Prévia do material em texto
Teísmo Cristão DOOYEWEERD, Herman. Raízes da cultura ocidental. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. NASH, Ronald H. Questões últimas da vida: uma introdução à filosofia. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. RYKEN, Philip Graham. Cosmovisão Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2015. Teísmo, pressuposto central Inicia-se com a compreensão do Ser de Deus e sua relação com a criação. O teísmo cristão depende de seus conceitos de Deus, porque sustenta que tudo deriva dele. A grandeza de Deus é a sua doutrina central. Teísmo, pressuposto central Para o Teísmo Cristão a realidade primordial é o Deus infinito e pessoal revelado nas Escrituras sagradas. Esse Deus é triúno, transcendente e imanente, soberano e bom. Vamos por partes... Deus é infinito → significa que ele está além de qualquer medida [...] Ele não tem semelhante; só ele é o ser total e fim total da existência. Ele é, na verdade, o único ser autoexistente. Assim, Deus é o existente primordial, a única realidade primordial e a única fonte de todas as outras realidades. Teísmo, pressuposto central Vamos por partes... Deus é pessoal → A personalidade requer duas características básicas: autorreflexão e autodeterminação. Deus é transcendente → Significa que Deus está além de nós e do nosso mundo. Ele é diferente. Contudo, Deus não está tão além que não tenha nenhuma relação conosco e com nosso mundo. É igualmente verdade que Deus é imanente → Deus está conosco. Olhe para uma pedra; Deus não é ela, mas está presente. Olhe para uma pessoa; Deus não é ela, mas está presente. Deus é imanente aqui, em todos os lugares, em sentido totalmente harmonioso com sua transcendência, pois Deus não é matéria, mas Espírito. Teísmo, pressuposto central Vamos por partes... Deus é onisciente → Significa que Deus é conhecedor de todas as coisas. Ele é a fonte última de todo o conhecimento e toda a inteligência. Deus é soberano → este aspecto é como uma ramificação adicional da infinitude de Deus, mas mais diretamente voltada a seu interesse em governar, atentar, por assim dizer, a todas as ações do universo que lhe pertence. Assim, nada está fora do interesse, controle e autoridade últimos de Deus. Teísmo, pressuposto central Vamos por partes... Deus é bom → a bondade é a natureza do seu caráter e se expressa de duas maneiras: a) pela santidade (que enfatiza a justiça divina absoluta, que não tolera nenhuma sombra de mal); b) pelo amor (o que o leva ao auto sacrifício e à plena extensão de seu favor a seu povo, chamado nas Escrituras hebraicas de “rebanho do seu pastoreio”); Os pressupostos moldadores da Cosmovisão cristã estão contidos no tema central da Escritura: Criação-Queda-Redenção. Teísmo, pressuposto central Teísmo, pressuposto: Criação Deus estabeleceu, por meio de sua Palavra, o significado de todas as coisas criadas, inclusive das leis ordenadoras da realidade física, natural, moral, social e histórica. Deus criou e mantém todas as coisas por meio de sua Palavra e de seu Espírito; O mundo é criação de um Deus trino eterno, absolutamente soberano, transcendente, mas pessoal; Teísmo, pressuposto: Criação Este Deus criador e mantenedor de todas as coisas, se revela por meio de sua Palavra e de seu Espírito. Das criaturas de Deus o homem é a que mais se distingue, pois é o único que pode se relacionar de maneira pessoal com Ele. Há uma distinção quantitativa e qualitativa, entre Deus e sua criação. Teísmo, pressuposto: Criação O ponto de contato pessoal entre o Criador e a criatura se dá sempre por meio da Palavra e do Espírito. No seu aspecto objetivo, toda revelação de Deus na história se deu por meio de acomodação linguística (antropopatismos e antropomorfismos), acomodação imagética (teofanias) e acomodação pessoal (encarnação). Deus criou todas as coisas para a sua glória. Por isso, a criação com todo o seu potencial é, por natureza, boa e santa. Logo, a finalidade e a realização de todas as coisas é convergir para a glória de Deus. O homem só pode se realizar vivendo de conformidade com este propósito. A fim de revelar as suas perfeições, Deus dotou a criação de potencialidades que devem ser conhecidas e desenvolvidas no processo de abertura cultural. Resumindo o propósito da Criação Teísmo, pressuposto: Criação No seu aspecto subjetivo, Deus se revela direta e pessoalmente no coração do homem, mas sempre por meio de sua Palavra e de seu Espírito. Daí porque toda tentativa de se conhecer a Deus e manter comunhão com ele que não seja por meio de sua Palavra resultará em especulação e religiosidade. “O mundo moderno está cheio das velhas virtudes cristãs enlouquecidas. As virtudes enlouqueceram porque foram isoladas umas das outras e estão circulando sozinhas.” (CHESTERTON, G. K. Ortodoxia. p. 52) Teísmo, pressuposto: Queda Embora criado originalmente bom, o mundo foi amaldiçoado por Deus por causa do pecado do homem. A queda causou efeitos catastróficos à raça humana e à criação. Com a queda a direção do coração do homem e, por conseguinte, da sociedade e do desenvolvimento histórico-cultural, passaram a seguir um outro itinerário. Apesar da maldição imposta por Deus à criação, a sua graça não permite que a existência do mal destrua a estrutura criada (graça comum). Teísmo, pressuposto: Queda A queda do homem foi radical, afetando todo o seu ser, não restando nele nada de espiritualmente neutro ou isento; tudo nele tende à rebelião contra Deus e sua Palavra Todos as manifestações punitivas de Deus sobre o homem e a criação caídos resultam de sua justiça santa. Teísmo, pressuposto: Redenção Sendo os efeitos da queda, universais e radicais, sobre a criação de Deus, a redenção também deve ser encarada como um ato da misericórdia de Deus de proporções cósmicas. A Palavra que antes da queda tinha um caráter exclusivamente regulador e revelacional, agora passa a ter um caráter redentivo. Deus, no decurso da história, tem revelado a sua Palavra com a finalidade de restaurar os homens à plena comunhão com ele. Em Cristo e pelo Espírito, Deus redime o homem do cativeiro do pecado e paulatinamente o restaura à sua primeira condição. Teísmo, pressuposto: Redenção ➢ Em virtude da radicalidade da redenção, a própria criação inanimada será redimida da condição amaldiçoada na qual se encontra, o que certamente ocorrerá na consumação do século e na manifestação plena do Reino. ➢ A despeito do estado de miséria no mundo, cabe a cada crente a manutenção do mandato cultural, na tentativa de “redimir” tudo aquilo que, por natureza, pertence à boa criação, mas que por causa da queda, foi maculado pelos efeitos do pecado. ➢ Isso envolve todas as manifestações culturais que refletem, em algum nível, a glória dos atributos de Deus. ➢ Todo processo redentivo é resultado total e incondicional da graça de Deus. Concluindo ... A Cosmovisão Teísta que se mantém sob os pilares da Criação, Queda e Redenção, se propõe a responder aos principais questionamentos da existência humana: De onde viemos? Qual é o nosso propósito neste mundo? Compreender a Cosmovisão Cristã e sua aplicação, ou seja, seu horizonte além da camada religiosa, não implica, necessariamente, proselitismo. Obrigado! Slide 1: Teísmo Cristão Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19