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13. A posição das mulheres no direito

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Lição 11 de SABADELL – A posição das mulheres no direito
	A autora inicia a lição trazendo números (estatísticas) de violência contra as mulheres, que superam as mortes por câncer ou por acidentes automobilísticos, sobre discriminação no ambiente de trabalho e expõe o pensamento de Gustav Radbruch, que afirmou ser o direito masculino.
FUNDAMENTOS DA TEORIA FEMINISTA DO DIREITO
	Aqui a autora apresenta um outro teórico, Frances Olsen, o qual observa que, na civilização ocidental predomina um sistema dualista de pensamento: o racional de opõe ao irracional, o ativo ao passivo, o abstrato ao concreto. Assim, sendo o direito considerado racional, ativo e abstrato e sendo essas características consideradas masculinas, o direito se identifica como masculino, é valorizado por isso e reflete uma forma masculina de ver o mundo. E como, se o direito promete ser igual?
	Segundo SABADELL, os estudos feministas identificam dois tipos de problemas: a existência de normas que discriminam a mulher e a aplicação das normas de forma que discrimina as mulheres. Ex. “desonra própria”, “mulher honesta”, “crimes contra os costumes” da família e da comunidade.
DIREITO MASCULINO E PATRIARCADO
	Mais do que a postura dos homens, o que influencia o direito masculino é a cultura do patriarcado, também praticada pelas mulheres.
Patriarcalismo jurídico. Perspectiva marxista, a qual sustenta que o direito atua como elemento integrante e legitimador das relações de gênero de corte patriarcal. Ex. Costa Junior.
Assim, não bastaria mudar o direito, mas seria necessário mudar as práticas culturais sedimentadas.
TÓPICOS DE SOCIOLOGIA JURÍDICA NA PERSPECTIVA FEMINISTA
Sexo/gênero: a mudança de nomenclatura quebra um discurso de caráter naturalista que apresenta diferenças entre homens e mulheres como eternas e necessárias, que reduziam as diferenças a um caráter biológico.
Público/privado: essa distinção foi construída, segundo a autora, com base em uma distinção hierárquica de gênero. Às mulheres, os espaços privados, em que ela seria “rainha” se obedecesse às regras sociais; aos homens, os espaços públicos, tal como ainda se pode constatar na política.
Violência contra a mulher: “A violência doméstica é uma forma de violência física e/ou psíquica, exercida pelos homens contra as mulheres no âmbito das relações de intimidade e manifestando um poder de posse de caráter patriarcal. Podemos pensar na violência doméstica como uma espécie de castigo que objetiva condicionar o comportamento das mulheres e demonstrar que não possuem o domínio de suas próprias vidas.” Como conciliar o direito à intimidade e à livre configuração da vida privada com o direito à vida e à integridade física no âmbito familiar?
A leitura da violência de gênero na prática judicial brasileira: três exemplos de julgados foram apresentados, os quais desresponsabilizam os homens que praticaram o estupro com a utilização de argumentos no sentido da descaracterização da infância (afirmam que as meninas, por não serem mais virgens, seriam mulheres), da descaracterização do estupro (afirmam que houve consenso), reprodução do discurso patriarcal.
Direito das mulheres e empréstimo jurídico: normas de outros sistemas jurídicos passaram a fazer parte do nosso.
Direito das mulheres e ações afirmativas: toma como exemplo a mudança legal que estabeleceu “cotas” para as mulheres nos corpos legislativos.
As mulheres como operadoras de direito: sub-representação e problema de seletividade. Há autores, no entanto, que apontam que a participação das mulheres, no direito, não resolveu o problema do patriarcado, pois elas reproduzem esse modelo cultural.
PERGUNTAS: 
Sob a perspectiva de Radbruch, quais são as características que fundamentam a afirmação de que “o Direito é masculino”? 
É possível reverter o machismo do direito mudando apenas as normas do nosso ordenamento ou outra mudança, mais profunda, é que seria necessária?
Qual a sua avaliação acerca dos julgados trazidos pela autora nos quais são desresponsabilizados os homens que praticaram estupro a menores de 14 anos?
O que você acha das cotas para as mulheres nos espaços políticos?

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