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SOCIOLINGUISTICA 1

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
GRADUAÇÃO EAD 
GABARITO 
SEGUNDA CHAMADA - 2017.1B – 17/06/2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Leia o texto. 
 
O Dicionário 
A língua, ora vista como um organismo vivo, tende cada vez mais a se manifestar entre as relações sociais 
como um todo, influenciando diretamente no modo de pensar e de agir. Desta feita, tendo em vista esta 
inegável ocorrência, em comemoração ao centenário de seu autor, Aurélio Buarque de Holanda, a Editora 
Positivo publicou a quinta edição da obra, desta vez “recheada” de novas palavras que, aos poucos, foram 
ocupando seus lugares na linguagem cotidiana, e que agora já são concebidas como oficiais. 
Disponível em: //www.brasilescola.com/gramatica/os-novos-verbetes-dicionario-aurelio.htm 
 
Com base na análise das funções dos códigos comunicativos, pode-se afirmar que: 
 
a) Na verdade, o sistema de informação acima não possui função maior e colimada para um fim específico, a sua 
abrangência acaba por torná-lo desnecessário, tendo em vista a gama de recursos investigativos da linguagem 
moderna. 
b) As relações oficiais jamais serão alteradas pelo modo de falar, a linguagem não é capaz de modificar 
paradigmas sociais, portanto, o dicionário pouco pode contribuir para o sistema de expressividade linguística e 
sua efetivação como modelo de sistema informativo. 
c) O objetivo maior desse sistema de comunicação e informação é gerar símbolos linguísticos que serão 
apropriados pelos falantes no usufruto diário da comunição e que possibilitarão incorporações efetivas e 
necessárias de vocábulos antes não sistêmicos. 
d) O objetivo maior desse sistema de comunicação e informação é gerar símbolos linguísticos sonoros e sintáticos 
que serão apropriados pelos falantes no usufruto diário da comunicação e que possibilitarão incorporações 
efetivas e necessárias de vocábulos que já são sistêmicos. 
e) O objetivo maior desse sistema de comunicação e informação é gerar símbolos linguísticos que serão 
apropriados pelos falantes no usufruto diário da comunicação e que possibilitarão incorporações efetivas e 
necessárias de vocábulos antes sistêmicos. 
Alternativa correta:Letra C 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto das definições sobre língua e linguagem e, sobretudo 
as transformações da língua (Unidades 1 e 2). 
GABARITO 
QUESTÕES COMENTADAS 
Disciplina SOCIOLINGUÍSTICA 
Professor (a) VLÁDIA MEDEIROS 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C E E C E D D D B D 
 
 
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SOCIOLINGUÍSTICA PROFESSOR (A): VLÁDIA MEDEIROS 
 
 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica do texto, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Dessa forma, a letra C responde corretamente a referida análise. 
 
2. Leia o texto. 
 
Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos 
utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias. (...) Os 
seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais. 
A LIBRAS tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. As Línguas de Sinais não são universais. Cada país 
possui a sua própria, que sofre as influências da cultura nacional. Como qualquer outra língua, ela também 
possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como 
língua. 
O processo de alfabetização de crianças cegas em braile de Adriana Riess Kamal em http:// 
tinyurl.com/y8a82gf. (adaptado). 
 
A leitura do texto e a adequada percepção sociolinguística permitem perceber que, no Brasil, a LIBRAS: 
 
a) Limita bastante a expressividade de seus usuários e, consequentemente, sua socialização. 
b) Permite a fácil interação entre pessoas surdas, mesmo que tenham diferentes nacionalidades, já que é a mesma 
em todo o mundo. 
c) Mantém as mesmas características da língua de sinais francesa, da qual se originou, e isso facilita a interação 
entre pessoas com deficiência auditiva de um em outro país. 
d) Diferencia-se em expressões de uma para outra região, o que dificulta a socialização de um brasileiro com 
deficiência auditiva em região do país que não seja a sua. 
e) Como as demais línguas de sinais do mundo, sofre influências culturais de seu país e de sua região, e 
isso é um traço positivo para a interação mais original de seu usuário no contexto social. 
Alternativa correta: Letra E 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto sobre língua, diversidade e pluralidade linguística e 
cultural (Unidades 3 e 4). 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica do texto, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Dessa forma, a letra E responde corretamente a referida análise. 
 
Leia os textos baixo para responder a 3º questão. 
 
Texto I 
 
Antigamente 
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de 
cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem 
tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. 
Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem 
escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart 
calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas 
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo 
que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de 
topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o 
arco. 
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento). 
 
 
 
 
 
 
 
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SOCIOLINGUÍSTICA PROFESSOR (A): VLÁDIA MEDEIROS 
 
 
Texto II 
Expressão Significado 
Cair nos braços de Morfeu Dormir 
Debicar Zombar, ridicularizar 
Tunda Surra 
Mangar Escarnecer, caçoar 
Tugir Murmurar 
Liró Bem-vestido 
Copo d'água Lanche oferecido pelos amigos 
Convescote Piquenique 
Treteiro de topete Tratante atrevido 
Abrir o arco Fugir 
Bilontra Velhaco 
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado). 
 
3. (Enem – adaptado) Na leitura do fragmento do texto “Antigamente” constata-se, pelo emprego de palavras 
obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno 
revela que: 
 
a) A língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano. 
b) O português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu. 
c) A heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal. 
d) O português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. 
e) O léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada. 
Alternativa correta: Letra E 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto das variedades linguísticas, assim como a língua 
padrão e, sobretudo as transformações da língua (Unidades 3 e 4). 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica dos textos, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Dessa forma, a letra E responde corretamente, já que o texto de Carlos Drummond de Andrade 
apresenta exemplos de palavras ou expressões que caíramem desuso, o que comprova o dinamismo da língua e as 
variações sofridas ao longo do tempo. 
 
4. Leia o texto. 
 
A revista TPM nº 40 (p. 58) convidou a atriz Alinne Moraes para servir de guia aos jornalistas paulistanos “nas 
areias escaldantes das praias cariocas”. Como diz o texto, Alinne, “pra virar uma carioca autêntica, só falta 
deixar de chamar padaria de padoca”. 
Vejamos um dos passeios que a atriz recomenda a quem vai ao Rio de Janeiro: 
“Mesmo sendo longe da minha casa, sempre que posso vou ao Cine Odeon, no Centro, para uma sessão de 
cinema. Lá, tudo é especial: a pipoca parece mais caseira, o cinema tem cara de cinema, as poltronas são 
fofinhas, tudo com aquele glamour que só as coisas antigas têm. 
Se você estiver com fome antes ou depois da sessão, aproveite que lá dentro tem uma filial do “Ateliê 
Culinário”, um dos meus restaurantes prediletos. Peça uma das quiches com salada. Se estiver frio, vá de 
chocolate quente. Coisas simples que, lá, são super bem-feitas. 
Por que o Odeon é meu cinema preferido? Sabe quando a gente sente saudades do que você não viveu? 
 
 
 
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SOCIOLINGUÍSTICA PROFESSOR (A): VLÁDIA MEDEIROS 
 
É meio isso: lá eu tenho essa sensação. Gosto de coisas que me remetem ao passado. Sou um pouco assim 
com tudo.” 
 
A linguagem é uma espécie de carteira de identidade, dando informações a respeito do falante. Levando isso 
em conta, podemos concluir que: 
 
a) No trecho “pra virar uma carioca autêntica, só falta deixar de chamar padaria de padoca”, a revista não deixa 
implícito que a linguagem é um fator de identidade regional. 
b) O termo “glamour” aparece destacado no texto por ser uma palavra desconhecida da maioria das pessoas. 
c) A linguagem empregada no texto tem marcas de informalidade típicas da oralidade, como se nota na 
passagem “é meio isso”. 
d) O trecho “Por que o Odeon é meu cinema preferido?” não permite dizer que o texto apresenta características do 
diálogo, isto é, da conversa. 
e) Ao sugerir que um carioca autêntico não diz “padoca”, a revista manifesta preconceito linguístico contra os 
paulistas. 
Alternativa correta: Letra C 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto das definições sobre língua e linguagem e, sobretudo 
as transformações da língua (Unidades 1 e 2). 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica do texto, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Dessa forma, a letra C responde corretamente a referida análise, já que, a passagem “é meio 
isso” é típica de situações informais de comunicação oral, em que não há maior rigor nem planejamento. 
 
5. Analise o texto abaixo. 
 
“Roráima” ou “Rorâima”, como você preferir. É que, segundo os linguistas, as regras fônicas de uma palavra 
são regidas pela língua falada. Portanto, não há certo ou errado. Há apenas a maneira como as pessoas falam. 
O que se observa na língua portuguesa falada no Brasil é que sílabas tônicas que vêm antes de consoantes 
nasalizadas (como “m” ou “n”) também se nasalizam (aperte o seu nariz e repita a palavra cama. Sentiu os 
ossinhos vibrarem? É a tal nasalização). Por isso, a gente diz “cãma” –– o “ca” é a sílaba tônica e o “m” é 
nasalizado. Se a sílaba que vier antes dessa mesma consoante não for uma sílaba tônica, a pronúncia passa a 
ser opcional: você escolhe –– “bánana” ou “bãnana”. 
No caso de Roraima, a sílaba problemática (“ra”) é tônica e vem antes do “m”. Mas aí entra em cena o “i”, que 
acaba com qualquer regra. A mesma coisa acontece com o nome próprio Jaime: tem gente que nasaliza, tem 
gente que não. Então, fique tranquilo: se você sempre falou “Rorâima”, siga em frente –– ninguém pode 
corrigi-lo por isso. No máximo, você vai pagar de turista se resolver dar umas voltas por lá –– os moradores 
do estado, não adianta, são unânimes em falar “Roráima”. 
 
Disponível em: <http://super.abril.com.br/revista/255/materia_revista_293629.shtml?pagina=1>. Acesso em: 12 
ago. 2011 (com adaptações) 
 
A leitura do texto nos remete à discussão sobre a pronúncia em português de palavras externas à nossa 
língua (Roraima tem origem indígena). Para Mattoso Câmara Jr, a nasalização da pronúncia é um processo 
previsível na língua e definido como assimilação, ou seja, a extensão de um ou vários movimentos 
articulatórios além de seus domínios originários. É o caso de uma sílaba oral que se determina pela 
assimilação da sílaba nasal seguinte. 
 
A partir das informações apresentadas, avalie as afirmações que se seguem: 
 
I. A palavra Roraima manteve-se inalterada na pronúncia ao ser usada no português e apresenta a sua forma 
original (indígena) ao ser falada em nossa língua. 
II. A palavra Roraima sofre alteração da pronúncia em razão de um processo de assimilação regressiva em 
que a sílaba posterior contamina de nasalidade a anterior, como em cama, lama, banana no português. 
 
 
 
 
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SOCIOLINGUÍSTICA PROFESSOR (A): VLÁDIA MEDEIROS 
 
 
 
III. A palavra Roraima, em decorrência da etimologia, assume dupla possibilidade de pronúncia por motivos 
parecidos com o de outras palavras estrangeiras que ingressam no português. 
IV. A palavra Roraima é um substantivo próprio e, de acordo com a gramática, deve ser pronunciada 
exatamente igual à sua pronúncia na língua de origem. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
 
a) I. 
b) II. 
c) IV. 
d) I e III. 
e) II e III. 
Alternativa correta: Letra E 
Identificação de conteúdo: Unidades 3 e 4. 
Comentário: A variação fonológica do português brasileiro, assim como o ensino da língua e reflexões sobre língua 
oral e língua escrita, foram as temáticas abordadas pela referida questão, que com base no contexto explicitado sobre 
o tema, solicitava a análise das afirmações e a letra que contivesse as afirmativas corretas equivalentes ao mesmo 
fenômeno sociolinguístico explorado pelo mesmo. Dessa forma, a alternativa que responde corretamente é a letra E. 
 
6. O trecho é parte da transcrição de uma entrevista oral, concedida por uma senhora de 84 anos, moradora 
de Barra Longa (MG). Pertence ao corpus de uma pesquisa realizada na cidade, envolvendo pessoas idosas 
com pouca ou nenhuma escolaridade e que não habitaram outros lugares. A entrevistada fala sobre a 
existência da figura folclórica do lobisomem: 
 
é... eu veju contá qui u... a mulher tava isfreganu ropa.... i quanu ea istendeu ropa nu secadô veiu um 
leitãozim... i pegô a fuçá a ropa dela... ea foi... cua mão chuja di sabão ea deu um tapa assim nu... nu... nu... nu 
fucim du leitão... u leitão sumiu.... quanu ea veiu i chegô dentru di casa... ea tinha dexadu u mininu nu berçu... 
quanu ea chegô u mininu tava choranu... eli tava cua marca di sabão. 
 
[Obs. Nessa transcrição, as reticências indicam pausas] 
 
(Adaptado de E. T. R. Amaral. “A transcrição das fitas: abordagem preliminar”) 
 
Quanto aos aspectos fônicos e seu estatuto sociolinguístico, é correto afirmar que o falar da senhora 
entrevistada: 
 
a) Apresenta processos característicos das variedades urbanas cultas – como o apagamento de segmentos em 
leitãozim e ea. 
b) É inovadora quanto à redução do ditongo /ow/ – chegô, pegô, ropa –, pois esse processo emerge na língua a 
partir da segunda metade da década de 1980. 
c) Concentra traços de arcaísmo linguístico condicionados pela idade avançada da senhora – como a nasalização 
da vogal tônica sucedida por consoante nasal (quanu, isfreganu). 
d) Registra alterações presentes em distintas variedades do português do Brasil – como a harmonização 
vocálica em mininu – e uma alteração específica – a assimilação de ponto de articulação em chuja, 
frequentemente estigmatizada na língua. 
e) Exemplifica processos – como a supressãode segmentos em tava, contá e pegô – que são frequentes em 
localidades rurais isoladas, mas raros nas variedades lingüísticas contemporâneas de outras localidades do 
Brasil. 
Alternativa correta: Letra D 
Identificação de conteúdo: Unidades 3 e 4. 
 
 
 
 
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Comentário: O tema abordado pela questão tratava sobre a variação fonológica do português brasileiro, assim como 
reflexões sobre língua oral e língua escrita e solicitava, a partir do contexto estabelecido pelo texto, a opção correta a 
respeito dos aspectos fônicos e seu estatuto sociolinguístico. Dessa forma, a alternativa que responde corretamente 
ao que foi solicitado é a letra D. 
 
 7. A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias 
finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim o conhecimento acerca das variedades 
linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas 
situações comunicativas. 
 
Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas 
empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao 
redigi-la, você: 
 
a) Fará uso da linguagem metafórica. 
b) Apresentará elementos não verbais. 
c) Utilizará o registro informal. 
d) Evidenciará a norma padrão. 
e) Fará uso de gírias. 
Alternativa correta: Letra D 
Identificação de conteúdo: A partir da leitura e análise crítica do texto, fazendo as devidas interseções com os 
pressupostos da Heterogeneidade da Língua, (Unidade 4), a questão solicitava a alternativa que apresentasse a 
referida concepção. 
Comentário: Portanto, a alternativa correta é a letra D, já que explicita a perspectiva da relação do texto e sua 
construção de sentido. 
 
8. Leia o texto. 
 
A língua está viva – Ivana Traversim 
Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer dizer que 
vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais não podemos passar, mas existem também 
as preferências de determinado autor – regras que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece 
alguém querendo fazer dessas escolhas uma regra. 
Geralmente são os que não estão bem inteirados da língua e buscam soluções rápidas nos guias práticos de 
redação. Nada contra. O problema é julgar inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, 
esquecendo-se de que eles estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a 
explicação dos fundamentos da língua portuguesa. 
Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática, você tem plenas condições de escrever um bom texto. 
Mas, antes de se aventurar, considere quem vai ler o que você escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da 
empresa ou a turma da balada? As linguagens são diferentes. 
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares, em todos os momentos 
do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar no ícone – mais que expressões – são 
maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se. 
(Você S/A, jun. 2003.) 
 
A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de que: 
 
a) A gramática permite que as regras se tornem opcionais. 
b) É possível buscar soluções práticas na hora de escrever. 
c) Os manuais de redação são práticos para criar ideias. 
d) A língua se manifesta em variados contextos e situações. 
 
 
 
 
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e) As regras gramaticais podem transformar-se em exceções. 
Alternativa correta:Letra D 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto das definições sobre língua e linguagem e, sobretudo 
as transformações da língua (Unidades 1 e 2). 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica do texto, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Dessa forma, a letra D responde corretamente a referida análise. 
 
 
9. Leia o texto. 
 
 ANTIGAMENTE, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não 
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes 
pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio 
era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para 
tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com 
quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em 
canoa furada. Encontravam alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às de vila-diogo. Os mais 
idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar fresca; e também tomavam cautela de não apanhar 
sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas de alteia. 
Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas, e até em 
calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água. 
(http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond07.htm) 
 
A partir da leitura do texto acima, infere-se que a variação linguística mais nítida é: 
 
a) Social. 
b) Temporal. 
c) Etária. 
d) Geográfica. 
e) Cultural. 
Alternativa correta: Letra B 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto das variedades linguísticas, assim como a língua 
padrão e, sobretudo as transformações da língua (Unidades 3 e 4). 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica do texto, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Assim, a letra B responde corretamente à variação linguística mais nítida. 
 
10. Leia o texto e reflita: 
 
Língua do Brasil 
 
 Sabe aquela história de que falamos português? Pois bem, segundo o linguista Nicolau Leite, 
professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e mais conhecido pelo seu pseudônimo literário, 
Nic Tupan’na, aquilo não passa de nhenhenhém. Como nossa língua pode ser portuguesa se ela é formada 
por 30000 vocábulos indígenas e mais de 3000 palavras trazidas pelos escravos africanos do tronco banto, 
diz. Nhenhenhém, por exemplo, é uma palavra do nheengatu-tupi, a língua falada no Brasil até o século XVIII, 
quando Portugal proibiu sua utilização. Nheem designa o ato de falar, “nhenhenhém” é falatório inútil, sem 
sentido. Tupan’na, que quer dizer “alma de trovão”, acha que nosso idioma é mesmo o brasileiro e que é 
absurdo tentar unificar as línguas com normatizações. “O português, no fundo, foi só a casa de fundação da 
nossa língua, que recebeu e continua recebendo influências de todos os lados”, afirma. 
 
 A partir das ideias do texto, não podemos concluir que: 
 
 
 
 
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a) Embora os portugueses impusessem a sua língua na nova terra “descoberta”, nós, brasileiros, recebemos várias 
influências lingüísticas. 
b) A língua portuguesa foi imposta no Brasil, proibindo terminantemente a utilização do Tupi. 
c) A língua portuguesa recebeu influência africana. 
d) Os habitantes, na época da colonização, não tinham idioma, por isso houve o processo de catequização. 
e) O linguista levanta questionamento sobre a língua portuguesa como idioma oficial no Brasil. 
Alternativa correta: Letra D 
Identificação de conteúdo: A questão apresentava o contexto das definições sobre língua e linguagem e, sobretudoas transformações da língua (Unidades 1 e 2). 
Comentário: Solicitava, a partir da leitura e análise crítica do texto, a alternativa que contempla de forma correta a 
referida solicitação. Dessa forma, a letra D responde corretamente a referida análise.

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