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Eletrocardiograma: história, significado dos pontos PQRST e interpretação

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Introdução
No termino do século XVIII e início do século XIX, a cardiologia obteve um grande avanço tecnológico sem antecedentes na história, devido à invenção da eletrocardiografia. Sendo possível compreender os mecanismos envolvidos nas arritmias cardíacas e desenvolver tratamentos específicos para correção deste tipo de patologia, incluindo a estimulação cardíaca artificial.
O primeiro eletrocardiograma em humanos foi realizado em 1887 pelo fisiologista inglês Augustus Desiré Waller, que foi o primeiro a realizar este exame em um ambiente hospitalar.
O registro do traçado foi conseguido por meio da colocação de dois eletrodos: um na parte anterior do tórax e o outro nas costas. O primeiro era conectado a uma coluna de mercúrio do eletrômetro de Lippman e o segundo, ao ácido sulfúrico, a qual formava uma interface com a parte superior da coluna de mercúrio do eletrômetro. 
Este trabalho visa esclarecer de maneira simples como surgiu o eletrocardiograma, o que é, significado dos pontos PQRST, calculo da frequência cardíaca, como interpretar um ECG e principais patologias aferidas pelo eletrocardiograma.
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Desenvolvimento
O eletrocardiograma é um tipo de exame onde eletródios são colocados em diferentes pontos do corpo, para se obter um registro indireto da atividade elétrica do coração. É um exame complementar importante para a interpretação do ritmo cardíaco e para a detecção de isquemia do coração. É importante na avaliação de alguns tipos de anormalidades cardíacas, incluindo doenças das válvulas cardíacas. 
A célula miocárdica em repouso tem a membrana polarizada e quando excitada gera um potencial de ação. O potencial de ação atinge valores positivos, havendo inversão local da polaridade da membrana e consequentemente a separação de cargas entre a área ativa e a inativa, formando dipolos, sendo dois pontos próximos com cargas elétricas opostas e de mesmo modulo. 
O corpo pode conduzir correntes elétricas até a superfície da pele, e como o coração estar imerso no volume condutor do corpo, pode-se detectar na superfície corporal os potenciais gerados por uma série de dipolos que se deslocam na superfície do coração durante a propagação do potencial de ação, então o ECG registra a variação temporal do potencial de dipolo entre os dois pontos na superfície do corpo. 
Em um ECG são utilizados os pontos PQRST, onde a onda P significa a despolarização atrial. E em seguida, há o segmento isoelétrico PR, que representa o período de condução do impulso elétrico no NAV, feixe de His e fibras de Purkinj. Os campos elétricos gerados pela propagação dos potenciais de ação nestas estruturas são bem pequenos em relação à massa do musculo atrial e ventricular, e não são captados pelos eletródios, sendo este um segmento isoelétrico. Após este segmento há um conjunto de ondas Q, R e S, chamado de complexo QRS que significa a despolarização ventricular. O segmento isoelétrico ST, sucede o complexo QRS e não se registra diferença de potencial, pois as células estão com um mesmo valor de potencial de transmembrana, durante a fase 2 do potencial de ação. A onda T representa a repolarização ventricular e é uma onda de longa duração, mas sua voltagem é considerada menor que a voltagem do complexo QRS, em parte por causa de sua duração prolongada. Distingue-se no traçado do ECG, os intervalos PR e QT, sendo o intervalo PR o período entre o inicio da despolarização atrial e o inicio da ventricular, é normal esse intervalo apresentar 0,16 segundos de duração; já o QT é o período entre o inicio da despolarização ventricular e o final da repolarização ventricular, tem cercar de 0,35 segundos, correlaciona-se a duração do potencial de ação ventricular e é dependente da frequência cardíaca.
A frequência cardíaca é expressa em número de batimentos cardíacos por minuto. No registro do ECG, a frequência cardíaca é obtida dividindo-se 60 pela duração (em segundos) de um intervalo entre duas ondas R consecutivas (ou dividindo-se 1.500 pelo número de quadradinhos no intervalo R-R). Se os intervalos R-R forem irregulares, escolhe-se o complexo QRS cujo início coincida com a linha mais escura, do papel de registro, e a partir deste conte o número de complexos QRS dentro de 30 quadrados grandes (equivale a 0,2 s cada) e multiplique por 10. Outra alternativa para verificar a frequência cardíaca é multiplicar o número de complexos QRS em um intervalo de 30 quadrados grandes (7 QRS) por 10, que irá resultar em 70 batimentos por minuto. É realizado em papel milimetrado.
Na onda P onde ocorre a despolarização atrial sendo normal aparecer três quadrados de largura e 2,5 quadrados de altura; no intervalo PR que separa a despolarização dos átrios da despolarização dos ventrículos, é normal conter de 3 a 5 quadrados; na onda Q o normal é menos de um quadrado de largura, menos de 1/3 da altura da onda R; o complexo QRS que representa a despolarização ventricular, é comum de 1,5 a 2,5 quadrados de largura. Já o segmento ST que é o tempo entre o fim da despolarização ventricular até o início da repolarização, e geralmente é uma linha reta. Na onda T que representa a repolarização ventricular, normalmente é positiva onde tem onda R elevada, sendo assimétrica quando normal. 
Através do ECG é possível identificar arritmias cardíacas (alterações do ritmo cardíaco) e os distúrbios da condução elétrica do coração (retardos na condução do estímulo elétrico do coração), como os bloqueios cardíacos, cardiomiopatia, pericardite e sequelas cardíacas da hipertensão arterial. Outras doenças não cardiológicas como os distúrbios da tireoide, do aparelho digestivo, embolia pulmonar (acometimento da circulação do pulmão por coágulos de sangue), acidente vascular cerebral, anormalidades dos eletrólitos do sangue (exemplo: excesso de potássio), distúrbios do metabolismo (exemplo: falta de cálcio), síndromes coronarianas agudas (SCA), também podem ser identificadas, porem a realização de exames complementares é necessária. É considerada uma bradicardia quando a frequência dos batimentos cardíacos é inferior a 50 vezes por minuto e, a taquicardia, quando esta frequência é superior a 100 batimentos por minuto.
Conclusão
A eletrocardiografia desenvolveu-se num contexto de avanços tecnológicos e da eletrofisiologia. O primeiro eletrocardiógrafo, construído por Willem Einthoven, onde já era possível permitir registros semelhantes às dos aparelhos atuais. Houve descobertas importantes em relação às arritmias, síndromes coronarianas, dentre outras que são usadas até hoje. 
A eletrocardiografia é um exame muito útil na avaliação cardiológica de modo geral, pois, avalia a atividade do músculo cardíaco, para que se possa detectar possíveis alterações e distúrbios que possam comprometer a saúde. Este tipo de exame deve ser realizado por volta dos trinta anos, pois envolve questões como sedentarismo e histórico familiar. É de importante valia para a identificação de alterações no musculo cardíaco.
Referência Bibliográfica
Curi, Rui; Filho, Joaquim Procópio. Fisiologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Guyton, C A, M.D. Fisiologia Humana. Guanabara Koogan – 6ª. Ed. 2008.
Giffoni, Rodrigo Tobias; Torres, Rosália Morais. Breve história da eletrocardiografia
Pedro Pinheiro. Entenda o seu Eletrocardiograma (ECG). Disponível em: http://portaldocoracao.uol.com.br/exames/eletrocardiograma. Acesso em: 07 de fevereiro de 2015.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=SlP5jMmV_ro&list=PL4qBbqE3H7RND5Y4DFm59ANtt9NDyDhPr

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