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Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista e Atos Administrativos

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Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
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Sumário 
1. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (continuação) ......................... 2 
1.1. Pontos de distinção entre Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista .... 3 
2. Atos Administrativos ................................................................................................... 7 
2.1. Requisitos do Ato Administrativo ........................................................................ 8 
2.2. Atributos dos Atos Administrativos ................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (continuação) 
Vimos na aula anterior que a empresa pública e sociedade de economia mista podem 
prestar serviço público ou atividade econômica. Sabemos também que o regime vai ser de 
direito privado, contudo, na verdade esse regime será hibrido porque, necessariamente, são 
usadas algumas normas de direito público. 
Quando falamos em regime de direito público, sabemos que ele confere algumas 
prerrogativas e traz algumas restrições. Assim, quando temos uma prestadora de serviço 
público ou uma empresa estatal que desempenhe atividade econômica, pergunta-se se ela 
terá as prerrogativas e restrições próprias do regime de direito público. 
Veja que quando estudamos as autarquias, falamos sobre as prerrogativas e 
restrições. Certo é que as restrições do regime de direito público se aplicam tanto às estatais 
que prestam serviço público quanto às que desempenham atividade econômica. Assim, para 
entrar nos Correios, que presta serviço público, a pessoa deve se submeter a um concurso 
público, assim como na Caixa, no BB e na Petrobras. Veja que as restrições do regime de 
direito público se aplicam tanto àquele que presta serviço público, quanto àquele que 
desempenha atividade econômica. Daí dizer se tratar de um regime híbrido. 
Ocorre que, quanto às prerrogativas, àquele que desempenha atividade econômica, 
não se pode dar as prerrogativas do regime de direito público, como por exemplo, bens 
públicos ou imunidade tributária, para não gerar concorrência desleal com as demais 
empresas do setor privado. 
Em relação à empresa estatal que presta serviço público, esta pode vir a receber 
algumas prerrogativas, contudo, segundo o STF, é necessário analisar cada caso concreto. 
Em um desses casos, o mais famoso diz respeito aos Correios que, por uma decisão do STF 
praticamente se tornou uma autarquia, pois lhe foram concedidas imunidades a impostos e 
os bens - apesar de serem privados - tem as características de bens públicos, assim, possuem 
várias prerrogativas do regime de direito público, exclusivamente por força de decisão do 
STF. 
As empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem à falência, 
ou seja, muito embora a lei de falência não seja objeto de nossa prova, veja que ela trata dos 
procedimentos de encerramento das pessoas jurídicas que, em uma definição simples, estão 
com mais despesas do que receita. 
Veja que as empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem à 
falência, visto que a lei de falência submete apenas as pessoas jurídicas do setor privado em 
geral. 
 Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Muito embora a afirmativa acima, a doutrina mais moderna (Matheus Carvalho) vem 
dizendo que a lei de falência vai se aplicar a empresa estatal que prestar atividade 
econômica. Vale ressaltar que esse entendimento ainda não está sendo adotado em prova, 
permanecendo ainda o entendimento de que referidos entes não se submetem à falência. 
Outro ponto de semelhança, conforme vimos, é a obrigatoriedade de realização de 
concurso público para contratação de pessoal, os quais não deterão um cargo público, mas 
sim um emprego público, portanto, regidos pela CLT, razão pela qual não terão estabilidade, 
podendo ser demitidos, muito embora, segundo o STJ, essa demissão tem que ser motivada. 
A motivação é explicação, é justificação e, assim como nas empresas estatais, onde se 
tem empregos públicos, regidos pela CLT, a demissão tem que ser explicada/motivada, 
conforme dispõe o art. 50 da Lei 9.784/99 – Lei do Processo Administrativo Federal, 
vejamos: 
 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e 
dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de 
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em 
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, 
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. 
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio 
mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito 
ou garantia dos interessados. 
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões 
orais constará da respectiva ata ou de termo escrito. 
 
1.1. Pontos de distinção entre Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista 
O que de fato difere uma empresa pública de uma sociedade de economia mista 
pode ser visto na tabela abaixo: 
 
 Direito Administrativo 
 
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EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
Capital integralmente público Maioria do capital é público 
Pode adotar qualquer forma Sociedade anônima 
Federal: justiça federal Federal/estadual/municipal: justiça estadual 
 
O capital da empresa pública é 100% público, ou seja, o particular não pode comprar 
uma parte de uma empresa pública, por exemplo, comprar ações, pois a empresa pública só 
possui capital público. 
Quando se fala em sociedade de economia mista, a maioria do capital vai ser público, 
ou seja, ao menos 50% + 1 do capital da instituição vai pertencer ao poder público. 
Quando estudamos empresa pública, portanto, sabemos que 100% do capital é 
público, ou seja, ou vai pertencer a alguém da administração direta ou vai existir a 
participação da administração indireta, não podendo existir a participação de um particular.Quando dizemos que o capital é 100% público, não significa dizer que ele 
necessariamente está vindo de uma mesma fonte, ou seja, quando a União cria uma 
empresa pública, pode ser que a União venha a controlar integralmente a mesma, ou pode 
ser que exista uma distribuição, desde que essa venha a ser feita para dentro da 
administração direta ou da administração indireta, não se podendo distribuir partes daquela 
empresa pública para particulares. 
Contudo, quando se fala em sociedade de economia mista, a maioria do capital vai 
ser público (ao menos 50%+1), assim, as ações podem pertencer às entidades da 
administração direta, da administração indireta, podendo pertencer também a um 
particular, ou seja, o particular não pode comprar uma parte da Caixa ou dos Correios, mas 
pode comprar ações da Petrobrás, podendo participar literalmente dos ganhos e das perdas 
da instituição. 
Cuidado com o seguinte: não se pode comprar 80% da Petrobras, pois a maioria do 
capital ficará sempre nas mãos do setor público. 
Outra distinção é que, observe que o nome do Banco do Brasil é Banco do Brasil S/A, 
da Petrobrás também é Petrobrás S/A, o que se dá em decorrência de toda sociedade de 
economia mista ser instituída na forma de Sociedade Anônima. 
 Direito Administrativo 
 
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Na prova de Direito Administrativo não será cobrado especificamente o que é uma 
Sociedade Anônima, pois na sociedade de economia mista, neste ponto, há uma sociedade 
subdividida em ações, a qual procede à venda de suas ações até mesmo na bolsa de valores, 
ações essas que podem ser compradas por qualquer pessoa, e, por essa razão é que e 
denomina sociedade anônima. 
Ocorre que, quando se fala em empresa pública, temos que elas podem adotar 
qualquer forma, já tendo caído em prova que a empresa pública tem forma organizacional 
livre, ou seja, pode existir uma empresa pública limitada, ilimitada, por ação, por cotas, 
sendo desnecessário aprofundar neste ponto, para não adentrarmos no direito empresarial. 
Veja que se é uma sociedade de economia mista, obrigatoriamente tem que ser 
instituída na forma de Sociedade Anônima, contudo, se existe uma empresa pública, pode 
ser formada como se preferir. 
Outra distinção diz respeito à competência, de modo que, os processos contra uma 
empresa pública federal, tramitarão na Justiça Federal, já a sociedade de economia mista, 
seja ela federal, estadual ou municipal, os processos correm na justiça estadual, salvo se 
houver interesse da União, conforme esclarece o art. 109 da CF, que aborda a competência 
da JF, vejamos: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal 
forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho; 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou 
pessoa domiciliada ou residente no País; 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro 
ou organismo internacional; 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, 
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, 
excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça 
Eleitoral; 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a 
execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou 
reciprocamente; 
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, 
contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; 
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o 
constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a 
outra jurisdição; 
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade 
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; 
 Direito Administrativo 
 
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IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a 
competência da Justiça Militar; 
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de 
carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as 
causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; 
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde 
tiver domicílio a outra parte. 
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária 
em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu 
origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos 
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência 
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se 
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também 
processadas e julgadas pela justiça estadual. 
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o 
Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. 
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da 
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de 
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá 
suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou 
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
 
Faremos agora a leitura das respectivas súmulas atinentes à matéria estudada, para, 
em seguida, resolvermos nossas questões. 
 
SÚMULAS STF 
SÚMULA 517: As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a 
União intervém como assistente ou opoente. 
SÚMULA 556: É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte 
sociedade de economia mista. 
SÚMULA 620: A sentença proferida contra Autarquias não está sujeita a reexame 
necessário, salvo quando sucumbente em execução de dívida ativa. 
 
 
SÚMULAS STJ 
SÚMULA 42: Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em 
que e parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. 
SÚMULA 333: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida 
por sociedade de economia mista ou empresa pública. 
 
 Direito Administrativo 
 
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1.(CESPE/DELEGADO- PF/2013) É possível a existência, no plano federal, de entidades da 
administração indireta vinculadas aos Poderes Legislativo e Judiciário.( )CERTO ( )ERRADO 
Quando estudamos o art. 37 da CF, vimos que a administração direta e indireta de qualquer 
dos poderes (legislativo, executivo e judiciário) tem que obedecer aos princípios da legalidade, 
imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência, de modo que, pela redação do dispositivo, 
temos que qualquer dos poderes pode ter administração indireta, podendo existir autarquias ligadas 
ao poder executivo, ao poder legislativo ou ao poder judiciário, sendo claro que, regra geral, essas 
entidades são ligadas ao poder executivo, contudo, nada impede que o legislativo e o judiciário 
venham a possuir sua própria administração direta e indireta, razão pela qual, vê-se que o item está 
correto. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: (...) 
 
2.(CESPE/DELEGADO/PF/2013) A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito 
privado que pode tanto executar atividade econômica própria da iniciativa privada quanto prestar 
serviço público. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 Uma sociedade de economia mista é uma pessoa de direito privado, que pode tanto executar 
atividade econômica, quanto prestar serviço público, estando correta a questão. 
 
3.(CESPE/SEDF/2017) Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus 
ministérios para repassar a ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma 
atividade administrativa a um ente personalizado. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 Neste caso temos a União e dentro dela um ministério, o qual vai repassar funções para 
algumas secretarias, o que consiste em um fenômeno interno; uma distribuição interna, cujo 
fenômeno é chamado de desconcentração por se tratar de uma repartição interna de funções. Essa 
secretaria é um ente despersonalizado. Por essas razões, tais itens estão errados. 
 
2. Atos Administrativos 
 Falaremos dos principais pontos referentes a atos, focando no conceito, atributos, requisitos 
e formas de extinção, assuntos que mais são cobrados em provas. 
 Abaixo, seguem alguns dos conceitos de ato administrativo: 
 Direito Administrativo 
 
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“Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa 
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. 
(Hely Lopes Meirelles) 
 
“Toda manifestação expedida no exercício da função administrativa, com caráter 
infralegal, consistente na emissão de comandos complementares à lei, com a finalidade 
de produzir efeitos jurídicos”. 
(Alexandre Mazza) 
 Veja que a lei tem que ser posta em prática através da figura de um administrador, este que 
tem a função de por em prática os comandos da lei, e, para tanto, pratica atos. Atos administrativos 
são, portanto, atos praticados pelo administrador para colocar em prática os comandos da lei. O ato 
administrativo é infralegal, ou seja, vem abaixo da lei. 
 Esse ato administrativo também será subordinado à vontade da lei, o qual sofrerá algumas 
restrições, pois fará sempre o que a lei determinar. 
 O ato também busca atingir o bem-estar coletivo, no que o administrador o pratica em 
posição de supremacia em relação aos particulares, recebendo prerrogativas. Assim, como tem 
restrições e prerrogativas, o regime desse ato administrativo é o de direito público. 
 Esse ato administrativo é unilateral, pois produzido pela administração. Se fosse bilateral, 
não seria um ato administrativo e sim um contrato administrativo. 
 O ato administrativo decorre de uma manifestação de vontade, de um fazer. 
 Questão de prova pode ser a seguinte: O silêncio administrativo – quando a administração 
não se pronuncia em relação a determinado fato – como regra, gera a prática de um ato? Não gera. 
 Agora, e se a lei der efeitos ao silêncio, aí gera manifestação de vontade? Sim. Vamos 
explicar: 
 Imagine que um particular vai pedir uma autorização à administração e a lei diz que o prazo 
para a administração responder é de 10 dias. Passados os 10 dias, a administração não deu qualquer 
resposta, o que significa dizer que a administração não praticou qualquer ato, nem de conceder, nem 
de negar. 
 Agora, se a lei determinar o prazo de 10 dias e, caso não se pronuncie, interpreta-se como o 
pedido foi concedido, ou como o pedido foi negado. Nesse caso, o silêncio gera efeitos, pois o 
silêncio está previsto na lei. 
 
2.1. Requisitos do Ato Administrativo 
 Requisitos são aquilo que o ato tem que ter para ser considerado válido. São cinco os 
requisitos de validade: 
- Competência: está relacionado a quem está autorizado a praticar o ato. 
 Direito Administrativo 
 
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- Finalidade: é simplesmente o que se busca praticando o ato. 
- Forma: é um meio de exteriorização do ato. É como esse ato se apresenta ao mundo. 
- Motivo: juntamente com o objeto, é o que forma o mérito do ato administrativo. 
- Objeto: é o próprio ato que está sendo praticado. Mas porque esse ato está sendo praticado? Por 
causa do motivo, eis que o motivo é a causa e o objeto vai ser a consequência do ato. 
 Imagine que um fiscal vai fiscalizar um restaurante que está vendendo comida estragada, no 
que o fiscal decide interditar o restaurante. Ao fazer isso, ele está cumprindo a lei e sua atitude se 
deu em prol do bem-estar coletivo. Ocorre que o dono do restaurante vai exercer seu direito de 
defesa ao passo que o fiscal explicará tudo o que aconteceu, fazendo uma motivação da autuação do 
restaurante. 
 A primeira coisa que devemos observar é o ato que a administração pública está praticando, 
o que se faz ao identificar o verbo da questão, ou seja, será ou a ação ou a omissão administrativa. 
Esse ato é o verbo, a ação ou a omissão. O ato que o fiscal praticou foi o ato de interditar, portanto 
uma ação. O fiscal poderia ter mandado interditar o restaurante? Sim, pois preenche o requisito da 
competência. 
 O que o administrador busca? Cumprir os termos da lei e fazer o que é melhor para o bem 
estar coletivo. Ao interditar, o fiscal cumpriu com sua finalidade. 
 Quando o fiscal explicou todo o ocorrido, ele cumpriu o requisito da forma, o que se deu 
neste exemplo, de forma escrita. 
 O ato é o próprio objeto. Daí pergunta-se, o porquê do ato ter sido praticado; de o 
restaurante ter sido interditado? Foi interditado por estar vendendo comida estragada. Assim, 
vender comida estragada foi a causa e a interdição do restaurante foi a consequência. 
 Vamos agora estudar os principais pontos de cada um dos requisitos do ato administrativo. 
 Quando falamos em competência, temos suas características, quais sejam ser 
irrenunciável/imodificável. A competência é dada por lei. É ela que define quem é o competente para 
cada ato, tanto que a competência é um requisito vinculado, ou seja, terá que fazer o que a lei 
mandou. Ex: atribuições de cargo especificadas no edital do concurso público, que estão ligados à 
competência e vincula o ocupante docargo, pois a competência é um requisito do tipo vinculado. O 
ocupante tem que fazer o ato. A competência é irrenunciável, pois conferida por lei. É também 
imodificável, pois se a lei diz que deve agir de tal forma, assim deve ser. A competência também é 
intransferível com relação à titularidade, no máximo o que se transfere é a execução do serviço, o 
que, como vimos se dá por meio da delegação e da avocação. 
 Ponto importante é que essa competência pode apresentar alguns defeitos, dentre os quais 
o excesso de poder, atos praticados por funcionários de fato e os atos praticados por um usurpador 
de função. 
 Direito Administrativo 
 
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 Lembre-se que o excesso de poder é quando se vai além da competência. Ex. um delegado 
que autoriza a realização de uma interceptação telefônica. Nesse caso, o ato é inválido por falta de 
competência. 
 Funcionário de fato é aquele que tem toda uma aparência de legalidade em relação aos 
terceiros que se encontram de boa-fé. Imagine que alguém compre o gabarito da prova de um 
concurso, ninguém descobre, é nomeado, assina posse e entra em exercício. Veja que existe um 
defeito na investidura, pois o ingresso se deu por meio de fraude. 
 Um tempo depois, por exemplo, três anos, a fraude é descoberta, momento em que deverá 
deixar o cargo em virtude da ilegalidade na investidura, porém, veja que durante três anos ele 
praticou os atos da função. Daí, todos esses atos são válidos ou inválidos? Válidos em decorrência da 
aparência de legalidade. Veja que se fossem invalidados todos os atos praticados, haveria intenso 
prejuízo às pessoas que estavam de boa-fé. Assim, os atos do funcionário de fato são válidos. Veja 
que o princípio que fundamenta essa validade é o da impessoalidade. 
 O usurpador de função é um crime de um particular contra a administração. É aquela pessoa 
que não tem qualquer relação com a administração, mas afirma que tem. Por exemplo, alguém diz 
que é policial. Os atos desse alguém não serão nem válidos nem inválidos, esse ato será 
simplesmente inexistente, pois a administração não tem conhecimento do que a pessoa está 
fazendo. O ato sequer existe. 
 Importante lembrar que a finalidade da atuação administrativa é alcançar o interesse público 
e o bem-estar coletivo. 
 Quanto à forma, vimos que é um meio de exteriorização do ato; é como o ato se apresenta 
no mundo. Essa forma pode ser escrita, verbal, por um símbolo, por um som, e assim por diante. 
 Ocorre que, como regra, a forma adotada será do tipo escrita, havendo exceções, como 
quando o agente de trânsito apita. Veja que ele está realizando um comando administrativo que está 
sendo exteriorizado na forma de som. 
 Dentro de forma o ponto chave é a motivação. Veja que motivação e motivo não são a 
mesma coisa. Motivo é a causa de certo ato ter sido praticado. A motivação é a explicação da prática 
do ato; justificação; fundamentação de fato e de direito, a qual é feita por escrito. Motivação é, 
portanto, fazer a explicação, ou seja, quando a administração envia uma multa, por exemplo, ainda 
que de maneira breve, ela vai especificar a infração cometida. Assim, como regra, encontra-se no art. 
50 da Lei 9784/99 colacionado anteriormente. 
 A motivação, feita por escrito, faz parte da forma e não do motivo. 
 Sabemos que motivação tem que ser uma regra, daí pergunta-se: Todo ato precisa de 
motivação? Existem atos que prescindem (não precisam) de motivação, como o cargo em comissão, 
que é de livre nomeação e exoneração, ou seja, podendo exonerar quando quiser, desnecessário 
explicar o porquê da demissão. 
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 Já sabemos que motivo é a causa do ato ter sido praticado. Sempre que se perguntar o 
porque do ato, a resposta vai ser o motivo. 
 Dentro de motivo, temos a Teoria dos Motivos Determinantes, pela qual o administrador fica 
vinculado ao motivo por ele alegado. Ou seja, o administrador pratica um ato, contudo, deve ser 
analisado qual foi o motivo que determinou a prática do mesmo. 
 Para entendermos melhor essa teoria, utilizaremos exemplos que já foram objeto de prova: 
 Ex1: O superior hierárquico pode remover seu servidor de um local para o outro. O ato de 
remoção foi feito sob o motivo de necessidade do serviço, pois o novo local estava sem servidores. 
 Quando o funcionário chegou na sua nova localidade, viu que existiam muitos funcionários, 
portanto o motivo para a remoção foi falso, caso em que o ato de remoção é considerado inválido, 
pois o administrador está vinculado ao motivo por ele alegado. Será inválido em virtude de ofensa à 
teoria dos motivos determinantes. 
 Ex2: Os moradores de uma rua pedem autorização para fechá-la para fazerem uma festa. A 
autorização é um ato discricionário, que foi negado pela administração. O ato foi negar e o motivo 
que determinou esse ato, segundo a administração, foi que naquele mesmo dia e horário aquele 
espaço já seria usado para outra festa. Contudo, os moradores descobriram que tal festa não existia, 
pois já tinha sido cancelada há muito tempo. 
 Assim, o motivo que determinou a prática do ato de negar o pedido de autorização da festa 
dos moradores da rua, foi um motivo falso, pois não mais existia o agendamento. Então o ato de 
negar praticado pela administração foi inválido, porque a administração fica vinculada ao motivo por 
ela alegado. 
 Recorde-se que nem todo ato precisa de motivação, como por exemplo o cargo em 
comissão. Veja que não precisa explicar, mas se a administração quiser dar o motivo, ela poderá. 
Imagine que alguém é exonerado e é feita a explicação de que a demissão foi feita por corte de 
gastos. Observe que, um dia depois, se nomear outra pessoa para o lugar daquele funcionário, certo 
é que o motivo alegado para a exoneração foi falso, o que implica na invalidade do ato por ofensa à 
teoria dos motivos determinantes. 
 O CESPE já cobrou dessa forma: A motivação, ainda que não seja necessária, mas se for feita, 
o motivo alegado vincula ou não vincula o administrador? Vincula. Veja que no exemplo acima não 
precisa ter dito qual era o motivo da exoneração, contudo, a partir do momento em que foi feito, o 
administrador fica vinculado ao motivo que determinou a prática do ato. 
 Quanto ao objeto, basta identificar o verbo da questão – ação ou omissão – para reconhecer 
o objeto. 
 
 Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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2.2. Atributos dos Atos Administrativos 
 Além dos requisitos, que correspondem àquilo que o ato precisa para ser considerado válido, 
precisamos estudar também os atributos dos atos administrativos, que estão relacionados às 
prerrogativas que esse ato possui. 
 Os atributos são quatro, para cuja memorização é comumente utilizado o mnemônico PATI: 
 - Presunção de Legitimidade; 
 - Autoexecutoriedade; 
 - Tipicidade; 
 - Imperatividade. 
 Os detalhes de cada um dos atributos serão abordados na próximaaula.

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