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Fundamentos socioantrologicos da saúde

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O convívio com outras pessoas e os padrões sociais estabelecidos moldam a imagem corporal na mente das 
pessoas. A imagem corporal idealizada pelos pais, pela mídia, pelos grupos sociais e pelas próprias pessoas 
desencadeia comporta mentos esteriotipados que podem comprometer a saúde. A busca pela imagem 
corporal perfeita tem levado muitas pessoas a procurar alternativas ilegais e até mesmo nocivas à saúde. 
Revista Corpoconsciência. FEFISA, v. 10, nº 2, Santo André, jul/dez. 2006 (adaptado) A imagem corporal 
tem recebido grande destaque e valorização na sociedade atual. Como consequência: 
 
 
 
A ênfase na magreza tem levado muitas mulheres a depreciar sua autoimagem, apresentando 
insatisfação crescente com o corpo. 
 
O corpo tornou-se um objeto de consumo importante para as pessoas criarem padrões de beleza 
que valorizam a raça à qual pertencem. 
 
O culto ao corpo produz uma busca incansável, trilhada por meio de árdua rotina de exercícios, 
com pouco interesse no aperfeiçoamento estético. 
 
A modelagem corporal é um processo em que o indivíduo observa o comportamento de outros, 
sem, contudo, imitá-los. 
 
As pessoas adquirem a liberdade para desenvolver seus corpos de acordo com critérios estéticos 
que elas mesmas criam e que recebem pouca influência do meio em que vivem. 
 
 
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2. 
 
 
Saúde Afinal, abrindo um jornal, lendo u ma revista ou assistindo à TV, 
insistentes são os apelos feitos em prol da atividade física. A mídia não descansa; 
quer vender roupas esportivas, propagandas de academias, tênis, aparelhos de 
ginástica e musculação, vitaminas, dietas... uma... uma relação infindável de 
materiais, equipamentos e produtos alimentares que, por trás de toda essa 
"parafernália", impõe um discurso do convencimento e do desejo de um corpo 
belo, saudável e, em sua grande maioria, de melhor saúde. RODRIGUES,L. H.; 
GALVÃO, Z. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Em razão da mídia no comportamento 
das pessoas, no que diz respeito ao padrão de corpo exigido, podem ocorrer 
mudanças de hábitos corporais. A esse respeito, infere-se do texto que é 
necessário 
 
 
identificar os materias, equipamentos e produtos alimentares como o caminho para atingir o 
padrão de corpo idealizado pela mídia. 
 
valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como incentivo à prática da atividade física, para o 
culto do corpo perfeito. 
 
 
diferenciar as práticas corporais veiculadas pela mídia daquelas praticadas no dia a dia, 
considerando a saúde e a integridade corporal. 
 
reconhecer o que é indicado pela mídia como referência para alcançar o objetivo de ter um corpo 
belo e saudável. 
 
atender aos apelos midiáticos em prol da prática exacerbada de exercícios físicos, como garantia 
de beleza. 
 
 
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3. 
 
 
Considere o depoimento abaixo: 
"Para mim, doença de verdade mesmo é aquilo que não deixa eu levantar da 
cama e ir trabalhar. Um machucadinho, uma dorzinha de cabeça ou um resfriado 
bobo não é doença. Não posso ficar doente a toa porque tenho mulher e filhos 
para cuidar e comida pra botar na mesa" (Jonas, operário da construção civil). 
A significação que Jonas atribui aos estados de doença nos permite concluir que: 
 
 
A compreensão dos estados de adoecimento independe dos contextos sociais. 
 
 
Existe uma clara associação entre adoecimento e impossibilidade e trabalho. 
 
O sentido de saúde é equivalente a ausência de enfermidade. 
 
Nas classes sociais menos favorecidas social e economicamente, as pessoas adoecem menos. 
 
No contexto social do operário, doença deve ser considerada como presença de qualquer 
enfermidade. 
 
 
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4. 
 
 
Para Goldenberg e Ramos (2002), um olhar cuidadoso sobre a "redescoberta" do 
corpo no mundo contemporâneo permite que se ateste mudanças importantes 
nos códigos de obscenidade e decência. Entretanto, mais do que promover uma 
liberação física sem limites, organiza nova modalidade de controle que prega a 
conformidade a determinado padrão estético chamado "boa forma". 
As considerações acima permitem afirmar que: 
 
 
De fato, nada mudou no mundo contemporêneo no tocante às concepções de moralidade e 
decência. 
 
O mundo pós-moderno é marcado pela ausência de regras e códigos de decência. 
 
Apenas os corpos "em forma" estão livres para exposição. 
 
Os padrões morais continuam inalterados desde o século XIX. 
 
 
Ao contrário do que possa parecer, não nos livramos dos códigos morais ao longo do 
desenvolvimento das sociedades. 
 
 
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5. 
 
 
28/8/2014 às 00h30 (Atualizado em 28/8/2014 às 12h19) Jovem posta foto com 
namorado e é alvo de racismo: "Onde comprou essa escrava?" Caso está sendo 
investigado pela Polícia Civil de Muriaé, na Zona da Mata mineira "Onde comprou 
essa escrava?". Foi com esse comentário que uma jovem de Muriaé, na Zona da 
Mata de Minas Gerais, se deparou ao entrar em seu perfil no Facebook. A 
menina, negra, tinha publicado uma foto com o namorado, que é branco. Na 
sequência, vieram mais frases preconceituosas. O autor do primeiro comentário 
escreveu outras vezes: "Me vende ela". Um rapaz perguntou: "Seu dono? ". 
Enquanto um terceiro internauta disse "parece até que estão na senzala". O caso 
agora é investigado pela Polícia Civil. Portal R7 Notícias - 28/8/2014 às 00h30 
(Atualizado em 28/8/2014 às 12h19) Vimos nas aulas que muito mais do que 
uma evidência anatomofisiológica, o corpo humano é um corpo simbólico que 
carrega significados que variam de acordo com o contexto e o momento 
histórico. A reportagem acima mostra que: 
 
 
Os brasileiros são muito divertidos e não perdem a oportunidade de fazer piadas. 
 
Não existe racismo no Brasil. 
 
No Brasil há uma percepção da igualdade entre as pessoas independente de suas características 
fisionômicas. 
 
No Brasil a escravidão ainda não foi abolida. 
 
 
No Brasil ainda persistem representações raciais hierarquizantes. 
 
 
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6. 
 
 
Assinale a alternativa ERRADA com relação ao entendimento da "boa forma" 
como mercadoria. 
 
 
Há uma hipervalorização da perspectiva estética na sociedade contemporênea. 
 
O sentido de um corpo "em forma" aproxima-se da ideia de um corpo saudável. 
 
Um corpo fora de forma é um corpo simbolicamente morto. 
 
Um corpo saudável é um corpo trabalhado, disciplinado e que pode ser conquistado. 
 
 
As condições fisiológicas e hereditárias são as principais responsáveis pelos insucessos estéticos 
como a gordura ou a magreza. 
 
 
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7. 
 
 
"Hoje o Brasil é o segundo maior consumidor de cirurgias estéticas no mundo, 
chegando a realizar mais de 600 mil cirurgias anuais (ELIA, 2006), não que isso 
seja ruim, mas a procura por estes métodos, em sua grande maioria, não se 
deve a tentativa de melhorar alguma anomalia genética ou mesmo a correção de 
alguma seqüela causada por determinado fator externo. Não podemos achar 
normal crianças, mulheres e homens fazendo 'formatações'em seus corpos para 
ficarem parecidas com os modelos existentes" (JATOBÁ, V.; FRANCO, 
L.W. Análise reflexiva do corpo cultural. Disponível em 
<http://www.efdeportes.com/efd109/analise-reflexiva-do-corpo-cultural.htm>. 
Acesso em: 09 ago. 2014). 
A partir do fragmento de texto acima conclui-se que: 
 
 
O grande número de cirurgias estéticas no Brasil é resultado do baixo custo dos procedimentos. 
 
Não se deve fazer cirurgias estéticas, já que o corpo humano é perfeito. 
 
 
As cirurgias estéticas são consideradas como qualquer outra mercadoria disponível para 
consumo. 
 
O Brasil está bastante adiantado nas técnicas de cirurgias estéticas. 
 
Apenas cirurgias corretivas deveriam ser realizadas. 
 
 
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8. 
 
(Enem 2012) Nossa cultura lipofóbica muito contribui para a distorção da imagem 
corporal, gerando gordos que se veem magros e magros que se veem gordos, 
numa quase unanimidade de que todos se sentem ou se veem "distorcidos". 
Engordamos quando somos gulosos. É pecado da gula que controla a relação do 
homem com a balança. Todo obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para 
emagrecer é preciso fazer as pazes com a dita cuja, visando adequar-se às 
necessidades para as quais ela aponta. FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser 
 
pré-requisito. Disponível em: http://gnt.globo.com. Acesso em: 3 abr. 2012 
(adaptado). O texto apresenta um discurso de disciplinarização dos corpos, que 
tem como consequência 
 
 
 
a culpabilização individual, associando obesidade à fraqueza de caráter. 
 
a ampliação dos tratamentos médicos alternativos, reduzindo os gastos com remédios. 
 
o controle do consumo, impulsionando uma crise econômica na indústria de alimentos. 
 
a democratização do padrão de beleza, tornando-o acessível pelo esforço individual. 
 
o aumento da longevidade, resultando no crescimento populacional. 
 
 
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