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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO CASO CLÍNICO 4 RELATÓRIO Ana Carolina Garofo Leme da Fonseca Matricula:202003299383 Profª Denise Fabri Rezende de Sousa RIBEIRÃO PRETO – SP 2020 1 – DUCTO DEFERENTE É um tubo muscular com aproximadamente 45 cm de comprimento que dá passagem aos espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório. A única estrutura que passa entre o ureter e o peritônio é o ducto deferente, que cruza o ureter na prega interuretérica do peritônio. O ureter situa-se posterolateralmente ao ducto deferente e entra no ângulo posterossuperior da bexiga urinária, logo acima da glândula seminal. O ducto deferente: Tem paredes musculares relativamente espessas e um lúmen muito pequeno, o que confere a ele firmeza semelhante à de um cordão; Começa na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo; Ascende posterior ao testículo, medial ao epidídimo; É o principal componente do funículo espermático; Penetra a parede abdominal anterior através do canal inguinal; Cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve; Segue ao longo da parede lateral da pelve, onde se situa externamente ao peritônio parietal; Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório; Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o peritônio; sem outra estrutura interposta entre eles; O ducto cruza superiormente ao ureter perto do ângulo posterolateral da bexiga urinária, seguindo entre o ureter e o peritônio da prega uretérica para chegar ao fundo da bexiga.; A relação entre o ducto deferente e o ureter no homem é semelhante, embora tenha menor importância clínica, à relação entre a artéria uterina e o ureter na mulher. 2 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO DUCTO DEFERENTE A pequena artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical superior (às vezes inferior) e termina anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo. 3 – DRENAGEM VENOSA DO DUCTO DEFERENTE As veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular, incluindo o plexo pampiniforme distal. Sua parte terminal drena para o plexo venoso vesical/prostático. 4 – GLÂNDULAS SEMINAIS Cada glândula seminal é uma estrutura alongada (tem cerca de 5 cm de comprimento, mas às vezes é bem mais curta) situada entre o fundo da bexiga e o reto. As glândulas seminais encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata e não armazenam espermatozoides (como dá a entender o termo “vesícula”). Secretam um líquido alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. As extremidades superiores das glândulas seminais são recobertas por peritônio e situam- se posteriormente aos ureteres, onde são separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical. As extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente relacionadas ao reto e são separadas dele apenas pelo septo retovesical. O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório 5 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DAS GLÂNDULAS SEMINAIS As artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal média 6 – DRENAGEM VENOSA DAS GLÂNDULAS SEMINAIS As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. 7 – DUCTOS EJACULATÓRIOS Os ductos ejaculatórios são tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Os ductos ejaculatórios (aproximadamente 2,5 cm de comprimento) originam-se perto do colo da bexiga e seguem juntos, anteroinferiormente, atravessando a parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo prostático, ou logo dentro da abertura. Embora os ductos ejaculatórios atravessem a parte glandular da próstata, as secreções prostáticas só se juntam ao líquido seminal quando os ductos ejaculatórios terminam na parte prostática da uretra. 8 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOS DUCTOS EJACULATÓRIOS As artérias do ducto deferente, em geral ramos das artérias vesicais superiores (mas muitas vezes das artérias vesicais inferiores), suprem os ductos ejaculatórios. 9 – DRENAGEM VENOSA DOS DUCTOS EJACULATÓRIOS As veias unem os plexos venosos prostático e vesical. 10 – GLÂNDULAS BULBOURETRAIS As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper), do tamanho de uma ervilha cada, situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, inseridas no músculo esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual. 11 – INERVAÇÃO O ducto deferente, as glândulas seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são ricamente inervados por fibras nervosas simpáticas. As fibras simpáticas pré-ganglionares originam-se de corpos celulares na coluna intermédia de células dos segmentos T12–L2 (ou L3) da medula espinal. Atravessam os gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos para se tornarem componentes dos nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástricos e pélvicos. As fibras parassimpáticas pré-ganglionares dos segmentos S2 e S3 da medula espinal atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos hipogástricos/pélvicos inferiores. As sinapses com neurônios simpáticos e parassimpáticos pós-ganglionares ocorrem nos plexos, no trajeto para as vísceras pélvicas ou perto delas. Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar a ejaculação retrógrada. Ao mesmo tempo, estimula contrações peristálticas rápidas do ducto deferente, e a contração e secreção associadas das glândulas seminais e da próstata que garantem o veículo (sêmen) e a força expulsiva para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. A função da inervação parassimpática dos órgãos genitais internos é obscura. No entanto, as fibras parassimpáticas que atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos que seguem até os corpos eréteis do pênis, responsáveis pela ereção peniana. 12 – URETRA A uretra masculina é um tubo muscular (18 a 22 cm de comprimento) que conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra, localizado na extremidade da glande do pênis em homens. A uretra também é a via de saída do sêmen (espermatozoides e secreções glandulares). O diâmetro e o comprimento da parte intramural (pré-prostática) da uretra variam quando a bexiga urinária está se enchendo (há contração tônica do colo da bexiga de modo que o óstio interno da uretra apresenta- se pequeno e alto; o óstio interno da uretra de enchimento) ou esvaziando. (O colo da bexiga é relaxado de modo que o óstio apresenta-se largo e baixo; o óstio interno da uretra de esvaziamento.) A característica mais proeminente da parte prostática da uretra é a crista uretral, uma estria mediana entre sulcos bilaterais, os seios prostáticos. Os dúctulos prostáticos secretores abrem-se nos seios prostáticos. O colículo seminal é uma elevação arredondada no meio da crista uretral com um orifício semelhante a fenda que se abre em um fundo de saco pequeno, o utrículo prostático. O utrículo é o vestígio remanescente do canal uterovaginal embrionário, cujas paredes adjacentes, na mulher, constituem o primórdio do útero e uma parte da vagina. Os ductos ejaculatórios se abrem na parteprostática da uretra através de pequenas aberturas semelhantes a fendas localizadas adjacentes ao orifício do utrículo prostático e, às vezes, logo dentro dele. Assim, os tratos urinário e reprodutivo se fundem nesse ponto. A uretra feminina (com cerca de 4 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro) segue anteroinferiormente do óstio interno da uretra na bexiga urinária, posterior e depois inferior à sínfise púbica, até o óstio externo da uretra. A musculatura que circunda o óstio interno da uretra da bexiga urinária feminina não está organizada em um esfíncter interno. O óstio externo da uretra feminina está localizado no vestíbulo da vagina, a fenda entre os lábios menores dos órgãos genitais externos, diretamente anterior ao óstio da vagina. A uretra situa-se anteriormente à vagina (formando uma elevação na parede anterior da vagina); seu eixo é paralelo ao da vagina. A uretra segue com a vagina através do diafragma da pelve, músculo esfíncter externo da uretra e membrana do períneo. Há glândulas na uretra, sobretudo em sua parte superior. Um grupo de glândulas de cada lado, as glândulas uretrais, é homólogo à próstata. Essas glândulas têm um ducto parauretral comum, que se abre (um de cada lado) perto do óstio externo da uretra. O músculo esfíncter externo da uretra está localizado no períneo e é abordado na seção correspondente. 13 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA URETRA As partes intramural e prostática da uretra masculina são irrigadas por ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores e retais médias. A uretra feminina é irrigada pelas artérias pudenda interna e vaginal 14 – DRENAGEM VENOSA DA URETRA As veias das duas partes proximais da uretra drenam para o plexo venoso prostático masculino. Na uretra feminina as veias seguem as artérias e têm nomes semelhantes. 15 – INERVAÇÃO DA URETRA Na uretra masculina Os nervos são derivados do plexo prostático (fibras simpáticas, parassimpáticas e aferentes viscerais mistas). O plexo prostático é um dos plexos pélvicos (extensão inferior do plexo vesical) que se originam como extensões órgão-específicas do plexo hipogástrico inferior. Na uretra feminina Os nervos que suprem a uretra têm origem no plexo (nervo) vesical e no nervo pudendo. O padrão é semelhante ao masculino , tendo em conta a ausência de um plexo prostático e de um músculo esfíncter interno da uretra. As fibras aferentes viscerais da maior parte da uretra seguem nos nervos esplâncnicos pélvicos, mas a terminação recebe fibras aferentes somáticas do nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais e somáticas partem dos corpos celulares nos gânglios sensitivos de nervos espinais S2–S4. 16 – FUNICULO ESPERMATICO O funículo espermático contém estruturas que entram e saem do testículo e suspende o testículo no escroto. Começa no anel inguinal profundo, lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, atravessa o canal inguinal, sai no anel inguinal superficial e termina no escroto na margem posterior do testículo. Os revestimentos fasciais derivados da parede anterolateral do abdome durante o desenvolvimento pré-natal circundam o funículo espermático. O revestimento do funículo espermático inclui: Fáscia espermática interna: derivada da fáscia transversal; Fáscia cremastérica: derivada da fáscia das faces superficial e profunda do músculo oblíquo interno do abdome; Fáscia espermática externa: derivada da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome e de sua fáscia de revestimento. A fáscia cremastérica contém alças do músculo cremaster, que é formado pelos fascículos inferiores do músculo oblíquo interno do abdome, originados do ligamento inguinal. O músculo cremaster traciona reflexamente o testículo para cima no escroto, sobretudo em resposta ao frio. Em um ambiente aquecido, como um banho quente, o músculo cremaster relaxa e o testículo desce profundamente no escroto. As duas respostas são tentativas de regular a temperatura do testículo para a espermatogênese (formação dos espermatozoides), que requer uma temperatura constante aproximadamente um grau abaixo da temperatura corporal, ou durante a atividade sexual, como resposta de proteção. O músculo cremaster costuma atuar concomitantemente com o músculo dartos, músculo liso da tela subcutânea sem gordura do escroto (túnica dartos), que se insere na pele, ajudando na elevação do testículo enquanto causa contração da pele do escroto em resposta aos mesmos estímulos. O músculo cremaster é inervado pelo ramo genital do nervo genitofemoral (L1, L2), um derivado do plexo lombar. O músculo cremaster é estriado e recebe inervação somática, enquanto o músculo dartos é liso e recebe inervação autônoma. Embora seja menos desenvolvido e geralmente indistinto, o ligamento redondo da mulher recebe contribuições semelhantes das camadas da parede do abdome enquanto atravessa o canal inguinal. Os constituintes do funículo espermático são : Ducto deferente: um tubo muscular com aproximadamente 45 cm de comprimento que dá passagem aos espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório; Artéria testicular: tem origem na aorta e irriga o testículo e o epidídimo; Artéria do ducto deferente: originada na artéria vesical inferior; Artéria cremastérica: originada na artéria epigástrica inferior; Plexo venoso pampiniforme: uma rede formada por até 12 veias que convergem superiormente e formam as veias testiculares direita e esquerda; Fibras nervosas simpáticas nas artérias e fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas no ducto deferente Ramo genital do nervo genitofemoral: supre o músculo cremaster; Vasos linfáticos: drenagem do testículo e de estruturas intimamente associadas e seguem para os linfonodos lombares Vestígio do processo vaginal: pode ser visto como um filamento fibroso na parte anterior do funículo espermático estendendo-se entre o peritônio abdominal e a túnica vaginal; pode não ser detectável. . 17 – ESCROTO O escroto é um saco cutâneo formado por duas camadas: pele intensamente pigmentada e a túnica dartos intimamente relacionada, uma lâmina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas (músculo dartos) responsáveis pela aparência rugosa do escroto. Como o músculo dartos está fixado à pele, sua contração causa o enrugamento do escroto no frio, espessamento da camada tegumentar enquanto reduz a área de superfície escrotal e ajuda os músculos cremasteres a manterem os testículos mais próximos do corpo, tudo para reduzir a perda de calor. O escroto é dividido internamente por uma continuação da túnica dartos, o septo do escroto, em compartimentos direito e esquerdo. O septo é demarcado externamente pela rafe escrotal , uma crista cutânea que marca a linha de fusão das eminências labioescrotais embrionárias. A túnica dartos superficial não tem gordura e é contínua anteriormente com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome (fáscia de Scarpa) e posteriormente com a camada membranácea da tela subcutânea do períneo (fáscia de Colles). O desenvolvimento do escroto está intimamente relacionado com a formação dos canais inguinais. O escroto se desenvolve a partir das eminências labioescrotais, duas evaginações cutâneas da parede anterior do abdome que se fundem para formar uma bolsa cutânea pendular. Mais tarde no período fetal, os testículos e funículos espermáticos entram no escroto. 18 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESCROTO A irrigação arterial do escroto provém de: Ramos escrotais posteriores da artéria perineal: um ramo da artéria pudenda interna; Ramos escrotais anteriores da artéria pudenda externa: um ramo da artéria femoral; Artéria cremastérica: um ramo da artéria epigástrica inferior. 19 – DRENAGEM VENOSA E LINFATICA DO ESCROTO As veias escrotais acompanham as artérias. Os vasos linfáticos do escroto drenam para os linfonodos inguinais superficiais. 20 – INERVAÇÃO DO ESCROTO Os nervos do escrotoincluem ramos do plexo lombar para a face anterior e ramos do plexo sacral para as faces posterior e inferior: Ramo genital do nervo genitofemoral (L1, L2): supre a face anterolateral; Nervos escrotais anteriores: ramos do nervo ilioinguinal (L1) que suprem a face anterior; Nervos escrotais posteriores: ramos do ramo perineal do nervo pudendo (S2–S4) que suprem a face posterior; Ramos perineais do nervo cutâneo femoral posterior (S2, S3): suprem a face posteroinferior. 21 – TESTICULO Os testículos são as gônadas masculinas — pares de glândulas reprodutivas masculinas, ovais, que produzem espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente testosterona. Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito. A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto no local onde o testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático. A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo, que representa a parte distal cega do processo vaginal embrionário. A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se intimamente aplicada ao testículo, epidídimo e parte inferior do ducto deferente. O recesso da túnica vaginal, semelhante a uma fenda, o seio do epidídimo, situa-se entre o corpo do epidídimo e a face posterolateral do testículo. A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à fáscia espermática interna, é mais extensa do que a lâmina visceral e estende-se superiormente por uma curta distância até a parte distal do funículo espermático. O pequeno volume de líquido na cavidade da túnica vaginal separa as lâminas visceral e parietal, permitindo o livre movimento do testículo no escroto. Os testículos têm uma face externa fibrosa e resistente, a túnica albugínea, que se espessa em uma crista sobre sua face interna posterior como o mediastino do testículo. A partir dessa estria interna, septos fibrosos estendem-se internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos contorcidos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos quais são produzidos os espermatozoides. Os túbulos seminíferos contorcidos são unidos por túbulos seminíferos retos à rede do testículo, uma rede de canais no mediastino do testículo. 22 – IRRIGAÇÃO DO TESTICULO As longas artérias testiculares originam-se da face anterolateral da parte abdominal da aorta, imediatamente abaixo das artérias renaiS. Elas seguem no retroperitônio (posterior ao peritônio) em direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as partes inferiores das artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos. Entram nos canais inguinais através dos anéis profundos, atravessam os canais, saem deles através dos anéis inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos para irrigar os testículos. A artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente. 23 – DRENAGEM VENOSA E LINFATICA DO TESTICULO As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme, uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a artéria testicular no funículo espermático. O plexo pampiniforme faz parte do sistema termorregulador do testículo (juntamente com os músculos cremaster e dartos), ajudando a manter essa glândula em temperatura constante. As veias de cada plexo pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda, que entra na veia renal esquerda. A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direito e esquerdo (caval/aórtico) e pré-aórticos. Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobre a artéria testicular, que contém fibras parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e fibras simpáticas do segmento T10 (–T11) da medula espinal. 24 – EPIDÍDIMO O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior do testículo. Os dúctulos eferentes do testículo transportam espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo. O epidídimo é formado por minúsculas alças do ducto do epidídimo, tão compactadas que parecem sólidas. O ducto diminui progressivamente enquanto segue da cabeça do epidídimo na parte superior do testículo até sua cauda. Na cauda do epidídimo, o ducto deferente começa como a continuação do ducto do epidídimo. No longo trajeto desse tubo, os espermatozoides são armazenados e continuam a amadurecer. O epidídimo é formado por: Cabeça do epidídimo: a parte expandida superior que é composta de lóbulos formados pelas extremidades espiraladas de 12 a 14 dúctulos eferentes; Corpo do epidídimo: a maior parte é formada pelo ducto contorcido do epidídimo; Cauda do epidídimo: contínua com o ducto deferente, o ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra durante a ejaculação. 25 – PÊNIS O pênis compreende uma parte fixa, denominada raiz do pênis, situada no períneo e composta de 3 massas de tecido erétil, alojadas no triângulo urogenital, e uma parte livre, chamada corpo do pênis, também constituída de estruturas alongadas de tecido erétil, capazes de sofrer considerável aumento ao se ingurgitarem de sangue durante a ereção. Os corpos cavernosos são envolvidos por uma membrana fibrosa e separados entre si por um septo. O corpo esponjoso aloja-se na parte inferior dos corpos cavernosos e é atravessado em toda a sua extensão pela uretra; é circundado por uma bainha fibrosa (túnica albugínea). Próximo da extremidade do pênis, o corpo esponjoso forma um alargamento cônico que constitui a glande peniana, que tem uma borda proeminente em sua face dorsal, denominada coroa. A pele que recobre o pênis dobra sobre si mesma, formando o prepúcio; entre a coroa e o corpo do pênis, situa-se o sulco balanoprepucial; na superfície uretral, encontra-se o freio. O prepúcio é separado da glande por um espaço virtual: o saco prepucial. Na glande, há numerosas e diminutas glândulas (glândulas de Tyson), responsáveis pela produção do esmegma. 26 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO PÊNIS As artérias que levam o sangue para os espaços cavernosos – artérias helicinas – são ramos da artéria profunda e das artérias dorsais do pênis. 27 – DRENAGEM VENOSA DO PÊNIS As veias convergem para o dorso do pênis para formar a veia dorsal, a qual drena o sangue para o plexo prostático. 28 – INERVAÇÃO DO PÊNIS Os nervos penianos originamse do 2 o , 3 o e 4 o nervos sacros, por meio dos pudendos e do plexo pélvico. A ereção do pênis é um fenômeno essencialmente vascular. O sangue penetra rapidamente nos espaços cavernosos através das artérias helicinas, causando distensão dos corpos cavernosos. A ereção pode ser iniciada por estímulos locais, que alcançam os centros lombossacros, via nervos pudendos, ou por estímulos puramente psíquicos nascidos no cérebro, com grande participação dos centros hipotalâmicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: 1. Gray’s Anatomia para Estudante (Richard Drake, A. Wayne Vogl e Adam Mitchel) 2. Anatomia Orientada para a Clínica (Keith L. Moore, Arthur F. Dalley II, e Anne M. R. Agur) 3. Anatomia Microscópica Humana (Radivoj V. Krstic) 4. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis. 4 a ed. Funasa, 2006. 5. Porto CC, Porto AL. Clínica médica na prática diária. Guanabara Koogan, 2016. 6. Richie JP, Steele G. Neoplasm of the testis. In: Walsh PC. Campbell’s Urology. 7. .Sociedade Brasileira de Urologia. Consenso sobre disfunção erétil e sexualidade, 2003.
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