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dist. leitura e escrita - reflexoes

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DISTÚRBIO DE LEITURA E ESCRITA - 
(Santos e Navas, 2002; Capovilla e Capovilla, 2003; Zorzi e Capellini, 2008; 
Moojen, 2011) 
ROTEIRO DE ORIENTAÇÃO PARA ESTUDO 
TERAPIA DA LINGUAGEM ESCRITA: 
 Conexão entre linguagem oral e escrita – é fundamental! 
 Conexão entre falar – ler - escrever 
 
 
 
 
 
 Considerar as dificuldades de: 
 Processamento ortográfico: inversão silábica ([b] por [p] ou por [d]; 
“escola” por “secola”; leitura lenta, silabada) 
 Processador semântico e contextual: adivinhações, compreensão 
reduzida, pobre interpretação. 
 Processador fonológico: associação grafema-fonema, escrita com 
dígrafos, grafema com múltiplas representações fonêmicas (X), e 
fonemas com múltiplas representações gráficas (Z). 
 
 PROPOSTA TERAPÊUTICA 
 Estimulação da linguagem oral: 
Habilidades linguísticas (histórias, perguntas sobre estas, perguntar sobre o 
cotidiano, categorização, dar funções aos objetos, descrevê-los, associação de 
ideias, entre outros). Procurar fazer estímulos mais rápidos para melhor treino 
do acesso lexical e fonológico. 
 Estimulação da leitura: 
- Conhecimento dos tipos de letras, palavras simples, regulares e irregulares 
(verificando o acesso lexical e fonológico), palavras, frases e textos 
aumentando, gradativamente, o nível de complexidade. 
- Leitura compartilhada de histórias: simples e interessantes, aumentando 
gradativamente o nível. 
COMPREENSÃO 
DA LEITURA 
ESCRITA COM UM 
PROPÓSITO E PARA UM 
LEITOR EM POTENCIAL 
LINGUAGEM 
ESCRITA 
LING. ORAL E CONSC. 
FONOLÓGICA 
LEITURA DE TEXTOS 
COM NÍVEIS VARIADOS 
- Antes da leitura: fazer uma introdução com um breve relato sobre a mesma, 
dar dicas, folhear o livro vendo as figuras para ir elaborando suas hipóteses, 
narrar o conhecimento prévio do assunto, perguntas (quem?, onde? ...). 
Durante a leitura: Leitura silenciosa e em voz alta - Construção de perguntas à 
proporção que vai lendo, atenção e memória ao significado de parágrafos, de 
palavras, compreensão da pontuação, reconto de histórias, leitura 
compartilhada, decodificação de leitura (relação grafema-fonema / fonema-
grafema: palavras contextualizadas, leitura de poesias, de parlendas) leitura 
com ruído competitivo. 
Depois da leitura: Fazer perguntas, escrever outro final para a história 
mudando personagens, e/ou tempo verbais, gênero, números. 
 Estimulação da escrita: 
Deve buscar estímulos visuais matériais variados de representação de escrita, cd-
rom. 
Processo de aquisição da escrita: escrita contextualizada (palavras cruzadas, 
caça-palavras, memória de letras e de palavras escritas). 
Apropiação do sistema ortográfico – seguir uma hierarquia, figuras com o todos os 
fonemas em posição inicial, representação por fileiras contendo o som, a letra, 
sílaba e palavra). 
Planejar o que vai escrever, brainstorming de palavras, com estas a formulação 
de frases, ideias, perguntas e respostas, livros apenas com gravuras para a 
criança elaborar o texto podendo seguir os mesmos passos, ditado alertando a 
criança para atenção a pontuação. 
 
 Estimulação do processamento fonológico: 
Relevante para o acesso consciente ao nível fonológico como para a 
aprendizagem da leitura e escrita. 
 Rima, aliteração, síntese, segmentação, manipulação e transposição 
silábica, fonêmica e de palavras, correspondência grafema-fonema. 
 
 Estimulação auditiva: 
1. Na terapia fonoaudiológica: sons verbais e não verbais; aspectos 
segmentais e supra-segmentais da língua; compreensão e linguagem. 
2. Em casa: orientação sobre estimulação com a criança. 
3. Na escola: orientações aos professores. 
 
 
1. Detecção dos sons: verbais e não verbais. Ênfase aos sons verbais; sequência 
de estímulos: frases – palavras – morfemas – rimas – sílabas – fonemas; 
inverter os papéis (terapeuta/ paciente); pistas visuais; sons ambientais; 
telefone sem fio; associação de sons ambientais e falado. 
Reconhecimento e associação: de olhos fechados caracterizar os sons que 
ouve; reconhecer cada som apresentado: carro, telefone, porta batendo, 
liquidificador, avião, chuva, buzina, campainha. 
Localização: em variados lugares o som deve ser produzido – tanto os não-
verbais quanto os verbais. 
Discriminação: dos sons mais distintos aos mais semelhantes 
(plosivos/fricativos – surdos/sonoros). 
Fazer uso de figuras, desenhos, cores e símbolos para representação sonora, 
tampinhas, palitinhos. Discriminar as palavras quanto ao tamanho, ponto 
articulatório, gênero, número. 
 
 Memorização e sequenciação: categorias (pode associar à consiência 
fonológica), sequência de dígitos, palavras e frases em ordem crescente e 
decrescente, aumentando gradativamente. 
 
Figura/fundo: com sons não verbais e verbais 
 
Aspectos supra-seguimentares: Duração, frequência (pitch) e intensidade 
(loudness), 
 
2. Falar de forma clara e objetiva, olhando para a criança, frases curtas e diretas, 
evitar competição sonora na hora de conversar, orientar e seguir rotinas, ler 
histórias diariamente para a criança, usar parlendas, rimas, fazer lista de 
palavras por categorias, por aliteração, enfatizar sílaba tônica das palavras. 
Seguir todas as orientações dadas pelo terapeuta sobre as atividades que 
poderão ser desenvolvidas em casa. 
 
3. Reduzir o barulho de sala, posicionar a criança perto e de frente da professora, 
Falar de forma clara e objetiva, olhando para a criança, frases curtas e diretas, 
evitar competição sonora na hora de conversar, dar pistas auditivas e visuais, 
usar tampão monaural em uma das orelhas.

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