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Manual Prof Direito aplicado

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Manual do Professor 
Direito Aplicado a Cursos Técnicos
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Manual do Professor
1. Introdução
Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considerada 
de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois 
alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhecer” e 
do “saber ser”; é a formação integral do estudante. 
Este livro didático é mais uma ferramenta para a formação integral, pois 
alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológi-
cas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.
Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor, 
as práticas laboratoriais, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes 
a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogica-
mente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor 
dessas atividades formativas.
Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do 
trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação 
cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelec-
tual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em 
atividades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas 
à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cida-
dãos produtivos. 
Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo 
da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do 
Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em 
um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-
blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, 
física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral 
passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, 
preparando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações 
e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos 
para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem 
durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus 
estudos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu iti-
nerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente 
formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar 
um curso técnico.
Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-
rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação 
de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.
1.1 Por que a Formação Técnica de Nível Médio É 
Importante? 
O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por 
meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtividade 
industrial e melhoria da qualidade de vida. 
Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:
• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm ape-
nas o Ensino Médio;
• Maior estabilidade no emprego;
• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho;
• Facilidade em conciliar trabalho e estudos;
• Mais de 72% ao se formarem estão empregados;
• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gos-
tam e em que se formaram.
Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação 
profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio 
Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, 
entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), 
investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empre-
sas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais 
eficiente às diferentes necessidades dos negócios.
Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional 
e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada 
“Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis 
recebem salário na média da categoria. O percentual dos que qualificaram a 
formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.
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2. Ensino Profissionalizante no Brasil e 
Necessidade do Livro Didático Técnico
O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de 
combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos téc-
nicos podem ser ofertados da seguinte forma:
a) Integrado – ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de for-
mação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na 
mesma escola e no mesmo turno.
b) Concomitante – num turno o aluno estuda numa escola que só 
oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a forma-
ção técnica.
c) Subsequente – o aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já 
ter concluído o Ensino Médio.
Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de pro-
fissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, 
que é uma variante da forma integrada. 
Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo 
Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos 
Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional. 
O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações 
de cursos. Estes estão organizados em 12 eixos tecnológicos, a saber: 
1. Ambiente, Saúde e Segurança
2. Apoio Educacional
3. Controle e Processos Industriais
4. Gestão e Negócios
5. Hospitalidade e Lazer
6. Informação e Comunicação
7. Infraestrutura
8. Militar
9. Produção Alimentícia
10. Produção Cultural e Design
11. Produção Industrial
12. Recursos Naturais.
Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a 
parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de 
temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e 
infraestrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser 
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função 
indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambien-
tais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio. 
Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a 
oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais passa-
ram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados 
divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos 
na educação profissionalizante passou de 693 mil em 2007 para 795 mil em 
2008 – um crescimento de 14,7%. A demanda por vagas em cursos técnicos 
tem tendência para aumentar, tanto devido à nova importância social e legal 
dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.
COMPARAÇÃO DE MATRÍCULAS BRASIL
Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2007 e 2008.
Etapas/Modalidades de 
Educação Básica
Matrículas / Ano
2007 2008 Diferença 2007-2008 Variação 2007-2008
Educação Básica 53.028.928 53.232.868 203.940 0,4
Educação Infantil 6.509.868 6.719.261 209.393 3,2
•	 Creche 1.579.581 1.751.736 172.155 10,9
•	 Pré-escola 4.930.287 4.967.525 37.238 0,8
Ensino Fundamental 32.122.273 32.086.700 –35.573 –0,1
Ensino	Médio 8.369.369 8.366.100 –3.269 0,0
Educação	Profissional 693.610 795.459 101.849 14,7
Educação Especial 348.470 319.924 –28.546 –8,2
EJA 4.985.338 4.945.424 –39.914 –0,8
•	 Ensino	Fundamental 3.367.032 3.295.240–71.792 –2,1
•	 Ensino	Médio 1.618.306 1.650.184 31.878 2,0
Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.
No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo 
de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de 
trabalho, já que falta trabalhador ou pessoa qualificada para assumir imedia-
tamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar 
com o treinamento de seus funcionários, treinamento esse que não dá ao 
funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.
Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estu-
dantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.
Outro fator que determina a busca pelo ensino técnico é ser este uma 
boa opção de formação secundária para um grupo cada vez maior de estudantes. 
Parte dos concluintes do Ensino Médio (59% pelo Censo Inep, 2004), por diver-
sos fatores, não buscam o curso superior. Associa-se a isso a escolarização líquida 
do Ensino Fundamental, que está próxima de 95%, e a escolarização bruta em 
116% (Inep, 2007), mostrando uma pressão de entrada no Ensino Médio, pelo 
fluxo quase regular dos que o concluem.
A escolarização líquida do Ensino Médio 
em 2009 foi de 53%, enquanto a bruta foi de 84% 
(Inep, 2009), o que gera um excedente de alunos 
para esta etapa.
 Escolarização líquida é a relação entre a popu-
lação na faixa de idade própria para a escola e o 
número de matriculados da faixa. Escolarização 
bruta é a relação entre a população na faixa 
adequada para o nível escolar e o total de matri-
culados, independente da idade.
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Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno 
de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos o esquema a seguir, concluímos 
que em breve devemos dobrar a oferta de Nível Médio, pois há 9,8 milhões 
de alunos com fluxo regular do Fundamental, 8 milhões no excedente e 
3,2 milhões que possuem o Ensino Médio, mas não têm interesse em cursar o 
Ensino Superior. Além disso, há os que possuem curso superior, mas buscam 
um curso técnico como complemento da formação.
A experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da 
educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar ideali-
zado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 795 mil estudantes matriculados, 
para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos três milhões de 
estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos. 
Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino 
Médio profissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os 
advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomen-
dado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram 
a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua 
volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à formação profis-
sional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida 
e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação 
específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modali-
dade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.
Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de aborda-
gem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para 
maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso 
e como será ofertado. 
Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como 
foi concebido reforça a formação geral, pois está contextualizado com a prá-
tica social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da 
ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais 
disciplinas do Ensino Médio.
Interessados com 
Ensino Fundamental 
Estimativa 8 milhões.
Com Ensino Médio 
3,2 milhões.
Ensino Fundamental 
116% bruta
94,6% líquida (2007)
TéCnICo
Subsequente
Com curso 
Superior
PR
oE
JA
Integração
9,8 milhões
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação téc-
nica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, 
no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de 
qualidade e quantidade do Ensino Médio.
3. O Que É Educação Profissionalizante?
O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas 
em atividades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente 
relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da 
produção, por isso a escolarização é imprescindível nesse processo.
4. Elaboração dos Livros Didáticos 
Técnicos
Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado 
a segundo plano por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é prati-
camente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar 
livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes tra-
duções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por 
serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que 
professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos. 
Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado 
ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em 
média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferen-
ciadas, para que aprender deixe de ser um simples ato de memorização e 
ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.
Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão 
afastados das salas de aula há muitos anos e veem no ensino técnico uma 
oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.
5. O Livro Didático Técnico e o 
Processo de Avaliação
O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: 
realizar prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a 
educação é concebida como mera transmissão e memorização de informa-
ções prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo. 
Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geral-
mente para embasar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para 
fins de progressão do aluno.
O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e 
refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avalia-
ção tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo. 
Mas precisamos ir além.
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A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem 
dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento 
de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática 
com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do 
conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em 
geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.
A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhe-
cimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades 
dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada 
etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista 
a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendizagens dos estudantes, com possíveis 
demandas de intervenções, que caracterizam o processo avaliativo, formalizando, para efeito 
legal, os progressosobtidos.
Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, 
promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um 
processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados 
pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo 
efeito na aprendizagem dos alunos. 
Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de erros e 
encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de rumos, nós 
chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendizagem, 
mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas 
para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de 
um “processo de avaliação”. 
O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando 
encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o 
progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos 
assuntos abordados. 
Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar 
conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coisas. Quem sabe 
fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um 
horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante. Pode ser ainda que a apren-
dizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso 
de ensaios no laboratório, chegando a conclusão que este aluno necessita de um processo de 
ensino/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.
Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. 
Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/aprendizagem, e esta, por 
sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente 
aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos 
avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.
Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada 
qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser 
usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras 
criativas formas.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
5.1 Avaliação e Progressão
Para efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre considerar os avanços alcançados 
ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este 
aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a perguntar-se: 
Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor 
e a escola podem embasar o deferimento da progressão do estudante.
Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais 
para todos os “formandos”. 
Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, 
de verificar se deu um passo a mais em relação as suas competências. Os diversos estudantes terão 
desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta possi-
bilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades 
estarão aptos a progredir.
A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.
Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação oportuniza 
justiça, transparência e qualidade.
5.2 Tipos de Avaliação
Existem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante é que o 
docente conheça várias técnicas para poder ter um conjunto de ferramentas a seu dispor e esco-
lher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.
Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envolvem na sua própria 
avaliação.
A avaliação pode incluir:
1. Observação
2. Ensaios
3. Entrevistas
4. Desempenho nas tarefas
5. Exposições e demonstrações
6. Seminários
7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de 
um período de tempo.
8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)
9. Elaboração de projetos
10. Simulações
11. O pré-teste
12. A avaliação objetiva
13. A avaliação subjetiva
14. Autoavaliação
15. Autoavaliação de dedicação e desempenho
16. Avaliações interativas
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17. Prática de exames
18. Participação em sala de aula
19. Participação em atividades
20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação discente pelo grupo de 
professores.
No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destacadas poderão resul-
tar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas 
tarefas”. Poderão resultar em avaliações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado 
oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.
Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criatividade em prol de um 
processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento 
máximo das competências do aluno.
6. Objetivos da Obra
Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com 
o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvimento das habilidades por meio 
da construção de atividades práticas, fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado 
acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com 
o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tornando-o 
vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões. 
Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de apren-
dizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complementares, úteis e 
necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvi-
dos no capítulo.
A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradável e 
instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto-e-branco para 
ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de 
cara feia permanentemente. Isso é antididático.
O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre 
necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. 
Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.
Neste manual do professor apresentamos:
•	 Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas;
• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático;
• Sugestões para a gestão da sala de aula;
• Uso do livro;
• Atividades em grupo; 
• Laboratório; 
• Projetos.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suple-
mentares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação 
e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus 
objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apresentam-se diversos instrumen-
tos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.
7. Referências Bibliográficas Gerais
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à práticaeducativa. São Paulo: Paz e 
Terra, 1997.
FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São 
Paulo: Cortez, 2005.
BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prá-
tica. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. 
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.
SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual 
Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.
net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.
8. Orientações ao Professor
A presente obra se destina a propiciar o conhecimento básico do Direito aos alunos de 
cursos técnicos. Por essa razão, possui como principal objetivo apresentar as principais ques-
tões jurídicas de forma prática e objetiva, sempre correlacionando a teoria com a vivência dos 
alunos.
Tal correlação é imprescindível para o bom andamento das aulas e compreensão dos con-
teúdos propostos. Assim, de forma a auxiliar e guiar o professor nesta diferenciada e inovadora 
forma de lecionar Direito, a presente obra se preocupa em sugerir abordagens específicas ao 
professor, bem como atividades que despertam o interesse do aluno de curso técnico para o 
estudo jurídico. 
8.1 Objetivos do Material Didático
Situar o aluno de curso técnico no ambiente jurídico de forma a compreender que a 
observância do ordenamento jurídico é imprescindível no exercício de qualquer atividade.
Por meio desta obra, o aluno estará preparado para identificar situações jurídicas e tomar 
as primeiras atitudes para solucionar os conflitos no dia a dia de sua atividade laboral.
8.2 Princípios Pedagógicos
Para o estudo do Direito a abordagem teórica é imprescindível. Porém, de forma a facilitar e 
tornar mais agradável o aprendizado do aluno de curso técnico, esta obra relaciona a teoria com a 
prática vivenciada por ele no dia a dia.
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8.3 Articulação do Conteúdo
O conteúdo desta obra pode ser articulado com todas as disciplinas em que haja necessi-
dade de conhecimentos jurídicos. É sabido que em praticamente todas as atividades, inclusive 
técnicas, é imprescindível o conhecimento, ainda que básico, sobre o ordenamento jurídico 
nacional e até internacional. Por essa razão, a presente obra pode ser utilizada em quase todos os 
cursos previstos no catálogo de cursos técnicos.
8.4 Atividades Complementares
No decorrer da obra sugerimos a realização de várias atividades complementares, de forma 
a auxiliar aluno e professor na fixação do conteúdo apresentado. Várias sugestões de abordagem 
do conteúdo também são demonstradas no livro do professor.
8.5 Sugestões de Leitura
AZAMBUJA, D. Teoria geral do estado. 34. ed. São Paulo: Globo. 1995. 
BASTOS, C. R. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. São Paulo: Saraiva. 1986.
_____. Curso de direito financeiro e de direito tributário. 6. ed. Ampliada e atualizada. São Paulo: 
Saraiva, 1988.
BITTENCOURT, M. V. C. Manual de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Fórum, 2005.
CARVALHO, P. de B. Curso de direito tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
COELHO, F. U. Manual de Direito Comercial. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
DALLARI, D. Elementos da teoria Geral do Estado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1979.
DELGADO, M. C. Manual de Direito do Trabalho e Previdenciário. 5. ed. São Paulo: LTR, 2006. 
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
FRIEDE, R. Curso Resumido de Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro: Forense 
Universitária, 2002. 
LIPPERT, M. M. A empresa no código Civil. Elementos de unificação no Direito Privado. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
LIMA, A. O. Manual de Redação Oficial: Teoria, modelos e exercícios. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2005. 
MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.
NASCIMENTO, A. M. Curso de Direito do Trabalho. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
REALE, M. O novo Código Civil e seus críticos. Site do Acadêmico do Direito. Disponível em: 
<http://www.sadireito.com/artigos/civil/civ-002.htm>. Acesso em: 31 maio 2004.
SABBAG, E. M. Elementos do direito tributário. 10. ed. São Paulo: Premier Máxima, 2009.
SUNDFELD, C. A. Fundamentos de Direito Público. 3. ed. São Paulo: Malheiros 1998.
VELLOSO, A. P. Constituição Tributária Interpretada. São Paulo: Atlas, 2007.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
8.6 Sugestão de Planejamento
Este livro foi elaborado para dar suporte ao professor prevendo 50 horas aula. A sugestão 
de planejamento que anunciamos segue neste diapasão. Mas é altamente recomendado que 
o professor da disciplina incremente suas aulas com textos e atividades complementares em 
conformidade com seu jeito de ministrar as aulas, sobretudo potencializando sua especialização 
e aplicando sua criatividade em prol do incremento do processo educativo.
Semestre 1
Primeiro Bimestre
Capítulo 1 – Organização Empresarial e o Direito
Capítulo 2 – Direito Constitucional
Capítulo 3 – Direito Civil
Objetivos
• Apresentar noções básicas de introdução ao estudo do Direito.
• Demonstrar a evolução do ordenamento jurídico no país.
• Aplicar os conceitos vistos em aula na análise e redação de contratos.
Atividades
• Dentro da realidade empresarial, localizar situações e setores de trabalho em que é neces-
sário o conhecimento de regras jurídicas.
• Situar e separar as situações fáticas que necessitam de regulação dentro de cada um dos 
ramos do Direito.
• Analisar, redigir e identificar os pontos imprescindíveis para a formalização de um con-
trato ideal.
Segundo Bimestre
Conteúdo
Capítulo 4 – Direito Empresarial
Capítulo 5 – Direito Societário
Capítulo 6 – Títulos de Crédito e Contrato Mercantil
Objetivos
• Compreender a origem do comércio e a importância do estudo do Direito Empresarial.
• Comparar e escolher a melhor forma de personificação das atividades empresárias para 
cada caso.
• Demonstrar a forma de circulação dos títulos de crédito.
• Incentivar o conhecimento sobre os direitos e deveres do cidadão na qualidade de consu-
midor e fornecedor de bens e serviços.
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Atividades
• Identificar a origem histórica do comércio e sua importância para o 
surgimento e desenvolvimento das sociedades.
• Analisar os requisitos para constituição de cada um dos tipos de socie-
dades empresárias e as principais características destas. 
• Fazer réplicas dos títulos de crédito, identificando as principais carac-
terísticas e requisitos legais para a formalização de cada um.
Semestre 2
Primeiro Bimestre
Capítulo 7 – Direito Tributário 1
Capítulo 8 – Direito Tributário 2
Objetivos
• Aplicar os conceitos teóricos do Direito Tributário na realidade empre-
sarial do país.
• Raciocinar acerca da adequação dos tributos, bem como da realidade 
tributária atual.
• Identificar e compreender a origem, a necessidade e o objetivo da 
cobrança de tributos.
Atividades
• Explicar o conceito de tributo, decompondo em pormenores cada uma 
de suas partes.
• Localizar na norma legal cada um dos princípios tributários, fortale-
cendo a aplicação de cada um deles.
• Diferenciar imunidade de isenção tributária, ressaltando a importância 
prática dessa diferenciação.
Segundo Bimestre
Conteúdo
Capítulo 9 – Direito do Trabalho 1
Capítulo 10 – Direito do Trabalho 2
Objetivos
• Identificara origem da regulamentação das normas trabalhistas, bem como 
demonstrar a continuidade desta proteção do trabalho e do trabalhador.
• Conhecer os princípios aplicáveis ao Direito do Trabalho.
• Demonstrar a formação de uma relação de emprego, bem como sua 
formalização por meio do contrato de trabalho.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Atividades
• Correlacionar situações práticas aos princípios do Direito do Trabalho.
• Realizar análise crítica do contrato de trabalho, demonstrando seus requisitos mínimos e 
formas de alteração.
• Realizar, por meio de situação hipotética, o cálculo estimativo de verbas trabalhistas, tais 
como férias e 13º salário.
9. Orientações Didáticas e Respostas das 
Atividades
Capítulo 1
Orientações – página 9
O professor deve incentivar os alunos a identificar e analisar situações do cotidiano em 
que são aplicadas regras jurídicas. É importante que os alunos observem que o direito não está 
alheio às atividades e relações humanas, mas foi criado para regulamentar as condutas humanas 
e auxiliar o profissional da organização empresarial a desempenhar suas funções sempre de 
acordo com a legislação.
Neste início, é importante o professor apresentar aos alunos uma visão geral da incidência 
das regras jurídicas no dia a dia de uma organização empresarial e das atividades do aluno como 
técnico. O aluno deve ser motivado a localizar situações em que seja necessária a aplicação do 
direito. Assim, visualizará com precisão a necessidade do estudo do direito para exercício de 
suas atividades técnicas dentro de uma empresa, bem como a sua aplicação prática no dia a dia 
de uma organização pública ou privada.
Resposta – página 10 
Resposta pessoal.
Orientações – página 17
A divisão do direito em ramos além do possuir importância didática, auxilia o aluno na 
melhor compreensão do direito como um todo. É importante apresentar situações do dia a dia 
para que os alunos reflitam e identifiquem a que ramo do direito cada situação faz parte. Essa 
atividade, além de fixar o conteúdo apresentado em aula, é uma atividade prática de sala inte-
ressante e dinâmica, permitindo que cada um compartilhe as experiências adquiridas na área do 
direito durante o exercício da sua atividade técnica profissional.
Respostas – página 20
1) RH – Direito do Trabalho.
 Contabilidade – Direito Tributário.
 Compras – Direito Comercial. 
 Vendas – Direito do consumidor.
2) Porque é um instrumento utilizado pelo homem para modificar o meio onde vive visando 
a sua sobrevivência.
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3) • Texto legal, que representa as expressões escritas do texto normativo, resultado do 
trabalho do legislador;
	 • Vetor interpretativo, resultado da interpretação do aplicador do direito;
	 • Julgamento, que é o resultado da concretização da norma no seu sentido exato aplicado 
ao caso concreto determinado pela atuação do magistrado.
4) Imperatividade – A norma jurídica tem um comando legal uma determinação, portanto 
imperativo, indicando que a realização de uma conduta fica sujeita a sanção.
 Hipotecidade – A norma define a conduta que evita a sanção. Assim, toda regra jurídica 
contém a previsão genérica – a hipótese – de um fato ou conduta, com o consequente 
enunciado do que ocorrerá em caso de transgressão. 
 Generalidade e Abstração – A norma é geral e abstrata, pois não regula um caso em par-
ticular, mas todas as situações fáticas que se subsumem a sua descrição. É abstrata porque 
prescreve uma conduta geral que se destina a um número indeterminado de pessoas.
 Bilateralidade – A norma jurídica ao descrever, estabelecer e impor condutas carac-
teriza-se pela bilateralidade. Ela relaciona os direitos de um e estabelece os deveres de 
outrem. Essa bilateralidade é a base da relação jurídica, pois não há direito de alguém que 
não se oponha à obrigação ou ao dever do outro.
 Coercibilidade e Sanção – A norma jurídica é dotada de coerção, ela obriga aquele 
que se submete a ela de obedecer a seus comandos. Se não observada à regra jurídica, 
a sanção é imposta pelo Estado para obrigar o descumpridor da norma ou puni-lo pelo 
descumprimento. A sanção, portanto, é uma coação, sendo o meio instrumental pelo qual 
se reafirma a norma caso ocorra a sua de transgressão. Veja que a coercibilidade é externa 
à norma, embora relacionada a ela, ganha contornos materiais na hipótese de violação.
5) Lei – é o centro gerador do direito consiste na norma jurídica imposta pelo Estado e 
tornada obrigatória em sua observância. A Lei é a principal fonte do direito.
 Costume – repetição de práticas que se entranharam no espírito social e passam a ser 
entendidas como obrigatórias. O uso reiterado de uma prática ou de um hábito integra 
o costume. Os usos e os hábitos transformam-se em costume quando a prática reiterada 
torna-se obrigatória na consciência social. Portanto, o costume é a reiteração constante e 
uniforme de uma conduta, na convicção de esta ser obrigatória decorrente de uma prática 
constante, longa e repetitiva.
 Analogia – É um recurso técnico que consiste em se aplicar, a uma hipótese não prevista 
pelo legislador, a solução por ele apresentada para um caso fundamentalmente semelhante 
e não previsto na norma jurídica. Pode ser legal, ou seja, uma norma que se aplique aos 
casos semelhantes, ou analogia jurídica, extração de princípios para mostrar determinada 
situação não prevista na Lei.
 Doutrina – Interpretação da lei feita pelos estudiosos da matéria, fruto do estudo de pro-
fessores de direito, filósofos do direito, estudiosos, operadores do direito que traduzem o 
sentido das normas em suas obras.
 Jurisprudência – conjunto uniforme e constante das decisões judiciais sobre casos seme-
lhantes. É a decisão reiterada dos tribunais sobre casos que possuem a mesma pertinência 
fática.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
 Princípios gerais do direito – são enunciações normativas de valor genérico que condi-
cionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, quer seja para a sua aplicação, 
quer seja para a elaboração de novas normas.
 Equidade – consiste no uso do chamado bom senso fazendo a razoável adaptação da lei 
ao caso concreto. É a justiça no caso concreto.
6) Direito empresarial – compra e venda de mercadorias.
 Direito do trabalho – emprego.
 Direito administrativo – Serviço Público.
Capítulo 2
Orientações – página 22
O professor deve identificar os elementos caracterizadores do Estado demonstrando no 
dia a dia a importância desses elementos, isto será mais bem compreendido com exemplos de 
matérias jornalísticas e notícias de situações envolvendo a soberania do país, o seu território e a 
nacionalidade.
Orientações – página 28
O professor deve demonstrar a importância da Constituição Federal, a existência de uma 
matéria que só estuda esse importante documento, os tipos de constituições e a evolução his-
tórica do constitucionalismo. Importante fazer com que os alunos manuseiem a Constituição 
Brasileira e entendam a forma de estruturação de seu texto, suas partes e o seu contexto. 
Orientações – página 28
O professor deverá propiciar que o aluno identifique os direitos e as garantias funda-
mentais, suas características e os tipos e de como esses direitos são concedidos aos brasileiros. 
O reconhecimento poderá ser feito com questões pessoais ou matérias de jornais, revistas e 
Internet, posto que a violação dos direitos fundamentais é uma constante em todas as sociedades 
do mundo, sendo muito importante que o aluno se conscientize dessas injustiças.
Respostas – página 34
1) É um agrupamento humano com território definido, politicamente organizado que, em 
geral, guarda a ideia de nação. É uma sociedade política que engloba outras sociedades 
(civis, comerciais, políticas)em um território fixo e determinado, não se submetendo ao 
poder de nenhum outro Estado.
2) O aluno deverá falar sobre a teoria de Montesquieu.
3) A soberania é a independência, a capacidade dos Estados de agirem livremente no plano 
internacional. No plano interno, é entendida como Supremacia, que é o poder de esta-
belecer normas para toda a Nação, em caráter final e irrevogável. Território delimita o 
âmbito de incidência do poder do Estado. É a área geográfica onde a moeda nacional tem 
curso forçado, e onde a justiça nacional tem poder de incidência. Povo, juridicamente, é 
um conjunto de cidadãos de um estado. No Brasil, o artigo 12 da Constituição Federal 
define quais as pessoas que possuem o direito de serem chamados de Brasileiros, estes por 
sua vez se dividem em Brasileiros Natos e Naturalizados.
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4) A Constituição é a Lei fundamental do País, composta por um sistema de normas jurí-
dicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, o seu Governo, o modo 
de aquisição e o exercício do poder político, a estrutura dos órgãos governamentais, os 
limites do exercício, os direitos e as garantias fundamentais do homem.
5) Significa que toda atuação do estado deve estar de acordo com a Constituição, todo exer-
cício do poder político só pode ser autorizado pela Constituição somente confere poderes 
e competências governamentais, que são exercidos segundo as atribuições e termos cons-
titucionais, visto que todas as normas que integram a ordenação jurídica nacional só serão 
válidas se conformarem com as normas constitucionais federais.
6) Ambos referem-se à proteção das condições de vida digna do homem, visto que os direi-
tos humanos se referem ao plano internacional e aos direitos fundamentais no plano 
nacional.
7) Historicidade – a sua conquista decorre de acontecimentos históricos.
 Inalienabilidade – não possuem conteúdo econômico patrimonial não podem ser ven-
didos ou negociados.
 Imprescritibilidade – a ausência de uso de um direito fundamental não acarreta na 
perda deste direito.
 Irrenunciáveis – não podem ser renunciados, o seu destinatário não pode abrir mão ou 
solicitar que ele não seja observado.
 Pessoalidade – são inerentes à pessoa e não podem ser repassados a outras pessoas nem 
mesmo por herança.
 Relatividade – não são absolutos e um direito fundamental pode relativizar a aplicação 
de outro direito fundamental.
 Concorrência – pode existir a aplicação concomitante de mais de um direito fundamen-
tal sobre o mesmo caso ou pessoa.
 Universalidade – são universais e devem ser reconhecidos por todos os estados e em 
favor de todas as pessoas.
 Proibição ao Retrocesso – uma vez concebido ao povo não pode mais ser revogados 
pelo governante.
8) As cláusulas pétreas representam determinados assuntos que não podem ser removidos 
da Constituição Federal e estão elencados no art. 60 § 4º, inc. IV da Constituição Federal, 
entre esses assuntos encontram-se os direitos fundamentais que uma vez concedidos não 
podem mais ser revogados por força da proibição do retrocesso.
9) Resposta pessoal. O aluno deve buscar reportagens sobre violação do direito a vida, segu-
rança e liberdade.
Capítulo 3
Orientações – página 35
Nesta primeira aula de direito civil, o professor deve apresentar o Código Civil aos alu-
nos e fazer com que eles o manuseiem e se familiarizem com a sua divisão. Após as questões 
inerentes à pessoa física, devem ser demonstradas e sempre que possível ligadas a questões do 
cotidiano do aluno, propiciando melhor compreensão das relações sociais entre as pessoas.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Orientações – página 39
O professor deverá correlacionar às pessoas jurídicas com as empresas e forma de atuação 
destacando a forma de constituição e as peculiaridades do direito brasileiro. É interessante 
a indicação de casos práticos e, se possível, a verificação prática dessas questões em alguma 
empresa que deverá servir de modelo para a aula.
Orientações – página 40
O professor deve demonstrar as questões dos bens e a sua importância nas relações jurí-
dicas, bem como a importância da classificação para que o aluno compreenda que diversos 
contratos terão modificada a sua denominação apenas por que utilizaram um tipo de bem e 
não outro. Neste ponto, a demonstração com exemplos práticos é de suma importância para a 
compreensão do aluno, evitando-se que a aula permaneça no campo abstrato. 
Orientações – página 42
O professor deverá destacar a classificação dos fatos jurídicos e os seus requisitos, salien-
tando que os defeitos e a consequência da utilização de exemplos é uma das únicas formas do 
aluno compreender. Importante o professor ter um modelo próprio de exemplo que deve ser 
repetido em cada situação estudada, pode ser uma pessoa ou uma empresa. Esta utilização faci-
lita a compreensão e ajuda na memorização do conteúdo por parte do aluno.
Orientações – página 43
Aula de contrato é a mais importante do direito civil em relação à organização empresa-
rial. O professor deve destacar essa importância para o aluno, a forma como deve ser tratado o 
contrato, a sua estrutura, a elaboração e os modelos. O professor deve trabalhar com contratos 
verídicos, analisando as suas cláusulas e o seu conteúdo, bem como as implicações práticas. O 
professor pode ainda se utilizar da pesquisa, solicitando que os alunos pesquisem contratos e 
tragam para a aula para serem analisados.
Orientações – página 44
O professor deve, com o esquema (Estrutura das obrigações), fazer o aluno conseguir 
construir o mesmo modelo. Caso isso seja realizado, o aluno automaticamente está gravando o 
conceito de obrigação que será muito importante no próximo tema Contrato. E ainda demons-
trar as formas de extinção das obrigações do pagamento e as formas especiais, destacando como 
as obrigações são cumpridas.
Respostas – página 45
1) É a aptidão para figurar numa relação jurídica adquirindo direitos e contraindo 
obrigações.
2) A capacidade jurídica é a medida da personalidade, e é graduada conforme o grau de 
desenvolvimento de consciência que pode variar ou pela idade ou pelo desenvolvimento 
mental da pessoa.
3) É a emancipação da plenitude da Capacidade Plena para os relativamente incapazes.
4) É o lugar pré-fixado pela Lei onde a pessoa presumivelmente se encontra. É o local onde 
a pessoa fixa a sua residência com ânimo definitivo, transformando-o em centro da sua 
vida jurídica.
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5) Associação – São entidades de direito privado, formadas pela união de indivíduos com o 
propósito de realizarem fins não econômicos.
 Sociedade – É pessoa jurídica constituída por meio de contrato social e com o objetivo 
de partilhar lucros.
 Fundação – É um conjunto de patrimônio destacado e afetado que se personifica, na 
forma do artigo 62 do CC.
6) Os bens são as coisas que são economicamente valoráveis e servem para satisfazer a uma 
necessidade do indivíduo ou da comunidade, tanto material como imaterial e que podem 
ser objeto de uma relação de direito.
7) Frutos é tudo o que pode ser retirado de um bem principal e não retiram ou diminuem 
o seu valor.
 Produtos são utilidades que se extraem da coisa diminuindo o seu valor. 
8) Agente capaz – O agente deve estar apto a praticar os atos da vida civil (capacidade 
jurídica plena). Os absolutamente incapazes devem ser representados, e os relativamente 
incapazes devem ser assistidos.
 Objeto Lícito e Possível – O objeto do ato jurídico deve ser permitido pelo direito e 
possível de ser efetivado no mundo real.
 Forma Prescrita (estabelecida) ou não vedada em Lei – A forma dos atos jurídicos tem 
que ser a prevista em Lei, se houver esta previsão,ou não pode ser proibida.
9) Erro – Falsa percepção da realidade, se o sujeito soubesse do erro não teria celebrado o 
negócio jurídico.
 Dolo – Ardil, artifício empregado para enganar alguém. Ocorre dolo quando alguém é 
induzido a erro por outra pessoa.
 Coação – Constrangimento de determinada pessoa, por meio de ameaça, para que ela 
pratique um negócio jurídico.
 Estado de perigo – Quando alguém, premido de necessidade de salvar-se, ou a pessoa 
de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
 Lesão – Ocorre quando determinada pessoa, sob premente necessidade ou por inexpe-
riência, obriga-se à prestação manifestadamente desproporcional ao valor da prestação 
oposta.
 Fraude contra credores – Negócio realizado para prejudicar o credor, tornando o deve-
dor insolvente.
 Simulação – É a declaração enganosa da vontade, visando à obtenção de resultado diverso 
do que aparece, com a finalidade de criar uma aparência de direito, para iludir terceiros ou 
burlar a Lei.
10) A obrigação é o vínculo jurídico estabelecido entre o sujeito ativo denominado de credor 
e o sujeito passivo denominado de devedor, pelo qual este se obriga a prestar, algo certo, 
possível e determinado, que pode consistir numa obrigação de dar, fazer e não fazer algo 
em proveito do credor.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
11) O pagamento consiste no cumprimento voluntário das obrigações:
 Consignação em pagamento – Meio liberatório da obrigação por meio de depósito da 
coisa devida. 
 Dação em pagamento – É uma forma de extinção da obrigação em que o devedor, com 
anuência do credor realiza prestação diversa da que era devida.
 Remissão – Perdão da dívida que ocorre quando o credor abre mão de receber o que era 
devido pelo devedor. Deve sempre ser conferida por escrito.
 Novação – As partes criam uma nova obrigação, destinada a substituir e extinguir a obri-
gação anterior. Difere da dação em pagamento por nesta se cria uma nova obrigação, e 
naquela se muda apenas o objeto da obrigação. 
 Compensação – É uma forma de extinção das obrigações onde as partes são ao mesmo 
tempo credoras e devedoras umas das outras. Pode ser total e parcial.
 Confusão – Ocorre quando as qualidades de credor e devedor reúnem-se na mesma 
pessoa. 
 Transação – Trata-se de um negócio jurídico pelo qual os interessados, mediante conces-
sões mútuas, previnem ou terminam um litígio. Também é conhecido como Composição 
Civil.
Capítulo 4
Orientações – página 50
O professor deve destacar a atividade empresarial e suas peculiaridades demonstrando os 
conceitos de empresa e empresário, quanto a este as suas principais obrigações devem ser tra-
zidas e discutidas em aula. No direito empresarial, a utilização de exemplos cotidianos é muito 
importante para a fixação.
Orientações – página 55
O professor deve enfatizar a proteção que o estabelecimento empresarial goza quando o 
empresário encontra-se regular, a demonstração prática deverá ser utilizada. Quanto à temática 
da renovatória de aluguel, o professor poderá trazer julgados sobre o tema que poderão ser 
debatidos em sala de aula, assinalando-se os temas abordados. 
O professor deverá utilizar-se de exemplos para a fixação do tema. Como sugestão, fica 
a dica de que ele utilize uma caneta BIC, ou outro produto muito conhecido ao mostrar o 
produto aos alunos, eles de pronto falarão a sua marca, o professor destacará que a caneta é a 
invenção, a caneta esferográfica é o modelo de utilidade e o formato da caneta o desenho indus-
trial. Este é um exemplo, mas outros poderão ser utilizados pelo professor. 
Orientações – página 56
Neste momento, o professor já pode inserir em sua aula a análise de exemplos e casos 
práticos de forma que o aluno possa fixar os conceitos apresentados até o momento. Esses 
exemplos devem abordar o dia a dia do aluno de forma que ele identifique, em relação de 
consumo do seu cotidiano, quem é considerado consumidor, fornecedor e qual o serviço ou 
produto é objeto dessa relação.
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Respostas – página 60
1) É a pessoa que realiza a atividade econômica organizada de produção e circulação de bens 
e serviços para o mercado. Suas principais obrigações são:
• Registro do nome empresarial (obrigação mais importante).
• Registro dos contratos e estatutos de constituição da empresa. 
• Registro dos livros comerciais.
2) Empresa é atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços 
para o mercado. Estabelecimento empresarial é o conjunto de bens que o empresário 
reúne para exploração de sua atividade econômica destinada à produção de mercadorias e 
serviços destinados ao mercado.
3) Marca – Sinal distintivo capaz de diferenciar um produto. Ou um serviço de outro. 
Proteção de 10 anos, renováveis por períodos iguais e sucessivos. Marcas famosas pos-
suem proteção especial mesmo sem registro.
 Invenção – Algo novo que tem utilização industrial e comercial. 
 Modelo de Utilidade – Aperfeiçoamento de um aparelho que já existe. Havendo posse 
de patente, aquele que aperfeiçoa deverá pagar ao inventor a co-exploração do invento. 
Proteção pelo período de 7 a 15 anos para recuperar os investimentos.
 Desenho Industrial – Linhas é a estética de um produto que resultam em algo novo e 
original, os quais ligam o produto à marca. A proteção é pelo período de 10 anos renová-
veis por três períodos de 5 anos.
4) São elementos necessários para a formação da relação de consumo: o consumidor, o for-
necedor, o produto ou serviço.
5) A Política Nacional das Relações de Consumo é a síntese de todas as diretrizes e obje-
tivos do Estado para a produção do consumo. Entre várias de suas determinações para a 
proteção do consumo e do consumidor, podemos citar a criação e atuação dos Juizados 
Especiais e a concessão de estímulos à criação e ao desenvolvimento das Associações de 
Defesa do Consumidor.
Capítulo 5
Orientações – página 62
O professor poderá trabalhar fazendo os alunos criarem um quadro comparativo, 
demonstrando as peculiaridades e semelhanças de todas as sociedades e suas estruturas. Esse 
quadro-resumo auxiliará muito a memorização de cada uma das sociedades. 
Orientações – página 64
O professor deve destacar que a limitada é a sociedade mais utilizada no direito brasi-
leiro. Se possível, contratos de constituição de limitadas poderão ser trazidos para ilustrar as 
principais peculiaridades dessas sociedades, bem como a localização no próprio contrato das 
estruturas desta sociedade. 
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Orientações – página 65
O professor deve destacar a importância da S/A na economia nacional, e salientar que 
os seus órgãos servem para fiscalização dos grandes empreendimentos que são gerenciados 
e administrados por essas companhias. O professor deve desmitificar o mercado de ações, e 
mostrar como as empresas alavancam capital para custear a sua atividade.
Se possível, o professor deverá trazer para aula processos de falência ou notícias de falên-
cias famosas, melhorando a fixação do conteúdo. Na maioria dos casos, os professores serão 
bacharéis em direito, ou terão grande conhecimento na área e deverão demonstrar como ocorre 
na prática esses tipos de processo e as consequências para as organizações empresariais.
Respostas – página 73
1) Sociedade empresária – é o contrato celebrado entre pessoas físicas ou jurídicas, ou 
somente entre pessoas físicas (art. 1.039 do Código Civil), por meio do qual estas se 
obrigam reciprocamente a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade 
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
2) Sociedades personificadas – essas sociedades preenchem todos os requisitos neces-
sários para a sua constituição e sãoregularmente registradas no Sistema Nacional de 
Registro de Empresas Mercantis.
 Sociedades despersonificadas – são sociedades que, apesar de se constituírem da união 
de pessoas que habitualmente realizam uma atividade empresarial, não podem ser consi-
deradas como uma pessoa jurídica desvencilhada da figura de seus sócios, no caso, seria a 
sociedade irregular ou de fato e sociedade em conta de participação.
3) Indicar no contrato social, nome dos sócios, capital social, administração, deliberação 
rescisão, etc.
4) Coca-cola, Pepsi, Nestlé.
5) Transformação – Ocorre quando uma sociedade passa de uma forma para outra, 
alterando sua estrutura. Ex: Uma Ltda. passa para uma S/A.
 Fusão – Quando diversas sociedades se unem formando outra inédita. Ex: A + B + C = D.
 Cisão – É o processo contrário da Fusão, ocorre quando uma empresa gera outras.
 Incorporação – Ocorre quando uma sociedade incorpora outra, sucedendo-a nos direitos 
e nas obrigações. Ex: A incorpora B, dali em diante fica apenas A.
6) A falência é um processo no qual os bens da sociedade empresária são apurados e vendidos 
e o produto arrecadado é destinado a saldar as suas dívidas.
7) Benefício que o empresário devedor em estado pré-falimentar solicita em juízo, apresen-
tando um plano para a superação das dificuldades financeiras, a fim de evitar perdas mais 
radicais para os credores, mantendo-se a empresa economicamente viável.
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Capítulo 6
Orientações – página 74
Nesta aula, o professor deve destacar o conceito de crédito e para que ele é utilizado na ati-
vidade empresarial. Devem ser reforçados os conceitos e atos cambiários, demonstrando na prática 
como eles acontecem. Esta aula será muito teórica, devendo o professor tentar utilizar a 
prática e as questões cotidianas.
Poderá por meio dos modelos de título de crédito trabalhar todos os conceitos da aula 
anterior devendo destacar como eles são utilizados neste modelos de título de crédito. A prá-
tica e os modelos de títulos de crédito devem ser trazidos para a aula para que se consiga uma 
memorização melhor da atividade cambiária.
Respostas – página 90
1) Ordem de pagamento: nos títulos que contêm ordem de pagamento, a obrigação deverá 
ser cumprida por terceiros. Ex: cheque e letra de câmbio. Na ordem de pagamento, pode-
mos identificar a presença de três personagens cambiários.
 Promessa de pagamento: nos títulos que contêm promessa de pagamento a obrigação 
deverá ser cumprida pelo próprio emitente e não por terceiros.
2) Aceite é o ato cambiário pelo qual o sacado reconhece a validade da ordem de pagamento.
 Protesto é a apresentação pública do título para seu devido pagamento que prova a falta 
do aceite.
 Endosso é o ato cambiário no qual se opera a transferência do crédito representado no 
título “à ordem”.
 Aval é o ato cambiário pelo qual um terceiro, denominado avalista, garante o pagamento 
do título de crédito.
3) Letra de Câmbio constitui-se numa ordem dada por escrito a uma pessoa para que 
pague a um beneficiário indicado, ou à ordem deste, uma determinada quantia.
 Nota promissória é uma promessa de pagamento pela qual o emitente (devedor) 
compromete-se diretamente com o beneficiário (credor) a pagar-lhe certa quantia em 
dinheiro.
 Cheque é uma ordem incondicional de pagamento à vista, de certa quantia em dinheiro, 
dada com base em suficiente provisão de fundos ou decorrente de contrato de abertura de 
crédito disponíveis em banco ou instituição financeira equiparada.
 Duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e 
venda comercial ou prestação de certos serviços.
4) Autonomia da vontade – É o núcleo do contrato e representa o consentimento das 
partes, que devem ter total liberdade para contratar e estipular as cláusulas. 
 Força obrigatória (pacta sunt servanda) – O contrato é obrigatório, e uma vez celebrado 
faz Lei entre as partes. Este princípio foi relativizado pela teoria da imprevisão, posto 
que o contrato não é obrigatório se a situação das partes se alterar durante a execução do 
contrato.
 Relatividade dos efeitos dos contratos – Um contrato em regra só gera efeitos entre 
as partes. Os efeitos não atingem terceiros.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
 Função social do contrato – O contrato em relação à sociedade gera efeitos, os quais 
devem respeitar as normas sociais. Pode ser definido como a ética fora do contrato, posto 
que as partes devem respeitar a coletividade. 
 Boa fé objetiva – Consiste em uma regra de natureza ética interna do contrato e de 
exigibilidade jurídica que cria obrigações acessórias e paralelas aos princípios de prote-
ção, estabelecendo uma lealdade negocial entre as partes que entre si devem lealdade e 
confiança.
5) Compra e Venda – Trata-se de um negócio jurídico bilateral pelo qual o vendedor trans-
fere a propriedade de uma coisa móvel ou imóvel ao comprador, mediante pagamento de 
um preço (art. 481 do CC).
 Permuta – Nesse contrato, existe a obrigação de dar uma coisa em contraposição à entrega 
de outra. Coisa por coisa em vez de coisa por dinheiro, como na compra e venda.
 Empréstimo – É o contrato pelo qual uma das partes entrega à outra um bem, com a 
obrigação de restituí-lo. Se o empréstimo for de bem infungível, será denominado de 
comodato. Se dispuser sobre bem fungível, será denominado de mútuo.
 Mandato – Pelo contrato de mandato, nos termos do art. 653 do CC, alguém, deno-
minado mandatário, recebe poderes de outrem, denominado mandante, para, em nome 
deste, praticar atos ou administrar interesses.
 Prestação de Serviço – Constitui prestação de serviço toda espécie de serviço ou traba-
lho lícito, material ou imaterial contratada mediante retribuição que não constitua relação 
de trabalho e nem fornecimento de mercadorias e serviços ao consumidor.
Capítulo 7
Orientações – página 91
O professor, nesta primeira aula, deve localizar a disciplina de direito tributário, desta-
cando a sua importância e conceituando o que é o tributo. A decomposição do conceito legal de 
tributo deve ser conhecido pelo aluno, uma vez que consiste em questão rotineira em provas e 
concursos e também de grande importância na prática nas organizações empresariais.
Orientações – página 92
Deve-se destacar que os princípios tributários são limitadores ao poder de tributar do 
estado e que qualquer pessoa, mesmo não sendo advogado, poderá invocá-los em defesa em 
caso de tributação irregular. O professor deve fazer com que os alunos localizem os princípios 
na constituição destacando cada um deles.
Orientações – página 94
As modalidades tributárias devem ser localizadas na Constituição Federal. O professor 
deverá utilizar exemplos práticos demonstrando e enfatizando a tributação, os principais 
tributos e, se possível, os valores de arrecadação de cada um dos tributos. 
Orientações – página 98
O professor deve fazer com que os alunos memorizem os principais impostos de cada 
ente da federação, e fazer com que os alunos entendam quais os seus fatos geradores para que 
quando eles se depararem com eles na vida profissional consigam enquadrá-los e identificá-los 
na prática.
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Respostas – página 99
1) É regular a obtenção de recursos públicos derivados do patrimônio particular.
2) Art. 3º do CTN – Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
3) Legalidade, Anterioridade e Isonomia, etc.
4) O direito tributário brasileiro está inteiramente estruturado na Constituição a qual contém 
além da estrutura básica do Estado e formade governo, a sistemática tributária – princi-
palmente no que concerne às competências, tipos de tributo, limites ao poder de tributar 
e a repartição de receitas.
5) Impostos – conforme definição do art. 16 do CTN “é o tributo cuja obrigação tem por 
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa 
ao contribuinte”. Para exigir imposto de um indivíduo, não é necessário que o Estado lhe 
preste algo determinado.
 Taxas – São tributos em que o fato gerador representa uma atuação estatal específica, 
referente ao contribuinte, o que pode consistir: a) no exercício regular do poder de polícia 
ou b) na prestação ao contribuinte ou a colocação à disposição deste, de serviço público 
específico e divisível (CF art. 145, II e CTN art. 77).
 Contribuição de Melhoria – A contribuição de melhoria (art. 145, inc. III da CF) é 
um tributo cobrado quando da realização de uma obra pública, da qual decorra, para os 
proprietários de imóveis adjacentes, uma valorização (ou melhoria) de sua propriedade.
 Empréstimo Compulsório – A Constituição prevê a possibilidade da instituição de 
empréstimos compulsórios pela União em duas situações: a) despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública e de guerra externa efetiva ou eminente (art. 148, inc. 
I da CF); b) investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, obser-
vado o princípio da anterioridade (art. 148 II).
6) União – II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF, taxas federais, contribuições de melhoria de obras 
federais, empréstimo compulsório e contribuições especiais.
 Estados – ICMS, ITCMD e IPVA, taxas estaduais, contribuições de melhoria de obras 
estaduais e contribuições especiais de servidores estaduais.
 Município – IPTU, ITBI, ISS, taxas municipais, contribuições de melhoria de obras 
municipais e contribuição especial de servidores municipais
Capítulo 8
Orientações – página 100
O professor deve fazer com que o aluno identifique os principais elementos da obrigação 
tributária, propiciando ao aluno que ele identifique que deve saldar os valores, a responsabili-
dade, a fiscalização e a indicação do domicílio tributário.
Orientações – página 101
O professor deverá identificar as espécies de lançamento e como eles ocorrem fazendo, 
com que o aluno possa identificá-los na prática e principalmente correlacioná-los com cada 
imposto. Ex: Declaração do imposto de renda – informações da receita são confrontadas com as 
informações do contribuinte em sua declaração.
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Orientações – página 102
O professor deve fazer o aluno identificar as imunidades na Constituição e diferenciar da 
isenção demonstrando-as suas particularidades e forma de concessão de ambas. 
Orientações – página 104
O professor deve fazer o aluno memorizar as situações de suspensão e extinção e prin-
cipalmente diferenciá-las compreendendo cada uma delas, com exemplos do dia a dia e 
principalmente utilização do refis.
Orientações – página 106
O professor deve fazer o aluno entender a importância da inscrição da dívida ativa e as 
suas consequências, deve demonstrar na prática trazendo processos e indicando os documentos 
que comprovam a inscrição.
Orientações – página 108
O professor deve fazer com que o aluno pesquise e construa a estrutura do processo 
administrativo fiscal, principalmente com o estudo aprofundado do DL nº 70.235/72. 
Respostas – página 108
1) É a relação jurídica na qual o sujeito passivo tem o dever de prestar dinheiro ao Estado, ou 
de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da fiscalização de tributos e o Estado tem o 
direito de constituir contra o particular um crédito.
2) A hipótese de incidência é a simples descrição, simples previsão. Por sua vez, o fato é a 
concretização da hipótese, é o acontecimento do que fora previsto.
3) Contribuinte quando tenha relação pessoal e direta com o fato gerador.
 Responsável quando, sem ser contribuinte, sem relação pessoal e direta com o fato 
gerador, sua obrigação de pagar decorre de dispositivo expresso em Lei.
4) É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da 
obrigação correspondente, identificar o seu sujeito passivo, determinar a matéria tributá-
ria e calcular ou por outra forma definir o montante do crédito tributário, aplicando, se 
for o caso, a penalidade cabível (art. 142 do CTN). 
5) • De ofício – é feito por iniciativa da autoridade administrativa, independentemente de 
qualquer colaboração do sujeito passivo. Ex: o IPTU e IPVA.
 • Por declaração – é feito em face de declaração prestada pelo contribuinte ou por 
terceiro, quanto à matéria de fato indispensável a sua efetivação (art. 147 CTN). 
Ex: IR e ITR.
 • Por homologação – é aquele feito quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem o prévio exame da autoridade 
administrativa. (art. 150 CTN). EX: ICMS, IPI, CSLL.
6) Imunidade consiste na exclusão de competência da União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios para instituir tributos relativamente a determinados atos, fatos e pessoas, 
expressamente previstas na Constituição Federal. Objetiva preservar da tributação valores 
considerados como de superior interesse nacional. A isenção tributária decorre de lei e 
de acordo com o art. 175, do Código Tributário Nacional – CTN, é definida como forma 
de exclusão legal do crédito tributário. É o instituto concedido de forma geral ou especí-
fica, mediante lei, afastando a tributação que seria exigida do sujeito passivo.
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7) Ex: Parcelamento e Medida liminar em mandado de segurança ou qualquer uma daquelas 
abordada em aula.
8) Ex: Pagamento e compensação ou qualquer uma daqueles abordadas na aula.
9) Decadência – (art. 173 do CTN) – É a extinção do direito de constituir o crédito tribu-
tário em visto do transcurso do tempo 5 (cinco anos).
 Prescrição – (art. 174 do CTN) – É a perda do direito de ação em relação a cobrança do 
crédito tributário 5 (cinco anos).
10) • Quando ocorre – art. 201 – depois que o Poder Público verificou que está na hora do 
contribuinte pagar, porque se esgotaram todos os trâmites possíveis.
 • Conceito – art. 201 do CTN: constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito 
dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois 
de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em 
processo regular. Para os efeitos desse artigo, a fluência de juros de mora não exclui a 
liquidez do credito.
 • Dívida ativa significa o crédito que o Fisco tem o direito de exigir.
 • O Fisco unilateralmente confecciona seu título de crédito para cobrar seu devedor.
 • No livro próprio (Livro de Registro da Dívida Pública) ele faz o termo de inscri-
ção de dívida ativa.
 • Do livro, extrai-se uma certidão.
 • Essa certidão será um titulo executivo extrajudicial no qual o Poder Público cobrara do 
contribuinte por meio de uma ação executiva (regulada pela Lei nº 6.830/80 – Lei de 
Execução Fiscal) seu crédito.
Capítulo 9
Resposta – página 110
É importante aguçar a curiosidade do aluno em entender a origem do trabalho e as trans-
formações pelas quais ele passou no decorrer dos tempos. Um exercício importante é o de 
comparação entre as condições do trabalhador na época da Revolução Industrial e as condições 
do trabalhador de hoje. Nessa comparação, o aluno já poderá identificar os direitos conferidos 
aos trabalhadores pela legislação trabalhista e os mecanismos utilizados para exigir e conquistar 
esses direitos.
Orientações – página 112
Os princípios devem ser aplicados quando houver omissão à lei ou ao contrato de trabalho. 
Por isso, deve-se deixar clara a sua máxima importâncianão só para o direito do trabalho, 
mas para o direito como um todo. Nos tópicos tratamos dos principais princípios aplicáveis ao 
direito do trabalho, e este rol não é exaustivo. É possível apresentar e trabalhar com os alunos 
vários outros princípios, dependendo do interesse e da aplicabilidade às situações concretas 
apresentadas em aula.
Nessa aula, o objetivo é a identificação do conceito e das principais características dos 
integrantes da relação de trabalho, o empregado e o empregador. Assim, é importante que o 
professor enfatize as principais características, sempre ilustrando com situações práticas. 
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ireito Aplicado a Cursos Técnicos
Orientações – página 114
Diante do estudo das várias espécies e do contrato de trabalho existentes no direito bra-
sileiro, como atividade de sala, é possível a análise sistemática de um contrato de trabalho, ou, 
ainda, que os alunos criem um empregado e um empregador fictício e elaborem um esboço de 
contrato de trabalho, incluindo os principais aspectos tratados em aula.
Respostas – página 118
1) • In dúbio pro operário – Na dúvida, aplica-se a regra mais favorável ao trabalhador. 
 • Aplicação da norma mais favorável – Havendo conflitos de normas, será aplicada a que 
for mais favorável ao trabalhador.
 • Manutenção da condição mais benéfica – Não se pode reduzir ou afastar uma vanta-
gem já concedida ao trabalhador, respeito aos direitos adquiridos.
2) Há contrato de trabalho sempre que uma pessoa física se obrigar a realizar atos, executar 
obras ou prestar serviços para outra e sob dependência desta, durante um período deter-
minado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma remuneração.
3) “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual 
a empregador, sob dependência deste e mediante salário” (CLT, art. 3º). 
4) Por sua vez, o conceito de empregador está descrito no art. 2º da CLT que dispõe que 
empregador é o ente, dotado ou não de personalidade jurídica, com ou sem fim lucrativo, 
que tiver empregado.
Capítulo 10
Orientações – página 119
É importante que o aluno saiba identificar situações ocorridas no seu dia a dia que cul-
minam na suspensão ou na interrupção do contrato de trabalho. O professor pode apresentar 
hipóteses corriqueiras, tais como o afastamento previdenciário, a prestação de serviço militar, 
exercício de atividades sindicais (casos de suspensão) e licença remunerada, licença-materni-
dade (casos de interrupção), para exemplificar as hipóteses de suspensão ou interrupção do 
contrato.
Orientações – página 121
A definição da jornada de trabalho e sua proteção por meio do direito do trabalho é um dos 
pontos mais práticos da nossa matéria. Com certeza, o aluno que já exerce atividade remune-
rada poderá, com o auxílio do professor e do material didático, identificar os principais aspectos 
da jornada de trabalho no exercício de sua profissão. É importante utilizar das experiências dos 
próprios alunos para ilustrar esta aula.
Orientações – página 123
Novamente, é possível ilustrar a aula aproveitando as experiências de trabalho já vivencia-
das pelos alunos, inclusive, criando situações em que possam indicar se já houve cumprimento 
do período aquisitivo ou cálculo do valor devido em razão das férias.
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Orientações – página 125
O direito de greve é um dos pontos polêmicos do direito do trabalho. Trata-se de direito 
protegido, no entanto, nem sempre bem visto pela sociedade. Nesta aula, é possível preparar o 
aluno para análise e conclusão sobre a necessidade e o cabimento de greve em casos concretos 
ou hipóteses criadas pelo professor ou pelos próprios alunos.
Respostas – página 127
1) A lei não dispõe expressamente sobre esta hipótese, porém, conforme já vimos em nossas 
aulas, especialmente com relação aos princípios que protegem o empregado, ele não pode 
ser prejudicado. Assim, em se decidindo pela dispensa, a partir do retorno ao trabalho 
o empregado tem direito às vantagens, especialmente reajustamentos salariais, que se 
concretizarem durante o afastamento. Assim, em não havendo prejuízo ao empregado a 
dispensa pode ocorrer mesmo diante de contrato suspenso ou interrompido.
2) Salário por tempo é aquele pago em função do tempo no qual o trabalho foi prestado 
ou o empregado permaneceu à disposição do empregador, ou seja, a hora, o dia, a semana, 
a quinzena e o mês, excepcionalmente um tempo maior.
 Salário por produção é aquele calculado com base no número de unidades produzidas 
pelo empregado. Cada unidade é retribuída com um valor fixado pelo empregador ante-
cipadamente. O pagamento é efetuado calculando-se o total das unidades multiplicado 
pelo valor unitário.
3) As férias correspondem ao período do contrato de trabalho em que o empregado não 
presta serviços, com o fim de restaurar suas energias. Durante esse período, o trabalhador 
recebe remuneração do empregador.
 As férias são individuais quando esse direito é concedido a apenas um empregado ou 
a alguns empregados simultaneamente. Quando as férias forem concedidas a todos os 
empregados, ao mesmo tempo, as férias serão coletivas.
4) O sindicato é uma das espécies do gênero associação, ou seja, é uma associação que tem 
por fim os interesses profissionais ou econômicos do grupo que o constitui.

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