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Biografia Galileu

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Biografia 
1. Galileu Galilei
1.1 Vida e Obra
Em 1609, GALILEU Galilei, professor da universidade italiana de Pádua, teve á noticia de que na Holanda fora inventado um telescópio. Imediatamente procurou melhores informações sobre ele. A partir de então pôs-se a aperfeiçoar o instrumento; duplicou sua capacidade de aumento e começou a fazer observações astronômicas. Um ano depois, publicava um livre intitulado O Mensageiro Celeste, no qual descreveria o aspecto montanhoso da superfície lunar, revelava a existência de inúmeras estrelas até então desconhecidas e mostrava que Júpiter possui quatro satélites. Logo depois, através de outras observações, descobria as fases do planeta Vênus, as formas de Saturno e as manchas solares.
Todas essas descobertas constituíram grandes inovações para a filosofia da natureza definida pelos teólogos da Igreja, fundados na física e astronomia aristotélicas, puramente especulativas. Mostravam o verdadeiro caminho para o conhecimento da natureza: a observação dos fenômenos tais como ocorrem e não como explica a pura especulação. Á observação o professor de Pádua ajuntaria a experimentação e a matemática (menosprezada por Aristóteles), que consideraria a verdadeira linguagem da natureza. Desse modo, Galileu tornou-se um dos principais criadores do moderno método científico.
1.2 A Ciência em Julgamento
	A oposição de Galileu Galilei ao espírito teológico e metafísico manifestava-se havia muito tempo. Nascido em Pisa, no dia 15 de fevereiro de 1564, Galileu matriculou-se na Escola de Artes da cidade natal para estudar medicina, em 1581. Quatro anos depois, abandona-a para dedicar-se exclusivamente á matemática e, em 1589, torna-se catedrático dessa disciplina na Universidade de Pisa. Nesta época começa a fazer as primeiras investigações no campo da física, particularmente em mecânica, tentando descrever os fenômenos em linguagem matemática. Isso Suscita violenta oposição da ciência oficial, representada por seguidores de Aristóteles, que discordam da aplicação da matemática aos domínios da física. Essa nova orientação metodológica seria a maior contribuição de Galileu á história das ideias.
	Em 1604, Galileu elabora a lei da queda livre dos corpos, fundamental para todo o desenvolvimento posterior da mecânica racional. Seis anos depois, começa a fazer observações astronômicas, passando a trabalhar em Florença, junto a Cosimo II de Medici. Em 1612, publicava o Discurso sobre as Coisas que Estão sobre a Água, no qual ridiculariza a teoria aristotélica dos quatro elementos sublunares e do éter, suposto componente único dos corpos celestes e responsável por sua “perfeição”. Ao mesmo tempo adota o atomismo de Demócrito em sua explicação do universo físico. Mais uma manifestação antiaristotélica viria, em 1613, na História e Demonstração sobre as Manchas Solares, onde apoia a teoria de Copérnico e mostra o erro da concepção segundo a qual o Sol, como os demais astros, seria um corpo composto de um único elemento, o éter.
A descoberta das manchas solares foi criticada violentamente pelos teólogos, que viam na tese de Galileu uma destruição da perfeição do céu e uma negação dos textos bíblicos. Galileu escreveu, então, uma carta para seu aluno Benedetto Castelli, afirmando que as passagens bíblicas não possuíam qualquer autoridade no que diz respeito a controvérsias de cunho científico; a linguagem da Bíblia deveria ser interpretada á luz dos conhecimentos da ciência natural. A carta começou a circular progressivamente. As autoridades, contudo, limitavam-se a instruí-lo para que não defendesse mais as ideias copernicanas do movimento da Terra e estabilidade do Sol, por serem contrárias ás Sagradas Escrituras. Durante alguns anos Galileu permaneceu em silêncio. Mas, em 1623, depois de polemizar com um jesuíta sobre a natureza dos cometas, voltou a ridicularizar as teorias aristotélicas no livro O Ensaiador e começa a redigir o Diálogo sobre os Dois Maiores Sistemas. Neste livro confronta as ideias de Ptolomeu – segundo o qual a Terra seria estática e o Sol giraria em torno dela – e de Copérnico, que afirmava exatamente o contrário. Porque nenhum editor desejava correr maiores riscos, a obra só seria publicada em 1632 Foi quando o perigo se declarou: em outubro do mesmo ano, o autor foi convocado para enfrentar um tribunal do Santo Ofício.
	Condenado em junho de 1633, Galileu é obrigado a abjurar suas teses, sob pena de ser queimado como herege. Prefere viver e, em 1638, publicou clandestinamente o Discurso a Respeito de Duas Novas Ciências. Recapitulando os resultados de suas primeiras experiências e acrescentado algumas reflexões sobre os princípios da mecânica, essa obra seria a mais madura de todas que escreveu. No mesmo ano Galileu perdeu a visão. Morreu quatro anos depois, no dia 18 de janeiro de 1642.
2. Exposição das ideias, teorias e leis
2.1 Princípios Do método Científico
	Galileu tornou-se criador da física moderna, quando enunciou as leis fundamentais do movimento; foi também um dos maiores astrônomos de todos os tempos, pelas observações pioneiras que fez com o telescópio. Essas descobertas, contudo foram resultado de uma nova maneira de abordar os fenômenos da natureza e nisso reside sua importância dentro da historia da filosofia. No campo das ideias filosóficas, Galileu é mais importante pelas contribuições que fez ao método cientifico do que propriamente pelas revelações físicas e astronômicas encontradas em suas obras.
	O primeiro principio do método galileano é a observação dos fenômenos, tais como eles ocorrem, sem que o cientista se deixe perturbar por preconceitos extra-científicos, de natureza religiosa ou filosófica. Quando Galileu aperfeiçoou o telescópio e pôs-se a observar os astros, deixou de lado as ideias de perfeição dos corpos celestes, tal como afirmava a astronomia aristotélica. Essa astronomia partia da pressuposição de que os copos celestes descreviam órbitas circulares uniformes, concluindo que esses corpos seriam compostos exclusivamente de um elemento (o éter) e seriam, consequentemente, homogêneos e perfeitos. A observação das manchas solares, feita por Galileu, destruiu tal teoria e mostrou que o pressuposto da perfeição dosa corpos celestes não deveria ser levado em consideração pelos astrônomos.
	O segundo princípio do método de Galileu consiste na experimentação. Segundo esse princípio, nenhuma afirmação sobre fenômenos naturais, que se pretenda científica, pode prescindir da verificação de sua legitimidade através da produção do fenômeno em determinadas circunstâncias. Em obediência a esse preceito, certa vez Galileu subiu á torre de Pisa e deixou cair dois corpos livremente, a fim de mostrar como era incorreta a afirmação do senso comum (endossada pelos aristotélicos) de que a queda livre dos corpos depende de suas massa e de que suas velocidades seriam diferentes.
	O terceiro e ultimo princípio da metodologia galileana estabelece que o correto conhecimento da natureza exige que se descubra sua regularidade matemática. Foi o que Galileu fez, por exemplo, ao revelar que a velocidade adquirida por um corpo que cai livremente a partir do repouso, é proporcional ao tempo e que o espaço percorrido é proporcional ao quadrado do tempo empregado em percorrê-lo.
	
Formulando esses princípios, Galileu estruturou todo o conhecimento científico da natureza e abalou os alicerces que fundamentavam a concepção medieval do mundo. Destruiu a ideia de que o mundo possui uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e substituiu-a pela visão de um universo aberto, indefinido e até mesmo infinito. Em lugar de conceber o mundo como dividido em duas partes, uma superior, constituída pelo céu, e a outra inferior, a Terra em que vive o homem, mostrou que todos os objetos físicos devem ser concebidos como sendo da mesma natureza e tratados de modo idêntico, pelo menos por aqueles que desejam conhecer cientificamente o Universo. Pôs de lado o finalismo aristotélico e escolástico, segundo o qual tudo aquilo que ocorre na naturezaocorre para cumprir desígnios superiores; e mostrou que a natureza é fundamentalmente um conjunto de fenômenos mecânicos, tal como afirmava Demócrito na Antiguidade. Demonstrou o engano do espírito puramente lógico e dedutivo da filosofia aristotélico-escolática, quando aplicado à explicação dos fenômenos físicos. E mostrou, finalmente, que o “o livro da natureza esta escrito em caracteres matemáticos” e que, “sem um conhecimento dos mesmos os homens não poderão compreendê-lo”.
Galileu adotou a ideia de Jordano e de Copérnico que os movimentos de um corpo não são perceptível por qualquer outro corpo que compartilhe deste movimento, isso esta retratado em seu livro pela fala de um dos personagens, Galileu desenvolve o principio da independência dos movimentos, onde ao se soltar um corpo solitário ele acompanha o movimento do de onde foi solto, porem a teoria de Galileu se diferencia da de Giordano por meio de que os copos mantinham um movimento paralelo da queda em vertical de onde partiam não por meio de um ímpetuos. Ai esta o inicio da inércia.
	Para Galileu a tendência natural de um corpo era ir em direção ao centro da terra devido à gravidade, desvio a isso quando um corpo subia uma rampa para Galileu este corpo estava desacelerando, pois estava se afastando do centro da terra por outro lado o de decida coincide com a tendência de queda natural, portanto é acelerado para Galileu um MRU é inconciliável com a gravidade, para Galileu a gravidade fazia parte do corpo e não atuava sobre ele, devido isso ele não pode deduzir soluções sem a gravidade. Galileu foi responsável pelo desenvolvimento dos primeiros estudos consistentes do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Enunciou a lei dos corpos e o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, Realizando cuidadosos experimentos ele verificou que: desde que a resistência do ar possa ser desprezada, todos os corpos caem da mesma maneira, independente de sua massa e com aceleração constante, descobrindo assim as leis da queda livre dos corpos. Descobriu também a lei que rege o movimento do pêndulo.
	
Surge então Rene Descartes com sua ciência de caráter racionalista, para ele o conhecimento era adquirido de forma dedutiva, descartes situou o principio da inércia tal como é hoje, a física cartesiana seria a física das colisões enquanto física de Galileu seria a da gravidade e de Newton a da força, então descartes afirma que um corpo em movimento tende a içar em movimento a não ser que alguma força o pare, e um corpo em repouso não pode por si mesmo sair do repouso, como segunda observação ele diz que um corpo em trajetória curva tende a ir em linha reta porem estas partículas são obrigadas a desviar-se pois encontram outro caminho, para ele todo corpo estava determinado a se mover em linha reta em não circularmente.
3. Impactos produzidos
	Ao decorrer da historia muitas ideias como o cosmo e a natureza funcionava apareceram podemos ver claramente que a igreja de certa forma acabara por repreender novas descobertas que contraria-se a bíblia, por isso acredito que a física de Aristóteles tenha perdurado tanto, pois as bases da igreja foram construídas após as teorias de Aristóteles assim tendo de aceita-las, embora Galileu e Descartes tenham contribuído muito para o descobrimento e como o movimento acontece não é isso que ensinam nas escolas.
Por que a igreja não queimou Copérnico, se Descarte enunciou a inércia porque dizem que foi Newton? Quem foi Koyre? Descarte teve ajuda dele? Porque isso não é ensinando no ensino médio.
4. Conclusão
O texto possui informações simbólicas da vida e obra de Galileu Galileu como medida de introdução as suas gestões nos métodos científicos, por meio dessa oportunidade de estudo se formula o pensamento de que este cientista merece destaque por revolucionar a forma de pensar dos indivíduos da época e desenvolveu consideravelmente o nível de conhecimento até então estabelecido.
5. Referências
Galileu Galilei, com o texto de O Ensaiador, editora Nova Cultural, 2004, (coleção Os Pensadores), p.3-9.
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 4, 4601 (2009). Galileu, Descartes e a elaboração o do princípio da inércia. Disponível em: http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/314601.pdf

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