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Direito das Coisas Mario Celegatto

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APRESENTAÇÃO
Curso
- Pós-graduação lato-sensu em Direito Civil e Direito Processual Civil. Profundidade, obviamente, maior do que da graduação, mas, ainda, com viés de totalidade de conteúdo, de modo que as abordagens pretendem uma visão ampla de todo tema proposto com as incursões teóricas na profundidade que se fizerem necessárias.
-Atuação e Discussões Práticas 
-Intervenções 
Professor
Mario Celegatto 
- Juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná
- Coordenador do Núcleo de Cursos à Distância da EMAP – Escola da Magistratura do Paraná
Professor da EMAP - Escola da Magistratura do Paraná
- Professor no CPIURIS
- Professor na Pós-graduação em Direito Processual Civil da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG
- Professor na Pós-graduação em Direito Civil e Direito Processual Civil da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG
- Mestrando em Direito pela Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP
- Professor na Pós Pós-graduação em Direito Processual Civil da Faculdade Catuaí-PR. 
- Especialista em Direito Processual
- Bacharel em Direito pela PUC-MG
- Professor e Palestrante 
Contatos: 
- mario_celegatto@yahoo.com.br
- facebook: Mario Celegatto
- instagram: mario_celegatto
- Snapchat: mario_celegatto
- Twitter: @MCelegatto
- Proposta do Módulo: (DIREITO DAS COISAS > DIREITOS REAIS > DIREITO DE PROPRIEDADE...)
- DIREITOS REAIS – NOÇÕES BÁSICAS
- ROL LEGAL
- Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX – a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
 
- Princípio da Tipicidade x Exaustividade x Rol Exemplificativo. 
- Regularização de posse prevista pela Lei 11.977/2009 - “ato do poder público destinado a conferir título de reconhecimento e posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse”: 
(a) for cadastrado pelo Poder Público para tal finalidade; 
(b) não for concessionário, foreiro ou proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
 (c) não for beneficiário de legitimação de posse concedida anteriormente; 
(d) registrar o título em cartório de imóveis.
 
Típico Instituto de Direito Real - Título e necessidade de registro em cartório, o que lhe confere publicidade e eficácia erga omnes.
- Regularização de posse prevista pela Lei 11.977/2009
- Após cinco anos do registro da legitimação de posse, é permitido que o legitimado opere a sua conversão em propriedade, através de usucapião, desde que demonstre: 
- - Não existirem ações em andamento que versem sobre posse ou propriedade do referido imóvel; 
- - Não possuir outro imóvel urbano ou rural
- - Que o imóvel legitimado é utilizado para sua moradia ou de sua família; 
- - Que não teve reconhecido anteriormente o direito à usucapião de imóveis em áreas urbanas.
ESPÉCIES DE DIREITOS REAIS
- De acordo com a titularidade que o sujeito exerce sobre a coisa sobre a qual incidem.
- - Direito sobre coisa Própria (Propriedade)
- - Direitos reais sobre coisas alheias
- - Direitos de uso, gozo e fruição
- - Direitos de Garantia
- - Direito real de Aquisição
SISTEMA DE AQUISIÇÃO DOS DIREITOS REAIS
 
- Sistema Francês (simples contratação) X Sistema Germânico (realização de ato formal de transferência após o contrato).
 
- Direito Brasileiro = Sistema Germânico
- - Contratos geram apenas a obrigação em transferir o direito real. 
- Transferência Efetiva
- - Tradição – bens móveis
- - Registro do Título no CRI – bens imóveis
- - - Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.
- - Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
- Exceções ao Sistema Germânico (DESNECESSIDADE DE realização de ato formal de transferência após o contrato).
 
- - Aquisição da propriedade dos herdeiros – “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”.
 
- - Aquisição dos bens de um cônjuge pelo outro, em regime de condomínio, na celebração do casamento sob regime de comunhão universal.
 
- - Aquisição da propriedade dos bens de um cônjuge, pelo outro, através dos pactos antenupciais, a partir da data do casamento.
 
- Exceções ao Sistema Germânico (DESNECESSIDADE DE realização de ato formal de transferência após o contrato).
 
- - Aquisição de bens por uma sociedade, na assinatura do contrato social
 
- - Aquisição de ações nominativas, pelo termo no livro de transferência
 
- - Aquisição de títulos da dívida pública, pela celebração do contrato
 
-- Aquisição da propriedade fiduciária, em que a transferência da propriedade para o credor se dá independentemente da tradição.
Art. 1.361, § 1° do Código Civil: Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.
- Exceções ao Sistema Germânico (DESNECESSIDADE DE realização de ato formal de transferência após o contrato).
 
-- Constituição do usufruto dos pais sobre os bens dos filhos menores – Inerente ao poder familiar. 
 
-- Constituição do direito real de habitação ao cônjuge sobrevivente sobre o imóvel que servia de residência ao casal.
 
-- Constituição dos direitos de vizinhança em geral.
-- Aquisição da propriedade das coisas imóveis pela usucapião. –Sentença Meramente Declaratória.
 
-- Formas simbólicas de tradição.
PROPRIEDADE
BREVE HISTÓRICO DA PROPRIEDADE.
-- art. 544, do Código de Napoleão reza que a propriedade é o direito de gozar e dispor das coisas da maneira mais absoluta
- - O Código Civil de 1916 adotava essa vertente, em seu art. 524 (propriedade absoluta)
PROPRIEDADE
BREVE HISTÓRICO DA PROPRIEDADE.
Concepção relativista do direito de propriedade.
-- Função Social da Propriedade (CF, art. 5º, XXIII).
--Direito pode ser limitado e até subtraído do seu titular.
- Função Social da Propriedade na Constituição Federal e no Código Civil
 
- CF, art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
 
- CC, art. 1.228, § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. § 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. § 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. § 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.DIREITO DE PROPRIEDADE
CONCEITO
- - art. 1.228 do Código Civil - o direito de usar, gozar e dispor de uma coisa, bem como de reavê-la de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Direito Real por Excelência – pressuposto de todos os outros.
- DIREITO DE PROPRIEDADE - ELEMENTOS
 
- Elemento Interno
- Relativo ao proprietário - usar e gozar da coisa, conforme suas necessidades, bem como de dispor desse poder, caso queira, seja alienando a propriedade em si ou transferindo a outrem alguns de seus atributos, como a posse direta e a dação em garantia pelo pagamento de dívidas, por exemplo;
- DIREITO DE PROPRIEDADE - ELEMENTOS
- - Elemento Externo
Relativo a Terceiros - poder reaver a coisa de quem quer que injustamente a possua, também denominado direito de sequela.
- PROPRIEDADE E DOMÍNIO. 
-- Na lei são sinônimos = direito de titularidade exclusiva sobre determinado bem.
 
- - Para doutrina há divergência.
- - - Propriedade: é o direito que dá ao proprietário a faculdade de usar e gozar de coisa incorporada ao seu patrimônio, como queira, mas que, eventualmente, pode sofrer limitações, seja por natureza (propriedade resolúvel) ou por vontade do proprietário (imposição de ônus reais).
- - - - direito é limitado por ônus reais ou padece de resolubilidade, então o titular tem propriedade mas não tem domínio, porque, embora possa usar a coisa e fruir suas utilidades (jus utendi et fruendi), não pode dispor livremente dela (jus abutendi), ou se dispuser, gera consequências jurídicas, como no caso do herdeiro do ausente que dispõe dos bens herdados antes do decurso do prazo de dez anos da abertura da sucessão definitiva (CC-2002, art. 39) ou do proprietário que aliena bens hipotecados (art. 1.841, § 4°).
- PROPRIEDADE E DOMÍNIO.
- - Domínio: é o direito que dá ao dominus a faculdade de dominação total da coisa, incluindo não só a noção de jus utendi et fruendi, mas também a de jus abutendi, ou seja, faculdade de dispor da coisa como bem entender, até mesmo com sua destruição.
- - Englobaria um poder sobre a coisa que é mais abrangente do que o de propriedade. Com efeito, aquele que tem direito e exclusividade sobre uma coisa, tem sobre ela a propriedade e o domínio, desde que esse direito exclusivo não sofra limitação ou possibilidade de resolução.
PROPRIEDADE APARENTE
- Teoria oriunda do Direito Alemão. Fortemente aplicado em vários institutos nacionais. 
- Propriedade aparente é aquela que decorre do exercício dos poderes típicos de proprietário por quem, incorrendo em erro invencível, acredita ser proprietário, como, por exemplo, nos casos daquele em nome de quem se transferiu, indevidamente, um imóvel ou do herdeiro que adquire a propriedade da coisa sem conhecer o fato de que existia outra pessoa, de classe superior na ordem de vocação hereditária, que excluiria o seu direito.
- Propriedade Aparente - Transferência a Terceiros:
(a) Ninguém pode transferir mais do que tem
(b) o de que o erro comum faz direito (error communisfacitjus)
- Propriedade Aparente - Transferência a Terceiros:
Orlando Gomes: “Dois princípios chocam-se: o princípio de que ninguém pode transferir mais do que tem e o princípio de que o erro comum faz direito. De acordo com o primeiro, a alienação feita pelo proprietário aparente deve ser considerada nula, porque teria transferido coisa pertencente a outrem, transmitindo propriedade de bem que lhe não pertencia. Pelo segundo princípio, a alienação a non domino é válida e eficaz em resguardo dos interesses do terceiro que, de boa-fé e vencido pelo erro comum da aparência, realizou a aquisição na crença legítima de que adquirira de quem podia transferir[ ... ]
ELEMENTOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
- Disciplina o art. 1.228 que "o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha".
- Elementos Internos: Usar, Gozar e Dispor.
- Elementos Externos: Reaver
ELEMENTOS INTERNOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
a) jus utendi: é o direito de usar a coisa, o que envolve a sua posse, seja direta ou indireta. Deve-se considerar, nesse desiderato, o direito de usar a própria coisa e também seus acessórios, sejam partes integrantes ou pertenças, a não ser que haja disposição contratual expressa pela qual o dono destina a outrem o exercício sobre parte da coisa;
ELEMENTOS INTERNOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
b) jusfruendi: é o chamado direito de gozo, que envolve a percepção dos frutos (naturais ou civis) e produtos e demais vantagens provenientes da coisa. 
ELEMENTOS INTERNOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
c) jus abutendi: é o direito de dispor da coisa, o que envolve: 
- alienar, ou seja, transferir a outrem o direito; 
- gravar de ônus, seja através da instituição de garantias reais (penhor, hipoteca ou anticrese) ou direitos de gozo ou fruição em favor de terceiros (superfície, servidão, usufruto, uso e habitação); 
- destruir a coisa, desde que esse ato não seja vedado por lei. como no caso das reservas legais de vegetação em bens imóveis; 
- consumir o objeto do direito, o que se dá com os bens naturalmente consumíveis (alimentos, bens biodegradáveis etc) ou com a ficção jurídica da destinação à alienação; 
- transformar a coisa, o que pode se dar com a especificação (utilização de matéria prima para obtenção de espécie nova, seja por processos naturais ou industrializados), com a confusão (mistura de coisas líquidas), comistão (mistura de coisas sólidas) e adjunção (justaposição de uma coisa à outra); 
- dividir o bem, desde que essa divisão seja cômoda ou possível, seja física ou juridicamente.
ELEMENTO EXTERNO AO DIREITO DE PROPRIEDADE
- Direito de sequela (elemento externo), ao permitir o direito de reaver a coisa de quem quer que injustamente a possua ou detenha, o que faz legitimar, em favor do dono, o ajuizamento da ação reivindicatória.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE
- Disposição Voluntária
- Terceiro que tenha o poder de gravar a coisa
- Disposição de lei 
- Decisão Judicial 
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES VOLUNTÁRIAS.
- Limitações determinadas pela vontade do proprietário: ocorrem nos casos em que o proprietário, detendo a plena disposição da coisa, oferece-a em garantia do pagamento de dívidas (penhor, hipoteca, anticrese) ou transfere a terceiro determinadas utilidades sobre ela. Seja por direito real (superfície, servidão, usufruto, uso e habitação) ou pessoal (locação, comodato, depósito, arrendamento etc).
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – VONTADE DE TERCEIROS
Ocorrem quando terceiro, que não é proprietário, pode impor ao dono determinadas restrições ao exercício do direito, como no caso da doação com encargos ou no da alienação da coisa com reserva de usufruto no ato de transferência. Tanto num caso como no outro, a propriedade é exercida com limitações impostas não pelo proprietário, mas por terceiro.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS 
- Direito de Vizinhança 
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS
Limitações Espaciais
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
 
Art. 1.228, § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS - LIMITAÇÕES NATURAIS.
- Interesse Público
- Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecidoo disposto em lei especial.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – LIMITAÇÕES FAMILIARES 
- Resguardam a Família.
- Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar: I - são usufrutuários dos bens dos filhos; II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – LIMITAÇÕES FAMILIARES 
- Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – LIMITAÇÕES FAMILIARES 
- Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal. Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular, autenticado.
- Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – LIMITAÇÕES ADMINISTRSTIVAS
- Ônus pelo poder público sobre a coisa particular. 
- Interesse Público.
- Servidões Administrativas, Requisições Temporárias etc. 
- Casos de escusa de Violação de Domicílio (Flagrante, desastre, Ordem Judicial etc).
- Art. 5º, XI da Constituição Federal: "XI- a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial".
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE.
 
- Conjunto de requisitos mínimos estabelecidos pelo legislador para que se considere que o exercício do domínio atende ao interesse coletivo, sob pena de adoção das medidas sancionatórias previstas no ordenamento.
 
- Plena e Ilimitada X Interesse Público e Social. 
 
- Sistema de Consideração Coletiva no Exercício da Propriedade (majoração de tributos, desapropriação etc.)
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- ELEMENTOS DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE RURAL
- Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE - Elementos da função social da propriedade urbana
- Cumprimento do Plano Diretor Municipal
- CF, art. 182, § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE - Elementos da função social da propriedade urbana
 
- Estatuto da Cidade – Arts. 39 e 2º
- Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei.
- Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana; d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental; h) a exposição da população a riscos de desastres naturais; (Incluído pela Medida Provisória nº 547, de 2011). h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído dada pela Lei nº 12.608, de 2012)
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- Propriedade Rural – Art. 184, CF - desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária.
- Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. § 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. § 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. § 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. § 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício. § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- Propriedade Rural – Art. 185.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; II - a propriedade produtiva. Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- Propriedade Urbana
- IPTU PROGRESSIVO – Estatuto da Cidade - Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- Propriedade Urbana
- Art. 5º do Estatuto da Cidade - Art. 5o Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solourbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
- Propriedade Urbana
- Desapropriação – Estatuto da Cidade - Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE – LIMITAÇÕES LEGAIS – DESAPROPRIAÇÃO
- Código Civil – Art. 1.228, §3º - 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. PERDA DA PROPRIEDADE e não mera limitação. 
 
- Modo Originário de Aquisição da Propriedade. 
 
- Pagamento de justa e prévia indenização em favor do expropriado.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE –– LIMITAÇÕES JUDICIAIS.
- Determinadas pelo Poder Judiciário para a consecução de objetivos relacionados ao processo judicial em que foi determinada.
 
- Medidas Necessárias à preservação da efetividade do próprio processo no qual é determinada.
- Ex: Penhora, Arresto, Sequestro. 
- TIME SHARING OU MULTIPROPRIEDADE
- Figura Contratual (doutrina) ou Direito Real
- Propriedades partilhadas (time share properties) têm vários proprietários, os quais dividem sua ocupação, ao longo de determinado período de tempo
- Gustavo Tepedino "a relação jurídica de aproveitamento econômico de uma coisa móvel ou imóvel, repartida em unidades fixas de tempo, de modo que diversos titulares possam, cada qual a seu turno, utilizar-se da coisa com exclusividade e de maneira perpétua"
- TIME SHARING OU MULTIPROPRIEDADE
- Características de direito real (acesso à posse da coisa, o caráter da perpetuidade do direito e a sua aderência sobre um objeto)
- TIME SHARING OU MULTIPROPRIEDADE
- Características de mero Contrato 
- a) a ausência de registro da propriedade ou outro direito real sobre o imóvel em nome dos multiproprietários; 
b) a taxatividade dos direitos reais, donde resulta não constar o time sharing como elemento gerador do direito real, entre aqueles previstos no art. 1.225 do Código Civil ou em outro texto legal; 
c) a grande limitação da “propriedade" no caso, tanto com relação ao tempo como no que diz respeito à própria fruição e disponibilidade, já que, em regra, os multiproprietários não podem realizar modificações no imóvel ou no mobiliário nele existente.
- TIME SHARING OU MULTIPROPRIEDADE – JURUSPRUDÊNCIA.
- STJ = Direito Real 
-- autonomia da vontade não pode ficar reprimida pelo caráter taxativo dos direitos reais.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO DERIVADA
- Decorre de relação negocial entre alienante e adquirente (ato inter vivos) ou de relação sucessória (causa mortis).
- Na aquisição derivada, o adquirente recebe a coisa no estado em que se encontra, recebendo do alienante, juntamente com o objeto da relação jurídica, eventuais vícios ou ônus que sobre ele incidam.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA.
- Sem o intermédio de relação negocial ou sucessória (não há vínculo com proprietário anterior). –Não há ato de vontade negocial.
 
- Usucapião, Desapropriação, Arrematação Judicial. 
 
- A propriedade se transfere ao adquirente sem os vícios e ônus que incidiam, anteriormente.
 
- Exoneram do pagamento de tributos. 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO SINGULAR OU UNIVERSAL
 
- Singular: quando o adquirente recebe a propriedade de um ou mais bens, desde que se tratem de coisas individualizadas e transferidas especificamente.
 
- Universal: o adquirente se torna proprietário de todo um patrimônio, recebendo indistintamente todos os bens que o compõem.
 
- Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
- Conforme a necessidade ou não da prática de um ato próprio de transferência do domínio ao adquirente (ALÉM DO NEGÓCIO JURÍDICO).
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
 
- Aquisição pelo Contrato X Aquisição pela Tradição ou Transcrição. 
- Brasil: no direito brasileiro, inspirado no sistema alemão, a propriedade não se transmite simplesmente pelo contrato, mas somente após a tradição (no caso de móveis) ou transcrição (no caso de imóveis). 
- Dispõe o art. 1.267 do Código Civil que "a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição". 
- Por sua vez, o art. 1.245 prevê: "Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis”.
- Automóveis – Detran? Registro = Presunção relativa de propriedade. 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO.
- CONCEITO: forma originária de aquisição da propriedade, na qual o possuidor de coisa alheia exerce a posse, de forma contínua e pacífica (sem oposição) por período de tempo suficiente, segundo a lei, para adquirir a propriedade. – Prescrição aquisitiva. 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO.
 
- Exige posse com ânimo de dono (x locação, detenção etc.)
- Somente bens particulares. 
- OBS: CJF, Enunciado 594 - "é possível adquirir a propriedade de área menor do que o módulo rural estabelecido para a região, por meio da usucapião especial rural”. –STF, mesmo sentido para imóveis urbanos.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA.
- Extraordinária recebe essa denominação por se tratar de modalidade em que não se perquire a respeito da justiça nem da boa-fé na posse do usucapiente, estando assim prevista no 
 
- Art. 1.238 do Código Civil: Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA - REQUISITOS.
a) Posse, com animus domini.
a.1) Ininterrupção
a.2) Pacificidade
a.3) Prazo de quinze anos
- CC, Art. 1.238, Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA - REQUISITOS.
b) Independência de justo título e boa-fé
- Em razão disso, prazo mais longo.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ORDINÁRIA
- Aquela em que, idealmente, exige-se que o possuidor detenha Justo título e boa-fé no exercício do seu poder de fato sobre a coisa.
 
- Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ORDINÁRIA – REQUISITOS
 
a) Posse, com animus domini.
a.1) Ininterrupção/Continuidade
a.2) Pacificidade/Incontestabilidade
a.3) Prazo de 10 anos
- Será de cinco anos, no entanto, o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizadoinvestimentos de interesse social e econômico. (art. L242, parágrafo único); - USUCAPIÃO TABULAR
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ORDINÁRIA – REQUISITOS
- Será de cinco anos, no entanto, o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. (art. L242, parágrafo único); - USUCAPIÃO TABULAR
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ORDINÁRIA – REQUISITOS
b) Justo Título e boa-fé 
- Boa-fé: desconhecimento de circunstâncias que tomem a posse injusta.
- Justo título: o título que, em tese, seria apto para transferir a propriedade, mas que, na prática, é ineficaz para gerar o efeito pretendido
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA INDIVIDUAL E COLETIVA
- Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. § 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA INDIVIDUAL E COLETIVA – REQUISITOS
Seus requisitos são aqueles estabelecidos para a usucapião extraordinária, em resumo: 
Posse ininterrupta (por cinco anos), pacífica e independente de justo título e boa-fé. 
Além destes >
(a) utilização da área para moradia do usucapiente ou de sua família; 
(b) área máxima de 250 m²
(c) inexistência de outros imóveis (urbanos ou rurais) em nome do possuidor:
(d) limitação à aquisição da propriedade, por esta modalidade, somente uma vez.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA INDIVIDUAL E COLETIVA – USUCAPIÃO COLETIVA
Estatuto da Cidade, art. 10. 
- Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. § 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas. § 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis. § 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. § 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio. § 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA INDIVIDUAL E COLETIVA – USUCAPIÃO COLETIVA – REQUISITOS
(a) o imóvel usucapiendo tenha mais de duzentos e cinquenta metros quadrados; 
(b) ocupação por população (diversas pessoas) de baixa renda; 
(c) ocupação para moradia; 
(d) lapso de posse de no mínimo cinco anos ininterruptos (permitidas a acessio e a sucessio possessionis- acessão e sucessão de posse); 
(e) impossibilidade de identificação dos terrenos ocupados por cada possuidor;
(f) inexistência de outros imóveis urbanos ou rurais sob a propriedade dos possuidores.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL FAMILIAR
- Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011) § 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL FAMILIAR – REQUISITOS
(a) Imóvel urbano de no máximo 250 metros quadrados; 
(b) Propriedade do imóvel exercida por ambos os cônjuges, em comunhão, na constância do matrimônio; 
(c) Abandono do lar por parte de um dos cônjuges; 
(d) Exercício exclusivo da posse, após o abandono, pelo outro cônjuge, ininterruptamente e sem oposição, pelo prazo de dois anos; 
(e) utilização do imóvel, pelo cônjuge abandonado, para sua moradia ou de sua família.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL FAMILIAR – OBSERVAÇÕES
- Abandono do lar (voluntário e injustificado)
- Incluir a família extensa no imóvel > sim
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL.
- Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL – REQUISITOS
Os estabelecidos para a usucapião extraordinária, em resumo: posse ininterrupta (por cinco anos), pacífica e independente de justo título e boa-fé. 
Além destes, exige-se, também: 
(a) utilização da área para moradia do usucapiente ou de sua família; 
(b) realização de trabalhos produtivos na área, através de trabalho do usucapiente ou de sua família; 
(c) área máxima de 50 hectares; 
(d) inexistência de outros imóveis (urbanos ou rurais) em nome do possuidor;
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL – OBSERVAÇÕES
- Não existe, como na urbana, limitação a que a aquisição se dê por essa modalidade somente uma vez, mas apenas que o usucapiente não seja proprietário de outros imóveis urbanos e rurais.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA
 
- O Novo Código de Processo Civil traz a figura da Usucapião Administrativa, em seu art. 1071, o qual acresce o art. 216-A à Lei 6.015 de 1973, Lei de Registros Públicos (LRP), dispondo:
- Art. 116-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial da usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado[ ... ]
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA – REQUISITOS
- Para o reconhecimento extrajudicial da usucapião, o interessado deverá, à luz do inciso I do art. 216-A da LRP, apresentar ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, conformeo caso e suas circunstâncias.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA – REQUISITOS
Além desta exigência, o art. 216-A da LRP elenca ainda, nos incisos II a V, que é necessário instruir o pedido com:
lI - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, pelos titulares de direito reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes; 
III- certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente; 
IV- justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem da posse, continuidade, natureza e tempo, tais como o pagamento dos impostos e taxas que incidirem sobre o imóvel.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA – OBSERVAÇÕES
- Concordância expressa de todos os interessados e eventuais prejudicados pelo reconhecimento da usucapião (§ 6°).
- Ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal e ao Município para que se manifestem sobre o pedido em quinze dias (§ 3°)
- Publicar, em jornal de grande circulação, edital para a ciência de terceiros eventualmente interessados, os quais deverão se manifestar em quinze dias (§ 4º)
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ESPÉCIES – USUCAPIÃO ADMINISTRATIVA – OBSERVAÇÕES
- O reconhecimento da Usucapião Administrativa somente será possível se houver concordância expressa de todos os interessados e eventuais prejudicados- interpretando-se o silêncio como discordância- uma vez que o§ 6° do art. 216-A da LRP exige a concordância de todos.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO - OBSERVAÇÕES
- CC, Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião.
 
- Excluem-se da aplicação da prescrição aquisitiva os proprietários absolutamente incapazes, porque contra esses não corre a prescrição (art. 198, l).
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ASPECTOS PROCESSUAIS
- NCPC não prevê um rito específico para a Usucapião. 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ASPECTOS PROCESSUAIS – EFICÁCIA DA SENTENÇA
- Meramente declaratória
- Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel. Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ASPECTOS PROCESSUAIS – USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA.
- Súmula 237 do STF - a usucapião pode ser arguida em defesa".
- A alegação de usucapião como matéria de defesa, em ação dominial, dá ao possuidor, em regra, apenas a prerrogativa de permanecer no imóvel, tendo em vista o reconhecimento da aquisição da propriedade na fundamentação da sentença.
- Em regra não terá o efeito de servir como título para transcrição no Registro de Imóveis.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ASPECTOS PROCESSUAIS – USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA.
-- Falta de citação dos confinantes na reivindicatória. 
-- CPC, Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. § 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se: I - dessa resolução depender o julgamento do mérito; II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal. § 2o A hipótese do § 1o não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ASPECTOS PROCESSUAIS – USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA.
 - Nas usucapiões especiais (rural e urbana), existe regramento expresso na legislação especial. A respeito, o art. 7o da Lei 6.969/81: "A usucapião especial poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para transcrição no Registro de Imóveis".
 
- De igual teor o art. 13 do Estatuto da Cidade: "A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de Imóveis''.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – USUCAPIÃO – ACESSIO POSSESSIONIS 
- União da posse do possuidor sucessor com a do possuidor antecessor, para as finalidades legais.
- Para a usucapião ordinária, entretanto, a posse do antecessor deve conter os requisitos do justo título e boa-fé, sob pena de inviabilidade da aquisição.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO
- Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. § 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. § 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO – PRINCÍPIOS
- Publicidade. > Eficácia erga omnes > livre acesso > boa-fé x má-fé. 
- Presunção de Veracidade. > Força probatória do registro. 
Anulação do registro
- Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule. Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
Retificação do registro
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO – PRINCÍPIOS
- Legalidade - cabe ao oficial proceder de acordo com a estrita legalidade.
Dúvida X Dúvida Inversa. 
- Territorialidade - o cartório competente para efetivação da matrícula do imóvel e respectivas averbações e registros de transferências é aquele em que se situa o imóvel. (OBS: Escritura pode ser feita em qualquer local).
- Continuidade - os respectivos oficiais devem se acercar do cuidado de que tais atos mantenham uma sequência cronológica exata.
- Art. 237 da LRP - "ainda que o imóvel esteja matriculado, não se fará registro que dependa da apresentação de título anterior, afim de que se preserve a continuidade do registro".
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO – PRINCÍPIOS
- Prioridade: até que se prove o contrário, considera-se feito em primeiro lugar o registro que tenha sido apresentado primeiramente ao oficial.
- Especialidade: necessidade de se individualizar, pormenorizadamente, no respectivo registro, o título e o imóvel a que ele se refere.
- Instância: "não permite que o oficial proceda a registros de ofício, mas somente o requerimento do interessado, ainda que verbal.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – USUCAPIÃO.
- Ordinária, exige-se justo título e boa-fé a par da posse contínua e incontestada da coisa por três anos.
- Extraordinária, não se exige justo título e boa-fé, mas apenas a posse contínua e incontestadada coisa por cinco anos.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – USUCAPIÃO.
OBS: Usucapião de Coisa Furtada. 
- Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
- É de se admitir, pelo menos, que aquele que subtrai coisa alheia móvel possa ser considerado dono, por usucapião extraordinária, se o legítimo proprietário, após o conhecimento do esbulho, jamais tomou nenhuma providência para reaver a coisa. (Não é pacífico)
- Terceiro de boa-fé pode inclusive na modalidade ordinária. (Não é pacífico) 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – DESCOBERTA.
- CC, Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor. Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.
- CP, Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre: Apropriação de tesouro I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio; Apropriação de coisa achada II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – DESCOBERTA.
Excepcionalmente, no entanto, quem encontra a coisa alheia perdida pode adquirir essa 
(a) se, fixada a recompensa e a indenização pelos prejuízos com a conservação e transporte, o dono preferir abandoná-la; 
(b) se, não encontrado o dono ou legítimo possuidor e, sendo de diminuto valor o objeto, o Município exercer a faculdade de abandonar a coisa em favor de quem a achou.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – OCUPAÇÃO.
- Alguém se assenhoreia de coisa sem dono, desde que a ocupação não seja defesa por lei.
- Diferencia-se a ocupação, portanto, da descoberta, fundamentalmente no fato de que, enquanto o descobridor encontra coisa alheia perdida, devendo restituí-la, aqui, a coisa encontrada não tem ou nunca teve dono, razão pela qual se autoriza a aquisição da sua propriedade, desde que não seja vedada em lei.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – ACHADO AO TESOURO.
- Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO.
- REAL, SIMBÓLICA E FICA. 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO REAL.
- A tradição real consiste na entrega física da coisa, por força de ato do alienante em favor do adquirente, a qual se pode dar de forma pessoal ou por representante legal ou convencional.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO SIMBÓLICA.
Tradição simbólica - é aquela em que, de fato, não ocorre entrega física da coisa ao adquirente, no entanto, pratica-se ato que simboliza a tradição, como, por exemplo, na entrega das chaves de um automóvel pelo vendedor ao comprador (na transferência da propriedade) ou na devolução das chaves de um imóvel alugado (na simples transmissão da posse para efeito de encerrar as obrigações do locatário). 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO FICTA.
- Quando a lei dispensa a tradição real. 
- Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO FICTA – HIPÓTESES
- Constituto possessório: Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir a coisa pelo constituto possessório. Nesse caso, tem-se hipótese em que o alienante, que era dono da coisa, continua a possuí-la, agora sob outro título (locatário, depositário, credor pignoratício etc.)
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO FICTA – HIPÓTESES
 
- Alienação de coisa sob poder de terceiro: Subentende-se também a tradição, de forma ficta, quando o transmitente aliena ao adquirente coisa que se encontra em poder de terceiro, constando no título negocial o direito à restituição.
- Traditio brevi manu: Ocorre a tradição brevi manu quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico, ou seja, tradição real não há, pois, o adquirente já se encontra com a coisa quando a adquire.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO A NON DOMINO.
- Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono. § 1o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição. § 2o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – SISTEMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE – AQUISISÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL – TRADIÇÃO ORIGINADA DE NEGÓCIO INVÁLIDO. 
- Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. § 2o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo.
PERDA DA PROPRIEDADE
- Extinção do direito que se exerce sobre o objeto, podendo se dar por ato voluntário do dono ou por circunstâncias alheias à sua vontade.
- Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: I - por alienação; II - pela renúncia; III - por abandono; IV - por perecimento da coisa; V - por desapropriação. Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
- Usucapião também é forma de perda da propriedade. 
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – ALIENAÇÃO
- Obs.: O mero negócio jurídico não basta. Exige tradição ou registro. 
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – RENÚNCIA
- Ex: Renúncia à herança. 
- Subordinada ao registro do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
- Sempre expressa. 
- Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – ABANDONO
- Ato de vontade do proprietário, o qual deixa de exercer os direitos à propriedade (usar, gozar) com vontade expressa -de dispor dela. Não pode ser presumido.
- Abandono de imóveis – Art. 1.276
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – ABANDONO
-- Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, àpropriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições. § 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize. § 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – PERECIMENTO DA COISA
- Destruição da coisa, acarretando, por consequência, a perda da propriedade, pelo desaparecimento do objeto sobre o qual incidia.
- Não se confunde com deterioração. 
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO
- Perda da propriedade para o poder público (excepcionalmente para o particular), por interesse social ou utilidade pública, mediante indenização.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO PELO OBJETIVO – INTERESSE SOCIAL 
- Por interesse social: ocorre a desapropriação por interesse social nos casos disciplinados pela Constituição Federal para imposição do cumprimento da função social da propriedade dos bens imóveis.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO PELO OBJETIVO – INTERESSE SOCIAL 
- No caso da desapropriação por interesse social do imóvel rural, o pagamento da indenização se dará através de títulos da dívida agrária; para o imóvel urbano, o pagamento dar-se-á através de títulos da dívida pública.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO PELO OBJETIVO – UTILIDADE PÚBLICA
- Por utilidade pública: a desapropriação por utilidade pública ocorre, em favor do poder público, independentemente do cumprimento ou descumprimento da função social da propriedade pelo dono do imóvel.
- Móveis ou Imóveis.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO PELO OBJETIVO – UTILIDADE PÚBLICA
- Trata-se de hipótese em que o poder público exerce interesse no imóvel para a consecução dos objetivos precípuos da Administração, como para a construção de estradas, pontes, instalação de serviços públicos e outras finalidades definidas pelo Decreto-lei n° 3.365/41
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO – PELA ORIGEM
- Pela origem, a desapropriação pode ser pública ou privada. Será pública quando se perde a propriedade, em prol do interesse público, mediante indenização; será privada quando se perde esse direito em favor de outro particular, mas também mediante ressarcimento.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO – PELA ORIGEM – PÚBLICA
- Desapropriação administrativa: a desapropriação é administrativa quando provém de ato do Poder Executivo, em favor do interesse público, como nos casos das desapropriações por interesse social e por utilidade pública;
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – PELA ORIGEM – PÚBLICA
- Desapropriação judicial: tem sido denominada de desapropriação judicial aquela prevista pelo art. 1.228, §§ 4° e 5o do Código Civil, que prevê: § 4". O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. §5°. No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para p registro do imóvel em nome dos possuidores.
-- Desapropriação e não Usucapião. –Indenização ao proprietário. 
- Enunciado 84, pelo qual "a defesa fundada no direito de aquisição com base no interesse social (art. 1.228, §§ 4º e 5º do novo Código Civil) deve ser arguida pelos réus da ação reivindicatória, eles próprios responsáveis pelo pagamento da indenização".
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO – PELA ORIGEM – PRIVADA
- Desapropriação privada: as desapropriações privadas decorrem do interesse do particular em imóvel alheio, quando, por equívoco justificável, e de boa-fé, o construtor de um imóvel adentra parte do terreno vizinho. 
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – DESAPROPRIAÇÃO E CONFISCO.
- A desapropriação, como se vê, é a forma de se perder a propriedade em favor do poder público ou mesmo para o particular, com a consequência do surgimento do direito à indenização por essa perda, seja por descumprimento da função social, por utilidade pública ou para atendimento de outros interesses.
- O confisco, por sua vez, é uma penalidade- que se impõe ao proprietário em função da prática de atos ilícitos, em especial aqueles previstos pela lei criminal como fatos típicos penais. Em se enquadrando como punição, o confisco não confere ao dono da coisa o direito à indenização.
PERDA DA PROPRIEDADE – HIPÓTESES – DESAPROPRIAÇÃO – RETROCESSÃO.
- Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. A esse direito de preferência que se dá ao expropriado se dá o nome de retrocessão.
CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO – CONCEITO
- Condomínio é o direito real de propriedade exercido comumente por mais de uma pessoa sobre o mesmo objeto.
CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO – CONCEITO
- Teoria da Divisão Real do Direito - pela qual existe, de fato, divisão do direito de propriedade entre tantos quantos forem os condôminos. É a que melhor explica o fenômeno, pois nada há na legislação ou nos institutos jurídicos que impeçam que um determinado direito seja dividido por vários titulares e outros exemplos são claramente encontrados no ordenamento, como nas obrigações com solidariedade ativa e no poder familiar, por exemplo, em que se exerce a prerrogativa conjuntamente por mais de um titular.
CONDOMÍNIO
- Forma absoluta, ou seja, de fato e de direito, de forma que todos os condôminos são proprietários do todo (condomínio pro indiviso). 
- Forma relativa, dividindo-se em frações ideais (condomínio pro diviso), quando, então, o condomínio é apenas de direito, mas não de fato, porque cada condômino ocupa parte certa e determinada da coisa.
CONDOMÍNIO – VOLUNTÁRIO X NECESSÁRIO
- Voluntário - decorre da vontade instituidora da propriedade, o que se dará, por exemplo, na aquisição de bens, por negócio jurídico, para duas ou mais pessoas em conjunto, seja por compra e venda realizada juntamente ou mesmo por doação destinada para mais de uma pessoa pelo próprio doador.
CONDOMÍNIO – VOLUNTÁRIO X NECESSÁRIO
- Necessário ou Legal – 
(a) em razão do estado natural de indivisão da coisa, como nas paredes, cercas, muros, valas, pastagens, formação de ilhas, comistão, confusão, adjunção e tesouro; 
(b) em razão de direito hereditário, ocasião em que os herdeiros são condôminos, independentemente de sua vontade, até a partilha final.
CONDOMÍNIO – VOLUNTÁRIO X NECESSÁRIO
 
OBS: CC, Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior. Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
CONDOMÍNIO – GERAL X EDILÍCIO
- Geral - decorre de qualquer situação em que se tenha a propriedade comum de duas ou mais pessoas sobre a mesmacoisa. 
- Edilício - é que decorre das edificações verticais, nas quais se tem propriedade exclusiva sobre as chamadas frações ideais e condomínio sobre as chamadas partes comuns.
CONDOMÍNIO – FECHADOS OU HORIZONTAIS
- São loteamentos em que se dá acesso às suas vias exclusivamente àqueles que neles detêm a propriedade de terrenos. 
- Os chamados "condomínios fechados", que proliferam em virtude de preocupações com a segurança individual e familiar, não passam de loteamentos fechados, que nenhum vínculo guardam com o condomínio edilício. Trata-se de figura anômala, que não se submete à disciplina do condomínio tradicional, nem do condomínio edilício, tendo acesso ao registro imobiliário somente como modalidade de parcelamento do solo urbano.
CONDOMÍNIO – FECHADOS OU HORIZONTAIS
- Em que pese, no entanto, a ausência de regulamentação dos chamados condomínios horizontais, deve-se ter em mente que, em não havendo empecilho legal, a vontade de seus instituidores poderá, sim, estabelecer a propriedade comum sobre determinadas áreas, desde que em acordo com as regras do parcelamento do solo urbano de cada Município em que seja implantado.
CONDOMÍNIO GERAL
- Se estabelece, de forma genérica, sobre qualquer objeto, dando-se a duas ou mais pessoas a propriedade sobre elas.
CONDOMÍNIO GERAL – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS.
- Direito de uso (mais restrito que a propriedade unitária.) 
- Dever de conservação
-- Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita. Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
CONDOMÍNIO GERAL – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS.
- Direito de renúncia: Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do pagamento das despesas e dívidas, renunciando à parte ideal. § 1o Se os demais condôminos assumem as despesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que fizerem. § 2o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa comum será dividida.
CONDOMÍNIO GERAL – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS.
- Direito de regresso nas obrigações contraídas em proveito da comunhão: Art. 1.318. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o contratante; mas terá este ação regressiva contra os demais.
CONDOMÍNIO GERAL – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS.
- Direito à divisão da coisa comum: Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão. § 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. § 2o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. § 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
CONDOMÍNIO GERAL – ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO
- Será atribuída a quem for escolhido pela maioria, que poderá ser estranho (Art. 1.323)
CONDOMÍNIO – REGRAS SOBRE O CONDOMÍNIO NECESSÁRIO
- O condomínio por meação de paredes, cercas, muros e valas regula-se pelas normas estabelecidas pelos direitos de vizinhança.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO
- Instituído em edificações, como prédios residenciais e comerciais nos quais se divida a propriedade em porções ideais, de propriedade exclusiva e individual e partes ou áreas comuns, nas quais incide condomínio e deve ser exercida a composse pelos condôminos.
- Instituído por ato entre vivos ou testamento, mas sempre registrado no CRI. 
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – PORÇOES IDEAIS
- Sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários.
- Por disposição da Lei 4.591/64, as garagens, embora vinculadas à unidade habitacional a que correspondem, podem ser livremente alienadas para outros condôminos, mas não podem ser transferidas a pessoas estranhas ao condomínio. –salvo autorização na convenção de condomínio.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – INSTITUIÇÃO E CONSTITUIÇÃO DO CONDOMÍNIO
 - STJ - Súmula 308 - "a hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel". – Incorporação imobiliária.
- Constituição do Condomínio – feita por convenção. Escritura pública ou por instrumento particular (art. 1.334, § 1°) e deve conter as regras mínimas definidas em lei e necessita de subscrição pelos titulares de, pelo menos, 2/3 (dois terços) das frações ideais (art. 1.333, caput).
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – INSTITUIÇÃO E CONSTITUIÇÃO DO CONDOMÍNIO
- Constituição do Condomínio – feita por convenção. Escritura pública ou por instrumento particular (art. 1.334, § 1°) e deve conter as regras mínimas definidas em lei e necessita de subscrição pelos titulares de, pelo menos, 2/3 (dois terços) das frações ideais (art. 1.333, caput).
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- Quanto à contribuição para as despesas do condomínio, é pacífico na doutrina tratar-se de obrigação propter rem. Por isso, a sua ambulatoriedade determina que se transfiram as despesas atrasadas aos eventuais adquirentes da unidade ideal, o que, em regra, se consolida com o registro do título translativo no Cartório de Registro de Imóveis.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- Art. 1.336. São deveres do condômino: I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção;
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- § 1o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
-- multa moratória e se aplica para o caso de ausência de pagamento da contribuição devida ao condomínio
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- EXPULSÃO DO CONDÔMINO ANTISSOCIAL
- CC não prevê 
- Divergência doutrinária. 
- Dentre os argumentos desfavoráveis à exclusão do condômino antissocial estão, além da ausência de previsão legal, a prevalência de dois preceitos constitucionais básicos: a garantia do direito de propriedade e, principalmente, a proteção da dignidade da pessoa humana, que, em tese, ficaria à míngua pela possibilidade de desamparo do direito à moradia.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- EXPULSÃO DO CONDÔMINO ANTISSOCIAL
- Dentre os argumentos desfavoráveis à exclusão do condômino antissocial estão, além da ausência de previsão legal, a prevalência de dois preceitos constitucionais básicos: a garantia do direito de propriedade e, principalmente, a proteção da dignidade da pessoa humana, que, em tese, ficaria à míngua pela possibilidade de desamparo do direito à moradia.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- EXPULSÃO DO CONDÔMINO ANTISSOCIAL
- Já os que se posicionam a favor da medida mencionam que, no direito privado, não havendo norma proibitiva, é possível a medida..
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- EXPULSÃO DO CONDÔMINO ANTISSOCIAL
- Portanto, depende, pelo menos, de previsão anterior na Convenção do Condomínio. Por outro lado, além do predicado constitucional da função social da propriedade, afirma-se que a cláusula geral do abuso de direito (CC, art. 187) permite a adoção da medida como forma de sancionamento do comportamento destoante com as finalidades econômico-sociais da convivência em condomínio. Por fim, entende-se que a parte final do parágrafo único do art. 1.337 abre a brecha para essa possibilidade, pois impõe a sanção pecuniária de 10 (dez) vezes o valor da contribuição condominial atéulterior deliberação da assembleia. Nesse sentido, mostrando-se insuficiente a multa monetária, caberia a sanção extrema.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
- EXPULSÃO DO CONDÔMINO ANTISSOCIAL
- O Enunciado 507 das Jornadas do CJF dispõe nesse sentido. Veja-se: Enunciado 507. Verificando-se que a sanção pecuniária se mostrou ineficaz, a garantia fundamenta da função social da propriedade (arts. 5°, XXII, da CRFB e 1.228, p.1, do CC) e a vedação do abuso do direito (arts. 187 e 1.228, § 2º do CC) justificam a exclusão do condômino antissocial, desde que a ulterior assembleia prevista na parte final do parágrafo único do art. 1.337 do Código Civil delibere a propositura de ação judicial com esse fim, asseguradas todas as garantias inerentes ao devido processo legal.
CONDOMÍNIO - CONDOMÍNIO EDILÍCIO – OBSERVAÇÕES
- Direito de preferência na locação de área de garagem: preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
- É aquela sujeita a termo final ou condição resolutiva, por determinação da própria vontade das partes em seu título constitutivo, o que o ocorre no caso do art. 1.359. No caso do art. 1.360, a propriedade se resolve por fato superveniente não sujeito ao arbítrio das partes no momento de consorciar sua vontade com a da outra.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.
- Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
- A resolução da propriedade tem efeito ex tunc, dando-se ao proprietário diferido o direito de receber a coisa no estado em que se encontrava quando o proprietário atual adquiriu a coisa.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
- (a) a causa de resolução da propriedade é predeterminada, caracterizando-se como condição resolutiva ou termo final imposto à vigência do direito no próprio ato ou negócio jurídico que o instituiu; 
- (b) operando-se a resolução, neste caso, esta se dá com efeito ex tunc, fazendo com que se resolvam, também, todos os direitos reais concedidos por aquele que era titular dessa propriedade resolúvel (hipotecas, compromissos de compra e venda, usufrutos etc); 
(c) a resolução dá ao proprietário diferido (aquele em favor de quem se dá a resolução) o direito de sequela, pois ele poderá reivindicar a coisa de quem a possua ou detenha.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – Propriedade resolvida por causa superveniente ou propriedade ad tempus – Art. 1.360.
- a propriedade se resolve por causa superveniente não oriunda da vontade das partes, como ocorre, por exemplo, na revogação da doação por ingratidão do donatário.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – Propriedade resolvida por causa superveniente ou propriedade ad tempus – Art. 1.360.
- Propriedade ad tempus, podemos afirmar que: 
(a) a causa de resolução da propriedade é superveniente, portanto, não se caracteriza como condição suspensiva ou termo final previamente imposto no ato ou negócio jurídico que institui o direito; 
(b) operando-se a resolução, neste caso, esta se dá com efeito ex nunc, portanto, o possuidor, que tiver adquirido a coisa por titulo anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito; 
(c) a resolução, neste caso, não dá ao proprietário diferido (aquele em favor de quem se dá a resolução) o direito de sequela, pois terá ele ação apenas contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
- Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. § 1º Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. § 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. § 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
- Ocorre propriedade fiduciária, portanto, quando o devedor de certa quantia dá ao credor a propriedade resolúvel de uma coisa sua, com a finalidade de garantir a dívida. Embora o Código Civil se refira, em seu art. 1.361, somente a coisas móveis, a Lei 9.514/97 admite a alienação fiduciária, também, de coisas imóveis.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
- A Lei 4.728/65 estabelece a alienação fiduciária em garantia no âmbito do mercado financeiro e de capitais, cujas disposições são complementadas pelo Decreto-lei 911/69.
- A propriedade fiduciária não pode ser considerada como direito real de garantia sobre coisa alheia (jus in re aliena), pois, aqui, o credor adquire, de fato, a propriedade (jus in re propria), passando a ser dono do objeto, embora de forma resolúvel e sem a posse direta.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS
- Depende a propriedade fiduciária de registro do contrato no Registro de Títulos e Documentos ou na repartição competente para licenciamento, em se tratando de veículos.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS – DESDOBRAMENTO DA POSSE
- Art. 1.361, §2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa.
- Art. 1.361, § 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS – VENCIMENTO DA DÍVIDA
- Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor (art. 1.364).
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS – VENCIMENTO DA DÍVIDA
- Proíbe o chamado pacto comissório (cláusula que permite ao credor ficar com a coisa, ao seu talante, em caso de inadimplência). 
- Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento. Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS – VENCIMENTO DA DÍVIDA
-- embora seja vedada a cláusula que estabeleça o pacto comissório em favor do credor, nada impede que, após o vencimento da dívida, o devedor (por prerrogativa sua), ceda ao credor, em pagamento do débito, o seu direito eventual à coisa. (Dação em pagamento).
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS – VENCIMENTO DA DÍVIDA
- Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
PROPRIEDADE RESOLÚVEL – PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA – REQUISITOS – VENCIMENTO DA DÍVIDA
- Disciplina o art. 1.368 que "o terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na propriedade fiduciária", o que implica em dizer que passará ele, o terceiro, a ser titular da propriedade fiduciária resolúvel.
PROPRIEDADE

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