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CONTABILIDADE GERAL I

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Contabilidade Geral 
Capitulo 01
Aspectos Gerais
1.1 Histórico 
A história da contabilidade confunde-se com a história da humanidade, pois a partir da necessidade do homem proteger suas posses e interpretar as variações ocorridas com o objeto material, ele inconscientemente já sentia a necessidade da utilização da contabilidade para efetuar leituras dessa natureza. 
Estudos sobre civilizações da Antiguidade mostram que o homem primitivo fazia a contagem e o controle de seus rebanhos, demonstrando assim preocupação com suas riquezas. 
A medida em que as riquezas do homem crescia, aumentava sua ansiedade em saber a maneira mais fácil e mais rápida de aumentar suas posses, e como havia a diversidade de informações e elementos de sua riqueza, já era difícil a memorização de tudo o que ele possuía, assim, surgiu a necessidade de registrar tudo aquilo que envolvia sua riqueza, para que pudesse saber qual a melhor forma de utilização futura daquilo que ele possuía. 
1.2 Conceito
O 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924, definiu a Contabilidade como: 
“A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica”. 
Então, contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as técnicas necessários ao controle, á exposição e a análise dos elementos patrimoniais e de suas modificações. 
Processa
Dados
Relatório
1.3 Objeto da Contabilidade
O objeto ou assunto do qual trata a Contabilidade é o patrimônio. 
Por intermédio da Contabilidade, é possível ter o controle e o conhecimento detalhado do estado em que se encontra um patrimônio e acompanhar sua evolução. 
1.4 Finalidade
A Contabilidade é mantida com a finalidade de fornecer informações sobre o patrimônio as pessoas nele interessadas. 
A finalidade contábil é alcançada mediante o registro (escrituração), a demonstração expositiva e a análise e interpretação dos fatos ocorridos em uma entidade que afetam seu patrimônio, com o propósito de oferecer informações sobre sua composição e suas variações, bem como sobre o resultado alcançado em determinado período. 
Assim, a lista mais comum de vantagens de uma entidade para manter escrituração contábil, são as seguintes:
Oferece maior controle financeiro e econômico à entidade;
Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil;
Contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas dependam de perícia contábil; 
Evita que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências, sujeitando os sócios ou titulares ás penalidades da Lei que rege a matéria; 
Facilita acesso ás linhas de crédito; 
Prova a sócios que se retiram da sociedade a verdadeira situação patrimonial, para fins de apuração de haveres ou venda de participação;
Desta forma, podemos concluir que a contabilidade estuda e controla o patrimônio a disposição das entidades com ou sem fins lucrativos, por meio do registro dos fenômenos econômicos que afetam esse patrimônio.
1.5 Usuários 
Diversos são os usuários das informações geradas pela contabilidade, seja para a tomada de decisões no ambiente interno da organização ou no ambiente externo. Assim podemos dizer que temos dois tipos de usuários:
Usuários Internos 
São aqueles que atuam dentro da empresa, são os proprietário, os gerentes, diretores e demais agentes internos que fazem uso da contabilidade.
Os proprietários fazem uso da informação contábil para saberem se o capital que investiram na empresa está gerando rentabilidade e segurança satisfatórias, se o grau de endividamento da empresa está dentro dos padrões aceitáveis, se a empresa possui caixa suficiente para honrar seus compromissos, se os gestores estão cumprindo com os objetivos anteriormente traçados etc. 
Os gerentes e administradores são os tomadores de decisões na organização, portanto são os responsáveis pelo rumo que a mesma irá tomar, assim é necessário que os mesmos conheçam o passado e o presente da entidade, e é a contabilidade que ira fornecer um poderoso fluxo contínuo de informações variadas sobre os aspectos financeiros e econômicos das empresas, possibilitando que se opte por decisões com maior segurança, diminuindo os ricos e possibilitando o conhecimento dos impactos gerados pelas decisões passadas. 
Usuários Externos
São aqueles que fazem uso das informações da entidade, mas que não pertencem diretamente a ela como, por exemplo, os investidores, fornecedores, instituições financeiras, entidades governamentais, entidades não-governamentais. 
Os investidores são aqueles que investem capital na empresa e necessitam saber se tal investimento está sendo bem aplicado e qual o retorno que terão ou estão tendo, bem como precisam de informações para efetuarem previsões quanto aos resultados que a empresa terá no futuro, os quais servirão de base para decidirem se permanecem investindo ou não na empresa. 
Os fornecedores são aqueles que vendem produtos para a empresa, normalmente a prazo, por isso, desejam saber qual é a capacidade que a mesma tem de se endividar, o volume de vendas que ela possui, para assim decidirem sobre o fornecimento ou não de determinado produto para a organização. 
As instituições financeiras devem conhecer a capacidade financeira e o endividamento das entidades que desejam tomar empréstimos ou financiamentos. 
As entidades governamentais utilizam as informações contábeis para certificarem se a empresa está cumprindo com seus compromissos fiscais, bem como para elaboração de dados estatísticos sobre determinado setor privado, alem de determinar necessidade de implantar apoio governamental para alguns setores da economia do país. 
As entidades não-governamentais tencionam obter informações de natureza social e ambiental, ou seja, o quanto a empresa esta contribuindo para a ajuda social do País e o quanto ela está investindo para a proteção do meio ambiente onde ela está inserida, possibilitando a mensuração de seus compromissos com a sua responsabilidade social e ambiental. 
1.6 Funções da Contabilidade
Entre as funções da Contabilidade, destacam-se estas:
1 – função administrativa – controlar o patrimônio;
2 – função econômica – nas empresas, a função econômica consiste em apurar o lucro ou prejuízo, ou seja, calcular o resultado econômico. 
1.7 Identificação dos Aspectos Patrimoniais 
A identificação dos bens, direitos e obrigações que compõem o patrimônio diz respeito ao seu aspecto qualitativo, ao passo que a mensuração desses elementos, a sua identificação em valores monetários, é relativa ao aspecto quantitativo. A contabilidade trata do aspecto qualitativa quanto do quantitativo. 
1.8 Áreas ou Ramos da Contabilidade
As áreas ou ramos em que se divide a Contabilidade não são matérias independentes, pois tem o mesmo objetivo: o patrimônio. Tal divisão se dá apenas para fins didáticos. Assim, essa disciplina pode ser dividida em Contabilidade Geral, Contabilidade Bancária, Contabilidade Pública, Contabilidade de Custos, Contabilidade de Seguros, Contabilidade Agrícola, Análise das Demonstrações, Auditoria etc. 
1.9 Campo de Aplicação da Contabilidade 
O principal campo de aplicação da Contabilidade são as aziendas. 
Azienda é o patrimônio considerado juntamente com a pessoas que tem sobre seus poderes de administração (gestão) e disponibilidade. Seu conceito reúne o patrimônio e a pessoa que o administra. 
As pessoas jurídicas administradas com finalidade lucrativa são denominadas “sociedades” ou “empresas”, enquanto as pessoas jurídicas com finalidades sociais (filantrópicas, cientificas, religiosas) são designadas “associações”. 
A Contabilidade também é aplicável as entidades sem finalidades lucrativas, como A União, estados, municípios e autarquias, que são pessoas jurídicas de direito público, as quais se aplica a Contabilidade Pública. 
1.10 Titular do Patrimônio 
O titular do patrimônio pode ser física ou jurídica. 
Pessoa física ou pessoa natural
é o ser humano.
As pessoas jurídicas são resultantes da união de duas ou mais pessoas, físicas e/ou jurídicas, para o desempenho, em sociedade, de atividades de interesse comum. 
A personalidade da sociedade é adquirida a partir da inscrição de seus atos constitutivos (contrato ou estatuto) na entidade responsável pelo registro de pessoas jurídicas. O distrato (desfazimento da sociedade) também depende de registro. 
O patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com o de seus titulares. Assim, os bens direitos e obrigações são da sociedade, não de seus sócios. As sociedades são representadas ativa e passivamente por seus administradores. 
Uma atividade pode ser explorada por meio de empresa individual ou de empresa coletiva. A primeira tem como titular pessoa física (empresário), que explora em seu próprio nome, quer dizer, não é pessoa jurídica. A pessoa física titular de empresa individual responde com o seu patrimônio, de forma ilimitada, pelas obrigações assumidas na exploração da atividade. O empreendimento explorado por pessoa jurídica é denominado empresa coletiva. 
1.11 Formas Jurídicas das Sociedades Empresárias 
Na prática, quase todas as sociedades empresárias são constituídas de sociedade por cotas de responsabilidade limitada ou sociedade anônima. Os outros tipos societários caíram em desuso. O quadro apresentado em seguida resume as principais características das sociedades empresárias constituídas sob a forma de sociedade anônima e por cotas de responsabilidade limitada. Em ambas a responsabilidade dos sócios é limitada. 
	Sociedades
	Espécies de Sócios
	Responsabilidade dos Sócios
	Formação do Nome
	Anônima ou Companhia
	Acionistas
	Limitada ao preço de emissão das ações subscrita ou adquiridas.
	Nome de fantasia + “companhia ou S.A.
	Limitada
	Cotistas
	Limitada ao capital subscrito.
	Nome de 1 ou + sócios + Ltda ou nome de fantasia + Ltda.
Na hipótese de responsabilidade limitada, se houver falência e o patrimônio da sociedade não for suficiente para que ela liquide seus compromissos com os credores, os sócios não responderão com seus patrimônios pessoais. 
A razão social é formada com o nome de um ou mais sócios, como é o caso de “Silva, Souza & Companhia”. Já a denominação social é constituída a partir de um nome fantasia, que em geral indica o ramo de atividade da sociedade. Exemplo: Transportadoras Leva e Traz Ltda.
As sociedades anônimas tem o capital dividido em ações e são constituídas por estatuto, ao passo que nas sociedades por cotas de responsabilidade limitada, o capital é dividido em cotas e a constituição se dá por contrato social. 
1.12 Dissolução, Liquidação e Extinção
A extinção de uma sociedade passa primeiro por sua dissolução, ato pelo qual se desfaz o vínculo contratual entre os sócios, com o objetivo de se desconstituir a pessoa jurídica. Após a dissolução da sociedade, tomam-se as medidas necessárias para que suas dívidas sejam liquidadas e ela seja extinta.
Na faze de liquidação, ocorre a realização do ativo e o pagamento das obrigações, representadas pelo passível exigível. Após o pagamento das dividas, o saldo remanescente, se houver, será rateado entre os sócios, de acordo com a participação de cada um. 
Pago o passivo e rateado o ativo remanescente, o liquidante deve convocar assembléia geral para a prestação final das contas. Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação e a pessoa jurídica se extingue. A extinção significa o fim da pessoa jurídica, seu desaparecimento. Uma vez extinta, a sociedade deixa de ser sujeito de direitos e obrigações, ou seja, perde sua personalidade, morre. 
1.13 Técnicas Contábeis
Técnicas contábeis são procedimentos adotados pelo contabilista na execução dos serviços relacionados a Contabilidade. Representa o modo como o contabilista desempenha suas funções, com o objetivo de registrar, controlar, expor, verificar a correção e interpretar o patrimônio e suas variações. 
São técnicas contábeis:
Escrituração;
Demonstração;
Auditoria;
Análise das demonstrações contábeis e financeiras. 
1.13.1 Escrituração Contábil 
Escrituração contábil é a técnica utilizada para o registro dos fatos contábeis. É feita por meio de lançamentos em livros destinados ao registro das operações que afetam o patrimônio. 
1.13.2 Demonstração
Demonstração é a técnica que consiste na exposição da situação do patrimônio em determinada data e de suas variações durante certo período. 
Balanço Patrimonial – é uma exposição, com base na data do encerramento do exercício, do ativo, das obrigações e da situação liquida da empresa. Representa um inventário do patrimônio, sua fotografia em determinado momento. Exemplo: 
Demonstrações do Resultado do Exercicio (DRE) – A apuração do lucro ou prejuízo de um determinado exercício é evidenciado na demonstração do resultado do exercício – DRE, cuja função é apresentar as mutações sofridas pelo patrimônio em razão do resultado econômico (lucro ou prejuízo). A DRE é a exposição das modificações ocorridas no patrimônio em virtude do resultado. Exemplo: 
	DRE 2009
	Receita Bruta
	13.150.500
	-
	
	Dedução de Vendas
	3.115.352
	 =
	
	Receita Líquida
	10.035.148
	+
	
	Custo da Mercadoria Vendida
	8.563.393
	=
	
	Lucro Bruto
	1.471.755
	+
	
	Despesas Operacionais
	650.801
	=
	
	Lucro Operacional
	820.954
	+ 
	
	Resultado Não-Operacional
	47.802
	=
	
	Lucro antes do IRPJ e CSLL
	868.756
	+
	
	IRPJ e CSLL
	262.811
	=
	
	Lucro Líquido
	605.945
Ainda como demonstrações temos:
Demonstração dos Fluxos de Caixa;
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
1.13.3 Auditoria 
Auditoria é a técnica contábil por meio da qual verificamos se a escrituração e as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, de tal maneira a refletirem as transações efetivamente realizadas, a situação do patrimônio e suas variações. 
As demonstrações contábeis das companhia abertas são, obrigatoriamente, auditadas por auditores independentes registrados na CVM. 
A auditoria tem por finalidade emitir um parecer, pelo auditor, no sentido de as demonstrações contábeis traduzirem ou não, em todos os seus aspectos relevantes, a situação do patrimônio da empresa na data do encerramento do exercício e o resultado das suas operações, de acordo com praticas contábeis adotadas no Brasil. 
1.13.4 Análise das Demonstrações Contábeis ou Financeiras
Consiste na decomposição, comparação e interpretação do conteúdo das demonstrações. Por intermédio desta técnica, é possível efetuar a análise da lucratividade, da capacidade de pagamento das obrigações, do prazo dentro do qual ocorre a renovação dos elementos patrimoniais.
A análise contábil não é exigida por lei.
Análise econômica é aquela que leva em consideração o processo de formação dos resultados, ou seja, os lucros ou prejuízos. 
Já a análise financeira leva em consideração o fluxo de caixa. É o caso da análise da capacidade de pagamento das obrigações. 
Capitulo 02
 Princípios Fundamentais de Contabilidade
2.1 Os princípios e sua observância 
Por ser uma ciência social e, portanto, não exata, a Contabilidade necessita de princípios por meio dos quais sejam convencionados critérios uniformes de adoção obrigatória na sua execução. 
Os princípios são decorrentes da observação da aplicação das técnicas contábeis, da pratica contábil, e tem como objetivo tornar as informações contábeis divulgadas uniformes, confiáveis e úteis para o público nelas interessado. 
A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatório no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Exemplo: quando uma entidade adquire bens com financiamento bancário, um artifício empregado pela instituição financeira para garantir o recebimento
do valor financiado é o contrato de alienação. Isso é uma norma e um princípio. Por isso a contabilidade também necessita de regras e normas para o cumprimento de seus deveres. 
2.2 Princípio da Entidade
A Contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica. Enfim, o patrimônio da empresa jamais se confunde com o dos seus sócios. A contabilidade da empresa registra somente os atos e os fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da empresa e não os relacionados com o patrimônio particular de seus sócios. Não se mistura transações de uma empresa com as de outra, mesmo que ambas sejam do mesmo grupo empresarial, é respeitada a individualidade.
2.3 Princípio Continuidade
Tal princípio diz que a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que a entidade nunca será extinta. As Demonstrações Contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subseqüentes, a vida da empresa é continuada até circunstância esclarecedora em contrário. Seus Ativos devem ser avaliados de acordo com a potencialidade que têm em gerar benefícios futuros para a empresa, na continuidade de suas operações, e não pelo valor que se poderia obter se fossem vendidos no estado em que se encontram.
Caso ocorra situação desfavorável a entidade poderá ser investigada pelo conselho de contabilidade, podendo conseqüentemente ser encerrada, terminando suas atividades empresariais.
Obs.: No Brasil, as punições sobre erros e fraudes contábeis se concentram nos administradores e contadores (incluído aqui também os auditores externos). Os contadores, além das sanções profissionais previstas nas normas do CFC - Conselho Federal de Contabilidade, poderão se haverem ainda com punições previstas nos Códigos Penal (Código Penal), Civil (Código Civil) e legislação tributária do Imposto de Renda. O Banco Central do Brasil é quem tem o poder de encerrar atividades das instituições financeiras que causem crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
2.4 Princípio da Oportunidade
Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito caso exista como provar o seu valor. São os casos de provisões como o de férias, 13 salário, contingências etc.
2.5 Princípio do Registro pelo Valor Original
Determina que os registros contábeis sejam feitos no momento em que o fato ocorra (tempestividade) e pelo seu valor completo (integralidade). Portanto, este Princípio determina que o registro seja feito no momento da transferência de propriedade, através da emissão da Nota Fiscal (oportunidade), e pelo seu valor total (totalidade).
Os elementos patrimoniais devem ser registrados pela contabilidade por seus valores originais, expressos em moeda corrente do país. Assim, os registros da contabilidade são efetuados com embasamento no valor de aquisição do bem ou pelo custo de fabricação (vide contabilidade de custos), incluindo-se, ainda, todos os gastos que foram necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios presentes ou futuros para a empresa; caso ela efetue transações em moeda estrangeira, os valores correspondentes devem ser convertidos à moeda nacional. Exemplo: o contador Sr. Manoel deve registrar os fatos contábeis de encerramento da empresa X, na data de sua ocorrência, de maneira íntegra e tempestiva, para que seus usuários, com base nessas informações, também registrem esses fatos nas suas empresas.
2.6 Princípio da Atualização Monetária 
Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda do poder aquisitivo num ambiente inflacionário. Portanto, a atualização monetária não representa uma avaliação e sim apenas um ajuste dos valores originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação do poder aquisitivo da moeda. Serve também para homogeneizar as diversas contas das mais variadas espécies.
No Brasil, com o advento do Plano Real (1994), que vetou a "correção monetária de balanços" houve a mudança da denominação do Princípio. A antiga era "Princípio da Correção Monetária". Também o art. 185 da Lei 6.404/76 já havia sido revogado pela Lei n.º 7.730/89.
Mas apesar da falta de base legal, hoje em dia no Brasil existe uma tensão no meio contábil, entre os órgãos reguladores (CFC e CVM) e a classe, por causa da resolução que admite a correção monetária apenas se a inflação passar de um determinado patamar: se a inflação superar 100% (em 3 anos) haveria a atualização. Na verdade, essa resolução atende ao padrão internacional. Sucede entretanto, que mesmo uma inflação baixa vai distorcer o real valor do patrimônio em poucos anos.
A posição é antiga da classe contábil brasileira, mas é contestada ao não observar o padrão internacional. Porém, no âmbito da Contabilidade gerencial e na análise de balanços em moeda constante, essa informação poderá continuar a ser processada e fornecida aos gestores internos, que podem decidir por comunicar seus resultados ao mercado, se a acharem relevantes.
2.7 Principio da Competência 
"As despesas e receitas devem ser contabilizadas como tais, no momento de sua ocorrência, independentemente de seu pagamento ou recebimento". Este princípio está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo com o fato gerador, no período de competência, independente de terem sido recebidas as receitas ou pagas as despesas. Assim, é fácil observar que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas auferidas e das despesas incorridas em determinado período. 
Ou seja, as despesas e as receitas que provocam alterações no patrimônio devem ser consideradas dentro do período de sua ocorrência, ou seja, no período de competência. 
A receita é considerada realizada: 
No momento em que há a transferência do bem ou serviço para terceiros, efetuando estes o pagamento ou assumindo o compromisso firme de fazê-lo no futuro (exemplo: venda a prazo); 
Quando ocorrer a extinção de uma exigibilidade sem o desaparecimento concomitante de um bem ou direito (exemplo: perdão de dívidas ou de juros devidos); 
Pelo aumento natural dos bens ou direitos (exemplo: juros de aplicações financeiras); 
No recebimento efetivo de doações e subvenções. 
2.8 Principio da Prudência 
O princípio da prudência especifica que ante duas alternativas, igualmente válidas, para a quantificação da variação patrimonial, será adotado o menor valor para os bens ou direitos e o maior valor para as obrigações ou exigibilidades. Assim, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos outros princípios fundamentais de contabilidade será escolhido a opção que diminui ou aumentar menos valor do Patrimônio Líquido.
Baseia-se na premissa de "nunca antecipar Lucros e sempre prever possíveis Prejuízos.
Capitulo 03
Terminologia Contábil 
Considerando que a utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e facilita a comunicação, iremos definir a seguir alguns termos contábeis.
2.1 Gasto
Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer.
Quanto a sua natureza, os gastos podem ser FIXOS ou VARIÁVEIS. 
Gastos Fixos
Muita gente pode pensar que os GASTOS FIXOS são aqueles que não variam nunca, isto é, permanecem fixos para sempre. Na verdade, são gastos que não variam a cada unidade que a empresa vende ou deixa de vender. Eles são fixos dentro de determinados limites, ou seja, variam por patamares. 
Resumindo, produzindo-se ou vendendo-se em qualquer quantidade, os custos fixos existirão e serão os
mesmos, independente da quantidade. 
Tomemos como exemplo as despesas de aluguel e condomínio dos escritórios de uma empresa. Essas despesas não variam a cada unidade vendida. No entanto, caso a empresa passe a vender muito, talvez tenha de aumentar a equipe e, em conseqüência, alugar mais área para acomodar esse adicional de funcionários. O resultado é o aumento da despesa de aluguel e condomínio. Essa despesa continuara fixa até que o aumento do numero de funcionários obrigue a empresa a expandir novamente a área de seus escritórios. 
Os gastos fixos, por sua vez, se subdividem-se em:
Custos fixos diretos de operação – são os gastos fixos diretamente alocados aos produtos comercializados pela empresa. Um exemplo são os salários do pessoal diretamente envolvidos na operação da empresa. 
Custos fixos indiretos de operação – são os gastos fixos indiretamente alocados aos produtos ou linhas de produtos comercializados pela empresa. Exemplos: funcionários do almoxarifado, dos setores de suprimentos, de controle de qualidade, entre outros. 
Gastos Variáveis
São considerados gastos variáveis aqueles dispêndios que variam a cada unidade vendida. É a soma dos fatores variáveis de produção. São custos que mudam de acordo com a produção ou a quantidade de trabalho, exemplos incluem o custo de materiais, suprimentos e salários da equipe de trabalho.
Exemplos: matéria prima, embalagens, comissão de vendas, impostos como ICMS, IPI etc. 
Toda vez que você estiver em duvida se um determinado gasto é fixo ou variável, faça um teste que é infalível. 
Sempre que um gasto for referido a uma unidade de tempo, ele é um gasto fixo. Exemplo: quanto a empresa paga de aluguel? Se a resposta for X reais por mês (unidade de tempo), então se trata de um gasto fixo. Por outro lado, sempre que o gasto for referido a uma unidade física ou a uma unidade monetária, trata-se de um gasto variável. Exemplo: quanto a empresa gasta com matéria- prima? Se a resposta for X reais por unidade produzida ( unidade física), então se trata de um gasto variável. 
2.2 Desembolso
Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto. 
2.3 Investimento
É a aplicação de algum tipo de recursos com a expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado compensando, inclusive, a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação.
Nesses termos, investimento é toda aplicação de dinheiro com expectativa de lucro. 
2.4 Despesa
Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente pare a obtenção de receitas. As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. Exemplo: aluguel, salário e encargos, pró-labore, telefone, propaganda etc. 
	Classificam-se em operacionais e não-operacionais.
2.4.1	Despesas Operacionais
São os gastos necessários à manutenção da atividade da empresa.
2.4.2	Despesas Não-Operacionais
São as decorrentes das transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa. Exemplo: indenizações de seguro. 
2.5 Receita
Entrada de elementos pare o ativo sob a forma de dinheiro ou de direitos a receber, correspondente normalmente a venda de bens ou serviços.
São as receitas provenientes do objeto de exploração da empresa. Diz respeito à atividade principal da empresa como, por exemplo, a venda produtos, mercadorias ou serviços.
2.6 Perda 
Consumo de bens ou serviços de forma anormal e/ou involuntária. Pode, também, ser entendida como o resultado líquido desfavorável resultante de transações ou eventos não relacionados as operações normais da empresa. 
2.7 Ganho
Resultado liquido favorável resultante de transações ou eventos não relacionados as operações normais da entidade.
2.8 Lucro/Prejuízo 
Diferença positiva negativa entre receita e despesa ganhas e perdas.
2.9 Custo
Gasto relativo a bem ou serviço utilizado (consumido) na produção de outros bens ou serviços.
2.10 Capital
O Capital é um conjunto de bens como máquinas, equipamentos, matéria-prima e outros utilizados para a obtenção de outros bens. Na contabilidade, diversos conceitos de capital são apresentados. Destacamos os seguintes: 
Capita Nominal 
Corresponde aos recursos aplicados na constituição da empresa. Novas destinações podem acontecer com injeção de recursos ou aproveitamento das reservas acumuladas na empresa. 
Capita Próprio
É um fundo de valores pertencentes a uma pessoa, abrangendo não só os valores inicialmente aplicados na empresa, como também as reservas provenientes de sua operação, ou não. É o patrimônio liquido. 
Capital de Terceiros
É o montante de recursos de terceiros ao patrimônio. 
Capital Subscrito 
É o montante de recursos “prometido” pelos sócios a ser entregue. 
Capital a Integralizar
Corresponde a diferença entre o capital subscrito e o montante de recursos já entregues pelo subscritor. 
 
Capitulo 03
Operações Financeiras
3.1 Conceito
	São operações realizadas pelas empresas com o objetivo de gerar recursos financeiros (dinheiro).
3.2 	Modalidades
		São diversas as modalidades das operações financeiras, destacando-se:
		 Aplicações Financeiras
		 Empréstimos Bancários
		 Operações com Duplicatas
		 Factoring 
3.2.1 Aplicações Financeiras
Aplicações de Liquidez Imediata
Essas aplicações correspondem, geralmente, a compras de títulos do governo, como, por exemplo, letras e bônus. Tais títulos têm liquidez imediata porque a empresa pode resgatar o valor aplicado mais os rendimentos no dia em que desejar.
Os rendimentos correspondem à inflação ocorrida no período em que o dinheiro permaneceu aplicado, sendo geralmente baseada na variação dos títulos do governo.
Aplicações com Rendimentos Prefixados
Neste tipo de aplicação, a empresa fica sabendo, no dia da aplicação, o valor dos seus rendimentos, que correspondem à correção monetária prefixada mais juros.
Aplicações com Rendimentos Pós-Fixados
Neste tipo de aplicação, a empresa somente fica sabendo quanto ganhou com a operação no dia de seu resgate.
3.3	Empréstimos Bancários
3.3.1		Empréstimos com Correção Monetária Prefixada
Neste tipo de empréstimo, a empresa sabe, no dia da transação, qual o montante dos encargos referentes à correção monetária incidente sobre a operação.
3.3.2		Empréstimos com Correção Monetária Pós-Fixada
Neste tipo de empréstimo, a empresa somente sabe qual o montante dos encargos referentes à correção monetária incidente sobre a operação no dia do vencimento.
3.4	Operações com Duplicatas
3.4.1	Cobrança Simples de Duplicatas
Consiste na remessa de títulos aos bancos, os quais prestam serviços à empresa, cobrando-os dos respectivos devedores.
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse dos títulos aos bancos, porém a propriedade continua sendo da empresa.
Para remeter os títulos ao banco, a empresa os relaciona através de um borderô, ao qual anexa os respectivos títulos.
3.4.2		Desconto de Duplicatas
Consiste na transferência dos títulos ao banco, mediante endosso. A empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos títulos.
O valor do desconto é determinado em função do número de dias que faltam para que os títulos sejam liquidados.
Neste tipo de operação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação dos títulos descontados. Assim sendo, a responsabilidade da empresa somente desaparece quando do pagamento do título pelo devedor.A operação é semelhante à cobrança simples, no que diz respeito à remessa dos títulos.
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos ao banco. A empresa endossante desconta títulos e recebe do banco o valor nominal (constante dos títulos), suportando os juros correspondentes ao prazo que falta decorrer para o vencimento dos títulos negociados.
3.4.3 Caução de Duplicatas
Operação de empréstimo que a empresa efetua junto a um banco, na
qual o banco exige que a beneficiada entregue-lhe títulos em garantia. O valor dos títulos caucionados é sempre superior ao valor liberado. O banco poderá exigir a emissão de uma nota promissória no valor total do empréstimo.
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos ao banco. 
3.5	Ações
Uma empresa tem seu capital social dividido em pequenas parcelas chamadas ações, que seriam um unidade de títulos emitidos por sociedades anônimas. 
As ações representam a menor fração do capital social de uma empresa, ou seja, é o resultado da divisão do capital social em partes iguais. Peter Lynch, famoso gestor de fundos nos Estados Unidos disse:
“A companhia aberta é a instituição mais democrática do mundo: não importa raça, sexo, religião ou nacionalidade, qualquer um pode tornar-se sócio de uma empresa de capital aberto, por meio da compra de ações.”
Quando um investidor compra uma ação de uma certa empresa, ele se torna sócio dessa empresa, e sendo sócio dela, pode tanto valorizar seu investimento, caso a empresa tenha um bom desempenho, quanto desvalorizá-lo, caso a empresa enfrente dificuldades. Em suma, o investimento em ações está ligado a um risco.
Como a negociação é diária, o preço das ações flutua: se há muitos compradores, o preço tende a subir, do contrário, ou seja, quando a muitos investidores vendendo ações, o preço cai, é a lei da oferta e da procura. 
A parcela do lucro apurado pela empresa que é distribuído aos acionistas por ocasião do fechamento do balanço é chamado de Dividendos. Os dividendos podem ter periodicidade diversa: mensal, trimestral, semestral, anual, etc. 
 3.6 Leasing
É uma operação realizada mediante contrato em que o proprietário de um determinado bem concede a utilização deste, durante um determinado período de tempo, a outra pessoa. É um financiamento de médio e longo prazo. O arrendatário pode, alem da renovação, a aquisição ou não do bem em questão ao final do período. Pode ser acelerada em 30% a depreciação. O leasing é uma forma de se ter sem comprar, uma vez que o lucro vem da utilização do bem e não de sua propriedade. 
Capitulo 04
Patrimônio
4.1 Conceito
A palavra patrimônio se origina do latim patrimonium, significando, no início, a herança recebida do pater (pai). Posteriormente, esse conceito evoluiu e passou a representar o conjunto de bens de propriedade de alguém, independentemente da origem. 
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa, física ou jurídica, que possam ser avaliados em dinheiro. 
É formado por elementos positivos (bens e direitos=ativo) e negativos (obrigações = passivo).
Em resumo:
	PATRIMÔNIO
	BENS
	DIREITOS
	OBRIGAÇÕES
Contabilmente, o patrimônio possui dois aspectos distintos a serem considerados:
Aspecto Qualitativo
Devemos considerar as espécies dos elementos, possibilitando que se conheça a natureza de cada componente que está sendo demonstrado, qualificado-os, atribuindo-lhes nomes que os identifique com o que estão representados, por exemplo: máquinas, estoques, valores a receber, etc. 
Aspecto Quantitativo
É a quantificação dos elementos representados, atribuindo-lhes valores monetários, sempre em moeda corrente nacional, exemplo: máquinas e equipamentos = R$ 100.000,00, veículos = R$ 50.000,000, etc. 
Os bens de sua propriedade e os valores que uma pessoa tem a receber de terceiros representam os elementos positivos do patrimônio, ou seja, os seus ativos. 
Os valores que são devidos a terceiros e que, portanto, devem ser restituídos são negativos, ou seja, constituem o passivo. 
A diferença entre o ativo e o passivo do patrimônio é denominado Patrimônio Líquido. 
4.2 Bens 
Bens são todos os elementos materiais e imateriais que integram o patrimônio. 
Segundo a Economia, bens são coisas que servem para satisfazer uma necessidade humana, enquanto, sob a óptica jurídica, bem é tudo aquilo que pode ser objeto de direito e está sujeito a utilização e apropriação (pode se de propriedade de alguém). 
O bem esta em posse da empresa e esta sobre seu domínio. 
Bens Corpóreos – também denominados bens físicos ou tangíveis, são os bens materiais, como por exemplo:
- Dinheiro;
- Edificações;
- Terrenos;
- Veículos;
- Móveis e utensílios de escritório;
- Equipamentos de informática;
- Máquinas e equipamentos industriais;
- Instalações elétricas e hidráulicas;
- Ferramentas, etc. 
Bens Incorpóreos – também denominados bens imateriais ou intangíveis, eles não existem fisicamente, muito embora possam ser expressos em moeda, como por exemplo:
- Programas de computador;
- Marcas;
- Patentes de fabricação;
- Propriedade Literária;
- Propriedade científica;
- Ponto comercial, etc. 
4.3 Direitos 
Direitos representam créditos. São valores a receber ou a recuperar nas transações com terceiros. Em regra, os direitos são representados por títulos e documentos. Exemplo:
Nota Fiscal – A nota fiscal de venda é um documento que registra o fato gerador de vários tributos, entre eles, o IPI, o ICMS, o ISS, etc. 
Fatura – É um documento que lista as mercadorias vendidas, indicando sua quantidade, qualidade, espécie, preço, nomes e endereço do vendedor e do comprador, entre outras. Atualmente esta cada vez mais difundida a chamada nota fiscal-fatura, que é um documento que engloba a nota fiscal e a fatura.
Duplicata – Alem a fatura, que é de emissão obrigatória nas vendas a prazo, o comerciante pode emitir duplicata. A duplicata facilita a cobrança judicial. Ela pode ser transferida por endosso e tem força executiva (serve como prova para instruir a ação judicial de execução contra o devedor). 
Nota Promissória – É uma promessa de pagamento feita pelo devedor em favor de seu credor. Nela o emitente assina uma declaração de que pagará, na data combinada, certa quantia ao credor indicado no título. Quem emite a promissória é o próprio devedor.
Cheque – É uma ordem de pagamento a vista, que deve ser paga pelo banco no momento da sua apresentação pelo beneficiário. 
4.4 Obrigações
Há também a situação em que a empresa está de posse de um bem que não lhe pertence. As obrigações patrimoniais são representadas por contas a pagar ou a compensar nas transações com terceiros. Assim, Os bens que não pertencem a empresa, mas que estejam temporariamente em seu poder, são chamados de obrigações.
Entre as dívidas mais comuns de uma empresa, temos as decorrentes de:
- compra a prazo de mercadorias e bens de uso;
- empréstimos e financiamentos bancários ainda não pagos;
- salários a pagar aos empregados;
- impostos e demais tributos devidos e não pagos, etc.
Para ilustrar melhor o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações, veremos um exemplo para simplificar este conjunto:
Determinada pessoa física resolveu fazer um levantamento de seu patrimônio e constatou que tinha:
- um veículo;
- uma casa;
- móveis e utensílios domésticos;
- dinheiro em espécie;
- saldo em conta corrente bancária;
- contas a receber da sogra e do cunhado;
- saldo em caderneta de poupança;
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra da casa;
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra do veículo.
O patrimônio dessa pessoa pode ser dividido da seguinte maneira:
Bens 
- veículo;
- casa;
- móveis e utensílios domésticos;
- dinheiro em espécie. 
Direitos
- saldo em conta corrente bancária;
- contas a receber da sogra e do cunhado;
- saldo em caderneta de poupança;
Obrigações
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra da casa;
- prestações a pagar do financiamento obtido para a compra do veículo. 
4.5 Situação Líquida
Situação líquida ou patrimônio líquido é a diferença entre ativo e passivo.
Situação Líquida = Ativo – Passivo
Em alguns casos, faz-se necessário o confronto do ativo com o passivo. Exemplo:
Se uma sociedade posta à venda tem ativo de 1000 e passivo de 600, seu preço de aquisição pode ser apurado com base na
diferença: 1000 – 600 = 400, que nada mais é que a situação liquida ou patrimônio líquido. 
Se a aquisição dessa sociedade ocorrer por preço superior a 400, haverá ágio. Se por valor inferior, deságio. 
A situação líquida pode ser de três espécies: 
Situação Líquida Nula
Também denominada compensada ou equilibrada, ocorre quando o ativo é igual ao passivo. 
Se uma sociedade com situação líquida nula for liquidada, seu ativo será suficiente apenas para o pagamento das dívidas. 
Situação Líquida Positiva
Quando o ativo for maior que o passivo, a situação liquida será positiva ou superavitária. 
Nesta hipótese, se a sociedade for liquidada, será possível pagar todas as suas dívidas. 
Situação Liquida Negativa
Também denominada “passivo descoberto” ou “situação de insolvência”, ocorre quando o passivo exigível é superior ao ativo. Nessa hipótese, se a sociedade for liquidada, considerando apenas os recursos do ativo, não será possível o pagamento de todas as dívidas. 
4.6 Origens de Recursos 
As pessoas jurídicas podem contar com recursos provenientes de duas origens ou fontes:
1 – recursos próprios;
2 – recursos de terceiros
A constituição de uma empresa se dá por meio de recursos fornecidos pelos sócios para a formação do patrimônio da pessoa jurídica. Trata-se do capital social inicial, que representa recursos próprios. Igualmente, são recursos próprios os originários dos aumentos de capital mediante o ingresso de novos recursos. 
No decorrer de suas operações, a empresa utiliza recursos de terceiros, oriundos de empréstimos e financiamentos, aceite ou emissão de títulos de credito etc. 
Os recursos próprios (capital próprio) são representados pelo patrimônio liquido. 
Os recursos alheios (capital de terceiros) são representados pelo passivo exigível.
A soma dos recursos de terceiros com os próprios formam o capital total a disposição. 
A análise do patrimônio liquido e do passivo exigível permite identificar quais fontes ou origens de recursos financiam as operações de uma empresa. Um passivo exigível de valor elevado, em comparação com o montante do patrimônio liquido, indica um elevado nível de endividamento. Por outro lado, um grau elevado de capital próprio, em relação ao capital alheio, transmite mais segurança aos credores no que diz respeito a concessão e a realização de crédito. 
Aplicação de Recursos 
O ativo representa as aplicações ou usos dos recursos obtidos. Sua análise torna possível saber de que maneira os recursos obtidos estão sendo utilizados (estoques de mercadorias, disponibilidade financeira, contas a receber, etc.)
Desta forma, a pessoa jurídica obtém capitais próprio e de terceiros e os aplica nos bens e direitos que constituem o ativo. 
Análise das Origens e Aplicações
Para ilustrar o uso destes conceitos na análise da situação patrimonial, consideremos que determinada pessoa jurídica recorra a um banco para obter empréstimo. O gerente da instituição financeira precisa avaliar a situação patrimonial da empresa e as garantias que ela oferece.
Digamos que o cliente, inicialmente, tivesse informado apenas o seguinte:
Ativo total = 10.000
Empréstimo solicitado = 6.000
Uma análise precipitada da situação do cliente poderia resultar na seguinte conclusão: é perfeitamente possível o pagamento de uma divida de 6.000 por quem tem um ativo de 10.000. No entanto, para o gerente, seria adequado identificar as origens ou fontes dos recursos do cliente. Imaginemos que este demonstrasse ter capital próprio de 2.000 e dívidas de 8.000:
Ativo Total = 10.000
Passivo Exigível = 8.000
Patrimônio Líquido = 2.000
Quer dizer, do total de recursos a disposição, 80% são de terceiros. Para a instituição financeira, talvez seja muito arriscado conceder credito a alguém com um nível tão elevado de endividamento. 
Gastos 
Chamamos de GASTOS todo o sacrifício financeiro que tenha contribuído para a realização dos objetivos sociais da empresa. Quanto a sua natureza, os gastos podem ser FIXOS ou VARIÁVEIS. 
Gastos Fixos
Muita gente pode pensar que os GASTOS FIXOS são aqueles que não variam nunca, isto é, permanecem fixos para sempre. Na verdade, são gastos que não variam a cada unidade que a empresa vende ou deixa de vender. Eles são fixos dentro de determinados limites, ou seja, variam por patamares. 
Tomemos como exemplo as despesas de aluguel e condomínio dos escritórios de uma empresa. Essas despesas não variam a cada unidade vendida. No entanto, caso a empresa passe a vender muito, talvez tenha de aumentar a equipe e, em conseqüência, alugar mais área para acomodar esse adicional de funcionários. O resultado é o aumento da despesa de aluguel e condomínio. Essa despesa continuara fixa até que o aumento do numero de funcionários obrigue a empresa a expandir novamente a área de seus escritórios. 
Gastos Variáveis 
São considerados gastos variáveis aqueles dispêndios que variam a cada unidade vendida.
Custos variáveis de operação – compreendem as matérias- primas, os materiais secundários e o materiais de embalagens. Um hospital, por exemplo, consome medicamentos materiais hospitalares em um cirurgia. Uma empresa de limpeza consome material de limpeza para prestar serviços. 
Despesas variáveis de vendas – incluem os impostos diretos incidentes sobre as vendas (ICMS, ISS, PIS e Cofins etc) e as comissões sobre vendas. 
Toda vez que você estiver em duvida se um determinado gasto é fixo ou variável, faça um teste que é infalível. 
Sempre que um gasto for referido a uma unidade de tempo, ele é um gasto fixo. Exemplo: quanto a empresa paga de aluguel? Se a resposta for X reais por mês (unidade de tempo), então se trata de um gasto fixo. Por outro lado, sempre que o gasto for referido a uma unidade física ou a uma unidade monetária, trata-se de um gasto variável. Exemplo: quanto a empresa gasta com matéria- prima? Se a resposta for X reais por unidade produzida ( unidade física), então se trata de um gasto variável. 
Capitulo 05
Balanço Patrimonial
O balanço de uma empresa é considerado por muitos autores uma "fotografia" daquela empresa, demonstrando suas posições patrimonial e financeira em um certo momento. O balanço pode retratar a situação da companhia a cada ano fiscal ou trimestre. 
O balanço é precisamente útil para fornecer informações contábeis que ajudam a compreender o que ocorreu com a empresa em um determinado período.
O balanço é composto por três partes, que são o ativo, o passivo e o patrimônio líquido, que são analisadas a seguir. Note-se que a seguinte igualdade sempre pode ser verificada: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido. Isso é verdade porque o passivo e o patrimônio líquido se referem à origem de recursos, enquanto que o ativo indica aplicação de recursos.
5.1 Ativo
O ativo engloba o conjunto de valores econômicos, normalmente apresentados sob a forma de bens e direitos, obtidos no passado e que geram ou podem gerar benefícios futuros. Compreende os itens em que estão aplicados os recursos econômicos da entidade fornecidos pelos proprietários ou por terceiros. 
O ativo é, de forma resumida, o conjunto de bens e direitos de uma pessoa. Também podemos definir o Ativo como o conjunto de valores que representa as aplicações dos recursos econômicos dos sócios e de terceiros na empresa. 
Disponibilidade:
Constituem-se de dinheiro em espécie, depósitos bancários a vista, aplicações financeiras de curtíssimo prazo, que são denominados caixa . 
Direitos:
São representados por contas a receber de clientes (duplicatas a receber), créditos em conta-corrente com sócios, diretores, promissórias a receber.
Bens:
São os destinados a venda ou à produção – os primeiros referem-se aos bens destinados a comercialização, decorrendo daí o resultado mercantil. Por exemplo, mercadorias, estoques de produtos acabados, importações em andamento, mercadorias em poder de terceiros. Já os bens destinados a produção são representados basicamente pela matéria-prima. 
Bens Imobilizados:
Refere-se aos bens tangíveis utilizados
nas operações da companhia. Por exemplo, terrenos, máquinas, e equipamentos, móveis e utensílios, edificações, veículos, etc. 
A maior parte do ativo imobilizado é real e tangível, isto é existe fisicamente. Mas a contabilidade admite que certos itens de longo prazo podem não ser tangíveis. Há dois tipos principais de intangíveis: tradicionais e modernos. 
Os tradicionais incluem itens como patentes e direitos de propriedade intelectual. Os intangíveis modernos são prestígios e marcas. O prestígio pode ser descrito como o valor do bom nome da empresa, sua reputação e sua clientela. Quando por exemplo, se paga 10 reais por uma empresa que só tem 6 reais de ativos, o prestigio da conta da diferença de 4 reais. 
Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
Disponível 
Neste grupo entram o dinheiro (item mais líquido de todos) e os itens que são transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos no curto prazo, como estoques, aplicações, duplicatas a receber, investimentos temporários entre outros.
Caixa: nesta conta é registrado o dinheiro em espécie em poder da empresa. 
Bancos: nesta conta são registrados os recursos depositados em contas-correntes de livre movimentação. Estas são contas bancárias cujo saldo pode ser sacado imediatamente, no todo ou em parte.
Numerário em Trânsito: nesta conta são registrados, entre outros, os cheques em poder da empresa, que tenham sido recebidos e não depositados ou remessas para filiais feitas por meio de cheque ou ordem de pagamento.
Aplicações Financeiras: representam as aplicações financeiras de curtíssimo prazo. 
As variações do saldo do Disponível são acompanhadas por um relatório denominado FLUXO DE CAIXA. Quando o saldo do Disponível aumenta de um período para outro, dizemos que a empresa gerou caixa (ou que seu fluxo de caixa foi positivo). Quando o saldo do Disponível diminui, dizemos que ela “destruiu” caixa no período (ou que seu fluxo de caixa foi negativo). 
A gestão do fluxo de caixa é de extrema importância em finanças, porque o que quebra a empresa não é a falta de lucro, é a falta de caixa. 
Exemplo:
O que quebra uma empresa não é o prejuízo, é a falta de caixa!
Imagine que Maria Inês tenha montado uma loja de moda feminina e que, no primeiro dia de funcionamento, tenha comprado e recebido R$ 100.000,00 em mercadorias para pagar em trinta dias. 
Para promover sua loja, Maria Inês resolve oferecer um coquetel de inauguração e anuncia que quem compra no dia da inauguração pode pagar com cheque pré-datado para dali a trinta dias. A festa de inauguração é um sucesso, as peças são de muito bom gosto e a loja vende muito bem no primeiro dia. E mais: todos os clientes aproveitam a facilidade oferecida pela loja e pagam com cheque pré-datado.
Quando termina a festa, Maria Inês faz as contas e verifica que vendeu R$ 96.000,00 de mercadorias que lhe custaram R$ 80.000,00. 
Terminada a festa de inauguração, Maria Inês está muito cansada e resolve fechar a loja e tirar 30 dias de férias. Durante as férias, a loja não compra nem vende qualquer mercadoria, não paga nem recebe qualquer quantia. Ao final de suas férias, Maria Inês reabre a loja. Seu primeiro encontro é com o contador. Ele lhe traz boas noticias. Já no primeiro mês de funcionamento a loja deu lucro, pois a receita foi de R$ 96.000,00 e o custo da mercadoria vendida foi de R$ 80.000,00. O lucro bruto foi portanto de R$ 16.000,00. 
O segundo encontro de Maria Inês é com o tesoureiro. Este lhe traz más noticias. A loja tem de pagar R$ 100.000,00 ao fornecedor das mercadorias e só tem para receber R$ 96.000,00 relativos aos cheques pré-datados que estão vencendo. Isso quer dizer que, mesmo que todos os cheques sejam pagos, ainda faltarão R$ 4.000,00 para a loja honrar seus compromissos. Caso Maria Inês não coloque mais dinheiro na empresa ou arranje garantias para fazer um empréstimo bancário, seu negócio pode falir apesar de ter gerado lucro. 
Realizável
Abaixo do Disponível vem o Realizável. Este, por sua vez, divide-se em Realizável de Curto Prazo e Realizável de Longo Prazo. 
No Realizável de Curto Prazo, são registrados os recursos que não são conversíveis em dinheiro no curtíssimo prazo, mas no prazo de ate um ano corrido. Nesta conta temos:
Contas a Receber: o saldo desta conta representa as Faturas que se encontravam em aberto na data do fechamento do balanço, sejam estas vencidas ou a vencer. Temos como exemplo os cheques pré-datados e os cartões de credito que ainda não tenham recebidos. 
Estoques: esta conta registra o valor dos estoques na data do fechamento do balanço. 
Enfim, no realizável de curto prazo estão todos os Direitos da empresa que se encontra em poder de terceiros, mas que se realizem em ate um ano. 
No Realizável de Longo Prazo, os recursos são convertidos em dinheiro depois de um ano. 
Permanente
O ativo permanente se divide em:
Investimentos: 
São classificadas nesta conta as participações societárias em outras empresas. Para que essas participações sejam Investimentos dos quais a empresa não pretenda se desfazer em um horizonte previsível. Caso a empresa tenha comprado a participação acionária com fins especulativos, ou seja, esperando sua valorização para vendê-la, esta aplicação não deve ser registrada no Ativo Permanente. 
Imobilizado
São classificados nesta conta os recursos investidos em terrenos, prédios, maquinas e equipamentos, veículos, móveis, etc. 
Diferidos
Neste subgrupo se incluem despesas e aplicações de recursos realizadas em um exercício que afetarão (um ou mais) exercícios futuros. Como exemplo de ativo diferido pode-se citar gastos pré-operacionais para constituição da sociedade, despesas com pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços, entre outras.
RESUMO DO ATIVO
ATIVO
 Disponível
	Caixa
	Bancos
	Numerários em Trânsito
	Aplicações Financeiras
 Realizável de Curto Prazo
	Contas a Receber
	Estoques
	Adiantamentos a Terceiros
 Realizável de Longo Prazo
	Aplicações de Longo Prazo
 Permanente
	Investimentos
	Imobilizados
	Diferidos
Existe uma lógica na ordem em que as contas do Ativo são representadas. Elas são apresentadas em ordem decrescente de LIQUIDEZ, ou seja, em ordem decrescente da facilidade com que podem ser transformadas em dinheiro. 
O recurso mais liquido que a empresa possui é o dinheiro em espécie que está registrado na conta Caixa. É por isso que ela é a primeira conta a ser apresentada. Em, vêm os depósitos bancários, pois basta sacá-los para que se transformem em dinheiro. Os numerários em trânsito vêm depois, visto que precisam ser depositados para depois serem sacados. As aplicações financeiras são apresentadas por ultimo, porque leva alguns dias para que o produto do seu resgate seja depositado na conta-corrente. 
As Contas a Receber são consideradas mais liquidas do que os estoques porque, nesse caso, as vendas já aconteceram, enquanto os estoques ainda precisam ser vendidos para serem transformados em contas a receber, os quais, ao serem recebidos, convertem-se em moeda. 
As contas do Ativo Permanente são consideradas as menos líquidas do Ativo. Realmente, em uma situação normal, deve ser mais difícil vender um prédio, um terreno ou uma máquina do que um item do estoque. 
A soma do Disponível com o Realizável de Curto Prazo denomina-se Ativo Circulante ou Capital de Giro. Pensando bem, alas fazem todo o sentido. Os recursos que compõem o Ativo Circulante estão permanentemente “girando”, pois a empresa está constantemente usando e repondo o dinheiro do caixa, depositando e sacando dinheiro do banco, aplicando e resgatando aplicações financeiras, faturando e recebendo dos clientes, comprado e vendendo estoque. No entanto, a empresa nem vende maquinas, prédios ou terrenos todos os dias. Isso pode acontecer eventualmente. É por isso que a conta em que tais recursos estão registrados
chama-se Ativo Permanente. 
5.5 Passivo
O Passivo compreende os valores devidos a terceiros que forneceram recursos para entidade, tendo esta obrigação de ressarci-los em igual montante ou com acréscimo moratórios.
O passivo é conceituado como o conjunto de obrigações de uma pessoa. Representa, assim, as origens ou fontes de recursos de terceiros que se acham aplicados no Ativo. São os pagamentos a serem feitos no futuro, em virtude de transações anteriores. Pode ser circulante (pagável nos doze meses seguintes) ou de longo prazo. 
Os recursos que estão sendo movimentados pela empresa só podem ter duas origens: ou são recursos dos próprios acionistas ou são de terceiros.
Exemplos:
Dívidas Operacionais: compreendem as dividas provenientes de compras de mercadorias, matérias-primas, materiais de consumo, impostos, salários, encargos sociais, etc. 
Dividas Financeiras: referem-se a empréstimos, financiamentos e outras obrigações que geram encargos financeiros, tais como empréstimos bancários.
5.5.1 Passivo Circulante (Exigível)
O passivo apresenta os valores que a empresa tem que pagar.
Exigível de Curto Prazo
Salários e Encargos
Esta conta registra as obrigações trabalhistas e os benefícios concedidos aos empregados, bem como férias, 13º salário, INSS, FGTS, etc. 
Impostos e Tributos
Nesta conta são lançados todos os impostos devidos e ainda não pagos pela empresa. 
Empréstimos Bancários
Nesta conta é lançado o montante que a empresa deve as instituições financeiras (juros e principal).
Fornecedores
Nesta conta são classificadas todas as compra feitas a prazo cujos pagamentos se encontrem em aberto. Seu saldo representa tudo o que a empresa deve aos fornecedores.
Exigível ao Longo Prazo
São as obrigações assumidas pela empresa e que vençam em um prazo superior a um ano. Um exemplo são os financiamentos de longo prazo obtidos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. 
O sistema de classificação do passivo é igual as das contas de ativo, ou seja, um item tiver que ser pago, até o final do exercício social subseqüente, será classificado no passivo circulante, se for pago após o termino do exercício social subseqüente, será classificado no passivo realizável a longo prazo.
O passivo circulante e o passível realizável a longo prazo, também são conhecidos como passivo exigível. Pois em alguma data eles serão exigidos, ou seja, serão cobrados.
RESUMO DO PASSIVO
PASSIVO
 Exigível de Curto Prazo
 Salários e Encargos
 Impostos e Taxas
 Empréstimos Bancários
 Fornecedores
 Outros Exigíveis
 Exigível de Longo Prazo
 Empréstimos e Financiamentos
 
A legislação determina que as contas do Passivo sejam apresentadas em ordem decrescente de exigibilidade. É por isso que a primeira conta a ser apresentada é aquela em que são registradas as obrigações trabalhistas. Em seguida vêm os impostos, os empréstimos bancários e os fornecedores. Os últimos a serem pagos eram os acionistas. 
De forma resumida quando analisamos o Ativo e o Passivo devemos ter nítida a separação na análise das origens e aplicações de recursos. Um exemplo bem simples: Fazer compras. No ato do pagamento das compras feitas, você está movimentando dois elementos de seu patrimônio: o primeiro é o dinheiro que você tem que dispor e o segundo, o estoque de mantimentos. O dinheiro, que vai diminuir, é a origem dos recursos (Passivo) que foram aplicados no seu estoque de mantimentos (Ativo). 
5.6 Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas. É resultante do ativo menos o passivo. 
O Patrimônio Líquido é dividido nas seguintes contas:
Capital Social
São os recursos que os acionistas investiram na empresa ou lucros não distribuídos a eles.
Reservas de Capital
Aportes de capital por parte dos acionistas, além de reavaliação do valor de ativos (com aumento de valor) e lucros não distribuídos.
Reservas de Reavaliação
Significa as contrapartidas da valorização do ativo permanente devido a novas avaliações.
Reservas de Lucro
Surgem quando se retêm lucros para objetivos ou atividades específicas, como por exemplo expansão da companhia ou determinados investimentos.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Como apenas uma parte do lucro da empresa é distribuída sob a forma de dividendos aos acionistas, a maior parte desse lucro é, em geral, retida na própria empresa para reinvestimento no negócio. Esta conta indica o acúmulo de lucros (ou prejuízos) de exercícios precedentes.
Abaixo a estrutura de um Balanço Patrimonial:
Capitulo 06
Escrituração Contábil 
A contabilidade consegue atingir seu objetivo principal, que é o de avaliar e controlar o patrimônio das empresas, por meio dos registros dos fatos contábeis. É o que chamamos de escrituração. Escrituração significa, portanto, uma técnica que a contabilidade utiliza e que consiste no registro de todos os fatos que provocam alterações no patrimônio da empresa. 
Antes da contabilidade ser inventada, os fatos contábeis eram registrados somente no momento em que os pagamentos eram efetuados ou recebidos, ou seja, no momento em que o dinheiro entrava ou saia do CAIXA da empresa. A isso chamamos de REGIME DE CAIXA. 
Na atualidade os fatos contábeis são registrados quando as obrigações são assumidas ou quando os direitos são adquiridos, independentemente de o dinheiro ter entrado ou saído do caixa. A isso chamamos de REGIME DE COMPETÊNCIA. Por exemplo: Quando a empresa efetua uma venda a prazo, esta deve ser registrada como receita, antes mesmo de o cliente pagar, pois se trata de um direito adquirido.
Outro fator a ser levado a sério é a classificação dos Fatos Contábeis São as ocorrências havidas no patrimônio, trazendo-lhes variações quantitativas, e que independem dos atos da gestão, tais variações patrimoniais são resultantes de fatos contingentes, imprevistos ou fortuitos.
6.1 Classificação dos Fatos Contábeis
Fato contábil permutativo
São os fatos que modificam o valor dos bens, direitos e obrigações sem, entretanto, alterar a situação liquida do patrimônio. Subdividem-se em:
 Fatos Permutativos entre Elementos do Ativo, representados pela mutação (+ A – A). É o caso de compra de mercadorias a vista, pois diminui um elemento do Ativo (dinheiro) aumentando, em seu lugar, um outro elemento ativo (mercadorias). 
 Fatos Permutativos entre Elementos do Passivo, representados pela mutação (+ P – P). É o caso da troca de uma obrigação por outra, de diferentes espécie. 
 Fatos Permutativos entre Elementos Ativos e Passivos, pelas mutações (+ A + P) e (- A – P). Podem aumentar os totais do ativo e passivo, como é o caso da compra de mercadorias a prazo, pois aumenta um elemento ativo (mercadoria) e um passivo (conta a pagar) ou diminui, como por exemplo, o pagamento de uma divida pois diminui um elemento ativo ( dinheiro) e um passivo (conta a pagar). 
Fato contábil modificativo
São os que provocam alterações no valor do patrimônio líquido (PL) ou situação líquida (SL), podem ser aumentativos (quando provocam acréscimos no valor do patrimônio líquido) ou diminutivos (quando provocam reduções no valor do patrimônio líquido).
 Fatos Modificativos Aumentativos podem ser representados pelas mutações (+ A + SL) e (- P + SL). Na primeira hipótese, temos, por exemplo, o recebimento de uma receita de juros ou de serviços prestados. Um elemento do ativo, dinheiro disponível, é aumentado sem qualquer correspondência com outro elemento do ativo ou passivo, aumentando, consequentemente a situação líquida. O segundo tipo corresponde a diminuição de uma obrigação sem correspondência de outro elemento ativo ou passivo, que é o caso do perdão de uma dívida ou diminuição de uma conta a pagar por abatimento dado pelo credor do patrimônio. 
 Fatos Modificativos Diminutivos são representados pelas mutações ( - A – SL) e (+ P – SL). No primeiro caso,
temos como exemplo, o pagamento dos salários dos funcionários no final do mês, diminui um elemento do Ativo (dinheiro) diminuindo a situação liquida. O segundo caso, também vinculado as despesas com pessoal, pode acontecer quando ao final do mês a empresa não paga o salário dos funcionários, utilizando uma autorização legal de pagar apenas no inicio do mês seguinte. No final do mês, entretanto, a empresa reconhece que já esta devendo aquele valor, pois o fato gerador da despesa já ocorreu, no caso, os serviços prestados pelos funcionários. O reconhecimento é feito pelo registro aumentando uma obrigação (salário a pagar) e diminuindo a situação liquida. 
Fato Contábil misto
São os que combinam fatos permutativos com fatos modificativos, logo podem ser aumentativos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos aumentativos), ou diminutivos (combinam fatos permutativos com fatos modificativos diminutivos).
Fatos Mistos Aumentativos
(+ A – A + SL) É uma permutação entre elementos ativos modificando aumentativamente a situação liquida. Como por exemplo, podemos citar a venda de mercadorias com lucro pois, se uma mercadoria custou R$ 10 e foi vendida por R$ 12, o elemento estoque é diminuído de R$ 10, o caixa é aumentado de R$ 12 e a situação liquida tem um aumento de R$ 2 pelo lucro. 
Fatos Mistos Diminutivos
( - A – P – SL) Diminuição do ativo e passivo e redução da situação liquida. Um dos fatos possíveis é p pagamento de uma duplicata devida (- P), com dinheiro disponível (- A), inclusive juros de mora por atraso (-SL). 
6.2 Superveniência e Insubsistência
Eventuais alterações positivas ou negativas da Situação Líquida, independentes de intervenção da gestão.
Superveniência
Provocam aumento e pode ser:
Superveniência Ativa
Aumento do ativo (variação patrimonial ativa). 	Ex:	Recebimento de valores provenientes de prêmios, loterias, herança ou legado doação.
Superveniência Passiva
Aumento do passivo (variação patrimônio passiva). Ex: Reconhecimento de dívidas anteriormente não registradas no passivo, provenientes de decisão judicial ou de outros casos fortuitos.
Insubsistência 
Provocam diminuição e pode ser:
Insubsistência Ativa
Diminui o ativo (variação patrimonial passiva). Ex: Ocorrência de incêndio, furto, perda de rebanho por morte.
Insubsistência Passiva
Diminui o passivo (variação patrimonial ativa). Ex: Redução no valor das obrigações por motivo de prescrição ou baixa da dívida correspondente.
6.3 Método das Partidas Dobradas
A essência deste método, é que o registro de qualquer operação implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual a soma dos valores creditados. 
Resumindo, a soma dos saldos das contas do Ativo deve ser sempre idêntica a soma dos saldos das contas do Passivo, de tal forma que, se esses dois saldos não “baterem no centavo”, isso denuncia um erro de lançamento que precisa ser detectada e corrigido. Ou seja, não há devedor sem credor. 
6.4 Débitos e Créditos
Existem palavras e expressões que possuem diferentes significados em diferentes contexto. Se você perguntar a um médico o que significa o termo “colateral”, ele provavelmente o associará a noção de um efeito secundário e indesejável de um tratamento ou de um remédio. Já para um banqueiro, “colateral” é um BEM dado em garantia de um empréstimo. Pergunte a um zootécnico o que é um “mico” e ele lhe dirá que é uma espécie de pequenos primatas. Para um profissional do mercado financeiro, “mico” é um INVESTIMENTO que perdeu totalmente seu valor. “rede” para um profissional de informática quer dizer uma coisa, para um técnico de vôlei, outra. 
Situação semelhante acontece com os termos “crédito” e “débito”. Em linguagem corrente, o conceito de crédito está geralmente associado à idéia de soma, acréscimo, adição. Já o conceito de débito está ligado à idéia de subtração, decréscimo, diminuição. Quando o banco faz um crédito em sua conta-corrente, o saldo aumenta; quando faz um débito, o saldo diminui. 
Em contabilidade, CRÉDITO quer dizer “origem” e DÉBITO, “destino”. Quando o contador faz um lançamento a crédito em uma conta, isso quer dizer que o dinheiro ou o bem ou o serviço teve origem naquela conta. Quando faz um lançamento a débito em uma conta, quer dizer que o dinheiro ou o bem ou o serviço destina-se aquela conta. 
Exemplo:
Uma empresa comprou 30 cadeiras no valor de R$ 10.000,00, para pagar em trinta dias, o contador fará um débito na conta Estoques e um crédito na conta Fornecedores. Isso significa que o material teve como destino a conta Estoque, já que o mesmo foi parar no estoque, e que o lançamento teve origem na conta Fornecedores, já que o material adquirido veio de um fornecedor. O lançamento ficaria assim:
D – Estoques
C – Fornecedores
Valor: R$ 10.000,00
Quando a empresa pagou o fornecedor, o contador fez um débito na conta Fornecedores e um crédito na conta Bancos. Isso quer dizer que o dinheiro teve como destino a conta Fornecedores, visto que foi usado para pagar um fornecedor, e que o dinheiro saiu de uma conta bancária. O lançamento ficaria assim:
D – Fornecedores
C – Bancos
Valor: R$ 10.000,00
Uma conseqüência de tudo isso que foi dito anteriormente é que todas as vezes que se credita um valor a uma conta do PASSIVO, o saldo dessa conta aumenta, porque o PASSIVO registra a origem dos recursos que estão sendo movimentados na empresa; quando se debita, o saldo diminui. 
O problema surge nas contas do ATIVO. Nesse caso, todas as vezes que se debita um valor a uma conta do Ativo, o saldo dessa conta aumenta, já que no Ativo é registrado o destino dos lançamentos, e quando se credita, o saldo diminui. 
A primeira vista, parece estranho que um deposito realizado na conta-corrente da empresa gere um lançamento a débito nessa conta, enquanto um pagamento efetuado seja registrado por um lançamento a credito. No entanto, essa é a convenção. 
A conseqüência dessa convenção é:
“As contas do Ativo são sempre devedoras e as conta do Passivo são sempre credoras.” 
6.5 Contas
Representam os registros de débito e crédito da mesma natureza ou espécie identificadas por um título que qualifica os elementos do patrimônio (bem, direito, obrigação ou situação líquida) ou uma variação patrimonial (receitas e despesas).
6.5.1 Elementos da Conta
São seis os elementos de uma conta:
Título – é o nome da conta.
Data – marcação do tempo do fato (dia, mês e ano).
Histórico – é a narração do fato ocorrido.
Débito – estado de dívida da conta.
Crédito – estado haver da conta.
Saldo – é a diferença entre o débito e o crédito. Pode ser:
	Devedor – quando débito maior que crédito.
		Credor – quando débito menor que crédito.
		Nulo – quando débito igual a crédito.
6.5.2 Teoria das Contas
Muitos foram os estudiosos que se dedicaram ao estudo das contas. Dezenas de teorias foram apresentadas, algumas perfeitamente fundamentais e outras sem qualquer cunho lógico. Restam, ainda hoje, três teorias usuais seja pela sua facilidade no entendimento da ciência contábil, seja pela estrutura de classificação das contas. São elas:
Teoria Personalística 
Classificam-se em:
Agentes Consignatários que são “pessoas” nomeadas pelo proprietário da empresa para serem os responsáveis pela guarda dos bens. Teríamos, pois, a conta veículos como um responsável pelos veículos da empresa; a conta caixa como um responsável pela guarda do dinheiro, etc. 
Correspondentes são “pessoas” que mantém relação de débito e credito com o proprietário da empresa. 
O princípio desta teoria, que as contas são pessoas, é importante para o entendimento do “débito” e “crédito”. Tanto os agentes consignatários como os correspondentes são pessoas com ligação direta com o proprietário do patrimônio mantendo, com este, uma relação de natureza obrigacional. Tomemos como exemplo o agente consignatário responsável pelo dinheiro da empresa, o Sr, Caixa. O Sr. Caixa tendo dinheiro do proprietário
é um Devedor deste. Na medida em que mais dinheiro é entregue, mais Devedor ele se torna, sendo DEBITADO. 
Se por outro lado o proprietário necessita de dinheiro para fazer um pagamento qualquer, menos Devedor ele se torna, sendo esta operação de Credito do Sr. Caixa perante o proprietário. 
Teoria Materialista 
Classificam-se em:
Integrais que é o conjunto de contas que compõe o patrimônio da entidade sejam positivas (bens e direitos) sejam negativas (obrigações). Assim a teoria adotou dividir contas integrais em dois grupos: as CONTAS DE ATIVO (bens e direitos) e as CONTAS DO PASSIVO (obrigações) 
Diferenciais são as contas que determinam as variaçoes na situação liquida (Capital, Reservas, Receitas e Despesas). 
Teoria Patrimoniais
É a teoria mais em uso atualmente. Classificam-se em:
Contas Patrimoniais são as que demonstram a estrutura patrimonial com seus elementos positivos e negativos havendo, entretanto, o destaque do Patrimônio Liquido. São contas patrimoniais as representativas dos BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES. 
Contas de Resultado são as contas que provocam as alterações do patrimônio. Evidenciam a dinâmica patrimonial ou seja, os motivos pelos quais o patrimônio cresceu ou decresceu. 
6.6 Razonetes
Para facilitar a visualização dos lançamentos feitos em uma determinada conta, ao longo de um período, vamos usar, inicialmente, para cada CONTA CONTÁBIL, o diagrama a seguir, denominado RAZONETE. Os razonetes não existem na contabilidade. Trata-se de um recurso didático para ajudar o entendimento da mecânica dos lançamentos contábeis. 
Nome da conta
 Débitos Créditos
No alto do razonete, é indicado o nome da conta contábil. No lado esquerdo, são anotados os lançamentos a débito dessa conta; no lado direito, os lançamentos a crédito. 
É valido citar que considerar o lado esquerdo o lado do débito e o direito o do credito é mera convenção contábil. González e Arias mencionam que:
Este ordenamento não corresponde a nenhuma lógica, sendo que sua base é o costume ou tradição totalmente enraizada e assumida pela profissão contábil. 
Assim, podemos concluir que as despesas, por diminuírem o Patrimônio Líquido, terão saldos devedores, enquanto as receitas, por aumentarem o Patrimônio Liquido, apresentarão saldos credores. 
Para memorizar: Débito (destino) é a aplicação de recurso e Crédito (origem) é a origem dos recursos.
Exemplo:
Constituição da Cia. Casa e Lar com o capital de R$ 100,000,00 em espécie. 
 Caixa Capital
 100.000,00 			 100.000,00
Compra de um veículo a prazo (notas promissórias) por R$ 20.000,00.
 Veículos Notas Promissórias
20.000,00 20.000,00
Depósito bancário no valor de R$ 40.000,00. 
 Caixa Bancos
 100.000,00 40.000,00 40.000,00
Compra de mercadorias a prazo com os fornecedores no valor de R$ 30.000,00. 
 Mercadorias Fornecedores
 30.000,00 30.000,00
Venda de mercadorias que custaram R$ 10.000,00 por R$ 15.000,00 a prazo para os clientes. 
 Mercadorias Clientes
 30.000,00 10.000,00 15.000,00
 Receitas com Vendas Despesas (Custo Merc. Vendidas)
 15.000,00 10.000,00
Assim, temos os seguintes razonetes, já com a apuração dos saldos: 
 Caixa Bancos
 100.000,00 40.000,00 40.000,00
 60.000,00
 Veículos Mercadorias
 20.000,00 30.000,00 10.000,00 
 20.000,00 20.000,00
 Clientes Fornecedores
 15.000,00 30.000,00
 15.000,00
 Notas Promissórias Capital
 20.000,00 100.000,00
 20.000,00 100.000,00
 Receita com Vendas Despesas (Custo Merc. Vendidas)
 15.000,00 10.000,00
 15.000,00 10.000,00 
O Balanço Patrimonial, portanto, pode ser montado apenas relacionando as contas e os seus respectivos saldos, conforme demonstrados a seguir. 
	Balanço Patrimonial
	Ativo
	Passivo
	Caixa 
	60.000
	Fornecedores 
	30.000
	Banco 
	40.000
	Notas Promissórias
	20.000
	Clientes
	15.000
	Soma (50.000)
	Mercadorias 
	20.000
	
	Veículos 
	20.000
	Patrimônio Líquido
	
	Capital
	100.000
	
	Lucro
	5.000
	
	 Receita (15.000)
	
	 Despesas 10.000
	
	Soma 105.000
	TOTAL 155.000
	TOTAL 155.000
Capitulo 07
Casos Especiais
7.1 Provisões 
Em contabilidade, chamamos de PROVISÕES os fatos contábeis que representam receitas ocorridas antes das respectivas entradas ou despesas ocorridas antes das respectivas saídas de CAIXA. 
Provisão de 13º salário
A cada mês trabalhado, o funcionário adquire o direito de receber 1/12 do salário mensal a titulo de 13º salário. Se, por hipótese, um funcionário que esta trabalhando na empresa desde o principio do ano for demitido no final de julho, recebera na rescisão um 13º salário proporcional a 7/12 de seu salário mensal. 
Exemplo:
Suponha que a empresa possua apenas um funcionário e que ele receba um salário de R$ 1200,00 por mês. No final do mês, a contabilização do 13º salário será feita assim:
Pela provisão mensal do 13º salário:
D – Despesas com salários
C – Salários e Encargos (Passivo Exigível de Curto Prazo) 
R$ 100,00
Por ocasião do pagamento do 13º salário:
D - Salários e Encargos (Passivo Exigível de Curto Prazo)
C – Caixa e Bancos 
R$ 1.200,00 
Depreciação 
Também vimos que, quando uma empresa adquire um item de IMOBILIZADO necessário a produção dos bens ou serviços comercializados (como é o caso de um computador para uma empresa de desenvolvimento de sofware), tal compra é um investimento e não uma despesa. 
Mas a medida que o tempo passa, o imobilizado perde valor. Por dois motivos. Primeiro porque no caso de prédios, moveis, maquinas, equipamentos, veículos e computadores o imobilizado sofre desgaste pelo uso, e isso reduz seu valor. Em segundo lugar, especialmente no caso de maquinas, equipamentos, veículos e computadores, o imobilizado vai ficando obsoleto e, por isso, também vai perdendo valor. 
Essa perda de valor do imobilizado por causa do desgaste e da obsolescência faz com que a empresa valha menos, do ponto de vista contábil. Aprendemos que tudo o que faz

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