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Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino

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Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
Sistema Reprodutor Masculino 
 
Escroto: 
 
 O escroto é um saco fibromuscular cutâneo que atua na termorregulação e no 
armazenamento e proteção dos testículos, epidídimo e início do ducto deferente. 
 Sua estatigrafia é composta por uma pele fina e hiperpigmentada e pela túnica Dartos, que 
consiste em fibras musculares lisas longitudinais, mais uma fáscia membranácea, chamada de fáscia 
de Colles, que se continua com a fáscia abdominal ou fáscia de Scarpa. 
A fáscia de Colles reveste o pênis, o testículo e o períneo. No testículo forma o septo do 
escroto, que o divide em dois, e externamente é chamado de rafe do escroto. 
A vascularização do escroto é realizada pela artéria pudenda interna e pelos ramos escrotais 
posteriores da artéria perineal. A artéria pudenda externa superficial é ramo da artéria femoral e 
irriga o monte do púbis e a pele. Já a artéria pudenda externa profunda¸ que também é ramo da 
artéria femoral, irriga as partes anterior e lateral do escroto. 
A inervação do escroto é realizada na parte anterior pelo ramo escrotal anterior do nervo 
ileoinguinal e na parte lateral pelo ramo genital do nervo genitofemoral, que é responsável pelo 
reflexo cremastérico. Há ainda a participação dos nervos escrotais posteriores¸ que são ramos do 
nervo perineal (que por sua vez é ramo do nervo pudendo) e do ramo perineal do nervo cutâneo 
femoral posterior. 
A drenagem linfática do escroto é realizada pelos linfonodos inguinais superficiais. 
 
Testículo: 
 
 Os testículos são órgãos retroperitoneais correspondentes às gônadas masculinas. Ficam 
localizados no interior do saco testicular ou escroto e são sustentados pelo funículo espermático. 
 Apresenta uma face medial, que é voltada para o septo do escroto, e uma face lateral, que é 
voltada para a parte interna da coxa. 
A margem anterior do testículo é mais ovalada, enquanto a margem posterior do testículo é 
plana e contém o hilo do testículo. 
O polo superior do testículo é voltado anterior e lateralmente e o polo inferior do testículo é 
voltado posterior e medialmente. 
Os testículos se formam primariamente na cavidade abdominal, logo abaixo dos rins, e 
migram para a cavidade escrotal por meio do canal inguinal. Caso essa migração não ocorra, existe a 
condição chamada de criptorquidia. 
A prega de peritônio que atravessa o canal inguinal junto ao testículo é chamada de túnica 
vaginal. O pedículo formado é obliterado para que a cavidade escrotal não mantenha contato com a 
cavidade peritoneal. Caso essa obliteração não aconteça, pode ocorrer acúmulo de líquido entre as 
lâminas parietal e visceral da túnica vaginal, causando hidrocele. 
Os envoltórios do testículo são: 
1. Bolsa testicular: formada pela pele e pela túnica Dartos. 
2. Fáscia espermática externa: continuação da fáscia espermática externa do funículo 
espermático, que consiste em uma invaginação do músculo oblíquo externo do 
abdome. 
3. Fáscia cremastérica: proveniente da fáscia do músculo oblíquo interno do abdome e 
possui fibras musculares que formam o músculo cremaster. 
4. Fáscia espermática interna: continuação da fáscia espermática interna do funículo 
espermático, que provém da fáscia do músculo transverso do abdome. 
5. Lâmina parietal da túnica vaginal: reveste a frente e os lados dos testículos, mas não 
a parte posterior. 
6. Túnica albugínea: é o mediastino do testículo, o qual sustenta as estruturas que 
entram pelo hilo do testículo. Ela entra no testículo e o divide em lóbulos (cerca de 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
250 lóbulos, os quais são divididos por septos conjuntivos). Cada lóbulo contém de 
um a quatro túbulos seminíferos, que são os responsáveis pela produção dos 
espermatozoides. 
A vascularização e a drenagem venosa do testículo são as mesmas do epidídimo, sendo 
realizadas pela artéria e veia testicular e pelo plexo pampiniforme. A veia testicular direita drena 
para a veia cava inferior e a veia testicular esquerda drena para a veia renal esquerda. 
A drenagem linfática dos testículos é realizada por linfonodos pré-aórticos e lombares. 
 
Canal inguinal: 
 
O canal inguinal consiste em uma comunicação da cavidade abdominal com a cavidade 
pélvica, por onde ocorre a descida dos testículos e por onde passam algumas estruturas. 
Nos homens, o canal inguinal é preenchido pelo funículo espermático e pelo nervo 
ileoinguinal. Já nas mulheres, o canal inguinal é preenchido pelo ligamento redondo do útero, que é 
uma extensão do ligamento largo, mais o nervo ileoinguinal. 
Os limites do canal inguinal são: 
 Anterior: aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. 
 Posterior: fáscia do músculo transverso do abdome. 
 Assoalho: ligamento inguinal. 
 Teto: fáscia do músculo transverso do abdome. 
O ligamento inguinal consiste em um espessamento da aponeurose do músculo oblíquo 
externo do abdome. 
O canal inguinal possui duas aberturas, uma superior e uma inferior. 
O anel inguinal profundo é a abertura superior e acontece sob a fáscia transversa do 
abdome, lateralmente à artéria epigástrica inferior. 
O anel inguinal superficial é a abertura inferior e acontece sob a aponeurose do músculo 
oblíquo externo do abdome, lateralmente ao tubérculo púbico. 
 
Funículo espermático: 
 
 O funículo espermático é um cordão fibromuscular que sustenta os testículos na cavidade 
escrotal e que transita pelo canal inguinal. 
 Ele vai do anel inguinal profundo até a margem posterior do testículo. 
 O funículo espermático esquerdo é mais longo que o funículo espermático direito. 
É composto por três envoltórios: 
1. Fáscia espermática externa: é uma invaginação da fáscia e da aponeurose do 
músculo oblíquo externo do abdome. 
2. Fáscia cremastérica ou fáscia espermática média: proveniente da fáscia do músculo 
oblíquo interno do abdome e possui fibras musculares que formam o músculo 
cremaster. Junto à túnica Dartos garante a posição do testículo. 
3. Fáscia espermática interna: proveniente da fáscia do músculo transverso do abdome. 
Os constituintes do funículo espermático são: 
 Ducto deferente. 
 Artéria do ducto deferente (ramo da artéria vesical superior ou inferior, que é ramo 
da artéria ilíaca interna). 
 Artéria testicular e plexo nervoso testicular (responsável pela inervação simpática). 
 Artéria cremastérica (ramo da artéria epigástrica inferior). 
 Plexo venoso pampiniforme (até 12 veias que dão origem à veia testicular). 
 Ramo genital do nervo genitofemoral. 
 Fibras simpáticas nas artérias (que têm função vasomotora) e no ducto deferente 
(que promovem contrações que estimulam a ejaculação). 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
A drenagem linfática do funículo espermático é a mesma dos testículos, sendo realizada por 
linfonodos pré-aórticos e lombares. 
A inervação do funículo espermático é realizada pelo ramo genital do nervo genitofemoral. 
 
Epidídimo: 
 
 O epidídimo é uma estrutura alongada localizada na face posterior do testículo que atua na 
maturação e no armazenamento de espermatozoides. 
 Pode ser dividido em três partes: 
 Cabeça: é a porção maior, que recebe os dúctulos eferentes. 
 Corpo: abraça a margem posterior do testículo. 
 Cauda: localiza-se no polo inferior do testículo, fazendo uma curva. Nessa porção, os 
espermatozoides ficam armazenados por até um mês. Contém o ducto do epidídimo. 
O ducto do epidídimo tem cerca de 6 metros de comprimento, e os espermatozoides 
demoram de 10 a 14 dias para passar por ele, enquanto vão sendo maturados. 
A irrigação do epidídimo é a mesma do testículo e é realizada pela artéria testicular¸ que é 
ramo da aorta abdominal. 
A drenagem venosa do epidídimo é a mesma do testículo érealizada pelo plexo 
pampiniforme que forma a veia testicular. A veia testicular direita drena para a veia cava inferior 
e a veia testicular esquerda drena para a veia renal esquerda. 
A drenagem linfática do epidídimo é a mesma do testículo e é realizada por linfonodos pré-
aórticos e lombares. 
 
Ducto deferente: 
 
 O ducto deferente é uma estrutura que inicia como uma continuação do epidídimo e termina 
na união com o ducto da glândula seminal. 
 Seu trajeto é o seguinte: sai do epidídimo na face posterior do testículo e sobe por meio do 
canal inguinal até o anel inguinal profundo. Lá ele se curva e desce pelas paredes da cavidade pélvica 
medialmente ao ureter e à glândula seminal. 
 O ducto deferente apresenta um alargamento antes de se unir ao ducto da glândula seminal, 
alargamento esse que é chamado de ampola do ducto deferente. 
 O ducto deferente se une ao ducto da glândula seminal e forma o ducto ejaculatório. 
 A irrigação do ducto deferente é realizada pela artéria do ducto deferente¸ que é ramo da 
artéria vesical superior, pela artéria vesical inferior e pela artéria retal média, que irriga a ampola do 
ducto deferente. 
A drenagem do ducto deferente é realizada pelo plexo pampiniforme, pelo plexo venoso 
prostático e pela veia vesical inferior. 
A drenagem linfática do ducto deferente é realizada pelos linfonodos ilíacos externos. 
 
Glândula seminal: 
 
 A glândula seminal se localiza na cavidade pélvica, entre o reto e a bexiga urinária, 
superiormente à próstata. 
 Anteriormente a ela há o fundo da bexiga urinária, ficando localizada abaixo da implantação 
dos ureteres. 
Posteriormente a ela há o reto, sendo separada deste pelo septo retovesical. 
A sua extremidade superior é recoberta por peritônio e a sua extremidade inferior contém o 
ducto da glândula seminal. 
O ducto da glândula seminal se une ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. 
A glândula seminal secreta o líquido seminal, que corresponde de 70% a 80% do ejaculado e 
contém frutose, o que dá energia aos espermatozoides. 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
A irrigação da glândula seminal é realizada pela artéria vesical inferior e pela artéria renal 
média. 
A drenagem venosa da glândula seminal é realizada pelo plexo venoso prostático e pelo 
plexo venoso vesical por meio da veia vesical inferior e da veia retal média. 
A drenagem linfática da glândula seminal é realizada pelos linfonodos ilíacos internos na sua 
parte inferior e pelos linfonodos ilíacos externos na sua parte superior. 
 
Ducto ejaculatório: 
 
 O ducto ejaculatório é formado a partir da união do ducto da glândula seminal com o ducto 
deferente. 
 Ele se forma na próstata e se abre na uretra masculina por meio do óstio do ducto 
ejaculatório, inferior ao utrículo prostático da uretra. 
 
Glândulas Bulbouretrais: 
 
 As glândulas bulbouretrais são pequenas glândulas localizadas lateralmente à parte 
membranácea da uretra. 
 Seu ducto passa pela parte membranácea da uretra e se abre na parte esponjosa da uretra. 
 As glândulas bulbouretrais secretam um líquido viscoso que neutraliza o pH ácido da uretra 
durante a excitação sexual. 
 
Próstata: 
 
 A próstata é a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino. 
 Ela é dividida em parte glandular e em parte fibromuscular. 
 Os limites da próstata são: 
 Superior: colo da bexiga e músculo detrusor. 
 Inferior: parte membranácea da uretra e músculo esfíncter externo da uretra. 
 Anterior: sínfise púbica e tecido adiposo retropúbico. 
A face anterior e posterior da próstata tem formato de coração, e a face ínferolateral é 
sustentada pelo músculo levantador do ânus. 
Na parte fibromuscular existe o istmo da próstata, que divide a próstata em lobos direito e 
esquerdo. 
O lóbulo ínferoposterior da próstata fica posterior à uretra e localiza-se abaixo do ducto 
ejaculatório. 
O lóbulo ínferolateral da próstata fica lateral à uretra. 
O lóbulo médio pode ser dividido em lóbulo superomedial e lóbulo anteromedial. 
Os óstios dos ductos prostáticos, nos seios prostáticos da parte prostática da uretra secretam 
o líquido prostático, que corresponde a cerca de 20% do ejaculado e ativa os espermatozoides. 
 A próstata possui dois envoltórios, a cápsula fibrosa e a bainha prostática. 
 A cápsula fibrosa ou cápsula verdadeira é densa, neurovascular e contém os nervos 
cavernosos. 
 A bainha prostática ou cápsula falsa é formada por tecido conjuntivo. 
 A próstata é mantida em posição pelo ligamento puboprostático, pela camada profunda do 
diafragma urogenital e pelas porções anteriores do músculo levantador do ânus. 
 A irrigação da próstata é realizada pela artéria vesical inferior e pela artéria retal média. 
 A drenagem venosa da próstata é realizada pelo plexo venoso prostático, que drena para a 
veia vesical inferior e para a veia retal média. 
 A drenagem linfática da próstata é realizada por linfonodos ilíacos internos, externos e 
sacrais. 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
 A inervação da próstata é realizada por: fibras simpáticas de T12 a L2, fibras parassimpáticas 
de S2 a S3, nervos esplâncnicos lombares, plexo testicular (de T10 a T11), plexo hipogástrico superior 
(de T12 a L2), nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico inferior. 
 
Pênis: 
 
O pênis é o órgão masculino de cópula e é a saída comum para a urina e o sêmen. 
Tem estrutura cilíndrica, fixada à região anterior do períneo. 
O pênis pode ser dividido em raiz, corpo e glande. 
A raiz do pênis contém os ramos do pênis (direito e esquerdo) e o bulbo do pênis (central), 
que consistem em massas de tecido erétil. 
O corpo do pênis é a parte livre do pênis, sendo formado por três cilindros: dois corpos 
cavernosos e um corpo esponjoso. O corpo esponjoso forma a glande do pênis, que acomoda as 
extremidades dos corpos cavernosos. 
O corpo do pênis apresenta o rafe do pênis, que é um segmento continuado do rafe do 
escroto. 
A glande do pênis pode ser dividida em coroa da glande (sua parte mais espessa) e em colo 
da glande, que separa a glande do corpo do pênis. É na glande que se localiza o óstio externo da 
uretra. 
No colo da glande a pele e a fáscia do pênis se prolongam como uma camada dupla de pele, 
formando o prepúcio do pênis. 
O frênulo do prepúcio vai do prepúcio até a face uretral da glande do pênis 
 O pênis é recoberto por quatro envoltórios: 
1. Pele: é fina, hiperpigmentada, frouxamente presa à tela subcutânea, contém glândulas 
sebáceas e, no seu terço inferior, pelos. 
2. Fáscia de Colles: é a tela subcutânea do pênis, formada por tecido conjuntivo frouxo e 
músculo liso. Apresenta ausência de tecido adiposo e grande mobilidade à pele. 
3. Fáscia de Buck: é a fáscia do pênis. É resistente e membranosa e não se estende à glande. 
4. Túnica albugínea: é feita de tecido conjuntivo frouxo. A túnica albugínea dos corpos 
cavernosos dá origem ao septo do pênis, enquanto a túnica albugínea do corpo esponjoso é 
mais delgada e elástica. 
A irrigação do pênis é realizada pelas artérias dorsais do pênis, artérias profundas do pênis 
(que emitem as artérias helicinas) e artérias do bulbo do pênis (que emitem a artéria uretral). 
A drenagem venosa do pênis é realizada pela veia dorsal profunda do pênis, que drena para o 
plexo venoso prostático. 
A drenagem linfática do pênis é realizada por linfonodos ilíacos internos e externos e por 
linfonodos inguinais profundos e superficiais. 
A inervação do pênis é realizada pelo nervo dorsal do pênis (ramo do nervo pudendo), pelo 
nervo ileoinguinal, pelos nervos escrotais posteriores do nervo perineal e pelo ramo profundo do 
nervo perineal. 
A inervação parassimpática do pênis ocorre via nervos esplâncnicos pélvicos (de S2 a S4), 
plexo nervoso prostático, nervos cavernosose plexo pélvico (plexo hipogástrico inferior). 
 
 Fonte: 
1. Resumo Luís Felipe Santana – turma 106. 
2. Resumo Victor Uberti – turma 100. 
3. Resumo Natália Colissi – turma 102. 
4. Moore Anatomia Orientada para a Clínica 7ª edição.

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