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TEMA 1 A COMUNICAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Tema 1: 
 
A Comunicação e a Importância da Língua Portuguesa
OBJETIVO: 
Refletir sobre a importância da comunicação.
Criar estratégias de comunicação oral e escrita.
Ler e interpretar textos.
Utilizar adequadamente os diferentes tipos de linguagem frente às situações apresentadas.
Reconhecer as várias possibilidades de leitura nos variados suportes de textos.
Identificar diferentes estratégias de leitura.
AULA 2:
OBJETIVO: 
Refletir sobre a importância do processo de comunicação. 
 
 O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
	 Diferentemente do que os americanos e europeus, de origem anglo saxônica e eslava, os povos latinos como nós , brasileiros, damos pouca importância na qualidade da comunicação interpessoal e profissional. Preocupamo-nos muito mais com a qualidade do que falamos e demonstramos, do que com o entendimento que o outro, o ouvinte, ou o destinatário da mensagem terá.
Na maioria das vezes ficamos concentrados naquilo que a outra pessoa está dizendo pensando no que iremos responder.
	Um dos ditados mais populares demonstra isso com clareza: Para um bom entendedor, meia palavra basta.
Essas distorções nesse processo de comunicação levam muitas vezes a uma concentração de energia, para justificarmos, ou explicarmos, mais uma vez, o que queríamos realmente transmitir. Ficamos procurando minimizar conflitos, esclarecer dúvidas, que muitas vezes não existiriam se toda essa energia estivesse direcionada no processo eficiente da comunicação. Muitas das dificuldades nos relacionamentos pessoais e, problemas nas organizações originam-se nos processos de comunicação deficientes e viciados.
Um dos maiores vícios é que percebendo que temos desenvoltura para expressão, verbal, escrita ou outra, achamos que somos bons comunicadores. Entretanto existe uma diferença fundamental entre informação e comunicação. Informar é um ato unilateral, que apenas envolve a pessoa que tem uma informação a dar. Comunicação é tornar algo comum. Fazer-se entender, provocar no outro reações.
Outro vício, não menos importante, é nossa incapacidade de ouvir. Precisamos saber falar, escrever, demonstrar sentimentos e emoções, mas igualmente importante no processo é estarmos preparados para ouvir. Observe que muitas vezes numa conversa é fácil identificar que as pessoas estão muito mais preocupadas com a maneira que irão responder. Numa análise mais fria não estão ouvindo.
Se podemos facilitar porque complicar? O custo de uma comunicação deficiente, não se revela apenas nas relações organizacionais, causa profundo mal estar e sérios conflitos pessoais.
Uma das alternativas para tornar a comunicação com qualidade é entendermos como o processo de comunicação se realiza. Não se trata de analisarmos cada diferente tipo de comunicação, mas de identificar certos pontos em comuns entre elas. A forma como se relacionam e se processam nos mais diferentes ambientes e situações.
Para que uma comunicação aconteça, são necessários seis elementos: o emissor, o receptor, a mensagem, o canal, o contexto e o código. Sem eles, não existe comunicação! Observe o gráfico:
Em todo ato comunicativo, há um emissor, é ele o responsável por elaborar o texto. O emissor é quem comunica, solicita, expressa seu sentimento, desejo, opinião, enfim, é quem produz a mensagem (escrita, falada ou não verbal).
Se há alguém que elabora, é necessário também alguém para receber tal mensagem. Todo texto é destinado a um público específico, chamado de receptor.
O que está sendo transmitido e recebido? Uma mensagem, que consiste no próprio texto (verbal ou não) que se transmite.
Essa mensagem é transmitida por um canal, isto é, o canal é responsável por veicular a mensagem. São exemplos de canal os suportes que difundem inúmeros gêneros textuais, como: rádio, TV, Internet, jornal, dentre outros.
A mensagem está relacionada a um contexto, também chamado de referente. O contexto ou referente pode ser entendido como o assunto a que a mensagem se refere, ou seja, tudo aquilo que está relacionado a ela.
Por fim, essa mensagem precisa ser expressa por um código, constituído por elementos e regras comuns tanto ao emissor quanto ao receptor. O código usado para redigir esta mensagem é a língua portuguesa. Assim, quando falamos ou escrevemos, usamos o código verbal e, quando usamos a arte, a imaginação e a criatividade, é comum o uso do código não verbal (pintura, gestos etc.).
O significado, a compreensão e a realimentação são componentes muito importantes da comunicação. Cabe ao emissor verificar se o significado de sua ideia foi compreendido pelo receptor. Este por sua vez realimenta o sistema e temos a partir daí grandes possibilidades de um processo de comunicação saudável. Em outras palavras o receptor quando retorna ao emissor o que entendeu da sua mensagem está dando qualidade ao processo e iniciando o dialogo. 
Quando alguma coisa ocorre nesse processo, de forma que o significado do emissor é diferente da compreensão do receptor, temos aquilo que foi denominado ruídos de comunicação.
Os ruídos podem ser originados em qualquer um dos elementos do processo, emissor, canal ou receptor. Existe uma extensa literatura que apresenta exemplos de tipos de ruídos mais comuns. Dentre eles, destacam-se: a ausência do feedback (a realimentação positiva) e o medo de se comunicar.
Precisamos, compreendendo melhor como funciona o processo, praticar e reconhecer como estamos nos comunicando. Reduzir e eliminar os ruídos conhecidos pelos quais somos responsáveis. E se for para aprender um pouco mais, quando você for se comunicar com alguém, preste atenção na comunicação não verbal. 
A comunicação não verbal é muito importante nas relações que mantemos com as pessoas, observando poderemos verificar algumas maneiras de identificar ruídos e eliminá-los. Aqui algumas dicas ou se quiserem técnicas para um observador:
- Olhos – São os órgãos mais expressivos do corpo. Os olhos dizem se alguém está feliz, triste, interessado, exaltado, surpreso, mentindo, doente ou em uma dezena de outros estados. Temos muito pouco controle sobre o que os olhos “dizem”.
- Rosto – A boca pode parecer mal humorada, fazer careta, beicinho, sorrir ou expressar imponência. Rosto vermelho, corado, pode revelar desconforto, embaraço ou falta de emergia física. Uma sobrancelha levantada é capaz de calar uma criança que grita.
- Corpo – Nossa sociedade tira profundas (e nem sempre bem fundamentadas) conclusões sobre as pessoas, segundo sejam altas, baixas, gordas ou magras.
- Postura – Inclinado, ajoelhado, com os ombros caídos numa postura curvada ou de pé e ereto – todas essas posturas criam imagens diferentes na mente dos outros. Experimente contar algo muito alegre, uma piada, por exemplo, curvado para frente, como se estivesse olhando para os pés.
- Gestos – Os movimentos de mão reforçam ou contradizem o que é dito, e até podem servir como substitutos das palavras. Todo cuidado é pouco.
- Roupas – Livros inteiros tem sido escritos sobre como as roupas “falam”, em especial nos ambientes profissionais. 
- Voz - As mensagens vocais incluem tom, altura, ênfase, inflexão, ritmo, volume, vocabulário, pronúncia , dialeto e fluência. Estudos demonstraram que esses fatores são cinco vezes mais potentes do que as próprias palavras externadas.
- Toque – Apesar dos tabus que se desenvolveram nos últimos tempos em relação ao toque nos locais de trabalho. Algumas organizações estão ensinando seus profissionais a usar o toque para melhorar a comunicação com os clientes. A mensagem de toque mais importante é o aperto de mão - por acaso não lhe diz um bocado sobre a outra pessoa? 
- Comportamento – “As palavras mostram a inteligência de um homem, mas as ações seu pensamento”- Eclesiastes. As pessoas observam constantemente seu comportamento para descobrir o que há de verdade por trás de suas palavras.
- Espaço Pessoal – Corresponde à distância que mantémentre você e os outros, quando fala com eles. Às vezes, uma pessoa invade o que a outra estabeleceu como seu espaço pessoal. Essa distância varia de cultura para cultura, de região para região. Dois árabes ficam mais próximos um do outro em uma conversa do que dois alemães.
- Tempo – O que seu uso do tempo diz aos outros? Você faz as pessoas esperarem e chega atrasado a reuniões? Gosta de explicar as coisas nos seus míiiiiniiiiimooooos detalhes? Você deixa de cumprir os prazos finais combinados?
A COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS
Comunicar não é só falar um monte de palavras. É mais do que falar e ouvir. É usar as palavras dentro de um contexto para que sejam compreendidas na exata proporção da intenção da mensagem, contudo, podem sofrer distorções provocadas por pensamentos que direcionam essa mensagem para um objetivo diferente do desejado pelo emissor.
Como envolve comportamento humano e interação social, nem sempre as mensagens comunicadas são percebidas da forma pretendida. Assim, os modelos comportamentais de comunicação concentram-se nos significados da comunicação e nas formas como esses significados são interpretados. Daí advém toda a complexidade do processo comunicacional: não basta receber uma mensagem sem distorções, o simples ato de receber a mensagem não garante que o receptor vá interpretá-la corretamente, já que diferentes receptores dão valores diferentes aos signos linguísticos, de acordo com sua história de vida. Observe o gráfico:
Para analisar um modelo básico de Comunicação, é preciso considerar alguns fatores:
a) Quem está comunicando a quem – toda comunicação humana tem alguma fonte, uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo, uma razão para empenhar-se em codificar uma mensagem para comunicar-se, e um receptor que recebe, decodifica e compreende a mensagem. O processo de comunicação é dinâmico e bidirecional, fonte e receptor trocam de papéis durante o processo comunicativo.
b) A mensagem, o conteúdo da informação, informações relevantes ou irrelevantes, ideias, sentimentos, julgamentos. É a unidade básica da comunicação porque gera reações e comportamentos.
c) O código, a linguagem empregada, seja verbal ou não verbal.
d) O canal ou meio empregado para transmitir a mensagem, como a voz humana, uma mídia eletrônica ou impressa etc.
e) As características interpessoais do emissor e as relações interpessoais entre o emissor e o receptor (confiança, influência).  Em termos de comunicação institucional, esses fatores psicossociais, externos à atividade física da comunicação, desempenham papel importante e podem funcionar como interferência negativa na decodificação da mensagem, como ruído.
f) Os ruídos são fatores que distorcem a qualidade da comunicação, reduzindo ou anulando sua efetividade. Podem ser físicos, psicológicos, sociais etc.
g) O contexto em que a comunicação ocorre, em termos de estrutura organizacional (dentro de ou entre departamentos), espaço físico (distância entre o emissor e o receptor), e o ambiente social (no escritório de quem, apresentando que vestuário etc.).
A comunicação humana é contingencial, submetida ao padrão de referência de cada pessoa, que funciona como um filtro constituído pelo sistema cognitivo (as diferentes formas pelas quais as pessoas aprendem) e pelo sistema emocional. Cada pessoa tem suas características próprias de personalidade que funcionam como padrão pessoal de referência para tudo que ocorre no ambiente e dentro do próprio indivíduo. Esses padrões, às vezes divergentes e conflitantes de pessoa para pessoa, são também considerados ruídos, barreiras que criam dificuldades ao intercâmbio e troca de mensagens entre as pessoas.
 
 “Para que a mensagem possa afetar o destinatário, é necessário coerência entre a mensagem e o comportamento do destinador, credibilidade quanto ao valor das fontes e dos meios e compreensibilidade”
(MEDEIROS, J.B. Redação Empresarial. São Paulo: Atlas, 1998, p.26)
SISTEMATIZAÇÃO DE APRENDIZAGEM:
Crie um esquema gráfico que explique o processo comunicativo e suas complexidades.
TEXTO l
O ASSUNTO É ....COMUNICAÇÃO
Por Paulo Araujo
	Em sua opinião qual o maior problema de 100% das empresas brasileiras, sejam multinacionais, grande corporações ou pequenas e médias empresas?
Se você pensou no título acima, acertou na mosca!
Só para começar o papo, estima-se que cerca de 60% dos problemas internos de uma empresa são decorrentes da má comunicação. E a comunicação é fator primordial para que pessoas e equipes estejam motivadas.
	Você não precisa ser um expert no tema, mas pode evitar pequenos atos que irão gerar menor credibilidade e respeito junto às pessoas com quem você convive.
Veja abaixo os erros mais comuns quando o assunto é comunicação.
* Falar, falar, falar e não dizer nada. É quando discursamos, contamos tudo nos mínimos detalhes, mas, no fundo, ninguém entende nada (ou muito pouco) do que foi dito.     
Depois de um certo tempo a informação entra por um lado e sai pelo outro, sem nenhum resultado positivo.
* Falar uma coisa e o corpo dizer outra. Nossos gestos e expressões estão a nos denunciar o tempo todo. Nosso corpo constantemente se comunica com o mundo e, nos dias de hoje, na busca pela excelência profissional, é preciso aprender a dominá-lo. É meu amigo o corpo fala, e muito! 
  
* Impor o seu pensamento. Os tempos modernos são de participação e busca pela melhor equipe. Por isso, cuidado com seguidas insistências para que todos só ouçam ou aceitem o seu ponto de vista. Caso esta postura não seja mudada as pessoas irão desistir de apresentar novas ideias.
* Falta de empatia. Empatia é colocar-se psicologicamente e emocionalmente no lugar do outro. Sempre procure colocar-se no lugar de seus clientes, colaboradores, fornecedores e comunidade e analisar com sensibilidade as demais opiniões. Com certeza, você encontrará grandes oportunidades.
* Não olhar para quem está falando. Essa é de matar e, pior desmotivante. Procure olhar e prestrar atenção ao seu interlocutor. É incrível a quantidade de pessoas que hoje falam no celular, escrevem e-mail e falam com outras pessoas na sala tudo ao mesmo tempo e depois ficam tentando descobrir o porque de estarem estressadas. Olhar para quem está falando trata-se de uma questão de respeito. Faça com a pessoa sinta-se ouvida.
* Não aguardar a resposta. Essa é outra campeã. Atropelar os pensamentos alheios e demonstrar alto grau de ansiedade nunca fez bem a ninguém, gera constrangimentos e conflitos desnecessários que poderiam ser facilmente evitados. Evite conclusões precipitadas, espere o término do pensamento de seu interlocutor e aí sim exponha sua opinião e sentimento. 
  
* Não saber ouvir. Esta é uma dica simples e pouco utilizada. Saber ouvir e como ouvir é uma grande técnica de motivação. Só existe uma técnica melhor do que esta: ouvir com paciência e amor. Pense bem: temos dois ouvidos e uma só boca para quê?
* Não pensar antes de responder. Normalmente, esta é a causa de grandes gafes e a responsável mais comum por desentendimentos interpessoais. Aprenda a “digerir” as palavras e pensamentos antes de falar ou escrever algo do qual possa vir a se arrepender futuramente.
A má comunicação também gera uma série de equívocos e mal entendidos. Quantos de nós j á não passou por situações embaraçosas por falhas de pequenos recados ou textos mal interpretados?
Já que o assunto é comunicação que tal uma pequena história que bem ilustra os pontos acima citados, só que totalmente ao contrário...
Veja abaixo o festival de recados e informações mal entendidas.
O Halley
De: Diretor Industrial
Para: Gerente de Divisão
Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17:00 hs, o cometa Halley estará visível nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacetes de segurança e eu explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemosver nada. Nesse caso, reúna os funcionários no refeitório e mostrarei a eles um filme científico sobre o cometa.
De: Gerente de Divisão
Para: Gerente de Produção
 
Por ordem do Diretor Industrial, na sexta-feira, às 17:00 hs, o cometa Halley, vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos usando capacetes de segurança, e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos.
De: Gerente de Produção
Para: Chefe de Produção
A convite do Dir. Industrial, o cientista Halley, de 76 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica, usando capacete, para fazer uma demonstração sobe fenômenos celestes. Se chover, o Diretor Industrial, dará outra ordem, o que ocorre a cada 76 anos.
De: Chefe de Produção
Para: Mestres
Na sexta-feira, às 17:00 hs, o Diretor Industrial, pela primeira vez, em 76 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica com o Sr. Halley. Todo mundo deve estar lá, pois vai ser apresentado o problema de chuva na segurança. Se chover, o Diretor Industrial levará a demonstração para o pátio da fábrica.
De: Mestres
Para: Funcionários
Todo mundo deve estar vestido com segurança no pátio da fábrica na próxima sexta-feira, às 17:00 hs. O Diretor Industrial e o Sr. Halley, cientista famoso, estarão lá para falar sobre os fenômenos da chuva. Caso comece a chover mesmo, é para ir ao refeitório na mesma hora. O exercício será lá, o que acontece a cada 76 anos.
Comentários que surgiram entre os funcionários
Na sexta-feira, o chefão da Diretoria Industrial vai fazer 76 anos e convidou todo mundo para uma festa, às 17:00 hs, no refeitório. Vão estar lá, convidado pelo chefão, Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto.
ATIVIDADE 1: ( Vale 0,5)
Reflita sobre o texto. Em seguida, faça um levantamento de situações comunicativas no seu ambiente de trabalho ou nos grupos com quem interage. Relate no AVA as experiências que apresentaram maior grau de complexidade, esclarecendo-as a partir dos elementos comunicativos. 
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Texto ll
Palavras são palavras
Por Armando Ribeiro
	Seja impecável com sua palavra. Diga apenas aquilo em que acredita. Use o poder de sua palavra na direção da verdade e do amor”. Don Miguel Ruiz (*)
Marcamos nossa presença, nossas ideias, nossos sentimentos e emoções com as palavras que expressamos. São as palavras ditas e as não ditas. A qualidade da nossa comunicação está na maneira como essas palavras saem não da nossa boca, mas do coração.
	Essa é a fundamental diferença que presenciamos na condução de um relacionamento.
Preste atenção nas pessoas com quem você se relaciona. Veja que algumas ao se expressar olham nos seus olhos, perceba o que eles estão dizendo com essa ação. Muitos de nós temos essa capacidade de falar através apenas do olhar. As frases são mais fortes e consistentes. Autênticas.
É como andar de bicicleta, no início muitos tombos e arranhões, mas com a prática, treino e perseverança vamos aprendendo. Podemos ir a lugares fantásticos, realizar manobras mais arriscadas e com o domínio das técnicas, ao pressentirmos um tombo, saber como e onde cair.
Então para que você saiba que nem tudo é preciso dizer veja o que você pode usar para que sua palavra seja mais do que um amontoado de sons:
- Use o poder do olhar. Olhe diretamente nos olhos da outra pessoa. Afinal os olhos são o espelho da alma.
- Use a postura adequada à situação. Corpo ereto, cabeça erguida transmitem confiança. Corpo curvado olhar para o chão podem transmitir insegurança e problemas.
- Reforce com gestos da sua mão. Tome cuidado ao realizar gestos que não são coerentes com as palavras expressadas.
- Se for possível e adequado toque na outra pessoa. Cuidado: veja bem onde tocar. Permita que ela toque você. Um aperto de mão, um abraço podem ser o melhor referencial para sua expressão e muitas vezes podem substituir a sua fala.
- Explore sua voz. Use as nuances que ela pode trazer. Fale mais alto e mais baixo. Evite aquela voz monocórdia, “de travesseiro”. Dê ênfase na silabas de acordo com a emoção e sentimento que deseja expressar. Dê vida a sua voz.
- E uma última dica perceba que você tem que fazer o que você diz que deve ser feito. Abandone definitivamente o chavão “Faço o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Seja aquilo que você diz.
Depois de tudo isso você vai verificar, com o devido tempo e aprendizado, que PALAVRAS SÃO PALAVRAS... MUITO MAIS QUE PALAVRAS.
SISTEMATIZAÇÃO DE APRENDIZAGEM: ( Autoconsciência)
Leia o texto em voz alta e faça uma gravação da sua leitura. Observe atentamente o seu tom de voz e a sua fala.
Relate as suas observações pessoais. 
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10 dicas para a apresentação em público
	. Apresentação Pessoal Roupas, sapatos limpos e higiene pessoal garantem uma ótima recepção entre os ouvintes. Lembre-se: Um semblante alegre. A primeira boa impressão é a que fica...
2. Naturalidade Em primeiro lugar: Seja natural! Em segundo lugar: Seja natural! E... finalmente, em terceiro lugar: Seja natural! Não incorpore em si aquela falsa máscara do artificialismo. Elimine a rigidez dos músculos faciais e do globo ocular, pronuncie a palavra maçã, macieira e macieiral.
	3. Calma, relaxamento e autoconfiança: Antes de falar ou apresentar-se em público, faça em sua casa um alongamento. Estique as mãos, braços, pernas, gire o pescoço suavemente. Respire profundamente pelo nariz, solte o gás carbônico suavemente pela boca, por duas ou três vezes. Relaxe-se!... Aperte firmemente a sua mão e diga: "Sou inteligente e sou capaz! Eu sei, quero, posso e faço"! - "A minha apresentação será um sucesso"!
4. Não antecipe o mau-humor: Não antecipe o mau-humor pelos erros não cometidos. Preste atenção nos discursos que antecedem e pense, positivamente, que o seu será melhor. Não segure nada nas mãos de extravagante para não chamar a atenção dos ouvintes. Antes de dirigir-se à apresentação, aperte as mãos discretamente, descarregando a tensão, e respire suavemente. Evite os vícios de abotoar e desabotoar o paletó, coçar-se a todo instante, dedo no nariz. O macete para vigiar o comportamento inconsciente é imaginar-se sendo filmado.
5. Dicção, voz e respiração: Pronuncie bem todas as sílabas, especialmente as finais. Faça um treinamento de respiração diário enchendo bem os pulmões, coloque uma caneta na boca e pronuncie claramente: "A gata branca capenga que gostava de caçar codornas aprecia o mameluco melancólico que medita, enquanto a bela baiana, boneca de bronze pisca ao deputado demagogo decifrando os documentos de Madalena”.
6. Gestos e postura:  Mais uma vez, enfatizamos a naturalidade na postura e nos gestos. Espalhe a visão sobre todos os participantes. Evite: mãos nos bolsos, nas costas, cruzar os braços, ficar rígido, sustentar todo o corpo sobre uma das pernas, andar apressadamente de um lado para o outro.
7. O Vocabulário e o Auditório : Antes de iniciar a apresentação, examine as condições e a constituição do público, a idade média da plateia, a formação social, cultural, moral e intelectual dos mesmos. Saiba o tamanho do auditório, os recursos didáticos a serem utilizados. Fale sobre aquilo que você conheça. O vocabulário que todos gostariam de escutar é aquele que se adapta com os ouvintes. Respeite as normas gramaticais: sujeito, predicado e complemento, concordância nominal e verbal.
8. E o Medo ??? Controle-o. Você não é o primeiro. Todos os grandes oradores suavam nos primeiros instantes das apresentações. É normal tal fato. Encare-o com naturalidade. Com o tempo, a sua experiência, a prática e a tranquilidade dominarão esse obstáculo. Esse tipo de medo já foi considerado, nas pesquisas, como o maior medo do homem. Saiba que o orador não nasce feito. Por mais experiência que ele tenha, só a prática da apresentação em publico é que o consagra, superando e liberando a adrenalina em troca da endorfina e do sucesso.
9. O Discurso Divide-se em 4 fases: Pré-introdutória: - mencionando o nome das autoridades (Federal, Estadual, Municipal, Militar e Eclesiástica). Fase Introdutória: com uma leve e sucinta exposição dos motivos da fala. Abra com uma frase de impacto. Uma história ou um fato que tenha tudo a ver com o momento. Elogie e agradeça a presença dos ouvintes. Prenda a atenção, dizendo tratar-se de um assunto raro e importante. Prometa brevidade. Jamais peças desculpas, como por ex: "Não estou preparado." "Minha voz está rouca". "Estou com problemas de saúde".
Fase Central: No corpo do discurso, motive, fundamente, dívida em partes, demonstre confiança e entusiasmo nas suas afirmações. Fase de Encerramento ou final: Nessa fase aumenta a atenção do auditório para o final, aproveite-a, e numa síntese termine com uma reflexão.
10. Orador x Auditório O orador tem que ser polido, criativo, interessado, entusiasmado e com muito jogo de cintura. Não poderá perder a calma se algum inconveniente acontecer durante a apresentação
SISTEMATIZAÇÃO DE APRENDIZAGEM ( EM GRUPO):
Escolha um tema e apresente-o para o seu grupo. Você terá cinco minutos. 
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Texto IV
Como pedir sem pedir
Por Virgílio Vasconcelos
	Você conhece alguém que considera "mandão" ou "autoritário"? Normalmente recebe este tipo de rótulo quem usa um padrão de imperativos: "Faça isto, faça aquilo", "Faça o relatório", "Busque água!", "Desligue isso!". É, pode ser você que esteja usando este padrão e tenha sido carimbado com tais rótulos.
Se você gosta de opções, existem algumas muito interessantes para aplicar no lugar dos imperativos quando se quer pedir algo para alguém. São as frases suavizadoras.
	A primeira é simplesmente informar um fato para a pessoa: Se quer que alguém abaixe o volume de som, você pode dizer "O som está muito alto", "O som neste volume está atrapalhando minha concentração". Se quer pedir a alguém para fechar a porta, diga "Olha, a porta está aberta". Uma outra forma é perguntar se a pessoa pode fazer o que você quer: "Você poderia abaixar um pouco o som?" ou "Você poderia fechar a porta?".
Para verificar o que prefere, você pode fazer o teste abaixo. Você poderia imaginar-se em cada situação por um momento, antes de escolher a resposta?
Situação: sua filha ou filho (se não tiver, você pode fazer de conta) quer condução para uma festa. Qual das formas abaixo você prefere que ele/ela use?
a) Você vai me levar na festa, não vai?
b) Vai ter uma festa, vou querer que você me leve.
c) Você pode me levar na festa?
d) Vai ter uma festa hoje, e eu não tenho como ir.
e) Vai ter uma festa, se você puder me levar você me diz?
Há uma diferença mais profunda do que simplesmente a suavização da linguagem. Há pessoas que se sentem incomodadas de dizer nãos, e outras de ouvir nãos. Quando você diz, por exemplo, "se você puder me levar, você me avisa?", está evitando que a pessoa fique no dilema "não quero ou não posso levar,não quero dizer não". Em suma, está respeitando a liberdade e as limitações da pessoa. Se achar que isto é importante, você pode modificar sua linguagem neste aspecto, se quiser.
SISTEMATIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM: ( Autoconsciência)
Aproveite para refletir sobre a forma como você se comunica com as pessoas. Perceba o uso dos Verbos no Modo Imperativo na sua fala e na fala oral e escrita das outras pessoas. 
Experimente novas formas de se comunicar. Anote as suas impressões.
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Leitura sugerida:
Como falar numa entrevista de emprego
Por Reinaldo Polito
	Falar bem nessa importante ocasião poderá ser o seu diferencial para ter sucesso!
Escrevo para a VENCER! desde a primeira edição, em setembro de 1999. Já são quase cinco anos de estrada, com 50 e tantos longos artigos publicados. Cada um deles tem uma história, que de certa maneira ajuda a contar uma época da minha própria vida. Basta dizer que a partir dos textos que escrevi para a revista publiquei dois livros pela Editora Saraiva, que fizeram sucesso e entraram para as listas dos mais vendidos do País: Um jeito bom de falar bem e Fale muito melhor.
	A edição número um tem uma história toda especial. Em agosto de 1999 recebi um telefonema de uma jornalista que até então não conhecia, Margot Cardoso.
Ela se apresentou como diretora de redação da revista VENCER! Lógico que eu também nunca tinha ouvido falar nessa revista, pois ela ainda não existia, só seria lançada no mês seguinte. Margot Cardoso queria me entrevistar para uma matéria intitulada "Onde é a entrada?", que dava dicas de como conseguir o primeiro emprego. Pediu que eu desse orientações de como falar numa entrevista de emprego. Passei as informações que ela desejava, e no final da conversa ela me disse estar impressionada com a clareza como expus o assunto (palavras dela) e se eu não poderia escrever um artigo já para aquele primeiro número da revista.
Meu artigo de estreia foi "Assim é que se joga - aprenda a falar com o jogador de futebol". Escrevi para o primeiro número, para o segundo, para o terceiro e nunca mais parei. Hoje, Margot Cardoso é uma queridíssima amiga, faz mestrado em Portugal, cuida do filhinho Mateus, que acabou de nascer, paparica o Mário Romão, seu simpático marido português, e continua por todos os laços ligada à VENCER! e à história da minha vida.
Revendo o primeiro número da revista para matar um pouco a saudade daquela iniciação, me dei conta de que nunca escrevi um texto orientando sobre como falar numa entrevista de emprego, embora sempre tenha me dedicado a esse tema. Assim, baseado nas informações que dei a Margot naquela distante entrevista, aqui vão algumas dicas de como você deverá falar numa entrevista de emprego.
Você já foi selecionado
Os números são assustadores. Tenho ministrado curso de expressão verbal para grupos de trainees que passaram por rigorosa seleção até serem contratados pelas grandes empresas. A estatística chega a ser desanimadora - entre 15 mil a 25 mil candidatos para 15 a 20 vagas. Lógico que não são todas as empresas, nem todas as atividades que oferecem tão poucas vagas para esse número elevado de candidatos, mas a concorrência é sempre muito grande. Mesmo que você tenha apenas um ou dois concorrentes, precisará vencê-los para conquistar a vaga. Quando você chegar para a entrevista já terá passado por uma fina seleção. Estará entre candidatos que possuem mais ou menos o seu preparo.
A mesma formação acadêmica, o domínio das mesmas línguas, a mesma competência tecnológica, a mesma experiência profissional. A entrevista irá avaliar se além de todos esses pré-requisitos você possui o perfil ideal para a empresa e para a função que deverá ocupar. É agora, no momento da entrevista, que começa a verdadeira competição. O que você tinha de fazer para se capacitar e chegar até ser entrevistado já fez; daqui para frente estará por sua conta. É o momento de afiar ainda mais seus atributos pessoais e se preparar para vencer a concorrência.
Saiba que na hora da entrevista os mínimos e aparentemente insignificantes detalhes é que se transformam na diferença entre o sucesso e o fracasso na busca de uma colocação profissional. Não parece uma ironia se preparar tanto a vida inteira e depender de besteirinhas como unhas, roupas e sapatos para ser admitido como profissional mais qualificado? Pois é, esse é o sistema ao qual pertencemos. Por isso, não vacile - esteja bem preparado para se sair bem diante do entrevistador.
Faça a lição de casa antes da entrevista
Vamos começar com os detalhes mais básicos, que nem precisariam ser mencionados, mas que se forem negligenciados você não passará sequer do primeiro encontro.
Se você for homem, mantenha os cabelos curtos. E não adianta discutir comigo! Noventa e nove vírgula nove por cento dos entrevistadores dão preferência a entrevistados com cabelos curtos. Por isso, se deseja conquistar o emprego, tesoura nos cachos. Você precisa muito do emprego? E usa bigode? Hum, pelo menos no período das entrevistas seria melhor passar a gilete nele. Eu sei que se você usa é porque gosta do bigodinho, ou é uma exigência da mulher ou da namorada que não se cansa de dizer como ele dá um charme todo especial a você. Entretanto, mais de 90% dos entrevistadores preferem candidatos que não usam bigode. Verifique se as unhas estão cortadas e limpas. Com unhas de gavião talvez você não passe nem da recepcionista.
Use terno azul marinho, cinza escuro ou preto. Para essas cores a melhor combinação é feita com meias da mesma cor do terno e sapatos pretos, sempre limpos e engraxados. Embora tenha certa liberdade paracombinar a gravata, tome cuidado com as cores espalhafatosas ou que fiquem em desarmonia com o conjunto. Vale a pena seguir as orientações de um bom livro de moda masculina, no capítulo sobre roupas clássicas, para verificar as combinações mais adequadas.
Se você for mulher, prefira vestir um tailleur elegante, discreto; use maquiagem suave e, assim como os homens, cabelos preferencialmente curtos e com bom corte. Quando for participar de dinâmicas de grupo prefira usar calça comprida para ter mais liberdade e se sentir mais à vontade.
Em todos os casos, sendo você homem ou mulher, vista-se sempre de maneira formal, mesmo que a região seja propícia para roupas mais informais, como cidades praianas e interioranas. Mesmo que o entrevistador esteja vestido com roupas informais, você não perderá nada usando trajes formais. A não ser, evidentemente, que a atividade tenha essa característica informal.
As pesquisas mostram que alguns hábitos e determinadas características pessoais influenciam de maneira muito negativa na avaliação do candidato. Se o candidato for fumante ou rechonchudo já chegará em desvantagem. Se você entrou para esse grupo de risco, não fique chateado comigo, são as pesquisas que constatam que mais de 70% dos entrevistadores têm restrições a fumantes e a obesos. Assim como também torcem o bico quando descobrem que o candidato presta serviços de consultoria independente.
A receptividade não é das melhores se o candidato for dono de uma empresa ou se dedicar a algum negócio paralelo. É importante você ter essas informações para não chegar falando maravilhas do seu negocinho paralelo, como se fosse uma grande vantagem. Pode levar desvantagem também quem estiver beirando um ano como desempregado, ou ainda ultrapassando a linha dos 50. Eu sei que é nessa idade que você estará no auge da experiência e da produtividade. Mas, o que fazer se essa turma é chegada nos garotões? Mulher com filho em idade que exija muito da sua atenção também perde uns pontinhos na competição. E para encerrar a lista dos contra, as chances do candidato despencarão se permaneceu empregado por menos de dois anos em cada empresa.
Não significa que você será barrado se esbarrar em um ou mais desses aspectos restritivos, mas é bom botar a barbinha de molho para enfrentar dificuldades maiores. Ah, já que a barbinha ficou de molho, dê uma boa aparada nela.
Continue cuidando das preliminares
Falando em lição de casa, procure saber o máximo que puder sobre a empresa que irá entrevistá-lo. Quase todas possuem informações disponíveis na Internet que poderão ser muito úteis nas conversas que mantiver com os entrevistadores. Tome cuidado para não querer ensinar o pai-nosso ao vigário e começar a dar aulas para o entrevistador. Mas, inteire-se da nacionalidade, origem, países onde atua, ramo de negócio, principais produtos, faturamento, concorrência, clientes e, principalmente, se foi motivo de alguma boa notícia nos últimos tempos. Será muito mais apropriado falar sobre a empresa do que a respeito de assuntos que não estejam relacionados com o trabalho que irá desenvolver. Durante a semana da entrevista leia os jornais para saber quais são as notícias mais importantes. Esteja muito bem informado para falar sobre qualquer tipo de assunto.
Parece absurdo precisar dar esta orientação, mas a experiência mostra que é um cuidado muito relevante. Estude muito bem seu próprio currículo. Durante a entrevista você precisará ser coerente. Assim, se informou no currículo que seu inglês é fluente, não poderá mudar a história e dizer que possui apenas o nível intermediário; ou, da mesma forma, se disse que tem facilidade para falar em público, não poderá revelar depois que nunca enfrentou uma plateia. Esse tipo de incoerência poderá ser fatal para suas pretensões. Saiba também quem será o entrevistador, o cargo que ocupa, qual o nome dele e como deve ser pronunciado.
Faz parte da lição de casa dirigir-se ao local da entrevista com antecedência suficiente para chegar pelo menos 15 minutos antes do horário marcado.
Antes de sair, verifique se está levando seus documentos e uma cópia do currículo. Mesmo que já tenha mandado um exemplar, não custa nada se prevenir e levar mais um.
Chegou a hora da entrevista
Você já fez direitinho a lição de casa. Está bem vestido, unhas e cabelos cortados, devidamente inteirado das atividades da empresa, sabe quem é o entrevistador e como se pronuncia o nome dele. Agora é só enfrentar a fera.
Assim que for recebido, cumprimente-o com aperto de mão firme, sem exagero. Pega mal cumprimentar com a mão mole, como se não tivesse vontade de estar ali. Da mesma maneira, é irritante e desagradável aquele que faz da mão um alicate e cumprimenta com tanta força que parece querer esmagar a mão da outra pessoa.
Se você for encaminhado para uma sala de reunião, com várias cadeiras em volta da mesa, espere que o entrevistador indique o lugar para se sentar. Assim, não correrá o risco de se sentar exatamente na cadeira preferida dele.
Desligue o telefone celular e concentre-se apenas na entrevista. Comporte-se com naturalidade, como se estivesse conversando de maneira animada, sem exagero, com uma pessoa amiga, com quem mantém relacionamento mais formal. Nessa circunstância, provavelmente, você conversaria de forma cordial, sem ser engraçadinho; falaria com educação, sem se colocar em posição de desvantagem; ouviria com atenção, sem excesso de intimidade; iria direto ao assunto, sem secar a conversa. Isto é, seria uma pessoa agradável, simpática e comunicativa. Embora não seja tão simples agir assim numa conversa com o entrevistador, pois é natural que você fique nervoso e apreensivo, esse é o comportamento ideal para que possa se sair bem numa entrevista.
Amenidades iniciais
Praticamente todas as entrevistas se iniciam com assuntos leves e descontraídos. O entrevistador experiente age assim para deixar o entrevistado mais à vontade e obter dele as informações que necessita para sua avaliação. Embora você não deva perder o foco da entrevista, aproveite esses instantes para relaxar e queimar um pouco da adrenalina que, provavelmente, estará fervendo no seu organismo.
O ideal seria manter esse tom natural e espontâneo da conversa inicial durante toda a entrevista. Para saber se você não está sendo artificial, falando como se fosse um político em cima do palanque, ou parecido com aquele vendedor que, tendo decorado tudo o que precisa dizer, fala como se fosse uma maquininha de produzir palavras, faça a você mesmo esta pergunta: se eu estivesse conversando em minha própria casa com aquela pessoa amiga, com quem tenho relacionamento mais formal, o meu comportamento seria o mesmo? Assim, saberá como se comportar da maneira mais apropriada.
Ponha-se no lugar do empregador
Se você fosse o empregador, que tipo de resposta esperaria ouvir do entrevistado? Nessa posição você saberá que as respostas mais apropriadas são aquelas que revelam sua experiência e seus feitos nas atividades que já exerceu. Ele deseja saber se você tem competência e habilidade para resolver problemas, se relacionar bem com as pessoas por tempo prolongado, liderar grupos, negociar, trabalhar e agir sob pressão.
Atenção: em nenhuma hipótese critique seus ex-empregadores. Mesmo que você os odeie, guarde esse segredinho para você! Atitude positiva e discrição profissional são qualidades indispensáveis no atual mercado de trabalho.
A empresa irá contratá-lo se perceber que você poderá ajudá-la a atender necessidades do mercado. Por isso, mostre como suas aptidões são úteis para alcançar esse objetivo. Se você tiver dúvida a respeito do que a empresa pretende conquistar no segmento em que atua, não hesite em fazer perguntas que o ajudem a encontrar a resposta que precisa. O entrevistador irá valorizar essa sua iniciativa, pois é esse comportamento que precisará ter quando estiver trabalhando com eles. A objetividade é uma característica sempre apreciada, mas se precisar de um pouco mais de tempo para explicar como conseguiu resolver um problemagrave, ou agiu para atingir determinado resultado excepcional, desde que o fato seja pertinente ao objetivo da entrevista, o entrevistador terá certamente interesse em ouvi-lo.
Como deve ser sua comunicação
Além da naturalidade na maneira de falar e da motivação que deverá demonstrar, tome alguns cuidados com sua comunicação que poderão se constituir na diferença para que seja ou não admitido. Independentemente de sua idade e da função que esteja pleiteando, evite o uso de gírias e de palavrões e não queira bancar o engraçado fazendo piadas ou trocadilhos. Tome cuidado com a gramática. Esse é um estudo que deve ser desenvolvido a vida inteira, mas no momento da entrevista fique atento às concordâncias, à conjugação dos verbos, à construção das frases. Observe se não está interrompendo pensamentos pela metade, que poderiam dificultar o entendimento da sua mensagem, ou produzir distorções no que tentou transmitir.
Quando estamos mais nervosos a tendência é a de acelerar a fala. Se perceber que está agindo assim, procure controlar a respiração e passe a falar de maneira mais cadenciada. A fala acelerada poderá demonstrar um comportamento ansioso e descontrolado. Leitura de poesias em voz alta ajuda a desenvolver o ritmo e a cadência da fala, além de melhorar bastante a dicção e a respiração.
Quando estiver falando ou ouvindo, não fuja com os olhos, nem fique encarando o entrevistador. A primeira atitude poderá passar a ideia de timidez, enquanto que a última, ao contrário, poderá ser entendida como demonstração de arrogância.
De todos os defeitos que você poderia apresentar numa entrevista, falar muito pode ser um dos mais graves. Por isso, procure interagir com o entrevistador deixando que ele possa falar e fazer as perguntas que julgar mais importantes. Não interrompa o entrevistador só para mostrar que tem conhecimento sobre o tema que ele desenvolve.
Tenha calma e aguarde que ele conclua o que está dizendo. Entretanto, nunca deixe de tomar iniciativa para falar, quando julgar o momento oportuno. Essas atitudes são bem vistas pelas empresas. Se conseguir ser natural e parecer sincero, sorria nos momentos que entender serem oportunos. Manter o semblante simpático tornará sua presença mais agradável e envolvente. Como sempre, só tome cuidado com as atitudes exageradas.
Você deverá ser sempre sincero ao responder às perguntas. Só quebre essa regra quando tiver de falar de seus pontos fracos. Não caia na besteira de dizer que é dorminhoco, que não consegue pensar direito antes das dez da manhã, e outras fraquezas que poderão prejudicá-lo na avaliação. Prefira falar de como é rígido com funcionário que desconsidera hierarquia. Mas, alerte que já está mudando esse comportamento, pois percebeu que profissionais com um pouco mais de liberdade podem produzir melhor. Como tem dificuldade para delegar tarefas que são vitais para a empresa. Mas, da mesma forma, revele como tem procurado preparar melhor as pessoas para essas emergências, porque sabe que às vezes outros terão de resolver essas questões mais relevantes.
Depois da entrevista
Terminada a entrevista você estará ansioso para saber o resultado. Cuidado, não deixe que essa ansiedade comprometa sua imagem. Por isso, não fique ligando ou escrevendo para o entrevistador para saber se foi aprovado ou não. Se desejar escrever para ele, mande um e-mail agradecendo a gentileza com que ele o recebeu. Como ele, provavelmente, entrevistou vários candidatos, essa sua mensagem poderá fazer com que ele se lembre de você de maneira positiva.
Essas são algumas sugestões de como você poderá se comportar para se sair bem numa entrevista. Entretanto, você irá descobrir pela própria experiência que cada caso é distinto do outro e que, às vezes, um candidato que fuma um cigarro atrás do outro, se veste mal e conta piadinhas poderá ser o escolhido. Enquanto que você, que seguiu todas as orientações de como se comportar para se sair bem na entrevista, foi preterido. Realmente esses fatos podem ocorrer, mas apenas de vez em quando, pois na maioria das ocasiões os escolhidos são aqueles que se apresentaram, sob a ótica da empresa, de maneira correta. 
Boa sorte e que você seja feliz no emprego que conquistar.
AULA 3:
OBJETIVOS:
Refletir sobre os Níveis de linguagem;
Distinguir as diferentes formas de manifestações polifônicas.
Linguagem Verbal e (Não)Verbal 
	
	O ser humano utiliza diferentes tipos de linguagem, como a da música, da dança, da mímica, da pintura, da fotografia, da escultura etc. As várias linguagens podem ser classificadas em dois tipos: a linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens não verbais.
	Quando utilizamos palavras para nos comunicar, seja através da fala ou da escrita, estamos fazendo uso da linguagem verbal. Esse tipo de linguagem está presente no nosso dia-a-dia, pois mediante a palavra falada ou a escrita, podemos transpor as nossas idéias, nossos pensamentos.
	Já vimos que a linguagem verbal é fundamental na nossa vida. É importante lembrar que ela não é a única linguagem de que dispomos. Nós humanos somos seres de muitas linguagens. Utilizamos os sons e produzimos músicas (linguagem musical), usamos traços e as cores e produzimos imagens (linguagem visual), movimentamos nosso corpo e produzimos gestos, expressões faciais (linguagem corporal). Usamos essas linguagens, combinadas ou não, tanto em situações práticas do cotidiano, quanto em atividades artísticas.
Essas formas de linguagens são exemplos de linguagem não verbal porque não utilizam palavras para transmitir o que querem dizer. Usam-se outros tipos de códigos como: expressões fisionômicas, figuras, sons, gestos, desenhos e muitos outros. O que causa impacto nessa linguagem são os movimentos corporais e faciais, imagens, movimentos, entoação e os gestos.
Observaremos nos exemplos abaixo:
(Permitido estacionar) (proibido fumar) 
 (Semáforo: Atenção no trânsito) (expressão de alegria)
Os símbolos acima nos mostram que conseguimos entender o que cada um quer dizer, sem precisar usar palavras. Apesar disso, temos uma linguagem, conseguimos compreender as mensagens a partir de imagens. 
Na semiótica, ciência que estuda os signos em geral, há uma classificação para os tipos de linguagem baseada no tipo de signo. Assim temos: ícone, índice e símbolo (linguagem não verbal) e signo linguístico (linguagem verbal). 
O ícone apresenta uma relação de semelhança entre o significado e o significante, caracteriza-se por ser não-arbitrário. São exemplos: fotografias, estátuas, caricaturas, maquetes e etc.
O índice é um sinal natural, não-convencional, e apresenta relação de proximidade entre o significado e o significante, como por exemplo, (fumaça) sinal que está pegando fogo em algum lugar, (nuvens escuras) sinal que vem chuva.
Símbolo é a relação convencional entre significado e significante, é semi-arbitrário, ou seja, representa certos conceitos, ideias abstratas, a partir de objetos concretos que são estabelecidos por uma cultura, uma tradição e pela sociedade. Veja alguns exemplos: (a cruz) representa o cristianismo, (bandeira) a pátria, (balança) a justiça.
O signo linguístico, totalmente arbitrário, é a própria palavra. Para Saussure (1969) é união de um sentido, de um conceito mental (significado) e uma imagem acústica (significante).
Na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são utilizados para um processo de comunicação competente. 
A linguagem mista é a mistura entre palavras e imagens, ou seja, entre a linguagem verbal e a não verbal. Este tipo de linguagem é muito frequente em histórias em quadrinhos, na TV, no cinema.
Aspectos semânticos
	Semântica é o estudo do significado das palavras. Ela pode ser:
descritiva – estuda a significação dos termos linguísticos num momento dado de sua história;
histórica – estuda a significação de uma palavra de geração em geração, através do tempo, e as mudanças que sofre nessetranscurso em todos os níveis.
Denotação e Conotação
Denotação a representação de objeto ou pensamento por meio de um sinal concreto. É o sentido real das palavras.
Conotação é o emprego das palavras em sentido figurado ou conotativo, que extrapola o significado puramente referencial, embora conservando, de forma implícita, algumas relações de sentido.
Exemplos:
	DENOTAÇÃO
	CONOTAÇÃO
	Já coloquei a bagagem no carro.
Crianças gostam de doces.
Senti o coração acelerado.
	Ele demonstrou possuir vasta bagagem cultural
Maria tem um sorriso doce.
Hoje penetraremos no coração da selva.
Na linguagem figurada, a palavra carrega forte carga emocional, daí a diversidade de significações. Os novos significados que lhe são atribuídos apresentam natureza afetiva, isto é, subjetiva.
Se fosse solicitada a varias pessoas uma lista de palavras que lhes parecessem ásperas, suaves, fúnebres ou vermelhas, certamente não se obteria concordância. Contudo, há consenso geral a respeito de algumas palavras consideradas solenes (face), neutras (rosto), vulgares (cara), assim como as que são dotadas de sentido mais geral ou mais especifico, como, por exemplo, doutor e médico, ave e pássaro, casa e lar.
Há palavras que carregam sentido pejorativo, como sogra, madrasta, rapariga, coitado e outras.
Às vezes, a simples colocação das palavras na frase acarreta alteração de sentido como, por exemplo, pobre menina e menina pobre, velho amigo e amigo velho, relógio certo e certo relógio.
O emprego da linguagem figurada é um dos recursos que concorrem para a valorização do texto, conferindo-lhe harmonia, beleza e originalidade.
Embora o nível coloquial faça amplo uso da linguagem figurado, é na literatura que ela aparece como marca de estilo, fruto de sensibilidade e da imaginação do autor.
Elementos de semântica
Sinônimo é todo termo que equivale à idéia de outro. Dificilmente teremos sinônimos perfeitos (ninguém falaria, por exemplo: “O óbito do gato se deu por atropelamento”, pois óbito é sinônimo de morte em linguagem mais técnica, referindo-se sempre a seres humanos). Poderíamos também falar em sinônimos “circunstanciais”, que são adequados em determinado contexto (por exemplo: “Fernando Henrique Cardoso desembarcou hoje em Brasília. No Palácio do Planalto, o presidente deu entrevista coletiva” - no contexto, há sinonímia)
Antônimo é todo termo com significado oposto a outro. Da mesma forma que o sinônimo, é difícil termos um antônimo perfeito.
Hiperônimo é termo que abarca o significado de vários outros; trata-se de termo genérico em relação aos seus hipônimos (termos específicos). A palavra “veículo”, por exemplo, é hiperônimo de seus hipônimos “carro”, “charrete”, “trem”, “moto” etc..
Homônimos são termos de mesma sequência sonora, com significados diferentes. Subdividem-se em:
homófonos/ heterográficos - censo/senso, cinto/sinto, coser/cozer;
heterófonos/homógrafos - colher (verbo)/colher (substantivo).
homófonos/homógrafos - ou seja, uma mesma sequência de sons e letras dá margem a mais de um significado (fenômeno conhecido como polissemia) - manga (fruta, parte da roupa), pena (da ave, dó, punição)
Parônimos são palavras de grafia próxima, com significados diferentes, como tráfico (comércio ilegal)/tráfego (trânsito).
Atividade Sugerida: Leitura em grupo. Cada aluno lê um trecho em voz alta.
Texto I
A história da Chapéuzinho Vermelho contada através dos Meios de Comunicação
Added Jan 6, 2010, Under: Jornalismo/Notícias
 Se a história da Chapeuzinho Vermelho fosse verdade, como ela seria contada na imprensa no Brasil? Vejamos uma brincadeira feita com  as diferentes maneiras de contar a mesma história.
Jornal Nacional
(William Bonner): "Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem..."
(Fátima Bernardes): "...mas a atuação de um caçador evitou a tragédia."
Programa da Hebe
"...que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"
Cidade Alerta
(Datena): "...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!"
Superpop
(Luciana Gimenez): "Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso"
Globo Repórter
(Chamada do programa): "Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter."
Discovery Channel
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.
Revista Veja
Lula sabia das intenções do Lobo.
Revista Cláudia
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.
Revista Isto É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.
Revista Playboy
(Ensaio fotográfico do mês seguinte): "Veja o que só o lobo viu".
Revista Caras
(Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa."
Revista Superinteressante
Lobo Mau: mito ou verdade?
Revista Tititi
Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.
Folha de São Paulo
Legenda da foto: "Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador". Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
O Estado de São Paulo
Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.
O Globo
Petrobras apoia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.
Extra
Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!
O Povo
Sangue e tragédia na casa da vovó.
Sinceramente não sei dizer quem escreveu essa brincadeira com as formas de se transmitir uma mesma notícia, porém devemos ver o fundo de verdade por trás da paródia, esse sim é sério e pode trazer consequências inimagináveis no consciente coletivo. 
Podemos considerar o sensacionalismo como sendo a forma mais antiga de aumentar as vendas e os lucros nos veículos de comunicação. Ele implica diretamente na linha editorial aplicada pelo meio e irá aumentar a audiência ou a venda dos periódicos e revistas. 
Portanto cada emissora de TV, revistas, jornais e até mesmo nas rádios, uma notícia nunca será transmitida da mesma forma. Em alguns veículos  será super dimensionada, em outros nos fará lembrar de episódios parecidos, mas isenção de opinião ela nunca terá. Digo isso porque um dos critérios do jornalismo "deveria" ser o de isenção ao transmitir os fatos. Coloquei a palavra entre aspas, porque é impossível se transmitir um fato sem que nossa opinião esteja implícita, imparcialidade é um dos muitos mitos que já cairam em desuso no jornalismo. 
As pessoas já se conscientizaram que todos os meios de comunicação são empresas comerciais que precisam gerar lucros para se manter no mercado. Agora, a maneira como farão para a obtenção de capital é que esbarrará no problema com a ética profissional. As pessoas recorrem aos veículos em busca de todo tipo de informações, além de entretenimento. A ética dentro de qualquer profissão é muito importante e na comunicação além de tudo é um desafio e  uma responsabilidade social de todo jornalista e o veículo que ele trabalha  para com a sociedade.Podemos e devemos avaliar a qualidade da comunicação, pois a informação pode ser deturpada, omitida ou realmente exercer sua função de informar, seu objetivo principal. No contexto do capitalismo, que dita às regras de nossa economia, tudo passa a ter valor mercadológico, incluindo as notícias. 
Porém para tudo existe um limite aceitável, vale ressaltar o cuidado com que devam ser tratadas as informações e os leitores, dentro de uma conduta de ética profissional, oferecendo a eles boa qualidade de informação e não apenas satisfazendo sua necessidade de consumo.
(Márcia Canêdo)
Atividade em Grupo: ( Vale 1,0)
Faça um filme registrando diferentes situações comunicativas. Analise as situações comunicativas filmadas, comentado criticamente a adequação ou não do nível de linguagem escolhido para cada situação. Apresente o trabalho em sala de aula. Depois registre as considerações no AVA.
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