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interacoes medicamentosas 1

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E 
 
CIMAM 
 
Centro de Informações sobre 
Medicamentos e Cosméticos da 
Anhembi Morumbi 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.hurnp.uel.br 
 
“O bom atendimento ao doente 
está baseado tanto num 
diagnóstico correto como 
numa terapêutica adequada”. 
O que são Interações 
Medicamentosas? 
 
Interações medicamentosas são 
alterações nos efeitos de um medicamento 
em razão da ingestão simultânea de outro 
medicamento (interações do tipo 
medicamento-medicamento) ou do 
consumo de determinado alimento 
(interações do tipo alimento-medicamento). 
Também existe a interação medicamento-
doença. 
Embora em alguns casos os efeitos 
de medicamentos combinados sejam 
benéficos, mais freqüentemente as 
interações medicamentosas são 
indesejáveis e prejudiciais. 
A incidência de interações 
medicamentosas oscila entre 3-5% para 
pacientes em uso de várias medicações, 
aumentando para 20%, ou ainda mais em 
doentes usando de 10 a 20 drogas. 
 
 
 Fonte: www.hurnp.uel.br 
 
Tais interações podem intensificar 
ou diminuir as ações de um medicamento 
ou agravar seus efeitos colaterais. Quase 
todas as interações do tipo medicamento-
medicamento envolvem medicamentos de 
receita obrigatória, mas algumas envolvem 
medicamentos de venda livre (sem 
necessidade de receita) – mais 
comumente aspirina, antiácidos e 
descongestionantes. 
Os mais idosos, ao lado dos recém-
nascidos, são os mais afetados pelos 
efeitos contrários produzidos pelas 
interações medicamentosas. De um lado 
está o organismo já enfraquecido, do 
outro, um organismo ainda não totalmente 
preparado e amadurecido. 
 
 
Riscos 
 
O risco de ocorrência de uma 
interação medicamentosa depende do 
número de medicamentos usados, da 
tendência que determinadas drogas têm 
para a interação e da quantidade tomada 
do medicamento. Muitas interações são 
descobertas durante testes de 
medicamentos. 
Os efeitos de diversas drogas, 
quando administradas concomitantemente, 
podem não ser os mesmos previsíveis 
graças ao conhecimento possuído de seus 
efeitos quando empregadas isoladamente. 
Quando duas drogas interagem, a 
resposta farmacológica final pode resultar: 
 
 No aumento dos efeitos de uma 
droga; 
 No aparecimento de efeitos 
totalmente novos, diferentes dos 
observados com quaisquer das drogas 
usadas isoladamente; 
 Da inibição dos efeitos de uma 
droga pela outra; 
 Ou pode não ocorrer nenhuma 
modificação no efeito final. 
 
O risco de uma interação 
medicamentosa aumenta quando não há 
coordenação entre a receita dos 
medicamentos, o fornecimento e a 
orientação de seu uso. As pessoas que 
estão aos cuidados de vários médicos 
estão em maior risco, porque um dos 
profissionais pode não ter conhecimento 
de todos os medicamentos que estão 
sendo tomados. 
Os mecanismos pelos quais se dão as 
interações medicamentosas, de um modo 
geral estão divididos em três grupos: 
fatores ligados à própria droga, fatores 
ligados ao paciente e fatores ligados à 
administração do medicamento. 
 
 
Interações do Tipo 
Medicamento-Doença 
 
A maioria dos medicamentos 
circula por todo o corpo; embora exerçam 
a maior parte de seus efeitos em um órgão 
ou sistema específico, mas também 
afetam outros órgãos e sistemas. 
Considerando que os medicamentos 
podem afetar outros problemas clínicos 
além do que está sendo tratado, o médico 
deve tomar conhecimento de todos os 
distúrbios que porventura existam, antes 
de prescrever um novo medicamento. 
Diabetes, pressão arterial alta ou 
baixa, glaucoma, dilatação da próstata, 
controle deficiente da bexiga e insônia são 
distúrbios particularmente importantes. 
 
 
Substâncias do Álcool e do 
Cigarro Interagem com 
Medicamentos? 
 
As drogas sociais, álcool e tabaco, 
possuem a mesma influência que os 
alimentos. 
Como agente sedativo e hipnótico, o álcool 
(etanol) associado a outras drogas pode 
representar efeitos clínicos importantes. 
Os antidepressivos e as drogas sedativas 
são os exemplos mais comuns de 
interação com o álcool. O etanol também 
potencializa os efeitos farmacológicos de 
muitas drogas não-sedativas, como os 
vasodilatadores e os hipoglicêmicos orais 
(utilizados por diabéticos). 
Em relação ao cigarro, a 
quantidade de substâncias liberadas, como 
o monóxido de carbono, cianeto, nicotina, 
significa um grande potencial ao 
desenvolvimento de interações 
medicamentosas. Estudos a respeito da 
interação fumo-medicamento mostram que 
o cigarro pode reduzir a absorção de 
insulina, aumentar as chances de acidente 
vascular encefálico e ainda provocar a 
cardiopatia isquêmica em mulheres que 
consomem anticoncepcionais orais. 
 
 
Como Reduzir o Risco de 
Interações Medicamentosas? 
 
� Consulte seu médico, antes de 
tomar qualquer medicamento novo; 
� Tenha à mão uma lista de todos os 
medicamentos que está tomando e 
periodicamente discuta essa lista com 
seu médico ou farmacêutico; 
� Mantenha uma lista de todas as 
enfermidades clínicas que já o 
acometeram e periodicamente discuta 
essa lista com seu médico; 
� Selecione um farmacêutico que 
proporcione serviços abrangentes e 
faça com que todas as receitas sejam 
aviadas por ele; 
� Procure compreender a finalidade, 
a ação e os possíveis efeitos colaterais 
de todos os medicamentos prescritos; 
� Aprenda o modo como os 
medicamentos devem ser tomados, em 
que hora do dia e se podem ser 
tomados ao mesmo tempo que outros 
medicamentos; 
� Informe-se se o medicamento 
utilizado pode apresentar interação 
com algum tipo de alimento; 
� Discuta o uso dos medicamentos 
de venda livre (sem necessidade de 
receita) com o farmacêutico 
responsável e discuta seus problemas 
clínicos e o uso de medicamentos de 
receita obrigatória que está tomando; 
� Siga as instruções recomendadas 
para tomar os medicamentos; 
� Informe ao médico ou ao 
farmacêutico qualquer sintoma que 
possa estar relacionado ao uso de um 
medicamento. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
FONSECA, A. L. Interações Medicamentosas. 
3ed. Rio de Janeiro, EPUB, 2001. 
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm 
http://www.msd-brazil.com/content/patients

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