entrevista e a definição da amostra 
A fase de planejamento de uma investigação científica é longa e deve evitar 
 
 10 
comprometimentos precoces com passos e instrumentos metodológicos. É recomendável 
que o pesquisador faça uma revisão consistente da literatura relacionada, conheça 
pesquisas similares e analise lacunas e contribuições. É igualmente importante que ele 
reflita sobre os paradigmas científicos de pesquisa e suas relações com seu problema de 
investigação, além de examinar os limites de tempo, de recursos humanos e financeiros. 
Tendo passado por essa etapa preliminar, o pesquisador já terá condições de pensar 
no design metodológico de sua pesquisa, o que envolve suas etapas, os objetivos de 
cada etapa e os instrumentos metodológicos adequados à consecução das mesmas. Uma 
pesquisa pode fazer uso apenas de um instrumento, como no caso de um estudo 
qualitativo que utiliza entrevistas semiestruturadas, ou pode ser multimetodológica, 
lançando mão, de forma planejada e sistemática, de diferentes instrumentos de pesquisa. 
Em nosso cenário fictício, por exemplo, podemos considerar que a pesquisa de 
Estudantino poderia ter duas etapas distintas. A primeira, mais exploratória, seria a 
observação participante que ele fez dos cursos de programação através de jogos nas 
escolas. Já a segunda, seria a realização de entrevistas com os professores, focalizando os 
desafios percebidos por eles ao longo dos cursos. 
Em uma pesquisa (ou uma etapa de pesquisa) que faz uso de entrevistas, o passo 
seguinte à definição do instrumento é a configuração do perfil de participantes para 
composição da amostra. Corresponde a responder à pergunta: “A quem 
entrevistar? ”. Em pesquisa qualitativa, a técnica de composição amostra se afasta dos 
critérios de aleatoriedade e representatividade. Nesse tipo de pesquisa utiliza-se a técnica 
de seleção da amostra proposital, também chamada de amostra intencional ou por 
conveniência (SEIDMAN; 2013; BLANDFORD, 2013). Esta técnica define-se pela 
escolha consciente de um conjunto pré-definido de características que guiarão o 
recrutamento dos praticantes (e.g. profissão, tempo de experiência, classe 
socioeconômica, faixa etária, etc.), dada a expectativa de que participantes como esse 
perfil possibilitarão entrevistas mais ricas, com conteúdo profundo e estritamente 
relacionado aos objetivos da pesquisa. 
Não há unanimidade entre os pesquisadores no que se refere ao grau de 
variabilidade do perfil de participantes. Alguns priorizam o foco estrito e a semelhança, 
defendendo a ideia de que o perfil dos participantes deve ser similar para capturar 
intensamente e em profundidade a percepção e os pontos de vista de um grupo de “pares”. 
Ao maximizar características comuns, opta-se por trabalhar com uma amostra 
homogênea, também definida como perfil de alta definição (NICOLACI-DA-COSTA. 
LEITÃO, ROMÃO-DIAS; 2004). Outros consideram que a variação de perfis não 
necessariamente acarreta superficialidade e perda de foco. Desta perspectiva, a chamada 
amostra de alta-variação ou de variação máxima (SEIDMAN; 2013; BLANDFORD, 
2013) maximiza as características heterogêneas dos usuários, ainda que os unindo por um 
fio condutor específico (e.g. entrevistas com coordenadores, professores, tutores e alunos 
para investigação de ambientes de educação a distância). Ainda em relação à composição 
da amostra, é importante chamar atenção para o fato de que, diferentemente do que 
acontece em estudos quantitativos comparativos, é muito arriscada a realização de estudos 
qualitativos que comparem dois ou mais perfis de usuários. Apenas estudos com equipe 
de diversos entrevistadores e analistas, com largo período de duração, conseguem aliar 
profundidade e comparabilidade entre grupos sem incorrer na superficialidade de 
 
 11 
resultados (LEITÃO; PRATES, 2017). 
Além dos critérios que embasam a definição do perfil de participantes, uma 
pergunta frequente relacionada ao tamanho da amostra é formulada por pesquisadores 
iniciantes: “quantos entrevistar? ”. Embora a resposta gere ansiedade e insatisfação, ela 
é a de que não há regra ou número fixo de entrevistados. O tamanho da amostra varia. 
Em pesquisas multimetodológicas, por exemplo, nas quais a entrevista muitas vezes é um 
instrumento complementar, é comum haver 1 ou 2 entrevistas (e.g. pesquisa em design 
participativo para o desenvolvimento de uma tecnologia de apoio à educação especial, na 
qual especialistas são entrevistados para avaliação preliminar de protótipo). Outras vezes, 
em face da especificidade do tema, apenas poucas entrevistas são possíveis, considerando 
a expertise dos entrevistados (e.g. estudos que envolvem o desenvolvimento de 
tecnologias de alto grau de especialidade). É mais usual, contudo, pesquisas qualitativas 
nas quais são realizadas entrevistas como instrumento único da investigação. Nesse caso, 
considerando o protagonismo do depoimento dos entrevistados na pesquisa, é bastante 
difundido, para guiar o tamanho da amostra, o uso da técnica de saturação (SEIDMAN, 
2013; BLANDFORD, 2013). Nessa, as entrevistas são realizadas até que o conteúdo das 
mesmas seja recorrente e não ofereça novos insights e avanços aos pesquisadores. Em 
outras palavras, o tamanho da amostra é usualmente definido pela saturação dos temas 
levantados. Quando as entrevistas param de trazer novas perspectivas e novos conteúdos, 
o número de recrutados é considerado suficiente. 
Quanto ao número de entrevistas por participante, é mais frequente haver uma 
única entrevista por participante, mas é também possível realizar mais de uma entrevista 
por participante (SEIDMAN, 2013), quando o objetivo incluir um maior aprofundamento 
de experiências ou uma coleta de dados em etapas (e.g. a percepção da evolução de uso 
de uma determinada tecnologia). 
2.1.2 A construção do instrumento e a realização do estudo-piloto 
Antes de iniciar o recrutamento, o pesquisador deve proceder à elaboração do 
roteiro, composto do conjunto de temas e assuntos a serem cobertos na entrevista. Esse 
conjunto de temas e assuntos gira em torno da questão de pesquisa, e é elaborado com 
base na análise dos trabalhos relacionados, na identificação das lacunas existentes no 
estado da arte e nas indagações do pesquisador. O roteiro ajuda a organizar

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