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CARMO, Waldyr Silva do Liderança Eficaz Módulo de Liderança – Curso Teológico Básico CASA DE ORAÇÃO CEHAB, 2011, páginas 1. Definindo liderança. 2. A liderança no contexto... 3. Características..., etc. SUMÁRIO 1- DEFININDO LIDERANÇA 2- A LIDERANÇA NO CONTEXTO BÍBLICO 3- CARACTERÍSTICAS QUE DEUS QUER VER NA VIDA DAQUELE QUE ASPIRA A LIDERANÇA 4 – O CARÁTER DO LÍDER QUE DEUS USA 5 – JESUS, O MAIOR EXEMPLO DE LIDERANÇA 6- CONHECENDO OS TEMPERAMENTOS 7 – COMUNICANDO COM ÊXITO 8 – CAPACITAÇÕES CONSTANTES NA VIDA DO LÍDER 9 – MATURIDADE NA VIDA DO LÍDER (SL. 131) 10 – PRINCÍPIOS VIVIDOS PELO LÍDER EFICAZ 11 – UM LÍDER COM PROPÓSITOS 12 – FINANÇAS NA VIDA DO LÍDER 13 – ALCANÇANDO PROPÓSITOS 14 – VENCENDO OBSTÁCULOS 15 – PRIMANDO PELO EQUILÍBRIO 16 – VALORES QUE NÃO PODEM SER ESQUECIDOS 17 – PROPÓSITOS ALCANÇADOS 4 LIDERANÇA EFICAZ INTRODUÇÃO Caro aluno, Estamos iniciando o módulo de Liderança do nosso Curso Teológico. Nossa proposta é trazer a você os conhecimentos básicos, mas necessários à vida de todo aquele que almeja desenvolver com eficácia o ministério da liderança. Esperamos, com esse módulo, trazer luz a esse tema tão relevante e com isso despertá-lo a buscar outras fontes que sejam úteis ao seu aprendizado. Nossas aulas serão dinâmicas e participativas. O aluno aprende com o professor, mas também o professor, sem dúvida, aprende com o aluno. Juntos, trilharemos uma história de sucesso e o nosso desejo é que líderes segundo o coração de Deus sejam levantados para glorificarem ao Senhor através de ministérios que serão exercidos com a unção do nosso soberano Deus. Em Cristo Jesus, Pr. Waldyr 5 1 – DEFININDO LIDERANÇA “Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.” ¹ Assim como é inconcebível a realidade de uma sala de aula sem professor ou de um corpo sem cabeça, todo grupo ou comunidade precisa de liderança. Eis um questionamento quanto à liderança: Um líder já nasce com um talento especial para liderar ou essa capacidade é apreendida através da educação? Segundo o Dr. Hussel Shedd em seu livro “O Líder que Deus Usa” ele afirma que “a melhor explicação une elementos das duas teorias. Deus escolhe e molda o caráter dos homens e das mulheres que Ele quer para liderar seu povo, tanto pelo nascimento como pela oportunidade.” ² A Igreja, sendo constituída de pessoas, precisa de liderança que seja instituída por Deus e que cumpra seu propósito na tarefa de liderar. Isso exige, por parte daqueles que aspiram ao ministério da liderança, o envolvimento através da capacitação e do amadurecimento para o sucesso no cumprimento dessa nobre tarefa. _________________________ 1- Wikipédia – Internet 2- SHEDD, Russell Philip. O Líder que Deus usa. São Paulo: Vida Nova, 2000. P.9 6 2 – A LIDERANÇA NO CONTEXTO BÍBLICO A liderança, de forma clara e prática, está presente na Palavra de Deus. No processo da revelação de Sua Palavra e para o cumprimento de seus planos, Deus sempre levantou e usou líderes. Esses homens e mulheres estiveram no centro da vontade de Deus e de forma especial marcaram o seu tempo. Dentre tantos que no contexto bíblico fizeram a diferença, destacamos as lideranças de José, Moisés, Davi e Salomão. Foram líderes que foram forjados na escola divina e para o louvor e glória do Senhor foram aprovados. É bem verdade que, como homens, tiveram suas fraquezas, mas como servos também souberam buscar em Deus a cura para que pudessem ser prósperos em sua liderança. Muito do que vamos abordar nesse estudo tem como base a vida desses servos de Deus. Incentivamos, portanto, aos alunos a leitura e estudo da vida desses homens que foram chamados por Deus e puderam liderar segundo a vontade Dele. 3 – CARACTERÍSTICAS QUE DEUS QUER VER NA VIDA DAQUELE QUE ASPIRA A LIDERANÇA � Um homem que esteja no centro da vontade de Deus Para o desempenho de uma boa liderança, estar no centro da vontade de Deus é fator fundamental. É dessa forma que o líder será abençoado e próspero. Há um texto em Mateus 22. 37 que nos diz: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Esse texto nos remete a uma entrega total que precisa ser feita por aqueles que desejam se encontrar no centro da vontade de Deus. O viver desse servo será, a partir dessas verdades apresentadas, marcado por uma profunda comunhão com o Deus que o salvou. Um líder sem intimidade com Deus, sem comunhão com Cristo, certamente estará fadado a fracassos nessa liderança. Estar no centro da vontade do Senhor é deixar-se ser usado pelo Espírito Santo de Deus. Lemos em Efésios 5.18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,” – Uma vida que se entrega plenamente a Deus o ama com todo o coração, alma e entendimento. Diante dessa realidade, naturalmente ela andará por um caminho de santificação diante do Senhor. A carne com seus desejos serão mortificados. Haverá uma busca constante por Deus e desejo de vê-lo agindo nesse coração. Com isso, o Espírito Santo encontrará as condições necessárias para enchê-lo. O resultado será uma profunda intimidade com o Senhor o que permitirá a Ele usar essa vida poderosamente em sua obra. Como líder, esse servo se encontrará, então, no centro da vontade de Altíssimo. Essa liderança terá o abono e autoridade espiritual de Deus que é o autor da obra. � Que seja aprovado Quando pensamos em aprovação, nossas mentes se voltam para a condição plena que se espera para ser usado. Logo, na vida de um líder, “ser aprovado” é característica fundamental para o exercício da liderança. Para o líder ser aprovado é necessário que ele seja uma pessoa: 7 � envolvida com os trabalhos da igreja local (evangelização, cultos semanais, projetos da igreja e outros); � responsável; � compromissada; � submissa. � Que possa dizer “eis-me aqui, envia-me a mim” Dizer eis-me aqui, envia-me a mim, é se apresentar diante de Deus afirmando: “Senhor Jesus, eu me encontro disponível para realizar a sua obra”. Antes da capacitação humana e talentos é necessário que Deus veja naquele que aspira a liderança “disponibilidade”. Para os que se encontram disponíveis diante de Senhor, o que importa não são suas vontades, mas, acima de tudo, a vontade do Pai em suas vidas. Eles recebem do alto a capacitação e frutificam onde estão plantados. Você está disponível para o trabalho do Senhor? Está disposto a, de fato, ver a vontade de Deus sendo realizada em sua vida? � Que esteja disposto a ensinar e a aprender O buscar conhecimentos e o ensinar devem ser constantes na vida daquele que se lança diante de Deus para liderar. Em Timóteo 3.2 Paulo afirma: “apto para ensinar”. A Moisés em Êxodo 4.12 Deus promete: “Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar". Entendemos, com essas verdades, que o líder que deseja o sucesso na tarefa da liderança jamais poderá se acomodar com seus conhecimentos. É necessário que haja uma busca constante doaprendizado para se encontrar cada vez mais em condições para ensinar a outros. De acordo com a pesquisa feita com milhares de líderes pela “Escola de Missões Mundiais do Fuller”, mencionada anteriormente, os líderes eficientes "mantém uma postura de aluno durante a vida inteira. Nunca param de estudar; leem livros que aumentam seu conhecimento e ampliam seus horizontes. Assistem cursos para crescer e melhorar suas aptidões ministeriais.”³ � Que seja perseverante A perseverança é um dos fatores fundamentais que determina a boa liderança. O líder que foi chamado para a obra de Deus precisa manter-se firme no propósito que recebeu do Senhor. É triste vermos, em nossos dias, líderes que não são constantes em seus propósitos. Normalmente são pessoas que implementam projetos diversificados e sem a perseverança necessária para alcançarem os objetivos propostos. O líder que foi chamado pelo Senhor sabe que o percurso que escolheu é o que foi escolhido por Deus. Logo esse percurso é mais digno do que qualquer outro. Diante dessa convicção, esse líder persevera e vê seus objetivos e propósitos alcançados. ________________________ 3- SHEDD, Russell Philip. O Líder que Deus usa. São Paulo: Vida Nova, 2000. P. 8 4 – O CARÁTER DO LÍDER QUE DEUS USA � Pessoal Cada líder tem uma identidade própria. Assim sendo, naturalmente, estará influenciando seus liderados. Daí a importância daquele que lidera se preocupar com as qualidades pessoais. Com sua vida o líder estará direcionando o grupo, pois é observado por todos. É importante que ele estabeleça alvos para si e para o grupo que está liderando (Fl 3.14). É necessário que ele tenha em mente que sua vida pessoal deverá refletir, de fato, o que crê e defende como líder. Deve haver em sua vida a personalização de seus projetos. Isso trará credibilidade aos liderados. � Moral É imprescindível que o líder tenha uma vida limpa. Isso é sinal de que há o temor de Deus nessa vida. Antes de se tornar um grande líder, José já tinha uma vida de temor e compromisso com Deus. Diante do assédio da mulher de Potifar, vemos o exemplo que ele nos dá de temor, não aos homens, mas a Deus, pois recusou ter relações sexuais com ela, porque sabia que teria sua comunhão com Deus quebrada. Ele tinha a consciência de que não poderia cometer tamanho pecado contra o Senhor (Gn 39. 7-21). Vemos, posteriormente, José sendo grandemente honrado por Deus. O Senhor confiou a ele a missão de governar o Egito. O líder deve, então, ter uma vida limpa e digna da responsabilidade que tem diante de Deus. Isso está diretamente ligado à sua conduta. Está ligado ao testemunho do que lidera tanto na Igreja quanto na sociedade de um modo geral. � Espiritual � Vida de Santificação Em Hebreus 12.14 lemos: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” – No contexto espiritual do líder, a santificação de sua vida deve ser fator de extrema relevância. Deus não usa vasos sujos. E para o líder ser usado poderosamente, a santificação deve ser uma constante em seu dia-a-dia. Santificar-se é abster-se de tudo aquilo que contamina a vida espiritual. Santificar-se é mortificar a carne (Ef 5.18). À medida que esse processo é exercido na vida do servo de Deus, mais ele é cheio pelo Espírito Santo. Deus, então, o encontra em condições de ser usado em sua obra. � Vida de Oração Um líder precisa ter vida de oração. Ela é ingrediente fundamental para que respostas de Deus sejam declaradas. Em Efésios 6.18 lemos: “... com toda a oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isso vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos...” É a oração que move o coração de 9 Deus! É através da oração que milagres são declarados à vida do líder e do ministério que Deus confiou a ele. � Envolvimento com a Palavra No treinamento que Paulo deu a Timóteo para o ministério, ele observa: “Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentando com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido” (I Tm 4.6). O apóstolo Paulo leva Timóteo ao envolvimento com a Palavra de Deus. Isso seria para Timóteo alimento para sua vida espiritual e defesa contra as heresias. Um líder que não se envolve com a Palavra de Deus, acaba por exercer um ministério sem bases sólidas. Isso redundará numa caminhada de problemas e fracassos. É através da Palavra de Deus que Ele se revela a seus filhos conduzindo-os a uma trajetória de sucesso. � Viver na sabedoria do Senhor Antes de assumir o reinado da nação de Israel, Salomão, em oração, fez um pedido a Deus: “Em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos, e disse-lhe: Pede o que queres que eu te dê. Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porquanto ele andou diante de ti em verdade, em justiça, e em retidão de coração para contigo; e guardaste-lhe esta grande benevolência, e lhe deste um filho, que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia. Agora, pois, ó Senhor meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai. E eu sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar. Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. Dá, pois, a teu servo um coração entendido para julgar o teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este teu tão grande povo? E pareceu bem aos olhos do Senhor o ter Salomão pedido tal coisa. Pelo que Deus lhe disse: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem riquezas, nem a vida de teus inimigos, mas pediste entendimento para discernires o que é justo, eis que faço segundo as tuas palavras. Eis que te dou um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual não se levantará. Também te dou o que não pediste, assim riquezas como glória; de modo que não haverá teu igual entre os reis, por todos os teus dias. E ainda, se andares nos meus caminhos, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como andou Davi, também prolongarei os teus dias. Então Salomão acordou, e eis que era sonho. E, voltando ele a Jerusalém, pôs-se diante da arca do pacto do Senhor, sacrificou holocaustos e preparou sacrifícios pacíficos, e deu um banquete a todos os seus servos”(I Re 3. 5-15)4 . A Bíblia nos mostra de forma grandiosa e maravilhosa como Deus atendeu a essa oração concedendo a Salomão sabedoria para governar a nação de Israel. Esse conhecimento e sabedoria claramente não foram humanos, mas divinos. Aquele que se apresenta diante de Deus para liderar na obra do Senhor, necessita muito mais do que conhecimentos humanos; ele precisa da sabedoria que vem do alto. Para isso é necessária uma postura de humildade e submissão diante de Deus para, em oração, clamar por esse conhecimento. O Senhor concederá essa bênção e na trajetória desse ministério será visível o agir de Deus através da sabedoria que será concedida a essa vida. ________________________ 4- BÍBLIA SAGRADA 10 � Vida de Fé A Bíblia nos afirma: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). É necessário, na vida daquele que lidera, o elemento fé. É dessa forma que ele estará agradando ao Senhor. É assim que grandes milagres serão declarados à sua vida e à vida do grupo que lidera. � Viver o Amor na prática (Mt. 22.37-39) O texto que lemos fala que devemos amarao Senhor; um amor vivenciado de forma plena na vida daquele que foi salvo. Esse amor é para todos aqueles que tiveram um encontro real com Cristo. Um amor que não pode ser esquecido por aquele que abraçou o desafio da liderança. � Amor vertical Esse amor se inicia no coração do adorador para com Deus. É o amor que me faz estar junto de Deus, me faz ter comunhão plena com Deus, me faz viver na vontade de Deus. Um amor que leva o adorador a uma entrega total e plena de sua vida a Deus. � Amor horizontal Na sequência do texto, lemos também a expressão: “... amará o próximo como a ti mesmo”. O amor que foi gerado de Deus na vida daquele que creu e o levou a uma vida plena de amor e adoração ao Pai, agora é exercido para com o próximo. É impossível alguém amar a Deus e odiar o próximo. Esse resultado é natural. Aquele que ama ao Senhor, busca também amar de forma prática ao próximo. É desta forma que cumprimos nossa missão, pois foi assim que Jesus viveu o seu ministério. Ele amou ao próximo a ponto de dar sua vida para salvar os pecadores. O líder , como modelo para os liderados, não pode se esquecer do amor que precisa estar presente em sua vida de forma prática. Nossas ações falam mais do que nossas palavras. O amor é evidenciado, muito mais do que por palavras, através de nossas ações. � Pronto para servir O maior exemplo de servilismo que temos na bíblia é o do próprio Cristo. Ele veio para servir e serviu até a morte. Um dos exemplos clássicos vividos por Jesus e 11 que nos mostra a grandeza de Deus na vida daquele que lidera através do serviço foi quando ele lavou os pés dos discípulos (João 13. 4-11). Note bem que o servilismo está diretamente ligado à humildade. Não há como servir se não houver humildade. Os que almejam a liderança precisam aprender a ser humildes para, então, lançarem mão da toalha do serviço que estará satisfazendo às necessidades dos outros. Quando estava prestes a me mudar para o Córrego Fundo, Laje do Muriaé, RJ, onde estaria iniciando o ministério de pastoreio da congregação, um presbítero, já avançado em idade, usou uma frase que impactou profundamente o meu coração. Ele me disse: “Vá, mas prepare-se para ser um “tapete” naquela igreja”. A princípio fiquei chocado com aquela palavra, mas logo pude entender o que ele estava me dizendo. Era necessário que eu me despisse de tudo o que me projetava para que, com humildade, me apresentasse apenas para servir àquela congregação. Para a glória do Senhor, pude colocar esse ensinamento em prática e fui grandemente abençoado naquela igreja. 5 – JESUS, O MAIOR EXEMPLO DE LIDERANÇA Sem dúvida, o maior exemplo de liderança que o mundo já viu é o de Jesus. Ao longo da história, seus métodos continuam sendo reproduzidos e trazendo magníficos resultados. Nossa proposta, no contexto da liderança de Jesus, é observar alguns pontos dentre tantos que possam nos trazer uma visão desse fantástico líder que marcou de forma grandiosa toda a humanidade. Destacaremos aqui alguns princípios usados por Jesus e que devem ser praticados pelo líder que almeja sucesso em sua liderança. � Um líder que viveu a humildade (Fl 2. 6-8) Vemos, no texto que lemos a presença plena da humildade na pessoa do Senhor Jesus. • Ele se humilhou quando abriu mão de sua glória. • Ele se humilhou quando se tornou homem. • Ele se humilhou ao ser obediente ao Pai até a morte e morte de Cruz. • Todo o ministério de Cristo foi exercido com humildade. Não há liderança de sucesso sem a presença da humildade. Ela precisa começar na vida do líder. Foi assim que Jesus nos ensinou e é dessa forma que alcançaremos o sucesso. � Um líder com propósitos (Fl 2. 6-8) Do início ao fim, o ministério de Cristo foi pautado num único propósito. O maior projeto de todos os tempos teria de ser implementado. A missão estava nas mãos do Filho de Deus. Nessa trajetória não poderia haver falhas, pois nas mãos de Cristo estava o destino de todas as almas, de todas as eras e tempos. Ele se manteve firme em seu foco e não falhou. 12 Ele liderou os discípulos dentro dessa visão e os treinou também nessa visão. A liderança de Cristo teve o propósito máximo de livrar o homem da pena do pecado. � Um líder que conhecia profundamente o seu contexto Um líder precisa conhecer o contexto que lidera. Vemos pelos textos bíblicos que, quando Jesus falava aos discípulos ou à grande multidão que o seguia, Ele tinha um conhecimento profundo de todo o contexto que o rodeava. Diante de situações diferentes, vemos Jesus levando alimento e trazendo à luz verdades profundas que deixavam as pessoas maravilhadas. Quando se encontrou com a mulher samaritana (João 4), Ele deu uma verdadeira aula onde revelou conhecimentos profundos acerca da cultura e estilo de vida daquela mulher. Deus não irá fazer aquilo que podemos fazer. É necessário, então, que se busque conhecimento geral do contexto onde se lidera para assim ser achado diante de Deus em condições para desempenhar uma liderança eficaz. � Um líder que ensinou e treinou seus liderados para liderar • Ele pessoalmente ensinou os discípulos Em Marcos 4 vemos Jesus ensinando os discípulos a compreenderem a “Parábola do Semeador”. Observando o ministério de Jesus, você verá que ele continuamente tem a preocupação de trazer ensinamentos aos discípulos. Jesus assim o fazia, pois sabia que continuaria sempre com eles; portanto era necessário treiná-los para que se tornassem futuros líderes. Todo líder que almeja uma liderança de sucesso precisa capacitar os liderados através do ensino, objetivando fazer deles líderes no futuro. • Ele foi o exemplo maior para os discípulos Ele foi o modelo prático para a vida dos discípulos. Exemplo de serviço, de humildade, de compaixão, de amor, de perdão. Ele foi o modelo completo para os discípulos e continua sendo o padrão a ser seguido por aqueles que desejam ser bem sucedidos em sua liderança. � Um líder que esteve sempre pronto a servir (João 13. 4,5) O ministério de Cristo foi baseado no serviço. Mesmo sendo líder, Jesus sempre esteve envolvido com o serviço. Ele usava sua vida como exemplo para que os discípulos pudessem aprender de forma prática. Quando lavou os pés dos discípulos (Jo 13.5), além da humildade, Jesus estava ensinando a eles a lição do serviço, estava mostrando que ser líder era, antes de tudo, “servir”. Aprendemos hoje com Cristo que ser líder é ser servo e que é dessa forma que estaremos ajudando outros a chegarem mais perto de Cristo para o cumprimento da missão. 13 � Um líder que vivia constantemente em comunhão com o Pai e meditação (Mc 1.35, Lc 5. 15,16) O líder vive empenhado, oferecendo sempre alimento para os liderados. Há um desgaste muito grande, uma vez que é solicitado o tempo todo e lida com múltiplas situações. Com Jesus o contexto foi o mesmo. As multidões, os discípulos, os fariseus escribas e outros traziam a Cristo um desgaste muito grande. A Bíblia nos mostra que Jesus era suprido através da comunhão constante que ele tinha com o Pai. Mesmo nos últimos momentos de seu ministérioe até mesmo na cruz do calvário, Ele não perdeu a comunhão e meditação com o Pai. Sem dúvida, aqui Jesus nos traz um grande ensinamento. A liderança eficaz se faz com constante comunhão com Deus e meditação na Sua Palavra. � Um líder que buscava tempo para descanso (Mc 6.31, Mt 14.23) Como exemplo de liderança, Jesus nos mostra que é preciso haver um tempo para descanso na vida do líder. O organismo humano tem limites e esses não podem ser quebrados. O descanso é bíblico. Lemos que Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Jesus viveu essa realidade na prática para que pudéssemos seguir o Seu exemplo. Há líderes que estão enfrentando sérios problemas na área emocional e em outras, porque acham que são super homens e não necessitam de descanso. Aprendamos com Jesus a tirar um tempo a sós em oração com o Pai. Aprendamos também com ele que é necessário termos um tempo de lazer e descanso para revitalizarmos nosso corpo e assim adquirirmos a disposição necessária para desenvolvermos bons trabalhos. 6 – CONHECENDO OS TEMPERAMENTOS Para um bom desempenho da liderança, principalmente na área dos relacionamentos, é necessário que o líder tenha um conhecimento básico de temperamentos. Esse conhecimento o ajudará a solucionar problemas e ajudará o grupo que lidera na área dos relacionamentos. Haverá também um aproveitamento maior do potencial dos liderados. A trajetória dessa liderança será próspera. I - OS QUATRO TIPOS DE TEMPERAMENTOS BÁSICOS Romanos 7.18-20 Antes de entrarmos no assunto, é preciso compreendermos as diferenças entre caráter, temperamento e personalidade. � Temperamento Temperamento é a natureza do homem; nascemos com ele. Herdamos dos nossos pais e avós. 14 � Caráter Representa aquilo que a pessoa é. São as características (boas ou más) que uma pessoa tem e que vão determinar a sua concepção moral. O caráter é o resultado do temperamento com o qual se nasceu e que foi trabalhado pela disciplina e educação recebidas na infância, no meio em que se viveu, através das crenças e outros. A concepção mais aceita é a de que quando uma criança chega aos sete anos de idade, ela já tem seu caráter formado. � Personalidade É o sentimento que externamos de nós mesmos. É o que refletimos de nós mesmos para as pessoas. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Uma pessoa nasce com quatro temperamentos básicos que são: o sanguíneo, o colérico, o melancólico e o fleumático. De um indivíduo para o outro, o grau de temperamento pode variar. Uma pessoa pode ter uma predominância do sanguíneo, enquanto outra pode ter a do melancólico. É na predominância que se identifica o tipo de temperamento. Obs.: É importante lembrar que não é saudável dizer para as pessoas o tipo de temperamento que se achou ser o dela. Isso não é saudável e, com certeza, traria constrangimentos. A ideia do conhecimento dos temperamentos é oferecer ajuda prática. São nos momentos naturais que o líder irá usar do recurso do conhecimento para promover, em submissão a Deus, melhorias nos liderados. 1 - O SANGUÍNEO � É alegre, brinca muito. � Tem facilidade para fazer amizades. � Contagia as pessoas com facilidade. � Suas decisões normalmente são tomadas pelos sentimentos. � Sente as alegrias e se compadece dos outros com facilidade. � Satisfaz-se em estar rodeado de pessoas e ele ser o centro, a vida do grupo. � Normalmente fala antes de pensar. � Sua franqueza geralmente desarma aqueles com quem fala. � Sua vida agitada, de grande felicidade, pode causar inveja em temperamentos mais tímidos. � São normalmente bons oradores, vendedores e lidam bem com o público. � Tem muita amabilidade e energia. Isso os ajuda a vencer as dificuldades da vida. 2 - O COLÉRICO � Ativo, prático, voluntarioso, independente e auto-suficiente. � Tende a ser decidido e teimoso. � Tende a tomar decisões para si e para os outros. � Vive com muita atividade e envolve os que estão à sua volta. � Vive com muitos planos, ideias e ambições infindáveis. � É seguro e toma decisões de longo alcance. � Não se abala sob pressão, enfrenta os problemas com muita coragem. � Onde os outros fracassam, normalmente ele obtém sucesso. � Seu lado emocional normalmente é menos desenvolvido. 15 � Dificilmente se compadece dos outros. � As lágrimas dos outros causam desconforto para ele. � Normalmente não se apega a coisas ligadas à arte. Vive mais o prático. � É um bom aproveitador das oportunidades e normalmente faz bom uso delas. � Para atingir seu objetivo, pode esmagar indivíduos que o estejam bloqueando. � É comum o acharem oportunista. � Usa muito as pessoas para atingir seus objetivos. � Devido a sua auto-suficiência, se acha muito capaz. � É extrovertido, contudo, menos que o sanguíneo. 3 - O MELANCÓLICO � Geralmente o veem como “hostil e sombrio”. � Tem muita percepção. � É analítico, abnegado e também perfeccionista. � Normalmente é introvertido. � Pode estar muito alegre, mas também se entristece com muita facilidade. � Quando se abate, se retrai muito, podendo ser hostil. � É um amigo fiel, mas suas amizades não são feitas com facilidade. � Normalmente não procura os outros, mas espera que os outros o procurem. � Devido ao perfeccionismo, não gosta de desapontar ninguém, razão pela qual é leal. � Tem a tendência de ser desconfiado com as pessoas que se achegam a ele. � Percebe antecipadamente os perigos de qualquer projeto, por isso não se envolve facilmente neles. � Quando aceita fazer algo, se esmera na perfeição, contudo a tarefa é seguida de grande depressão. � Valoriza muito as tarefas mais difíceis e sacrificiais. � Normalmente é muito correto em tudo, especialmente no que faz. 4 - O FLEUMÁTICO � Calmo, frio, bem equilibrado e eficiente. � Vive feliz e descompromissado. � Dificilmente se explode em risos ou raiva. � Sente emoções, contudo não as manifesta. � É expectador e evita se envolver nas tarefas do próximo. � Memória boa e mente organizada. � Não aprecia o jeito desorganizado do sanguíneo. � Tem muita habilidade para promover paz e conciliação. � É normalmente simpático e de bom coração. � Tem uma incrível capacidade de achar algo engraçado nos outros. � Sempre tem amigos, pois gosta do convívio social. � Aprecia as belas artes. II - PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DOS QUATRO TEMPERAMENTOS 1 – SANGUÍNEO 1.1 – O lado positivo do sanguíneo 16 � Aprecia a vida, interessa-se por tudo à sua volta. � É otimista e acredita em meio às maiores lutas. � É simpático com todos. � Normalmente vive o presente. � Esquece facilmente o passado e não pensa muito no futuro. � Empolga-se com as pequenas e grandes coisas. � Em meio a um projeto que fracassou, está pronto para iniciar outro. � Sua afeição para com as pessoas é verdadeira, é amistoso por natureza. � Ficar longe das pessoas é uma tortura para ele. � Ama fazer novas amizades. � Preocupa-se muito quando alguém está triste e luta para fazê-lo feliz. � É terno e compassivo. � Tem grande sensibilidade para com as necessidades dos outros. � É sincero quando coloca seus pensamentos. � Ama e esquece alguém facilmente. � O mundo tem sido alegrado pelo sanguíneo. 1.2 – O lado negativo do sanguíneo� Pouco prático e desorganizado. � Muito agitado e turbulento. � Normalmente é indisciplinado. � Corre muito em várias direções sem observar o quadro todo. � Muita facilidade em dizer não. � Ama agradar. � Não conhece suas limitações. � Tem o hábito de começar as coisas e não terminá-las. � Não observa os horários. � Esquece-se facilmente das decisões e compromissos. � Vontade fraca. Decide rápido. Mas nem sempre mantém a decisão que tomou. � Não é leal e resoluto. � Fala muito de si e de seus feitos e qualidades. � Instável emocionalmente. � Desanima com facilidade, mesmo sendo alegre, devido e emotividade. � Sempre se desculpa por suas fraquezas. � Tendência para autocomiseração. � Pode explodir em ira, mas se esquece com facilidade. � Arrepende-se e pede perdão com facilidade. � Espiritualmente ele se arrepende muitas vezes pelo mesmo pecado. � Tem grande tendência para a lascívia, devido à sua instabilidade emocional. 2 – O COLÉRICO 2.1– O lado positivo do colérico � Auto-disciplinado, auto-determinado. � Confia em sua capacidade. Crê que irá conseguir. � Ousado, corajoso no empreender esforços. � É muito ativo, contudo, dá significado à atividade em que está envolvido. � Leva com firmeza seus projetos. 17 � Acha que seus planos são os melhores, contudo, seu sucesso se deve à determinação. � Tem grande facilidade, quando executa um projeto. � Tem grande tendência para liderar. � Aceita a liderança e está pronto para liderar. � É otimista, confia em sua capacidade. Isso não o faz desanimar facilmente. � Não se amedronta em situações difíceis, nem em grandes desafios. Na verdade é estimulado por eles. � Não vê problemas, se concentra no alvo final. � É alguém que tem objetivos. 2.2– O lado negativo do Colérico � Não se importa com os outros. � É impetuoso. � É auto-suficiente. � Seus sonhos são mais importantes que tudo. � Enerva-se com facilidade e guarda rancor. � É muito vingativo. � Apresenta estranha crueldade, que o faz atropelar a todos em prol de seu objetivo. � Tem tendência a ter úlcera antes dos 40 anos. � Entristece o Espírito Santo com sua amargura, ira e rancor. � Mesmo arrependido com algumas iniciativas, sua obstinação o levará até o fim. � Tem dificuldade para pedir desculpas e perdão. � É dado a fazer ofensa grosseira e refinada. � É autoconfiante e muito orgulho, mesmo em pequenas vitórias. � É arrogante e prepotente, o que faz com que os outros o detestem. � Ao ver a antipatia dos demais, pensa que nada do que faz satisfaz os outros. � Sua auto-suficiência faz com que ele não precise de ninguém, nem mesmo de Deus. � Acredita que suas realizações compensem seus erros na trajetória, na conquista de seus objetivos. 3 – MELANCÓLICO 3.1– O lado positivo do melancólico � Tem normalmente grande inteligência. � Valoriza muito a arte e valores da vida. � Devido à sua sensibilidade emocional, produz grandiosas análises da vida. � Vibra pelo pensamento criativo. � Aprecia muito invenções, descobertas e produção criativa. � É muito perfeccionista. � Tem grande padrão de qualidade. � Tem grande capacidade de avaliar o passado e tirar lições para si. � Sente e prevê os problemas existentes em um projeto. � Possui forte tendência para análise. � É muito detalhista. � Tem muita capacidade para matemática, engenharia, eletrônica, artes e profissões minuciosas. � É amigo fiel, mas não faz muitos amigos. Contudo, a fidelidade é uma realidade. 18 � Cumpre tarefas e prazos com grande precisão. � Não quer estar em evidência. Não é dado a reconhecimento público. � Quanto mais difícil a tarefa, mais realizado fica. � Não desperdiça palavras. � Dificilmente expõe suas ideias e opiniões, contudo, quando o faz é preciso e resumido. � Devido à grande capacidade analítica, merece ser ouvido. 3.2– O lado negativo do melancólico � É muito egocêntrico. � É voltado sempre à auto-análise. � Tem excesso de preocupação pela condição física. � Ofende-se facilmente devido ao egocentrismo. � Normalmente quando vê duas pessoas conversando, pensa que está falando dele. � Tem forte tendência ao pessimismo, gerando insegurança e dificuldade para tomar decisões. � É extremamente crítico. � Espera sempre a perfeição dos outros. Quando não é correspondido, logo se aborrece. � Tem inclinação a ser vingativo, razão da dificuldade de perdoar uma afronta. � Pequenos detalhes para ele são grandes problemas. � Normalmente despreza os outros que não estão nos seus elevados padrões de perfeição. Acha que tais pessoas são inferiores de mente. � Muda de humor frequentemente. Ora feliz, ora muito triste. � Devido ao seu desalento, aparentemente sem razão, leva os outros à irritação. � Nesses momentos será evitado pelos outros, o que causará mais abatimento nele. � Prende-se ao passado buscando alívio do presente. Isso lhe levará a mais perigos da alma. � Por fora parece calmo e sossegado, mas interiormente está conflitado e turbulento. � Ele pode destruir um projeto com o qual concorde, devido a uma ofensa que alguém do grupo lhe fez no passado. � Se não se entregar ao controle do Espírito Santo, que fará dele uma grande bênção, tenderá a desenvolver um comportamento neurótico, desanimado, que não consegue se divertir nem será tolerado pelos outros. 4 – FLEUMÁTICO 4.1 – O lado positivo do fleumático. � Está sempre de bom humor e de bem com a vida. � É apto para o aconselhamento, pois consegue ouvir sem se aborrecer. � Consegue trabalhar bem sob pressão. � Consegue achar graça em alguma coisa e temperar o ambiente com descontração. � É digno de confiança. � Cumpre suas obrigações e horários. � É zeloso com grande padrão de qualidade. � É metódico. Vê na organização oportunidade de ganhar tempo na vida. 19 4.2 – O lado negativo do fleumático. � Apresenta morosidade e indolência. � Apesar de egoísta, com o passar do tempo, aprende a disfarçar o egoísmo. � É tendente à crítica, contudo, o faz não publicamente, mas em ambiente fechado. � Opõe-se a qualquer mudança, pois isso o obrigaria a se movimentar. � Às vezes, por sua indecisão, perde ótimas oportunidades na vida. III - SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO, A CHAVE PARA O CONTROLE DOS TEMPERAMENTOS Efésios 5.18-21 e Gálatas 5.22,23 A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO Quando o crente busca a plenitude do Espírito Santo, ele está buscando “ser cheio do Espírito”. Entretanto não deve haver preocupação apenas com o poder sobrenatural para uma vida de testemunho cristão, mas a certeza de que, como homens, temos fraquezas e que somente pela ação sobrenatural de Deus poderemos ter o controle do temperamento nos momentos difíceis dos relacionamentos. COMO SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO? Vamos ler os textos de Efésios 5.18-21 e Gálatas 5.22,23 I – Para sermos cheios do Espírito Santo, precisamos santificar nossas vidas ao Senhor (Ef. 5.18) O vinho que o apóstolo Paulo menciona não é bebida, pois a palavra foi direcionada à igreja do Senhor Jesus que estava em Éfeso. Esse “embriagar-se com vinho”, é quando o crente busca satisfazer suas vontades, seus desejos e passa a alimentar a sua carne. O resultado é o pecado reinando nessa vida, logo o Espírito Santo deixa de agir nesse crente.Mas se o servo de Deus prioriza a santificação ao Senhor em sua vida, ele mortifica a carne e passa a “ser cheio do Espírito”. II – O Fruto do Espírito: evidência de uma vida cheia do Espírito Santo (Gl 5.22, 23) Jesus declarou que Ele é a videira verdadeira e nós os ramos (João 15). Todo aquele que confessa ser de Cristo, precisa produzir fruto digno da árvore a qual pertence. O crente foi chamado para produzir o Fruto do Espírito. Se estivermos produzindo esse maravilhoso fruto é porque estamos cheios do Espírito. Esse fruto é manifestado através de nove atitudes para com o próximo. Temos a oportunidade de manifestar o Fruto do Espírito nos nossos relacionamentos. Conclusão: O que temos aprendido é que, como servos de Deus, podemos ter uma vida maravilhosa na área dos relacionamentos. O líder que conhece essas realidades e que, acima de tudo, se entrega para ser usado como instrumento nas mãos de Deus, certamente obterá grande êxito em sua trajetória de liderança. O caminho proposto por Deus para o sucesso é a santificação, que redundará numa vida que será cheia pelo Espírito Santo e manifestará o “Fruto do Espírito” através das nove atitudes que a Palavra de Deus nos apresenta que são: o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio 20 próprio. Uma liderança conhecendo e aplicando esses valores em seu ministério, com certeza, será vitoriosa e cumprirá com excelência o seu propósito. 7 – COMUNICANDO COM ÊXITO DEFINIÇÃO BÁSICA DE COMUNICAÇÃO O termo “comunicação” vem do latim “communicare” que significa: participar, fazer, saber, tornar comum. Ao se comunicar alguma coisa a alguém, o que se comunicou tornou-se comum a ambos; logo a comunicação foi realizada. Comunicação, comunhão, comunidade são palavras que têm a mesma raiz e estão relacionadas à mesma ideia de algo compartilhado. A comunicação se realiza basicamente em três etapas. AS ETAPAS DA COMUNICAÇÃO: • Emissão • Transmissão • Recepção ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Para haver comunicação são necessários seis elementos básicos: 1- EMISSOR – aquele que envia a mensagem; 2- RECEPTOR – aquele que recebe a mensagem; 3- REFERENTE (ou contexto) – o assunto que envolve a mensagem; 4- CANAL – o meio material, suporte físico que leva a mensagem; 5- MENSAGEM – as informações que estão sendo transmitidas; 6- CÓDIGO - grupo de símbolos ou sinais que estruturados trazem significado para alguém e que devem ser conhecidos tanto pelo emissor como pelo receptor. Quando se considera a comunicação verbal, o código é uma língua em sua modalidade oral ou escrita. JESUS CRISTO, O COMUNICADOR POR EXCELÊNCIA João 4 Jesus Cristo, sem dúvida, foi um comunicador por excelência. A Palavra de Deus nos mostra grandes multidões seguindo-o para ouvir o que ele tinha a dizer. Quando houve a multiplicação dos pães e peixes (Lc. 9.10...), estavam presentes, aproximadamente, 15.000 pessoas, pois as mulheres e crianças não eram contadas e o texto nos afirma que havia 5.000 homens. Vemos, portanto, que a comunicação de Cristo atraía multidões. Que qualificações o Senhor Jesus tinha, que o levava a 21 arrebanhar multidões para ouvi-lo? Estaremos abordando aqui alguns pontos relevantes que observamos na pessoa do Senhor Jesus e que, sem dúvida, devem ser assimilados e vivenciados por aqueles que desejam uma comunicação que tenha êxito. • Jesus ministrava usando linguagem simbólica de acordo com o contexto. -“Eu sou a Videira.” -“Eu sou o Pão da Vida.” -“Eu sou a Água da Vida.” -“Eu sou a Porta.” -“Eu sou o Caminho.” -“Eu sou o bom Pastor.” • Jesus ministrava equilibrando seu sermão de acordo com a capacidade de seus ouvintes. - Ministrava para a multidão. - Ministrava para os religiosos. - Ministrava para os pecadores e publicanos. Jesus tinha uma capacidade ímpar de ministrar para várias classes de pessoas e atendê-las em seus anseios e necessidades. A COMUNICAÇÃO EXERCIDA COM ÊXITO No processo da comunicação deve-se considerar alguns fatores que são relevantes tanto para o emissor quanto para o receptor. Eles podem aumentar ou prejudicar a fidelidade da comunicação. Se alguém está comunicando, é necessário que haja fidelidade na comunicação para que o receptor entenda com clareza a mensagem. Dispor as palavras de forma a expressar ideias com clareza; usar corretamente as regras gramaticais; pronunciar claramente; conseguir vários canais à sua disposição; organizar o pensamento e as ideias claramente, dentre outros, são algumas observações que não podem ser esquecidas por aqueles que desejam exercer a comunicação com êxito. Alguns aspectos importantes: � Atitude do comunicador A atitude do comunicador para consigo próprio pode afetar a forma da comunicação e a sua qualidade. Podemos dizer, então, que a atitude está ligada diretamente à postura do comunicador. Se ele demonstra estar inseguro, com medo e outros, sua mensagem será passada 22 aos ouvintes de forma confusa e possivelmente com uma linha de raciocínio desordenada. Esse tipo de comunicação redundará numa impressão negativa dos receptores. � O nível de conhecimento O nível de conhecimento daquele que transmite a mensagem é fundamental no processo da boa comunicação. A partir de um bom nível de conhecimento, o comunicador poderá atingir vários tipos de receptores: desde os mais simples até àqueles que possuem um alto nível de conhecimento. É necessário que o emissor conheça as características do receptor para usar seus vários recursos que poderão ser os canais, os meios para tratar com as mensagens, suas próprias atitudes, dentre outros que, de forma eficaz, estarão determinando significativamente o curso da comunicação, contribuindo, assim, para o seu êxito. � Os sistemas sócio-culturais É necessária uma observação do meio social e cultural em que o emissor e o receptor estão inseridos. Eles são fatores determinantes no processo comunicativo. A maneira como o indivíduo se comporta social e culturalmente deve ser observada por aqueles que comunicam uma mensagem. “O emissor percepciona a posição social do receptor e molda o seu comportamento de acordo com ela”. Dessa forma a mensagem chegará de forma clara ao receptor e atingirá seus objetivos. � A mensagem O que se pretende comunicar é a mensagem, que se compreende por três aspectos básicos: o código, o conteúdo e o tratamento da mensagem. • O Código Grupo de símbolos ou sinais capaz de ser estruturado de modo a ter significado para alguém. Através dos caracteres de uma língua, forma-se um conjunto de elementos – o vocabulário. Ao se combinar esses elementos de forma significativa, forma-se a sintaxe. Ao codificar uma mensagem, o emissor deve decidir quais os elementos a utilizar e como combiná-los antecipando, dessa forma, o seu impacto no receptor. • O Conteúdo O conteúdo é o material da mensagem que está sendo comunicado. Ao se elaborar o conteúdo, o propósito é atingir o objetivo que se espera através da comunicação. Nele estão inseridas as informações, as afirmações, as propostas, as conclusões e outros.23 • O tratamento e a apresentação No tratamento da mensagem, a formalidade da postura do comunicador e a linguagem a ser utilizada devem variar consoante o padrão sócio-cultural médio do grupo. Se assim o emissor tratar a mensagem, com toda a certeza, a mesma será compreendida pela maior parte do grupo. Quanto à apresentação, é fundamental que o comunicador esteja atento aos elementos que a levarão ao cumprimento de seu propósito. A mensagem deverá ser criativa, objetiva e atraente. Havendo condições, poderá também ser enriquecida com recursos tais como: vídeos, transparências, áudio, quadros, revistas e outros que poderão ser usados. • O feedback O feedback é a forma como o receptor reage diante do emissor. Isso, muitas vezes, é manifestado através do olhar, do balançar da cabeça, das lágrimas, das palmas e outros. Esse retorno vindo do receptor estimula o orador a continuar de forma dinâmica sua prédica. Se não há o feed, é necessário que o emissor tenha recursos para durante a prédica estar se auto-avaliando e determinando caminhos diferentes para que a mensagem cumpra o seu objetivo que é alcançar o receptor. No contexto de comunicação por meio de televisão, revistas, rádio, jornais e outros do tipo, o feedback é determinado por pontos de audiência e pelo comportamento de compra dos consumidores. • A Conclusão No contexto de qualquer discurso é necessária uma conclusão. Dentre as muitas formas de conclusão, uma prática e simples é o emissor fazer uma breve recapitulação de todos os pontos essenciais que foram abordados. Ela é importante, pois, no contexto da memória humana, a receptividade e a retenção são maiores para as informações que são transmitidas em primeiro e último lugar. É importante que se valorize a conclusão da mensagem. � Comunicando com clareza Comunicar com clareza é fundamental para o alcance dos objetivos da comunicação. Para isso é necessário que o comunicador se esmere em sua dicção para a melhor compreensão dos ouvintes. Um bom recurso para melhorar a dicção é adquirir o hábito da leitura. Realizar alguns treinamentos com a leitura em voz alta ajudará a melhorar a comunicação. Há problemas na área da dicção que serão resolvidos com tratamentos com fonoaudiólogos. 24 � Ruídos na comunicação Os ruídos ou interferências podem acontecer no momento em que se comunica. Eles podem ser: crianças chorando, crianças brincando, celular tocando, tosse contínua, problemas com cabos de microfones e outros que podem se tornar inimigos na hora da entrega da mensagem. A postura do comunicador nessa hora deve ser a do autocontrole, primando por não perder o foco do assunto e, ao mesmo tempo, buscando uma solução prática para o problema. Não há uma fórmula secreta, pois os casos são variados. No entanto, com sabedoria, é necessário encontrar uma solução para não haver quebra na entrega da mensagem. � Minha auto-imagem X Comunicação A auto-imagem do comunicador tem tudo a ver com a comunicação. Isso começa com as convicções que precisam ser compatíveis em relação àquilo que se comunica. Isso gerará confiança e segurança para se comunicar com autoridade. É importante também observar a postura do comunicador em relação à mensagem que se comunica. A mensagem precisa ser personalizada no comunicador para gerar a aceitação e a compreensão plena do ouvinte. Em resumo, o comunicador precisa viver, naquele momento, o que está comunicando para assim prender a atenção dos ouvintes e ser bem sucedido em sua comunicação. � Autocrítica na comunicação A autocrítica na comunicação é muito importante. É ela quem vai determinar a busca de melhorias por parte do comunicador. É importante que o comunicador levante alguns questionamentos: Minha mensagem está atingindo objetivos? As pessoas estão me compreendendo? Estou agradando aos ouvintes? Ao avaliar a si mesmo, o comunicador irá se colocar no lugar dos ouvintes e, de forma crítica, terá olhos para ver seus acertos e erros. Dessa forma buscará melhorias para crescer na arte da comunicação. � Ética na Comunicação - o que devo ou não falar Como comunicador, o líder precisa ter uma preocupação constante com a ética. Nossas palavras têm um grande poder para impactar vidas e contextos. Portanto o líder deve ser cuidadoso para não causar repulsas e constrangimentos quando estiver comunicando sua mensagem. Existem palavras que, se forem proferidas em público, deporão contra o líder. Seu peso será muito negativo. É importante que o líder busque, então, conhecimentos básicos acerca das legislações para não infringir leis e com isso trazer problemas para si e o grupo que lidera. Quanto mais houver esmero na busca do conhecimento, mais o líder estará preparado para lidar com o público e desenvolver um trabalho que seja aceito pela maioria e agrade, principalmente, a Deus. Exigências éticas na comunicação • O comunicador não deve ser grosseiro em sua comunicação. • Não deve usar de gestos que tragam duplicidade de interpretação. 25 • Não deve levar constrangimento aos ouvintes. • Deve falar somente o que se pode falar em público. Conclusão: Vimos, nesse capítulo, que a comunicação é elemento fundamental no contexto daquele que lidera e como tal é necessário que o líder conheça os pontos fundamentais para o exercício da boa comunicação. Ele não deve desprezar essa ferramenta que Deus lhe deu e que bem canalizada produzirá resultados excepcionais na vida e trajetória daquele que lidera e do grupo que está sendo liderado. ________________________ COMUNICAÇÃO 1- www.grupoescolar.com/materia/elementos_da_comunicacao. 2- http://formacao.atwebpages.com/4_2_1_elementos_comunicacao. 3- wikipédia 26 8 – CAPACITAÇÕES CONSTANTES NA VIDA DO LÍDER Os processos de mudanças no mundo estão cada vez mais acelerados. Houve um tempo em que as mudanças aconteciam de 100 em 100 anos (séculos). Com os avanços tecnológicos, chegou-se ao período em que as mudanças passaram a acontecer de 10 em 10 anos (décadas). Atualmente as mudanças estão acontecendo num processo extremamente acelerado. O mundo hoje passa por mudanças diariamente. São os resultados da globalização e dos avanços tecnológicos. No contexto dessa realidade está a Igreja do Senhor Jesus. Precisamos entender que os princípios do Evangelho não mudam, mas o mundo, culturas, tendências e contextos mudam. Essa realidade se torna, então, um grande desafio para aqueles que almejam a liderança ou estão liderando. É preciso liderar de forma contextualizada e para isso acontecer, de fato, o líder precisa estar constantemente na busca de suportes e ferramentas para a sua liderança. Ele precisará se reciclar sempre. Como fazer? Algumas sugestões para um bom processo de reciclagem � Estar envolvido e levar a igreja a se envolver de forma efetiva com a obra de evangelismo e missões: • fazer cadastros em agências missionárias; • trazer seminários para a Igreja local; • participar de congressos que tratem especificamente de missões; • buscar sempre ferramentas que o mantenham sintonizado com o avanço do Evangelho no mundo (dados estatísticos). � Fazer cursos e seminários que tratem especificamente da liderança.� Buscar envolvimento constante com a leitura de livros. � Fazer cursos de informática. � Buscar, de forma prática, noções de conhecimentos de outros assuntos e temas. Para isso é importante: • contato com revistas não só evangélicas, mas também seculares; • contato constante com noticiários. O que está acontecendo no Brasil e mundo? 9 – MATURIDADE NA VIDA DO LÍDER (SL. 131) A maturidade na vida do líder é fundamental. Não se concebe alguém estar no cargo de liderança sem ter a maturidade necessária para tal. Diariamente aquele que é líder é confrontado com os mais diferentes contextos e situações. Daí a necessidade de que essa vida seja capacitada (madura) para gerir tais situações e ver as soluções sendo instauradas no contexto da liderança. Estaremos abordando alguns pontos que são relevantes e necessários na vida do líder maduro. 27 � Relacionar-se bem No livro de Gálatas 5.22,23 vemos que na vida do servo de Deus há a produção do “Fruto do Espírito”. Se observarmos atentamente, veremos que todas as atitudes que são manifestas através do Fruto do Espírito estavam presentes na vida do Senhor Jesus quando esteve entre nós. Afirmamos, portanto, que Jesus é o nosso maior exemplo e somente Ele pode manifestar o Fruto do Espírito em toda a sua plenitude. Uma vez que fomos selados com o Espírito Santo (Ef. 1.13,14), é necessário que produzamos também o Fruto do Espírito. As atitudes apresentadas as quais são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio se manifestam na área dos relacionamentos. Assim sendo, o líder, como servo autêntico de Deus e exemplo para os liderados, precisa desenvolver bons relacionamentos. Isso só será possível se houver em sua vida a produção do Fruto do Espírito. � Saber perdoar O maior exemplo de perdão que temos na Palavra de Deus é o do próprio Senhor Jesus. Durante seu ministério, Ele tanto ensinou como praticou o perdão. Mesmo na hora de sua morte, Jesus não se esqueceu do valor do perdão e afirmou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Como servos do Senhor Jesus, precisamos estar prontos para perdoar. O líder que lidera com eficácia sabe que precisa estar sempre aos pés de Cristo. Ele sabe que precisa refletir o caráter de Cristo aos seus liderados. Através do perdão ele cresce, é abençoado e abençoa vidas. � Ter o controle da língua Controlar a língua não é fácil. A Bíblia a compara com uma pequena fagulha que pode incendiar uma grande floresta (Tg 3.5). O líder que deseja ser bem sucedido precisa, em submissão a Deus, buscar o controle da língua. Uma palavra mal falada, uma calúnia, uma fofoca pode produzir grandes estragos. Famílias inteiras podem ser destruídas. A igreja pode ser profundamente abalada. Os prejuízos podem ser grandes. De forma imparcial e controlando o que fala, o líder deve conduzir o grupo para o alcance dos objetivos. � Ser bem resolvido emocionalmente Quando penso em maturidade, sou sempre levado ao Salmo 131. Nesse salmo Davi usa uma expressão que é chave de todo o contexto. Ele diz no versículo 2: “Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo.” Observe que a alma de Davi tinha desejos, ela tinha vontades, contudo ser um rei maduro exigia dele o controle das emoções. Ele observa que assim como uma criança que havia sido desmamada já não necessitava mais do leite materno, podendo se alimentar de comida sólida e já tomar decisões, assim também ele havia crescido interiormente. Ele agora era um homem maduro. 28 Um dos pontos altos da imaturidade na vida de uma pessoa é a falta de controle das emoções. Há pessoas que são descontroladas e, no âmbito das emoções e tomada de decisões, vivem num emaranhado completo, sem ter um norte e uma postura que gere segurança para os que caminham ao lado delas. É importante que o líder seja uma pessoa resolvida emocionalmente. Só assim ele terá condições de ajudar e orientar aqueles que estão sob sua liderança. � Conseguir tomar decisões em momentos de conflitos Há momentos em que a tensão e os conflitos são grandes. Entretanto os liderados esperam que o líder tome decisões, mesmo nesses momentos. Como fazer então? � Dependa exclusivamente de Deus. Busque sempre o Senhor em oração e nesses momentos o Espírito Santo o ajudará na tomada de decisões. � Não tome decisões com o coração, tome-as com a razão. � Ao tomar decisão, esteja atento aos princípios bíblicos que não devem ser quebrados. � Decida na certeza de que Deus o está orientando e de que tal decisão é a melhor para o grupo. � Saber compartilhar Saber compartilhar é demonstração de amor (Mt.22.37-39). O líder precisa compartilhar seus conhecimentos, seus sonhos, seus projetos com o grupo. É dessa forma que haverá união, unidade e crescimento que gere o alcançar dos alvos propostos. Há líderes que são egoístas e não compartilham. O resultado é o aniquilamento e estagnação do grupo, gerando, assim, uma liderança frustrada. Compartilhar é característica fundamental na vida do líder que almeja uma trajetória de sucesso. � Saber ouvir os liderados Essa é uma condição fundamental para o ministério daquele que lidera. Os liderados têm seus anseios, questionamentos, dúvidas, sugestões e outros. De forma natural, na expectativa de serem supridos, se apresentarão sempre para falarem com o líder. É preciso, então, saber ouvir. É preciso dar atenção aos liderados. Essa postura contribui positivamente tanto para o líder quanto para os que estão submissos a ele. Isso gera crescimento na vida de todo o grupo. � Saber dizer “não” Um líder que diz sim para todos que se apresentam a ele, fatalmente terá seu ministério fracassado. Não é fácil, mas, às vezes, é necessário dizer “não”. Muitas vezes sabemos que não dará certo, que os problemas virão e que todo o grupo será prejudicado, mas, diante de um pedido, acabamos dizendo “sim”. 29 � Saber lidar com as críticas positivas e negativas Normalmente amamos ouvir críticas positivas, mas quando elas são negativas não gostamos. O líder precisa ser maduro o suficiente para saber lidar com essas questões. Ele não só precisa saber ouvir críticas, como também precisa criticar a si mesmo. Em alguns momentos, as críticas serão positivas, mas não refletirão a verdade dos fatos. Em outros, elas serão negativas e, da mesma forma, não refletirão a realidade. Por outro lado, o líder ouvirá críticas positivas que corresponderão aos fatos e também negativas que refletirão a verdade. Se for um líder maduro, saberá lidar com esses contextos e estará sempre em avaliação, buscando uma postura de melhoria e crescimento para si e o grupo que lidera. 10 – PRINCÍPIOS VIVIDOS PELO LÍDER EFICAZ � Organização O líder não precisa ser exagerado em sua organização, mas não pode viver sem ela. Para liderar, ele tem materiais, os mais variados possíveis, que são compostos de livros, apostilas, agendas telefônicas, computador com seus periféricos, blocos de anotações e outros. Bom, se não houver organização, tudo isso irá virar um verdadeiro “ninho de gato”. Portanto o segredo está na organização. Na verdade, a estrutura para a organização já está pronta, o que o líder precisa fazer é, efetivamente, aplicá-la. Agindo dessa forma, seu conceito crescerá diante dos liderados e todo o grupo ganhará em muitos aspectos. � Envolvimento com a Palavra de DeusNão há como desenvolver uma boa liderança se não houver envolvimento com a Palavra de Deus. A Bíblia é o manual para todos os crentes, todavia é fundamental para o líder que ele não se afaste desse alimento. Envolvido com a Palavra, o líder receberá orientações do Espírito para lidar com os desafios da liderança, receberá alimento para alimentar os liderados. Através dela, ele será capacitado e levará o grupo a uma caminhada de bênçãos que glorifique o nome do Senhor. O líder que se envolve com a Palavra de Deus recebe do Senhor autoridade para ministrar essa Palavra. Ele se torna, dessa forma, um canal que Deus irá usar para ministrar a muitos corações. � Vida de Oração Não se concebe um líder que não tenha vida de oração. A oração é a alavanca, ela é o canal de comunicação do crente com Deus. Logo, para o exercício da liderança eficaz, ter vida de oração é requisito fundamental para aquele que almeja uma caminhada vitoriosa. É através dela que o líder ouvirá a voz de Deus e também será respondido por Ele. Isso promoverá uma relação de intimidade com o Senhor e ele receberá de Suas mãos a autoridade necessária para o exercício da liderança, juntamente com a unção necessária para o ministério. 30 � Direção definida - O líder precisa saber onde está e para onde está indo Liderar é saber que se está caminhando em uma direção. No entanto fica a pergunta: “Se almejamos a liderança, para onde desejamos ir e levar o grupo que pretendemos liderar?” Se não há direção, então também não há liderança. A direção vem com a definição dos propósitos de Deus para a vida da Igreja. Biblicamente fomos chamados, basicamente, para “glorificar a Deus” e “proclamar a Salvação de Cristo aos perdidos” (Mt. 15.16, Mt. 28.18-20). Com base no propósito maior da Igreja, o líder estará buscando nortear sua liderança e assim definir os métodos que devem ser pautados em alvos mensuráveis para que todo o grupo cresça e avance na direção de seu propósito. � Visão Plena do todo - O líder é aquele que vê por cima Para liderar com eficácia é necessário ter a visão plena de todo o contexto do grupo que se lidera. O líder, então, é aquele que vê por cima. Somente com esse tipo de visão ele terá condições de tomar decisões e, diante dos contextos, buscar soluções que levem ao crescimento. � Atitude de amor com os liderados A liderança eficaz é exercida através do amor. Há momentos em que o líder precisa admoestar, exortar e até mesmo confrontar os liderados com seus erros, para buscar soluções para a vida dos mesmos e do grupo. Entretanto tudo isso precisa ser exercido com amor. As atitudes do líder, se forem ministradas com amor, irão determinar a obediência dos liderados em relação à liderança. Isso será também fator que determinará o crescimento do grupo. � Liderança imparcial O líder não pode ter preferências. Não deve tomar partido, se quer ser bem sucedido. Ele lidera um grupo e não grupinhos. Para isso sua postura deverá ser sempre a mesma, independente das circunstâncias. Independente do contexto social dos liderados, o tratamento do líder deve ser o mesmo em relação a todos. Dessa forma ele ganhará a confiança da equipe e, assim, construirão uma história de bênçãos diante do Senhor. � Postura do Líder - No falar - No vestir - Nos relacionamentos com os liderados 31 � Iniciativa O líder precisa ter iniciativa. Ele não pode ficar esperando que o liderado faça aquilo que tem de ser feito por ele. O grupo espera essa atitude do líder. Para ter iniciativa, ele precisa conhecer o contexto que lidera e tomar providências com convicção para ser o exemplo na vida dos liderados. � Motivação - usando estratégias de motivação com o grupo O ser humano é dotado de emoções. Ele reage de acordo com o contexto. Muitas vezes o contexto não reflete a proposta da liderança. Logo os liderados ficam desanimados e morosos em sua caminhada. É necessário que o líder use dos recursos da motivação. É necessário que se desenvolvam projetos que motivem o grupo e que levem os liderados a se envolverem como se os projetos tivessem sido elaborados por eles mesmos. Quando o liderado se sente parte do projeto, ele se empenha para vê-lo realizado. O líder que almeja o sucesso buscará estratégias e caminhos que motivem o grupo para que os alvos sejam alcançados. 11 – UM LÍDER COM PROPÓSITOS � Definindo e comunicando os propósitos Para se definir e comunicar bem os propósitos, o líder precisará fazer pelo menos duas perguntas: “Onde quero chegar?” - “ Por que e para que minha organização existe?” Essas perguntas estarão dando um norte para que ele defina o propósito do grupo que lidera, o qual é definido e expressado à equipe de forma simples, bem como as metas e 31 estratégias para alcançá-lo. Em nosso contexto, o propósito que é apresentado às organizações deve estar em consonância com o propósito geral da Igreja. � Comunicando de forma clara o que se espera do grupo Todo grupo espera que seu líder seja claro e objetivo quando comunica suas propostas, alvos e metas. É fundamental que ele seja coerente e claro. É importante também que o líder respire e viva tudo o que está comunicando aos liderados. Desta forma, sua equipe será coesa e caminhará em parceria com ele. � Apresentando os projetos com alvos mensuráveis para o grupo O líder que lidera com eficácia tem os pés no chão. Não se concebe um líder almejando chegar a lugares altos e vivendo num mundo de fantasias. Todo grupo tem uma estrutura, logo os alvos e propostas devem estar em consonância com a estrutura do mesmo. Os projetos deverão conter alvos que sejam mensuráveis para o atingir os objetivos de todo o grupo. 32 � Envolvendo todo o grupo nos projetos É importante que todos estejam envolvidos nos projetos. Todos podem participar dentro de seu campo de capacidade. Não há ninguém que não possa dar sua parcela de contribuição junto aos projetos que são propostos. Portanto o líder precisará ter a visão alargada para não ficar restrito a um grupo que considera ser mais capacitado que os demais. Agindo dessa forma, todos terão oportunidade de participar e, em muitos casos, o líder verá que pessoas que achavam que não eram capazes de exercer algumas funções, quando receberem a oportunidade, acabarão surpreendendo não só ao líder, mas a todo o grupo. 12 – FINANÇAS NA VIDA DO LÍDER “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar.” (Lc 14.28-30) O princípio básico apresentado por Jesus é: “Administre bem suas finanças”. Administrar de forma prática e saudável as finanças, pelo que vemos nesse texto, é ter o controle das receitas e despesas. Numa linguagem prática usada pelos antigos é: “medir a água e o fubá”. O que Jesus está nos ensinando é viver com os pés no chão. Há muitas pessoas que vivem num mundode fantasia e o pior é que elas proclamam que Deus está nesse mundo. O resultado tem sido o de grandes prejuízos e dissensões na vida de muitas igrejas. Algumas leis estão sendo quebradas e, quando uma lei é quebrada, as consequências certamente virão. No final da história, alguém terá de pagar a conta. Esse não é o caminho que Cristo nos apresenta. A realidade vivida por cada um é diferenciada, porém é necessário que se busque um caminho baseado nessa verdade para que a caminhada seja de sucesso. Existem muitas orientações gerais acerca de controle financeiro que, dentro da realidade de cada um, poderão ser colocadas em prática. O líder não pode se esquecer de que no seu planejamento deverá ser inserido o princípio bíblico da contribuição, que é vivido através dos dízimos e ofertas. Um líder infiel não dá testemunho e colhe os resultados da infidelidade para a sua vida e para a vida do grupo que está liderando. Vivendo na infidelidade, ele acaba sendo pedra de tropeço para os liderados. O caminho, então, deve ser o da fidelidade e o da boa administração. Deus não fará aquilo que podemos fazer. 13 – ALCANÇANDO PROPÓSITOS � Liderar com visão A visão daquele que lidera, imprescindivelmente, precisa ser alargada. Ele precisa caminhar na frente do grupo. Precisa estar sempre norteando a equipe. Liderar com visão é ver além daquilo que as pessoas estão vendo. Isso irá gerar confiança e propiciará um avanço constante na trajetória dessa liderança e no alcance dos propósitos. 33 � Liderar com propósitos definidos Como falamos anteriormente, o líder precisa ter seus propósitos definidos e bem comunicados ao grupo. O grupo conhecerá a razão de sua existência e caminhará sabendo para onde está indo. � Liderar com valores definidos Pensar em valores definidos é ter o controle nas mãos. Os valores são os investimentos que estão sendo feitos no processo de desenvolvimento de um grupo. Quer sejam investimentos financeiros ou alvos idealizados, é necessário que tudo seja projetado de forma clara e definida para a confiança ser gerada no grupo. Ao pensar nesses valores, somos também levados a pensar nos propósitos, pois são justamente eles que determinam a caminhada de todo o grupo. Logo os valores, num todo, deverão ser bem definidos e estar em consonância com o propósito geral do grupo. � Liderar com motivação A motivação está ligada diretamente àquilo em que se está crendo. Logo, se o líder não é motivado, subentende-se que o mesmo não crê em seus projetos. Isso irá gerar desânimo em todo o grupo e consequentemente os alvos e propósitos não serão alcançados. Liderar com motivação é liderar com vida, com entusiasmo. É ter o coração pulsando forte em todos os projetos que são ministrados ao grupo. � Liderar com boa administração Administrar é ter o controle de tudo o que está acontecendo na vida do grupo. Administração e organização andam juntas. Para isso é necessário que se crie uma estrutura administrativa funcional que ajude o grupo a crescer de forma saudável. � Liderar com uma estrutura prática e funcional A funcionalidade é imprescindível na vida de uma liderança que busca o alcance de seus propósitos. Todas as ferramentas que forem trazidas para o contexto do grupo deverão passar pelo crivo da praticidade e funcionalidade. � Liderar avaliando e acompanhando o processo de crescimento É necessário que, periodicamente, o líder esteja fazendo uma avaliação do todo no contexto de sua liderança. Enquanto avalia, também observa e acompanha o processo de crescimento. Isso é fundamental para o líder e também para o grupo. Dentro dessa visão, sempre que encontrar falhas e atrofiamento no crescimento, ele buscará recursos para corrigir os problemas. 34 � Liderar primando sempre pela renovação (contextualização) Os anos vão passando e a organização precisa de renovação. É importante que o líder esteja atento às mudanças que naturalmente irão exigir do grupo que o mesmo se contextualize. Os princípios e verdades bíblicas não mudam, mas os métodos podem mudar. No processo de reciclagem do líder, ele precisará trazer ao grupo condições para que o mesmo esteja atualizado e contextualizado em seu tempo. � Liderar com perseverança Há um texto na palavra de Deus em I Coríntios 15.58 que nos diz: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis (constantes) e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” Esse precisa ser o texto áureo de todo líder que almeja sucesso em sua liderança. Sem perseverança, o milagre não acontece. A firmeza e a determinação, com constância, são fatores que determinam a vitória para o líder e para o grupo que lidera. 14 – VENCENDO OBSTÁCULOS � Incredulidade O líder irá vivenciar muitas situações de incredulidade. Suas propostas, projetos e outros irão confrontar muitas pessoas que são céticas. Elas se tornarão uma barreira em sua trajetória. É importante que o mesmo esteja crendo no chamado de Deus para a sua vida e, em sintonia com Aquele que o chamou, com fé, lutará contra os muros da incredulidade. É preciso, entretanto, buscar orientação e sabedoria vindas do alto para superar a barreira da incredulidade, pois haverá momentos em que ela será gerada até no coração do líder. Mesmo nesses momentos, ele deverá continuar buscando ao Senhor em oração e, certamente, será amparado por Deus e alcançará a vitória. � Inconstância É muito comum as pessoas começarem algo e não terminarem. Isso acontece tanto na igreja como em nosso contexto pessoal. O líder precisará ter determinação para não incorrer no erro da inconstância. O próprio grupo tenderá a ser inconstante, mas o líder que deseja ser vitorioso lutará e vencerá esse obstáculo. � Desânimo O vilão que é o desânimo sempre estará rondando a vida do líder e de seu grupo. Normalmente ele é gerado em razão de fracassos, críticas e outros. O inimigo usará de estratégias para trazer desânimo ao líder e ao grupo que ele lidera. É necessário estar buscando forças em Deus para lutar e vencer mais esse obstáculo. 35 � Estagnação Percebe-se que muitos grupos se lançam a todo vapor e parece que não vão parar nunca. Todavia, ao longo do tempo, a estagnação toma conta e literalmente o grupo para. Essa é mais uma barreira que deverá ser transposta pelo líder que almeja sucesso em sua liderança. � Inveja Infelizmente esse pecado ainda tem estado presente na vida de muitas igrejas. “A inveja é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Esse sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser) e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem.”5 O próprio líder está suscetível a cair nesse pecado. A oração é fundamental para o destronar desse sentimento que não provém de Deus. Em oração, o líder apresentará o grupo e sua própria vida para que o Senhor os livre desse pecado. No poder que há no nome e no sangue de Cristo, esse obstáculo será vencido. � Falsidade O falso imita o verdadeiro, mas não é. Assim também acontece em muitos grupos. Pessoas que parecem ser fiéis ao Senhor não o são. Na vida do líder que almeja sucesso na trajetória de sua liderança, o obstáculo da falsidade também seapresentará. Com o coração no altar de Deus, o líder receberá toda a condição para perceber e tratar o problema da falsidade no meio do grupo. Esse obstáculo será vencido com oração e sabedoria vinda do alto. ____________________________ 5- Wikipédia – Internet 36 15 – PRIMANDO PELO EQUILÍBRIO Quando estava no seminário, um dos professores usou uma frase que me falou profundamente ao coração. Ele disse (paráfrase): “Quando vocês estiverem no ministério, não se esqueçam de que ele é como uma corda e nela há dois extremos. Portanto, nunca estejam em nenhuma das pontas. Primem por estar sempre no meio da corda. Primem, em tudo, pelo equilíbrio, pois é dessa forma que vocês serão abençoados ministerialmente”. Com tristeza vejo, constantemente, líderes que não se preocupam com o equilíbrio. Eles normalmente escolhem uma área ou uma visão e mergulham nela até o pescoço. Com isso, bases não são criadas e certamente o fracasso baterá às suas portas. Em tudo, o melhor caminho deverá ser sempre o do equilíbrio, pois é assim que todo o grupo será abençoado. Benefícios vistos na vida de um líder equilibrado: � consegue ouvir sempre a voz do Senhor; � traz segurança para os liderados; � atende a todas as faixas etárias; � todos os propósitos do grupo são atendidos; � os alvos e objetivos são alcançados. 16 – VALORES QUE NÃO PODEM SER ESQUECIDOS No processo de uma liderança eficaz e dirigida segundo a vontade de Deus, alguns valores não podem ser esquecidos. O líder que atenta para esses valores e os pratica, com certeza, trilhará uma caminhada de sucesso em sua liderança. Vejamos alguns: � gratidão; � humildade; � abertura ao aprendizado; � manutenção do foco; � otimismo. 17 – PROPÓSITOS ALCANÇADOS Quando pensamos em propósitos, no contexto da liderança, nosso olhar se volta para os pontos e benefícios que espera-se alcançar na trajetória de uma liderança eficaz. Abordaremos alguns que consideramos ser relevantes nesse contexto. � A certeza de estar sendo usado como instrumento que cumpre e leva os liderados ao cumprimento dos propósitos que Deus tem para a sua Igreja. A Igreja foi chamada para glorificar a Deus (Mt. 5.13-16 / Jo 4.23) e também para proclamar a salvação aos perdidos (Mt. 28.18-20). 37 � O sentimento de realização pessoal. O líder tem a certeza de que Deus o chamou e, através do sim que foi dado para o Senhor, o querer Dele foi efetuado em sua vida. Não há melhor lugar para estar do que no centro da vontade de Deus (Isaías 6.8). � A alegria de ver vidas sendo treinadas e novos líderes se levantando para darem continuidade à obra do Senhor. Paulo treinou Timóteo para o ministério (II Tm 4. 1-5). � A certeza da recompensa que vem de Deus "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1Co 15.58). O apóstolo Paulo nos mostra, através desse texto, o quanto Deus está interessado em recompensar àqueles que se envolvem de forma plena em Sua obra. Os que são firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, com certeza, serão recompensados. O Senhor que conduz e controla toda a obra sabe quando e como recompensar seus filhos. CONCLUSÃO: Como falamos no início, é inconcebível a realidade de uma sala de aula sem professor ou de um corpo sem cabeça. Assim também, todo grupo ou comunidade precisa de liderança. O que vimos nesse módulo foram princípios bíblicos e básicos para nortearem a vida daquele que almeja a liderança eficaz. O presente material não encerra o tema, mas foi apresentando com o objetivo de despertá-lo à busca de outros valores e conhecimentos que possam ajudá-lo nessa nobre tarefa dada por Deus àquele que é chamado para liderar em sua obra. Apresente sua vida ao Senhor e, em oração, abra o seu coração para o toque do Espírito. É possível que Deus já o tenha chamado para o ofício da liderança ou até mesmo para o ministério missionário ou pastoral. É possível que Deus ainda vá chamá-lo para o seu serviço. Confie no Senhor! Ele tem o controle de todas as coisas. Ele tem o poder de fazê-lo prosperar como líder, contribuindo, assim, efetivamente, para que o Seu Reino seja instaurado em muitos corações. 38 BIBLIOGRAFIA _______________________________________________________ 1- Bíblia Sagrada 2- Wikipédia – Internet 3- SHEDD, Russell Philip. O Líder que Deus usa. São Paulo: Vida Nova, 2000 4- COMUNICAÇÃO - www.grupoescolar.com/materia/elementos_da_comunicacao. 5- COMUNICAÇÃO - http://formacao.atwebpages.com/4_2_1_elementos_comunicacao. 6- TEMPERAMENTOS – Baseado em informações internet Pr. Waldyr Silva do Carmo C.T.B. – Curso Teológico Básico IGREJA CASA DE ORAÇÃO CEHAB http://casadeoracaocehab.blogspot.com prwaldyrcarmo@yahoo.com.br