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QUESTÕES CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO

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QUESTÕES CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
Questão 1: Conceitue sociedade.
O convívio dos homens em um espaço é concomitante a história da humanidade. Não é possível delimitar quando ou com que finalidade surgiu, e algumas teorias afirmam tratar-se de um impulso associativo natural. Sucintamente e de maneira mais ampla, a sociedade pode ser conceituada como um conjunto de indivíduos que buscam um bem comum, ou seja, a satisfação das vontades gerais, contribuem para a segurança e liberdade, além de partilharem uma cultura.
Sociedade é a união de um conjunto de pessoas que buscam um bem comum, que é a satisfação das vontades gerais, contribuindo, ainda, para a segurança e a liberdade destas.
Questão 2: Disserte sobre os elementos constitutivos da sociedade.
Existem alguns elementos necessários para constituir-se uma sociedade por mais distintas que sejam suas características específicas. 
A primeira delas é a finalidade social que apresenta dois distintos pontos de vista. Um determinista, que prega a inexistência de tal finalidade por indicar que o homem está sujeito ao “princípio da causalidade”, pois há fatores – para alguns, de ordem econômica; para outros, de ordem geográfica – que determinam o acontecimento de fatos fundamentais. Para os deterministas, portanto, não existe um objetivo a atingir-se e sim uma sucessão natural dos fatos. O outra concepção é dita finalista, que pressupõe a existência de uma finalidade social que pode ser livremente escolhida pelos homens mediante sua vontade e inteligência. Tal finalidade, é um valor social, é o bem comum. Isso significa que a sociedade busca naturalmente criar condições para permitir que cada homem e que cada comunidade consiga seus objetivos particulares. Por esse motivo, uma sociedade está mal organizada e distante da finalidade que justifica a sua existência quando promove o bem de apenas uma parcela de seus integrantes. Esse é, portanto, o primeiro fato para constituir-se uma sociedade, logicamente para se ter uma finalidade que é esse bem comum é necessário que haja manifestação de conjunto ordenada para concretizá-lo. Tal manifestação deve atender a três requisitos. O primeiro deles é a reiteração, ou seja, que se manifestem em conjunto frequentemente, pois só assim o todo social terá condições de realizar os seus objetivos. A segunda condição é a ordem, conduzida por leis que podem ser divididas em: leis de ordem da natureza – submetida ao principio da causalidade, e leis de ordem humana – principio da imputação. Hans Kelsen propõe diferenciá-las:
Causalidade: Se “A” (condição) é – “B” (consequência) é;
Imputação: Se “A” (condição) é – “B” (consequência) deve ser
Com isso, não se exclui a vontade própria e a liberdade dos indivíduos visto que todos os integrantes da sociedade participando da escolha das normas além de poderem optar entre o cumprimento ou não dessa norma, sabendo que haverá punição para a desobediência. O terceiro pré-requisito é a adequação, deve levar-se em conta as exigências e possibilidades da realidade social de determinado indivíduo e comunidade, para que as manifestações não sejam contrárias a finalidade do bem comum, e são os próprios componentes da sociedade que devem orientar suas ações. Sendo assim, a reiteração, a ordem e a adequação devem sempre coexistir. O terceiro elemento constitutivo da sociedade é o poder social. Para se ter uma noção de seu significado é preciso analisar algumas de suas características. A primeira delas é a sociabilidade, que indica o poder como um fato social, não podendo ser explicado por fatos individuais. A segunda característica é a bilateralidade, que implica dizer que o poder é uma correlação de duas partes, sempre havendo uma predominante. Cabe ainda uma análise a consideração do poder sob dois aspectos: como relação – analisando o isolamento artificial de um fenômeno, a fim de verificar a qual posição pertence os que nele intervêm, e como processo – quando é estudado a dinâmica do poder.
Questão 3: Elabore a distinção bem como a evolução do pensamento das correntes contratualistas e naturalistas na explicação da origem da sociedade.
Os estudos quanto a origem da sociedade existem há séculos, diversos pensadores, buscaram encontrar os primórdios e a justificativa da existência do convívio social. Dessa maneira, surgem as correntes naturalista e contratualista. 
O “pai” da teoria naturalista, ao afirmar que o homem é um ser social por natureza, é Aristóteles (séc IV a.C.). Segundo ele, “homem é naturalmente um ser político” e a sociedade humana se distingui pela racionalidade, pela existência de sentimentos antagônicos como bondade e maldade; justiça e injustiça. Já no século I a.C. aparece Cícero, seguidor do pensamento aristotélico, que afirma que a espécie humana não existe para o isolamento, e que naturalmente o homem procura o apoio comum, tratando-se de uma necessidade natural e não material.
Já na Idade Média, tem-se Santo Tomás de Aquino, outro seguidor da teoria de Aristóteles. Esse pensador medieval reafirma a existência de fatores naturais que determina que os homens procurem viver associados e destaca que isso não acorre em casos excepcionais: excellentia naturae, quando um indivíduo notavelmente virtuoso, vive em comunhão com as divindades; corruptio naturae, referente a anomalia mental; e malafortuna, quando o homem, por algum acontecimento fatídico passa a viver isoladamente.
Modernamente, o principal seguidor da corrente naturalista Aristotélica, é o italiano Ranelletti, que afirma que viver em sociedade é condição essencial ao homem. E conclui-se que a sociedade é resultado da reunião de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana.
Opondo-se a essa vertente, está a teoria contratualista, é mais claramente defendida por pensadores como Hobbes, Locke, Montesquieu e Rousseau. Thommas Hobbes, em sua obra “Leviatã”, expõe esse contratualismo. De acordo com ele, o homem vive primeiramente em um “estado de natureza”, que compete um situação de desordem pois não haveria restrição as vontades dos indivíduos, possibilitando o caos e inexistindo punição. O contrato social surge da necessidade de findar-se esse “estado de guerra”, e tem como objetivo conceder poderes ao Estado para punir aqueles que atrapalharem a continuidade da sociedade.
John Locke segue uma vertente contratualista, mesmo que em oposição às ideias de Hobbes. Segundo ele, a sociedade se forma através do contrato social, e este pacto deve garantir a liberdade dos homens. 
Montesquieu afirma que leis naturais levam à formação da sociedade, e que, tal constituição faz com que os homens se sintam mais fortes, se finda a igualde natural e inicia-se um estado de guerra. Em tal acepção, surge o Estado para garantir a existência dos direitos.
Jean Jacques Rousseau retoma o pensamento Hobbesiano, explicando a existência da sociedade a partir de um contrato social, sendo não a natureza humana, mas, sim a vontade o fundamento da organização social. Ele afirma que o homem é bom por natureza e que a sociedade é que o corrompe, sendo função do contrato conduzir as relações sociais, além de conceder ao estado o poder de intervir, através das sanções em todas as relações para garantir o interesse social. E ainda, prega Rousseau que essa associação de indivíduos tem um próprio anseio: a vontade geral. 
Questão 4: Construa uma analise crítica da relação entre Direito e estrutura do poder social.
O poder social e o Direito são fenômenos concomitantes. É possível falar-se em “graus de juridicidade de poder”, visto que ele relaciona-se a realização da finalidade do direito. Apesar de não ser puramente jurídico o poder busca uma coincidência entre os seus objetivos e os do direito. Sendo assim, o direito pode ser visto como um fundamental produto social que visa, assim como poder, “regular” as relações de uma sociedade.
Questão 5: Analise o preâmbulo da Constituição Federal de 1988, indique qual teoria da formação da sociedade mais se aproxima o nosso legisladorconstituinte.
O preâmbulo da Constituição Federal de 1988 institui um Estado Democrático, visando assegurar direitos sociais e individuais além de comprometer-se com a ordem interna e internacional. É perceptível, portanto, a existência de um contrato social, na qual o Estado assume deveres para com a sociedade. Sendo assim, a teoria de formação da sociedade a que mais se aproxima o nosso legislador constituinte, é a constratualista.

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