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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
1 
QUESTÕES PARA BRINCAR – XVI EXAME DE ORDEM 
 
DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL 
 
01. Márcia, visando receber pensão por morte, apresentou declaração falsa com 
assinatura atribuída a Rafael, servidor público do Banco do Brasil, reconhecendo 
a existência de união estável entre ambos, perante o INSS. Com isso, passou a 
receber pensão por morte, como dependente do aludido funcionário público. Com 
base nas informações fornecidas acima, responda: 
a) Qual(is) crime(s) praticado(s) por Márcia? 
b) De quem é a competência para processar e julgar o delito em análise? 
Justifique suas respostas. 
 
02. Cristiano, casado com Suênia há oito anos, muda-se com ela para uma 
vizinhança no bairro X. Lá, conhece Fernanda. Esta, por sua vez, leva Bruna, 
durante uma semana inteira, para que Cristiano pratique com ela diversos atos 
libidinosos ao longo dessa semana, sempre agindo da mesma forma e nas 
mesmas condições de tempo e lugar. Ressalte-se que Bruna tem apenas 11 anos 
e que Fernanda, levou a menor, sabendo do ocorrido, mas sempre saindo do local 
da prática delitiva. Clara, também vizinha, resolve levar o fato ao conhecimento 
da autoridade policial. Diante das informações, responda os itens a seguir, de 
forma fundamentada: 
I. É possível a caracterização de conduta típica em relação à Fernanda? Em caso 
positivo, qual (is)? 
II. Por qual crime Cristiano poderá ser responsabilizado? 
III. É possível a tipificação penal em desfavor de Suênia, mulher de Cristiano? 
 
03. Raul, maior e capaz, ingeria um suco na pastelaria do Beiçola, onde foi 
provocado por diversas vezes por Ronald, que o chamara de “corno cuscuz”. 
Logo em seguida a uma dessas ofensas, percebe que Ronald vai até o banheiro 
do estabelecimento, gritando e cantando o xingamento. Impelido por domínio de 
violenta emoção, pega um cordão que estava próximo à porta do estabelecimento 
e asfixia Ronald, que vem a óbito. Com base nas informações descritas acima, 
pergunta-se: 
a) Qual o crime praticado por Raul? 
b) Como será realizada a dosimetria da pena, caso Raul venha a ser condenado? 
 
04. A família Lopes resolveu sair de férias por uma semana num cruzeiro que iria 
percorrer o litoral brasileiro passando pelos Estado do Ceará, Rio Grande do Norte 
e Pernambuco. Florêncio, filho caçula da família, maior e capaz, sabendo que seu 
irmão Floriano, também maior e capaz, não sabia nadar e desejando a sua morte, 
assim que o navio ancorou no litoral Pernambucano, empurrou seu irmão para 
que este viesse a cair na água, antes do desembarque dos passageiro. Todavia, 
arrependido do ocorrido, mergulhou e o retirou Floriano do mar, antes que se 
afogasse. Ao ser socorrido e pela ingestão de muita água, Floriano ficou oito dias 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
2 
sem poder realizar as suas atividades normais. Com base nessas informações, 
qual(is) instituto(s) pode(m) ser alegado(s) em favor de Florêncio? 
 
05. Daniele, desempregada, resolve trabalhar no bar de Fátima, sua amiga, sem 
carteira assinada, como “bico” apenas para sustentar a sua família. Ocorre que 
ao longo do mês trabalhado, Fátima nada pagou pelos serviços prestados, tendo 
então, Daniele, resolvido pegar uma grade de cerveja e um espetinho de frango, 
exatamente o valor que Fátima estaria lhe devendo. Sabendo do ocorrido, 
Emerson, marido de Fátima, procura as autoridades policiais para relatar o fato, 
que prendem Daniele em fragrante pela prática de furto, nos termos do art. 155 do 
Código Penal. Diante das informações, pergunta-se: 
I. Estaria correta a tipificação dada pelas autoridades policiais? Fundamente nos 
dispositivos legais pertinentes ao caso concreto. 
 
06. Júlio e Cesar combinaram de praticar o crime de furto na residência de um ex-
patrão de Cesar, pois este estava viajando de férias e, portanto, a casa estaria 
vazia. Resolveram dividir as tarefas, onde Júlio aguardaria dentro do carro, dando 
cobertura à empreitada delitiva enquanto Cesar entraria na casa e recolheria todos 
os pertences de valor. No dia, hora e local combinados, Cesar entrou desarmado 
na casa e Júlio ficou no carro. Todavia, sem que eles tivessem conhecimento, 
dentro da residência estava uma das empregadas domésticas. Ao se deparar com 
ela, Cesar constatou que a mesma estava cochilando no sofá da sala, mas 
acordou ao ouvir o barulho da porta abrindo. Assim, Cesar, de livre e espontânea 
vontade, pegou o primeiro objeto pérfuro-cortante do local e anunciou o assalto, 
ocasião em que Danubia, empregada, tentou reagir, tendo Cesar desferido um 
golpe bem próximo ao coração, lesionando-a, gerando perigo de vida. Depois 
disso, subtraiu todos os bens que guarneciam a residência. Com base nessas 
informações, pergunta-se: 
a) Qual(is) crime(s) praticado(s) por Cesar? 
b) Qual(is) crime(s) praticado(s) por Júlio? 
Justifique suas respostas. 
 
07. Péricles, proprietário de um pequeno estabelecimento comercial em sua 
comunidade, emitiu duplicata que não corresponde às transações comerciais 
realizadas por ele. Todavia, não houve qualquer venda de mercadoria. Nesse 
contexto, qual crime poderá ser imputado a Péricles? 
 
08. Durante o festival da Cachaça, na cidade de Beta, Artur, maior e capaz, foi até 
a Boate Cachaça Tradicional para festejar junto com as pessoas que ali estavam. 
No recinto, conheceu Margarida, 21 anos, convidando-a para tomarem uma 
bebida. Enquanto conversavam, Artur colocou uma substância na bebida de 
Margarida, que a levou a perder os sentidos. Na sequência, conduziu Margaria, 
sem poder oferecer resistência, até seu carro, onde praticou com ela sexo anal. 
No dia seguinte, Margarida registrou o fato delituoso contra Artur na Delegacia de 
Polícia e adotou as medidas necessárias para responsabilizá-lo. Diante dessas 
informações, pergunta-se: 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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a) Qual o crime praticado por Artur? Justifique. 
b) Qual o tipo da ação penal correspondente a este crime? 
 
09. Francisco, auditor Fiscal Fazendário Estadual, exige do particular Matias, dois 
dias antes de iniciar efetivamente as suas atividades funcionais, o valor de R$ 
200.000,00, mediante alegação de que se o particular não atendesse a sua 
exigência ele cobraria os tributos estaduais devidos pela vítima em dobro, além 
de aplicar as multas acima do patamar previsto em lei. Matias, diante da exigência, 
resolve procurar as autoridades policiais. Nesse, caso, tipifique a conduta 
praticada por Francisco. 
 
10. O filho de “A” tem grave problema de saúde e precisa realizar custoso 
procedimento cirúrgico, que a família não tem condição de pagar. Ocorre que, “X” 
empresta R$ 50.000,00 a “A”, mas como garantia de tal dívida exige que “A”, de 
próprio punho e em documento escrito, confesse ter traído a própria esposa, bem 
como ter fraudado a empresa em que ambos trabalham, desviando recursos em 
proveito próprio. “A” cede à exigência a fim de obter o empréstimo. Com base nas 
informações, pergunta-se: 
a) Qual o crime praticado por “A”? 
b) qual o crime praticado por “X”? 
 
11. João, maior e capaz, imputou, de forma falsa e mentirosa, com dolo específico 
de prejudicar, perante o delegado de policia, a Fábio a conduta de confiar à guarda 
de pessoa inexperiente, animal perigoso. O delegado, acreditando nas palavras 
de João, iniciou investigação policial contra Fábio, averiguandoque tudo não 
passara de falsidade por parte de João. No caso concreto analisado, tipifique a 
conduta delituosa imputável a João. Fundamente a sua resposta. 
 
12. Pedroza, também chamado de “Vagão”, é conhecido na comunidade em que 
reside pela prática de diversas condutas criminosas, dentre elas, receptação, 
estelionato e falsificação de atestado médico. Ocorre que, no dia 13 de março de 
2015, visando ganhar um extra, modificou o numerário do chassi do veículo 
automotor. Todavia, um Policial que passava no local, suspeitando da conduta de 
Vagão, abordou o agente e, verificando a irregularidade, conduziu-o até a 
Delegacia de Polícia mais próxima. Diante das informações apresentadas, por 
qual delito a Autoridade Policial irá, se entender cabível, indiciar o agente? 
 
13. Leda, funcionária pública estadual, é responsável por administrar os recursos 
financeiros da repartição pública de onde trabalha. Com a ajuda de George, seu 
marido que não é funcionário público, mas ciente de toda a empreitada, falsifica 
notas fiscais simulando a realização de despesas que não foram realmente 
efetivadas e, a cada 15 (quinze) dias, insere cerca de 3 (três) notas fiscais que não 
existem (notas fiscais “frias”) na prestação de contas, desviando em proveito 
próprio cerca de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a cada quinzena. A ação é reiterada e 
prolonga-se por cerca de 12 meses. Então, surge na repartição a notícia de que 
uma rigorosa comissão de auditoria financeira visitará todos os órgãos públicos, 
 
 
 
 
 
 
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a fim de identificar possíveis desvios. Com base nas informações descritas acima, 
pergunta-se: 
a) Qual(is) crime(s) foi(ram) praticado(s) por Leda e seu marido George? 
b) Caso Leda e George, temendo que suas condutas fossem descobertas, 
devolvessem integralmente o dinheiro ao caixa público, inclusive considerando a 
correção monetária, retificando toda a contabilidade, mas a auditoria conseguisse 
comprovar a ocorrência dos ilícitos acarretaria a aplicação de qual instituto 
jurídico benéfico aos agentes? 
Justifique todas as suas respostas. 
 
14. Larissa, jovem de 23 anos, furtou veículo automotor de uma concessionária, 
entretanto, após a consumação do delito, percebeu que não havia lugar onde 
guardá-lo antes de vender para a pessoa que o encomendara. Assim, resolve ligar 
para um grande amigo seu, Henri, contando-lhe a empreitada criminosa, pedindo, 
entretanto, que Henri guardasse o veículo na garagem da sua casa. Henri aceitou 
ajudá-la pois gostava muito de Larissa. Ao amanhecer, Larissa partiu com o 
veículo, que seria levado para o comprador. Com base apenas nos fatos narrados, 
tipifique, caso seja possível, a conduta praticada por Henri. 
 
15. Fernando encontra-se com Pedro, seu melhor amigo, informando o desejo de 
subtrair os objetos deixados na casa de Kátia. Durante a conversa, Fernando 
informa que ainda não realizou a subtração por não possuir um local para guardar 
os objetos, pedindo ajuda a Pedro para realizar a conduta. Pedro, então, querendo 
ajudar, diz a Fernando que pode ocultar os objetos, informando ainda que possui 
interesse em receber parte dos objetos oriundos do furto em troca, mas que não 
iria participar do delito pretendido. Fernando, então, pratica o crime e leva os 
objetos subtraídos para Pedro que os oculta, retirando parte desses objetos para 
si, sabendo que eles são produtos de crime, em um alojamento desativado. 
Tomando por base exclusivamente os fatos acima narrados, pergunta-se: 
I. Qual o crime cometido por Pedro? 
Fundamente a sua resposta. 
 
16. No dia 19 de março de 2013, José foi a um estádio de futebol para assistir ao 
jogo do seu time de coração. Chegando lá, encontrou Mário, seu desafeto de 
longas datas. Após o término do jogo, José aproveitou a oportunidade para matar 
Mário. Assim, ao sair do estádio de futebol foi a procura do seu desafeto munido 
de uma barra de ferro e, ao encontrá-lo, desferiu 3 golpes (com animus necandi) 
contra o mesmo, que veio a falecer ainda no local. Todo o ocorrido foi presenciado 
por Maria e Júlia, que estavam passando naquela rua no momento do crime. Além 
disso, segundo outras testemunhas, José guardava várias anotações em um 
diário, no qual declarava que iria matar o seu desafeto. Por ser imprescindível 
para a investigação criminosa e havendo fundadas razões de que, de fato, José 
havia praticado o crime, a autoridade policial representou pela prisão temporária 
do indiciado, bem como pela busca e apreensão em seu domicílio, medidas que 
foram decretadas pelo juiz. Com a decretação da prisão e, munidos de mandado 
de busca e apreensão, policiais efetuaram a retirada de diversos documentos da 
 
 
 
 
 
 
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residência de José, encontrando-se dentre eles o diário mencionado pelas 
testemunhas. Antes mesmo do fim do prazo estabelecido em lei para a prisão 
temporária, todos os documentos probatórios já estavam em posse da autoridade 
policial competente, permanecendo o agente preso. Com base no caso em tela, 
responda as seguintes indagações: 
I. Qual a medida privativa de advogado é cabível para a restituição da liberdade 
de Jorge? 
II. Qual fundamento para a propositura de tal medida processual? 
 
17. José foi condenado pela prática de crime previsto no art. 157, §3º, parte final 
do Código Penal. Inconformado com a decisão, por meio de advogado, resolve 
ingressar com uma Apelação perante o Tribunal de Justiça competente. O 
Tribunal, por sua vez, em acórdão não unânime, não deu provimento ao recurso. 
O voto do Desembargador vencido, embora também opinando pela condenação, 
indicava a necessidade de redução da pena imposta. Como advogado de José, 
apresente o recurso cabível no intuito de combater o acórdão proferido pelo 
Tribunal, estabelecendo o prazo de interposição e a tese defensiva a ser 
apresentada. 
Fundamente a sua resposta. 
 
18. Roberval, denunciado por furto (art. 155 do CP), foi condenado à pena de 1 ano 
e 4 meses de reclusão, pena esta que foi substituída por restritiva de direitos, 
cujas condições deveriam ser impostas pelo juízo de execução. A sentença foi 
prolatada em 10/05/2008, transitando em julgado para ambas as partes em 
26/05/2008. Designada a audiência admonitória, Roberval não comparece embora 
regularmente intimado, motivo pelo qual, o juiz da execução revogou o benefício 
expedindo o mandado de prisão. A decisão foi proferida em 14/02/2009. Em 
26/05/2012, você é procurado por Roberval e sua esposa buscando a solução do 
caso. 
a) Diante da revogação da P.R.D em 14/02/2009, o que pode ser requerido em favor 
de Roberval? 
b) Qual a via a ser utilizada e o órgão jurisdicional competente? 
c) Em caso de negativa qual o recurso ou medida cabível? 
Fundamente todas as suas respostas. 
 
19. Mévio, comerciante na cidade de Criciúma, nunca gostou de Tício visto que 
este foi o grande amor da vida de sua esposa. No dia 14/03/2006, após a morte de 
sua esposa, que morreu de infarto fulminante após uma calorosa discussão com 
seu marido por ciúmes deste por Tício, revoltado, Mévio se dirigiu a praça onde 
Tício, pastor, estava realizando uma reunião religiosa e efetuou disparos de arma 
de fogo em sua direção, matando-o. Mévio foi denunciado em 03/03/2007 e 
pronunciado no dia 06/05/2008. Tendo comparecido regularmente aos atos de 
instrução da primeira fase do procedimento. 
Expedido mandado de intimação da decisão de pronúncia, o oficialde justiça não 
logrou êxito no seu cumprimento, motivo pelo qual o juízo da vara criminal 
competente para os crimes dolosos contra a vida determinou a sua intimação por 
 
 
 
 
 
 
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edital. Em dezembro de 2008, o juízo determinou fosse Mévio novamente intimado 
e não tendo o sido o mesmo encontrado decretou a sua revelia, designando dia e 
hora para julgamento. 
a) É possível que o réu seja processado e/ou julgado à revelia perante o Tribunal 
do Júri? 
b) Caso seja positiva a resposta ao item anterior, poderão as partes fazer alusão 
à ausência do réu em plenário? 
c) Suponha que uma importante testemunha visual dos fatos, arrolada pela defesa 
de Mévio, não compareça na data designada para sessão de julgamento. Que 
providência deve tomar o juiz? 
 
20. David foi denunciado pela prática do crime de furto, descrito no art. 155, caput 
do Código Penal, pois teria furtado a bicicleta que estava na casa de Daniele. Ao 
longo da instrução, verificou-se que os fatos narrados na denúncia não 
correspondiam àquilo que efetivamente teria ocorrido, razão pela qual, ao final da 
instrução probatória e, após a respectiva apresentação de memoriais pelas 
partes, apurou-se que a conduta típica adequada seria a descrita no art. 157, caput 
do Código, pois David, ao realizar a subtração da bicicleta, teria empregado 
violência e grave ameaça com relação à Daniele. O magistrado, verificando a nova 
definição jurídica do fato, fez remessa dos autos ao Ministério Público. Nesse 
sentido, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir: 
I. Qual o instituto jurídico a ser aplicado no caso concreto? 
II. É possível que o Tribunal de Justiça, ao analisar recurso de apelação, aplique 
o instituto narrado? 
 
21. Marco foi preso em flagrante delito pelo crime previsto no art. 1º da Lei 
9.613/98, com redação dada pela Lei 12.683/12. Depois da apuração, foi verificado, 
na realidade, que o crime ocorrido foi o de apropriação indébita previdenciária, 
previsto no art. 171, §3º do Código Penal. Ainda assim, o Ministério Público 
Federal ajuizou, na vara especializada de crimes de Lavagem de Dinheiro, 
denúncia em desfavor de Marco tipificando a conduta pelo crime previsto no art. 
1º da Lei 9.613/98. O Juiz da vara especializada recebeu a denúncia verificando os 
requisitos constantes no art. 41 do Código de Processo Penal. Diante da 
casuística apresentada, como advogado de Marco, qual seria a tese de defesa que 
poderia ser arguida em sede de resposta à acusação no intuito de corrigir a 
tipificação imposta de maneira incorreta? Justifique a sua resposta. 
 
22. Em 14 de setembro de 2014, o Ministério Público denuncia Leco Antônio, 33 
anos, pela prática do delito previsto no art. 22, parágrafo único, da Lei 7.492/1986, 
por promover, sem autorização legal, saída de moeda para o exterior em 10 de 
dezembro de 2009. A denúncia é recebida em 21 de setembro de 2014. Na 
sentença, em 23 de setembro de 2017, o Magistrado condena Jonas a 02 anos de 
reclusão e 60 dias-multa no valor de 10 salários mínimos o dia-multa. Transitada 
em julgado a sentença para o Ministério Público, pois este se satisfez com a 
decisão. Diante das alegações, insatisfeito com a condenação, o advogado de 
Leco interpõe Recurso de Apelação tempestivamente. Pergunta-se: 
 
 
 
 
 
 
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I. O que deverá ser alegado em sede de Apelação no intuito de beneficiar o 
agente? 
II. Havendo recurso exclusivo da defesa, pode a situação do réu ser prejudicada? 
Fundamente suas respostas. 
 
23. Euclides e Antonino foram condenados pelo crime de estelionato a uma pena 
de 03 e 04 anos, respectivamente, nos moldes do art. 171, caput, do Código Penal. 
Ocorre que, durante a instrução probatória, o Ministério Público não foi intimado 
para a audiência que se realizou a oitiva das testemunhas de acusação. No dia da 
audiência, o próprio juiz iniciou a oitiva da testemunha Marcos, inquirindo-a nos 
moldes da acusação. Após a instrução probatória e realizado os interrogatórios 
dos acusados, foi aberto o prazo para alegações finais e, posteriormente, proferiu 
o juiz sentença condenatória nos exatos termos da peça inicial. Apesar de 
intimado da referida sentença, o advogado que acompanhou o caso não se 
manifestou, precluindo, assim, o prazo recursal. Inconformados com a decisão, 
Euclides e Antonino, que também já haviam sido intimados e, confiantes na 
correta atuação do advogado, não indicaram, na ocasião, sua vontade pessoal em 
recorrer, procuram você. Diante das informações, pergunta-se: 
I. É possível o ingresso de algum recurso no intuito de beneficiar os acusados? 
Justifique sua resposta de acordo com os dispositivos legais pertinentes 
aplicáveis ao caso. 
 
24. Henrique decide pegar a estrada no intuito de voltar ao Recife, sua cidade 
natal. Assim, juntamente com a sua mulher e seus dois filhos vão rumo à cidade. 
Ao passar por uma fiscalização de rotina em Maceió, Estado de Alagoas, Henrique 
é parado, ocasião em que apresenta o documento do carro e a carteira de 
motorista, sendo constatado pelo Policial Rodoviário Federal que a carteira estava 
vencida fazia mais de 30 dias. Em virtude da infração administrativa e de sua 
mulher não possuir Carteira Nacional de Habilitação, Henrique resolve oferecer 
vantagem indevida no intuito do Policial deixa-lo ir embora. Diante disso, Herbert, 
Policial Rodoviário Federal prende em flagrante Henrique pelo crime tipificado no 
art. 333 do Código Penal. Ao ser dada voz de prisão, Henrique se descontrola e 
começa xingar o agente, atingido a sua honra funcional. Em virtude disso, é 
levado à Delegacia de Plantão, tendo a autoridade competente autuado o flagrante 
pelos crimes de Corrupção Ativa e Desacato, conforme previsão nos artigos 333 
e 331, respectivamente, ambos do Código Penal. Diante das informações, qual o 
órgão competente para o processamento e julgamento do feito? Fundamente a 
sua resposta. 
 
25. O Defensor Público José Antônio impetra habeas corpus em favor de Daniel 
Vieira, que foi denunciado pela suposta prática do delito de homicídio qualificado, 
nos moldes do art. 121, §2º, I e II do Código Penal. Alega o impetrante que o 
paciente estaria sofrendo injusto constrangimento por não estar sendo 
observado, durante a instrução, o princípio do devido processo legal. A ordem foi 
denegada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande 
 
 
 
 
 
 
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do Sul, por maioria de votos (1 voto vencido). Diante das informações, pergunta-
se: 
I. No caso em tela, qual o recurso cabível? 
II. Qual o órgão do Poder Judiciário competente para julgar essa impugnação 
recursal? 
Fundamente as suas respostas. 
 
26. Carolina foi denunciada pela prática de crime previsto no art. 121, §2º, II do 
Código Penal. Pronunciada na primeira fase do júri, o seu processo foi preparado 
para inclusão na pauta de julgamento. Perante o conselho de sentença, os jurados 
proferiram veredicto no sentido de que Carolina não tinha a intenção de matar. 
Nesse caso, qual o procedimento que deverá adotar o Juiz Presidente? 
Fundamente a sua resposta. 
 
27. Jorge foi preso em flagrante por exigir da vítima, mediante grave ameaça, a 
quantia de R$60,00, e acabou sendo denunciado, em razão da conduta 
anteriormente descrita, como incursono art. 158 do CP. Após a instrução criminal, 
quando as provas colhidas denotaram que houve, em verdade, a subtração 
daquele valor, sem que qualquer medida fosse adotada por parte da acusação ou 
do juízo, Jorge foi condenado, tendo a sentença reclassificado a infração para 
aquela do art. 157 do CP. Qual o recurso e teses defensivas cabíveis? 
 
28. Tício foi denunciado pela prática de homicídio qualificado pelo motivo torpe 
(art. 121, § 2º, inc. I do Código Penal). A denúncia foi recebida e, no decorrer da 
instrução processual, a defesa requereu exame de insanidade mental do acusado 
(art. 149 e seguintes do Código de Processo Penal). Ao final do referido incidente, 
restou devidamente comprovado que Tício, ao tempo da ação, em razão de 
doença mental, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar- se de acordo com esse entendimento. Nos debates, a defesa 
apresentou como única tese defensiva a inimputabilidade de Tício. Lastreado em 
tal premissa, responda a seguinte indagação: 
I. Qual decisão deverá ser proferida pelo juiz ao final da primeira fase do 
procedimento do júri? 
II. Qual o recurso cabível e o prazo para sua interposição e razões? 
Fundamente as suas respostas nos dispositivos legais pertinentes 
 
29. Luiz Neto, sabendo da prática habitual de crimes contra o patrimônio 
perpetrados por Barros de Souza, bem como de seu costume exibicionista de 
filmar e fotografar suas peripécias criminosas, adentrou na casa de Barros de 
Souza, escondido, dali subtraindo diversas fotografias de furtos e roubos. De 
posse do material incriminador, Luiz Neto passou a exigir dinheiro de Barros de 
Souza, sob a ameaça de entregar os materiais ao Ministério Público. Recusada a 
exigência, as fotos foram entregues ao promotor de justiça que, de imediato, 
requisitou a instauração de inquérito policial. Barros de Souza impetrou, então, 
antes mesmo de iniciado o inquérito policial, habeas corpus requerendo o 
trancamento do procedimento administrativo. Diante das informações, como 
 
 
 
 
 
 
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advogado de defesa de Barros de Souza, o que poderá ser alegado na ação 
autônoma de impugnação no intuito de defendê-lo e evitar que haja ameaça à 
liberdade do agente? 
 
30. Cristiano encontra-se em viagem no exterior, deixando procuração em nome 
de seu filho, Dante, de 23 anos, conferindo-lhe os poderes necessários para a 
solução de problemas emergenciais. Durante este período, Dante, na sua casa, 
com a intenção de fraudar a seguradora do veículo de seu pai, contacta dois 
conhecidos seus, José e Alexandre, o último com 17 anos de idade, pagando-lhes 
a quantia de R$1.000,00 (mil reais) para, sem que ninguém soubesse, dar um 
“sumiço” no automóvel, localizado na sua casa em Niterói. José e Alexandre 
aceitam o pagamento e, com isso, simulam o arrombamento do portão da 
residência de Dante, fugindo com o referido veículo. Entretanto, já em Maricá, 
policiais militares, desconfiando dos motoristas, determinam que eles parem com 
o carro, o que, numa tentativa de fuga, acaba culminando num acidente que 
danifica gravemente o veículo, e a prisão de José e Alexandre. Autuados em 
flagrante, utilizam-se ambos do direito de permanecer em silêncio, sendo o 
flagrante distribuído para o Juízo daquela Comarca (Maricá), que tomou ciência 
do flagrante. Enquanto isso, sem nada saber dos acontecimentos, comparece 
Dante à Delegacia Policial, em Niterói, informando o “furto” do veículo e 
requerendo a instauração de inquérito, para, com a cópia do respectivo Registro 
de Ocorrência, “acionar” a seguradora. Pergunta-se: 
I. Analisando a hipótese, qual (is) o (s) foro (s) e juízo (s) competente (s) para 
processo e julgamento, e quais os critérios para determinação da competência? 
II. Agiram corretamente o Delegado e o Juiz de Maricá ao autuar e receber o 
flagrante em face de José e Alexandre 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE 
 
01. Astrogildo, penalmente responsável, ao dirigir seu veículo automotor, de placa 
ABC 1234, habilitado, em via pública, atropelou Raul, que estava atravessando na 
faixa de pedestre. Astrogildo, todavia, com medo de represálias, apesar de não ter 
ninguém na localidade, afasta-se do local do acidente para fugir de 
responsabilidade penal ou civil, deixando de prestar socorro a Raul que vem a 
óbito. Com base nas informações fornecidas na questão, qual (is) a(s) tipificação 
(ões) penal(is) que poderá(ão) ser imposta(s) a Astrogildo? Justifique sua 
resposta. 
 
02. João, agente penitenciário concursado do Complexo Penitenciário de Alfa, no 
Estado de Beta, submeteu alguns presos a intenso sofrimento físico, no intuito de 
obter dos reclusos a informação de quem estaria entrando com droga na 
localidade, através de condutas não previstas em lei. Em virtude do sofrimentos, 
dois dos detentos faleceram e um deles sofreu lesão corporal de natureza leve. 
Paulo, diretor do estabelecimento, tomou ciência da prática de João, mas se 
omitiu de apurar o fato. Apenas com base nas informações acima, responda: 
a) Qual(is) o(s) crime(s) João praticou? 
 
 
 
 
 
 
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b) Paulo incorreu em algum crime? Em caso afirmativo, tipifique a sua conduta. 
Justifique todas as suas respostas. 
 
03. Luan, assustado com a violência na localidade onde reside, decide levar em 
sua cintura um simulacro de arma de fogo. Ocorre que, quando estava saindo para 
o seu trabalho, no coletivo público, foi abordado por policiais que apreenderam o 
referido simulacro e efetuaram a prisão de Luan em flagrante. Apenas com base 
nas informações acima responda: 
a) Qual(is) crime(s) Luan incorreu? 
b) A prisão foi legal? Na qualidade de advogado de Luan, qual a medida privativa 
de advogado que pode ser intentada no intuito de restituir a liberdade do seu 
cliente? 
Justifique suas respostas. 
 
04. Mateus, morador da comunidade “X”, conhecida pelo comércio ilegal de 
substâncias entorpecentes, objetivando mudar de vida, resolveu pedir emprego a 
“Goiaba”, responsável pelo referido comércio. Este, por sua vez, devido às 
constantes ações policiais no local, contratou Mateus para soltar rojões quando 
os policiais chegassem à entrada da comunidade, no intuito deste colaborar com 
o grupo, o que aconteceu por algumas vezes. Com base exclusivamente nessas 
informações, responda: 
a) Qual o crime praticado por Mateus? 
b) Na hipótese de Mateus ser regularmente processado e condenado a uma pena 
de 02 anos de reclusão, é possível a aplicação de algum instituto no intuito de 
beneficiá-lo? 
Justifique suas respostas. 
 
05. Marvim, prefeito do Município de Terranova, deixou de prestar contas anuais, 
no tempo devido, ao Órgão Competente, da aplicação dos recursos advindos do 
Estado de Ômega, para a construção de uma ponte que liga o município a cidade 
vizinha. Diante das informações fornecidas, pergunta-se: 
a) Qual o crime praticado por Marvim? 
b) Qual Órgão do Poder Judiciário é competente para processar e julgar Marvim? 
c) Após a extinção do mandato, é possível Marvim continuar sendo sujeito do 
crime em análise? 
Justifique suas respostas. 
 
06. Marcelo, funcionário público, ao realizar a fiscalização de determinado 
estabelecimento comercial, exige vantagem indevida no intuito de deixar de 
cobrar o tributo devido pela referida empresa. Diante das informações, pergunta-
se: 
I. A qual delito corresponde o fato narrado? 
II. Caso a vantagem advindade cobrança de tributo que Marcelo sabia não ser 
devida for desviada para proveito deste, é possível a imputação de algum delito? 
 
 
 
 
 
 
 
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07. Álvaro, maior e capaz, caminhando em via pública, ao ver que dois policiais se 
aproximavam evadiu-se claramente assustado, gerando desconfiança nos 
referidos policiais que empreenderam perseguição e abordaram o agente. Ao 
revistar Álvaro, os policiais encontraram 10 “dolas” de maconha, uma quantidade 
expressiva de dinheiro trocado, “seda” e três carteiras de estudantes de pessoas 
diversas. Álvaro foi conduzido pelos policiais à delegacia (24/7), onde foi lavrado 
o auto de prisão em flagrante. Diante dos fatos narrados, responda 
fundamentadamente: 
I- Qual(ais) a(s) possível(eis) tipificação(ões) da(s) conduta(s) praticada(s) por 
Álvaro? 
II – Qual o procedimento a ser adotado pelo delegado, neste caso? 
 
08. Júnior, a fim de dificultar eventual investigação, depositou vários cheques de 
terceiros, recebidos como produto do crime de concussão do qual participou, em 
contas-correntes de três empresas de sua propriedade, com o objetivo de ocultar 
a origem dos valores provenientes aos quais esperava ter acesso. Diante das 
informações, tipifique, caso seja possível, a conduta praticada por Júnior, 
fundamentando nos dispositivos legais pertinentes ao caso. 
 
09. O acórdão que condenou Valdemar à pena de seis anos de reclusão, em regime 
fechado, por ser o agente reincidente, pela prática do crime de roubo, transitou 
em julgado. Iniciada a execução penal, o condenado passou a frequentar curso 
de ensino formal e, cumprido mais de um sexto da pena, o defensor de Valdemar 
requereu a progressão da pena para o regime aberto. O juiz da execução penal 
indeferiu o pedido. Diante das informações referentes ao caso concreto, pergunta-
se: 
I. Qual o recurso cabível da decisão do juiz que indeferiu o requerimento da 
defesa? 
II. A decisão do juiz foi correta? 
Fundamente as suas respostas. 
 
10. Ricardo é acusado da prática de crime contra o sistema financeiro e, para as 
investigações, considerou-se imprescindível a custódia do mesmo, visto haver 
fundadas razões de participação na conduta delituosa. Diante das informações, 
pergunta-se: 
I. É possível ao delegado promover alguma medida com a finalidade de alcançar 
a custódia cautelar do indiciado? Em caso afirmativo, qual? 
II. Quem poderá decretar a medida pleiteada? Há algum requisito prévio além da 
representação da autoridade policial? Qual o prazo de duração? 
 
11. No curso de um inquérito policial, Arthur Delegado de Polícia Federal, 
determinou a interceptação telefônica de Flávio, suposto integrante de uma 
associação criminosa que atua no Estado Alfa introduzindo no país produtos 
anabólicos proibidos de comercialização. Durante duas semanas Arthur 
acompanha as ligações de Flávio e descobre que no dia 03 de agosto de 2014 
chegará uma nova carga de tais produtos. De posse de todas as informações do 
 
 
 
 
 
 
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local onde o produto será descarregado, informações estas obtidas em 
decorrência da referida interceptação telefônica, Arthur diligência no local. Lá 
chegando, permanece operacional e em campana próximo de um galpão, 
aguardando a chegada do caminhão. No momento em que Flávio e seus 
comparsas estão fazendo a conferência do carregamento, Arthur efetua a captura 
em flagrante dos agentes delituosos e procede a apreensão dos produtos. 
Tomando por base exclusivamente os fatos narrados, responda, de forma 
fundamentada: 
I. Pode o Delegado de Polícia determinar de ofício a interceptação telefônica? 
II. Os produtos apreendidos pelo Delegado de Polícia podem ser utilizados como 
provas materiais em um eventual processo criminal? 
 
12. Antônio, que mantém uma relação de natureza homoafetiva com José, 
inclusive com coabitação, durante discussão de natureza passional, agride o seu 
companheiro, produzindo equimoses nos braços e tórax da vítima, sem que a 
incapacitassem, contudo, para suas atividades habituais. Tomando por base a 
situação hipotética apresentada, responda: 
I. Qual a tipificação que poderá ser imputada à conduta de Antônio? 
II. Qual o tipo de ação cabível e o rito para o crime em análise? 
III. indique se ao caso concreto seriam aplicáveis as medidas protetivas da Lei 
11.340/2006. 
 
CASOS PRÁTICOS 
 
01. Jaime resolveu fazer uma surpresa pra sua mulher, Julieta, já que era o seu 
aniversário e, aproveitando a folga no trabalho, foi até a concessionária do seu 
amigo, Pedro, para comprar um carro e presentear a sua mulher. Após a escolha, 
verificou ter esquecido a carteira em casa, razão pela qual pediu ao seu amigo 
para levar o automóvel, comprometendo-se a passar no outro dia para efetuar o 
pagamento. Como Pedro conhecia Jaime há vários anos, não viu problemas e 
entregou o carro, tendo Jaime levado para casa, residência esta localizada no 
mesmo quarteirão da concessionária. No dia previsto, Jaime compareceu à 
concessionária de Pedro para finalizar a compra, levando consigo o seu cartão de 
débito, já que não estava com talão de cheque nem dinheiro para quitar a dívida. 
Todavia, o pagamento não foi realizado por falta de provisão de fundos. Ao ligar 
para o banco, Jaime foi informado que a sua mulher havia retirado uma quantia X, 
pois a conta era conjunta. Com isso, avisou a Pedro que iria ao banco resolver o 
problema, mas que passaria na concessionária para efetuar o pagamento do 
automóvel. Pedro, inconformado e acreditando ter sido vítima de fraude, informou 
o ocorrido ao representante do Ministério Público, o qual ofereceu denúncia 
contra Jaime pela prática de crime capitulado no art. 171, caput do Código Penal. 
Na exordial acusatória, consta que o acusado, com a intenção de prejudicar a 
vítima, obteve desta um automóvel por meio fraudulento, causando-lhe prejuízo. 
O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca Delta, Estado Alfa, amigo de infância do 
promotor, recebeu a inicial acusatória, ordenando a citação pessoal do acusado. 
Citado em 13 de abril de 2015 e muito surpreso com o processo, pois não tinha a 
intenção de obter nenhum tipo de vantagem, Jaime, que já havia quitado a sua 
dívida, resolveu buscar ajuda de um advogado. Em relação ao caso narrado, você, 
na condição de advogado (a) é procurado por Jaime. Com base somente nas 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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13 
informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto 
acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas 
pertinentes, datando do último dia do prazo. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
02. Mévio foi ameaçado de morte por Tício, tendo em vista que os dois sempre 
discutiam publicamente e se odiavamhá muitos anos. Mévio então passou a 
andar com uma faca, já que morava no mesmo bairro de Tício e tinha um grande 
receio de ser atacado a qualquer momento. Certo dia, por volta das 22h, quando 
Mévio estava chegando à sua residência, foi surpreendido por Tício, tendo este 
colocado uma das mãos em um bolso de sua calça. Neste exato momento, Mévio, 
imaginando que Tício iria lhe agredir, desferiu 5 facadas na barriga de Tício com 
a intenção de matá-lo, vindo este a morrer. Após a morte de Tício, Mévio verificou 
que o que existia no bolso deste era uma carta de desculpas, querendo selar a 
paz entre eles. Mévio foi regularmente processado pera a 2º Vara do Tribunal do 
Júri da Comarca de Delta do Estado Gama e, ao longo da instrução criminal, não 
houve testemunhas presenciais do delito comprovando ter sido o agente a 
praticá-lo. Finda a instrução probatória, e realizadas as alegações finais orais, o 
juiz pronunciou o agente, sendo o seu advogado intimado da decisão na própria 
audiência. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem 
ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para 
tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
 
 
 
 
 
 
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
03. Joana é professora de uma escola particular e sempre ministra as suas aulas 
utilizando-se de um computador portátil. Em um certo dia, um aluno seu veio tirar 
uma dúvida com ela, apresentando essa dúvida em um computador igual ao da 
professora. No final da aula, Joana acabou pegando o computador portátil do 
aluno pensando que era seu, levando-o para casa. O aluno Pablo, que era dono 
do computador, não percebeu que sua professora tinha pego por engano o seu 
computador, razão pela qual foi à autoridade policial competente informar o 
ocorrido. Joana foi denunciada pelo crime de furto, art. 155 caput, do Código 
Penal. A denúncia foi recebida em 10/01/2015, tendo o réu sido citado e 
apresentado resposta à acusação por intermédio de defensor público constituído, 
no prazo legal. No decorrer da instrução criminal, Joana alegou que não sabia que 
tinha subtraído um computador portátil de um de seus alunos, tendo em vista que 
ele era igual ao que usava ao ministrar suas aulas. Na fase processual prevista no 
art. 402 do Código de Processo Penal, as partes nada requereram. Em 
manifestação escrita, o Ministério Público pugnou pela condenação da ré nos 
exatos termos da denúncia, tendo Joana, então, constituído advogado, o qual foi 
intimado, em 04/03/2015, para apresentação da peça processual cabível. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, redija, na qualidade de 
advogado (a) constituído (a) por Joana, a peça processual pertinente, privativa de 
advogado, adequada à defesa de sua cliente, datando o documento no último dia 
do prazo para protocolo. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
04. Fernando foi denunciado pelo representante do Ministério Público pela prática 
de crime capitulado no art. 157, §3º, parte final do Código Penal, pois teria, no dia 
10 de fevereiro de 2006, subtraído, mediante violência e grave ameaça, todos os 
pertences de Flávia. Da violência empregada na subtração, Fernando terminou 
matando a vítima. Recebida a denúncia, o juiz mandou citar o réu para responder 
às acusações. Oferecida a defesa, o acusado confessou a prática delitiva, 
informando ter realizado a subtração porque precisava pagar umas dívidas. Na 
audiência de instrução e julgamento, em outubro de 2006, as testemunhas de 
acusação e defesa foram ouvidas, bem como interrogado o acusado. Realizadas 
as alegações finais orais, o juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, 
 
 
 
 
 
 
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capital do Estado de Ceará proferiu sentença, condenando o acusado à pena de 
24 anos em regime integralmente fechado, mesmo o acusado não sendo 
reincidente. Não satisfeita, a defesa interpôs recurso, o qual foi parcialmente 
provido, uma vez que o Tribunal alterou a parte da sentença que fixava o regime 
integralmente fechado para o regime fechado. Após o trânsito em julgado da 
decisão, Fernando começou a cumprir a pena em 16 de janeiro de 2009. Em janeiro 
de 2014, 05 anos após o início do cumprimento de pena, o advogado do acusado 
requereu a progressão de regime do agente, tendo o juiz da execução penal do 
mesmo Estado da condenação negado o pedido, sob o fundamento de que 
Fernando, apesar de preencher os requisitos subjetivos para a progressão, não 
havia cumprido o lapso temporal de 2/5 previsto para crime hediondo, o que só 
ocorreria em 2018, com mais de 09 anos da pena. Em face da situação hipotética, 
na condição de advogado constituído por Fernando, redija a peça processual 
privativa de advogado adequada à defesa de seu cliente, apresentando a 
argumentação adequada. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
05. Sílvio foi acusado pela prática de lesão corporal seguida de morte (art. 129, §3º 
do CP) contra Tício, no mês de fevereiro quando este voltava para casa. Narram 
os autos que no dia e hora do fato, o acusado estava bebendo em um bar quando 
viu a vítima e saiu para tirar satisfações com ela, ocasião em que entraram em luta 
corporal e Sílvio, com a intenção de lesionar, empurrou Tício que veio a cair, bater 
a cabeça na calçada e morrer ainda no local. Na fase de instrução criminal, os 
depoimentos testemunhais apontaram como autor do delito Caio, que também se 
encontrava no local, mas que não foi indiciado pela autoridade policial nem 
denunciado pelo representante do Ministério Público. Além disso, restou 
comprovado que o acusado, no dia e horado crime não se encontrava na 
localidade. Mesmo assim, o juiz sentenciante condenou Sílvio a 10 anos de 
reclusão, sentença transitada em julgado em junho de 2010. Mariana, mulher de 
Sílvio, não se conformou com a condenação do seu marido e resolveu procurar 
um advogado. 
 
 
 
 
 
 
 
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* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
06. Tício estava voltando para casa após um jogo de futebol profissional onde foi 
disputada a final do campeonato estadual, no dia 08 de janeiro de 2015, sendo a 
partida realizada na Comarca Beta, quando, de repente, surge um torcedor do time 
adversário, que tinha perdido a partida, correndo na direção de Tício e ameaçando 
que iria espancá-lo. Diante da ameaça, Tício desfere um soco no rosto do torcedor 
do time adversário, cujo nome é Caio, o que foi suficiente para cessar a agressão, 
vindo este a desmaiar em decorrência da lesão proveniente da referida ação 
contundente. Dias após o ocorrido, Tício foi denunciado perante a 10ª Vara 
Criminal pelo crime de lesão corporal grave por debilidade permanente de função, 
art. 129, §1º, III, do Código Penal. O promotor de justiça se baseou nas provas 
trazidas no inquérito policial e no depoimento da vítima, informando esta que 
estava com dificuldades de enxergar com um dos seus olhos em virtude de ter 
levado um soco em seu rosto desferido pelo réu, fato este alegado exclusivamente 
pela vítima. No dia 02 de fevereiro de 2015, o juiz da 10ª Vara Criminal da Comarca 
Beta recebeu a denúncia e mandou citar o réu para apresentar defesa, tendo este 
apresentado resposta à acusação por intermédio de Advogado. Na fase de 
instrução probatória, o réu, em seu depoimento, alegou que realmente desferiu 
um soco no rosto da vítima, entretanto tinha sido ameaçado por esta 
anteriormente, vindo então a se defender. Após a apresentação de memoriais 
pelas partes, em 01 de março de 2015, foi proferida sentença penal condenando 
Tício pelo crime previsto no art. 129, §1º, III, do Código Penal à pena de 5 (cinco) 
anos de reclusão, em regime inicialmente fechado de cumprimento de pena, 
mesmo sendo o réu primário e portador de bons antecedentes, nada constando 
nos autos acerca do exame de corpo de delito. A sentença foi publicada em 07 de 
março de 2015. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que 
podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija, na qualidade de advogado 
de Tício, o recurso cabível à hipótese, invocando todas as questões de direito 
pertinentes. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
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* Competência 
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* Tese 
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
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_____________________________________________________________________ 
 
07. Alberto, brasileiro, casado com Isabel há 10 anos, publicitário, residente e 
domiciliado Av. Almirante Barroso, 343, Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará sempre 
foi muito trabalhador, além de muito apaixonado pela mulher e pela filha. Todavia, 
em virtude do seu trabalho, sempre viajou muito, não podendo ficar mais tempo 
com a sua família. Depois de uma viagem cansativa de trabalho, informou a sua 
mulher que chegaria dia 13 de abril, mas por ter conseguido acabar o trabalho 
mais cedo, resolveu fazer uma surpresa e chegar um dia antes em casa. No dia 12 
de abril, à noite, Alberto chega a casa com uma caixa de bombom para a mulher, 
além de presentes para a filha. Ao entrar no quarto, depara-se com sua esposa e 
o seu vizinho e melhor amigo Fred, desnudos, dormindo abraçados, em clara 
indicação de que haviam praticado ato sexual. Tomado pelo ciúme, pega a arma 
guardada na cabeceira na cama, arma esta devidamente registrada, da qual possui 
também porte, e deflagra um tiro em cada um. O porteiro do prédio, conhecido 
como “Zé”, ao ouvir o barulho dos tiros, chamou a polícia, que, chegando ao local 
do crime, encontrou Alberto sentado e chorando ao lado do corpo das vítimas, 
prendendo-o em flagrante delito. Em sede policial, Alberto prestou depoimento 
informando ter matado a sua mulher e o vizinho porque não suportaria conviver 
com o peso da traição. Além disso, esclareceu nunca ter sido indiciado nem 
processado por nenhum crime, morar nesse mesmo prédio desde o início do 
casamento, ou seja, há 10 anos e trabalhar com publicidade desde os 20 anos. 
Durante as formalidades do auto de prisão em flagrante e do termo de apreensão 
da arma, o delegado comunicou imediatamente ao juiz e ao representante do 
Ministério Público, a mãe de Alberto e ao Advogado indicado pela família, 
formalizando o auto de prisão em flagrante e remetendo as cópias necessárias. 
Além disso, entregou nota de culpa ao preso, que prestou devido recibo nos 
termos da lei, informando-lhe sobre o motivo da prisão, o nome do condutor e os 
das testemunhas, tudo conforme preceitua o artigo 306 do Código de Processo 
Penal. Por fim, encaminhou cópia do auto de prisão em flagrante ao juiz de plantão 
de Fortaleza no mesmo dia da prisão em flagrante, o qual ainda não se manifestou 
sobre a referida prisão. Considerando a situação hipotética acima, na qualidade 
de advogado contratado por Alberto, redija a peça cabível, excetuando-se a 
utilização do Habeas Corpus, no intuito de restituir a liberdade do seu cliente. 
 
* Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Competência 
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_____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
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* Tese 
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
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_____________________________________________________________________ 
 
08. Rafael da Cunha, brasileiro, 34 anos, proprietário de várias lojas de 
automóveis, casado com Larissa da Cunha, 27 anos, residente em medicina, pai 
de 05 filhos, três deles, Alexandre, Alceu e Alcleriston, filhos do primeiro 
casamento com Fernanda, mais Luana e Laura, gêmeas do atual casamento com 
Larissa.Por ser um renomado empresário no ramo de automóveis, ao longo de 15 
anos no mercado, colecionou muitas amizades e alguns desafetos, dentre eles, 
Bernardo Alfredo, 30 anos, vendedor de uma das lojas comandadas por Rafael 
que se tornou seu sócio. Bernardo, por sua vez, com um desejo de comandar 
todo o patrimônio de Rafael, por ser seu amigo de longa data e confidente, resolve 
armar uma emboscada no intuito de retirar a vida do principal proprietário da 
empresa. Para isso, aproveita-se de uma festa marcada para a inauguração de 
uma das lojas e, no dia da festa, esquematiza-se para ceifar a vida de Rafael após 
a mesma. Conforme tramado, no dia 20.03.2012, após a festa de abertura de mais 
uma loja de Rafael, Bernardo, em emboscada, efetua vários disparos de arma de 
fogo, ferindo o proprietário e evadindo-se do local. Baleado, Rafael rasteja em 
busca de ajuda, deparando-se com o próprio Bernardo, sem saber que o mesmo 
era seu algoz. Percebendo que o seu "amigo" ainda estava vivo, Bernardo passa 
com o carro por cima dele, vindo Rafael a falecer ainda no local do acidente. Ao 
saber do ocorrido, Larissa se abala pela perda do amor da sua vida, já que Rafael 
sempre foi um marido muito presente, além de um pai muito carinhoso. 
Desesperada com a situação, Larissa, tendo sido informada pelo delegado que 
conduzira a investigação policial que o inquérito estava devidamente instruído, e 
que o mesmo já se encontrava com o Ministério Público, resolve conversar com 
Matheus Seachando, promotor de justiça do caso, no intuito de agilizar o 
procedimento para ver condenados os culpados pela morte do seu marido, sendo 
feita a necessária justiça. Matheus, que, segundo informações colhidas por 
Larissa no cartório criminal do foro daquela localidade, já havia recebido há 28 
(vinte e oito) dias o inquérito policial, sequer recebeu Larissa, mandando apenas 
um breve e inconsistente recado através do seu assessor, de que não tinha 
obrigação ou tempo de conversar com vítimas. Inconformada e de posse de cópia 
de todo o inquérito policial, no qual foram indiciados os autores da prática delitiva, 
Larissa contrata seus serviços advocatícios para que sejam adotadas as 
providências cabíveis judiciais em face dos indiciados. Em face dessa situação 
hipotética, na condição de advogado (a) contratado(a) por Larissa, redija a peça 
processual que atenda aos interesses de sua cliente, considerando recebida a 
pasta devidamente instruída, com todos os documentos pertinentes, suficientes 
e necessários, inclusive procuração com poderes especiais e rol de testemunhas. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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* Peça 
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* Competência 
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* Tese 
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* Pedido 
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09. Luiz Henrique foi preso em flagrante delito pela prática de estelionato, nos 
termos do art. 171, caput do Código Penal, pois, obteve, por meio fraudulento, 
vantagem de Fernando. O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca Y converteu a 
prisão em flagrante em preventiva, com base na gravidade em abstrato do crime 
de estelionato, já que na pacata cidade onde ocorreu o delito, ninguém jamais 
tinha ouvido falar nessa tipificação. Marcelo, advogado de Luiz Henrique, 
impetrou Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado Z, sob o 
argumento de não existirem elementos para a decretação da prisão preventiva. O 
Tribunal competente denegou a ordem com base nos mesmos fundamentos do 
juiz da 1ª Vara Criminal. Com base nas informações, qual a peça cabível privativa 
de advogado para impugnar a decisão do Tribunal? 
 
* Peça 
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* Competência 
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* Tese 
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
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10. Ananias, funcionário público do Município de Alfa, foi denunciado pelo 
representante do Ministério Público pela prática do crime tipificado no art. 312, 
§2º, do Código Penal, pois teria concorrido culposamente para que Francisco 
subtraísse coisa alheia móvel da repartição. Antes do recebimento da peça inicial 
acusatória, Ananias averiguou o valor dos objetos subtraídos, pagando a quantia 
 
 
 
 
 
 
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devida. O juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Alfa, verificando que a denúncia 
preenchia todos os requisitos, notificou o denunciado para se manifestar. 
 
* Peça 
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* Competência 
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* Tese 
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* Pedido 
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