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CONTEXTO HISTÓRICO DA BOSSA NOVA Na década de 1950, Juscelino Kubitschek iniciou seu governo e seu projeto de “50 anos em 5”, afim de promover a modernização do país. Nesse sentido, a industrialização e a urbanização eram os elementos centrais dos discurso, demonstrando uma euforia e muita esperança no futuro brasileiro - simbolizado pela construção de Brasília, a nova capital do país no Planalto Central. Essas ações de ordem modernizadora impactaram os grandes centros urbanos do país, estabelecendo novos postos de trabalho e o crescimento das classes médias nas cidades da região Sudeste, além de um êxodo rural acentuado. No âmbito cultural nascia a possibilidade de transformar o Brasil em uma referência cultural de âmbito internacional, rompendo com a ideia de que o país sempre esteve reproduzindo os referenciais estéticos estrangeiros. A princípio, a palavra 'bossa' era um termo da gíria carioca que, no fim dos anos cinquenta, significava 'jeito', 'maneira', 'modo'. Quando alguém fazia algo de modo diferente, original, de maneira fácil e simples, dizia-se que esse alguém tinha 'bossa'. E a expressão 'Bossa Nova' surgiu em oposição a tudo o que um grupo de jovens achava superado, velho, arcaico, antigo. É nesse contexto que a Bossa Nova, um gênero musical que marca a busca pela modernidade, incorporando-a em diversas letras, por exemplo na figura de um narrador que fala da experiência nos centros urbanos, movimento de pessoas nas calçadas, ao trânsito. Por um lado, a Bossa Nova reafirmava a tradição musical brasileira ao ter o samba como uma grande referência. Por outro, dialogava com o jazz norte-americano nas formas de interpretação e no ritmo lento, um marco do hibridismo, da mistura de diferentes referências estéticas a serviço de uma manifestação artística original. Carlos Lyra, Tom Jobim, João Gilberto, Nara Leão e Edu Lobo foram alguns dos importantes ícones dessa novidade musical brasileira.
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