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enrolamento de motor passo a passo 1

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Parte I - Conhecimentos Básicos deParte I - Conhecimentos Básicos de
EletricidadeEletricidade
MatériaMatéria
Corrente ElétricaCorrente Elétrica
Grandezas ElétricasGrandezas Elétricas
Circuito ElétricoCircuito Elétrico
Transformador Transformador 
ReléRelé
CondutoresCondutores
Fornecimento de EnergiaFornecimento de Energia
Campo EletromagnéticoCampo Eletromagnético
Tensão de ContatoTensão de Contato
Veja se Aprendeu – Parte IVeja se Aprendeu – Parte I
Parte II – Motores ElétricosParte II – Motores Elétricos
e Enrolamentose Enrolamentos
Motor ElétricoMotor Elétrico
Motor TrifásicoMotor Trifásico
Motor MonofásicoMotor Monofásico
Parte III – Leitura e InterpretaçãoParte III – Leitura e Interpretação
de Desenhos Esquemáticosde Desenhos Esquemáticos
Esquema Frontal e Horizontal do Estator Esquema Frontal e Horizontal do Estator 
Colocação das BobinasColocação das Bobinas
Veja se AprendeuVeja se Aprendeu – Partes II e III – Partes II e III
SumárioSumário
Instituto Universal BrasileiroInstituto Universal Brasileiro
CURSO DE ENROLAMENTO DE MOTORCURSO DE ENROLAMENTO DE MOTOR
Todos os direitos são reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial deste curso.Todos os direitos são reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial deste curso.
ELETRICIDADE, MOTORES E LEITURA DE DESENHOSELETRICIDADE, MOTORES E LEITURA DE DESENHOS
AdministraçãoAdministração
Luiz Fernando Diniz NasoLuiz Fernando Diniz Naso
José Carlos Diniz NasoJosé Carlos Diniz Naso
Inês Diniz NasoInês Diniz Naso
Gerente GeralGerente Geral
Modesto PantaléaModesto Pantaléa
Direção de ArteDireção de Arte
Carlos Eduardo P. NasoCarlos Eduardo P. Naso
Assistente JurídicaAssistente Jurídica
Rafaela NasoRafaela Naso
ProduçãoProdução
Marcos Prado de CarvalhoMarcos Prado de Carvalho
ImagensImagens
 Alexandre Morsilla Alexandre Morsilla
Mariana VecchiMariana Vecchi
YaYasmin Carolina smin Carolina CavalliniCavallini
RevisãoRevisão
Roseli Anastácio SilvaRoseli Anastácio Silva
Marcia Moreira de CarvalhoMarcia Moreira de Carvalho
Claudia de A. Maranhão Prescott NasoClaudia de A. Maranhão Prescott Naso
Diretora GeralDiretora Geral
Irene Rodrigues de Oliveira Teixeira RibeiroIrene Rodrigues de Oliveira Teixeira Ribeiro
CoordenaçCoordenação ão DidáticaDidática
Waldomiro RecchiWaldomiro Recchi
FotografiaFotografia
Roberto Carlos AlvesRoberto Carlos Alves
Assessoria técnicaAssessoria técnica
 Anacácio Pedroso Albuquerque Anacácio Pedroso Albuquerque
Autor Autor 
Waldomiro RecchiWaldomiro Recchi
EditoraçãoEditoração
Instituto Universal BrasileiroInstituto Universal Brasileiro
ImpressãoImpressão
IUBRAIUBRA - Indústria Gráfica e Editora Ltda - Indústria Gráfica e Editora Ltda
Rodovia Estadual Boituva - Iperó, km 1,1Rodovia Estadual Boituva - Iperó, km 1,1
Campos de Boituva - Boituva - SPCampos de Boituva - Boituva - SP
CEP 18550-000CEP 18550-000
Parte I - Conhecimentos Básicos deParte I - Conhecimentos Básicos de
EletricidadeEletricidade
MatériaMatéria
Corrente ElétricaCorrente Elétrica
Grandezas ElétricasGrandezas Elétricas
Circuito ElétricoCircuito Elétrico
Transformador Transformador 
ReléRelé
CondutoresCondutores
Fornecimento de EnergiaFornecimento de Energia
Campo EletromagnéticoCampo Eletromagnético
Tensão de ContatoTensão de Contato
Veja se Aprendeu – Parte IVeja se Aprendeu – Parte I
Parte II – Motores ElétricosParte II – Motores Elétricos
e Enrolamentose Enrolamentos
Motor ElétricoMotor Elétrico
Motor TrifásicoMotor Trifásico
Motor MonofásicoMotor Monofásico
Parte III – Leitura e InterpretaçãoParte III – Leitura e Interpretação
de Desenhos Esquemáticosde Desenhos Esquemáticos
Esquema Frontal e Horizontal do Estator Esquema Frontal e Horizontal do Estator 
Colocação das BobinasColocação das Bobinas
Veja se AprendeuVeja se Aprendeu – Partes II e III – Partes II e III
SumárioSumário
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ELETRICIDADE, MOTORES EELETRICIDADE, MOTORES E
LEITURA DE DESENHOSLEITURA DE DESENHOS
IntroduçãoIntrodução
Bastante prático e objetivo, este cursoBastante prático e objetivo, este curso
prepara o aluno, seja prepara o aluno, seja ele profissional eletricistaele profissional eletricista
ou não, a entrar no ramo de reparação e rebo-ou não, a entrar no ramo de reparação e rebo-
binagem de motores de indução de correntebinagem de motores de indução de corrente
alternada (CA).alternada (CA).
PaParara ququemem jájá éé eleletetririciciststa,a, teterárá,, neneststee cucursrso,o,
a oportunidade de ampliar seus conhecimentosa oportunidade de ampliar seus conhecimentos
ee atatuauaçãçãoo nono cacampmpoo dede trtrababalalhoho;; jájá oo ininiciciaiantntee rere--
ceberá conhecimentos básicos de eletricidade oceberá conhecimentos básicos de eletricidade o
sufsuficiiciententee parparaa queque acoacompampanhenhe osos ensensinainamenmentostos
dos fascículos Passo a Passo.dos fascículos Passo a Passo.
Nestes fascículos Passo a Passo, sãoNestes fascículos Passo a Passo, são
dadas as características técnicas e o passo adadas as características técnicas e o passo a
passo da rebobinagem de motores elétricospasso da rebobinagem de motores elétricos
monofásicos e trifásicos assíncronos, com sis-monofásicos e trifásicos assíncronos, com sis-
temas de enrolamento imbricado e concên-temas de enrolamento imbricado e concên-
trico, que são os mais comuns no dia a dia dotrico, que são os mais comuns no dia a dia do
eletricista enrolador. O aluno aprenderá, tam-eletricista enrolador. O aluno aprenderá, tam-
bém, desde a desmontagem do motor e remo-bém, desde a desmontagem do motor e remo-
ççãão o ddo o eennrroollaammeenntto o vveellhho o aatté é ddaaddooss
necessários para a preparação das novas bo-necessários para a preparação das novas bo-
binas, tipos de enrolamentos, rebobinagembinas, tipos de enrolamentos, rebobinagem
(c(colocolocaçãação o das das bobbobinainas s no no estestatoator)r), , isoisola-la-
mento e acabamento das cabeças das bobi-mentoe acabamento das cabeças das bobi-
nas. Também aprenderá a fechar as saídasnas. Também aprenderá a fechar as saídas
das bobinas, determinar os terminais de liga-das bobinas, determinar os terminais de liga-
ção e fechar o motor.ção e fechar o motor.
Este fascículo teórico está dividido emEste fascículo teórico está dividido em
três partes, a saber:três partes, a saber:
Parte IParte I – Conhecimentos básicos de ele- – Conhecimentos básicos de ele-
tricidade.tricidade.
Parte IIParte II – Características de motores elé- – Características de motores elé-
tricos, indicação de corrente alternada, tipostricos, indicação de corrente alternada, tipos
de enrolamento dentre outros.de enrolamento dentre outros.
Parte IIIParte III – Leitura e interpretação de de- – Leitura e interpretação de de-
senhos esquemáticos.senhos esquemáticos.
MatériaMatéria
Definimos matéria como sendo aquiloDefinimos matéria como sendo aquilo
que ocupa luque ocupa lugar no espaçgar no espaço.o. AA matérimatéria se apre-a se apre-
senta nos seguintes estados:senta nos seguintes estados:
• Sólido:• Sólido: ferro, madeira etc.; ferro, madeira etc.;
• Líquido:• Líquido: água, gasolina etc.; água, gasolina etc.;
• Gasoso:• Gasoso: oxigênio, hidrogênio etc.; oxigênio, hidrogênio etc.;
• Plasma;• Plasma;
• Condensado de Bose-Einstein.• Condensado de Bose-Einstein.
Toda matéria é formada por átomos que,Toda matéria é formada por átomos que,
por sua vez, são formados por:por sua vez, são formados por:
• Prótons:• Prótons: carga positiva; carga positiva;
• Elétrons:• Elétrons: carga negativa; carga negativa;
• Nêutrons:• Nêutrons: carga neutra. carga neutra.
O átomo em equilíbrio apresenta númeroO átomo em equilíbrio apresenta número
igual de prótons e elétrons. Se um átomo tiver igual de prótons e elétrons. Se um átomo tiver 
mais elétrons que prótons, dizemos que elemais elétrons que prótons, dizemos que ele
está carregado negativamente; do contrário,está carregado negativamente; do contrário,
se tiver mais prótons que elétrons, positiva-se tiver mais prótons que elétrons, positiva-
mente (mente (figura 1figura 1).).
CCuurrsso o dde e EEnnrroollaammeenntto o dde e MMoottoor r IInnssttiittuutto o UUnniivveerrssaal l BBrraassiilleeiirroo33
Nos fascículos Passo a Passo, des-Nos fascículos Passo a Passo, des-
creveremos os enrolamentos imbricados ecreveremos os enrolamentos imbricados e
concêntricos de motores trifásicos de dois econcêntricos de motores trifásicos de dois e
seis polos, e monofásicos de dois e quatroseis polos, e monofásicos de dois e quatro
polos, os quais darão a base necessáriapolos, os quais darão a base necessária
para enrolar qualquer motor de indução depara enrolar qualquer motor de indução de
corrente alternada.corrente alternada.
CCUURRSSOO DDEE
EENNRROLOLAAMEMENNTOTO DDEE MMOTOTOOR R 
Parte I – ConhecimentosParte I – Conhecimentos
Básicos de EletricidadeBásicos de Eletricidade
Para exemplificar, vamos tomar por base
uma pilha, cujo polo positivo apresenta uma
carência ou falta de elétrons, enquanto que o
polo negativo possui elétrons sobrando. Se co-
locarmos uma lâmpada entre os dois polos, ela
irá acender devido à passagem dos elétrons
do polo negativo para o positivo (figura 2). A
esse fluxo de elétrons do polo negativo para o
positivo damos o nome de corrente elétrica.
Corrente Elétrica
Corrente elétrica é o movimento orien-
tado dos elétrons livres através de condutores.
 A intensidade da corrente elétrica é represen-
tada pela letra “I”.
Como unidade de medida, temos o am-
pere, cujo símbolo é a letra “A”. A intensi-
dade da corrente será mais intensa quanto
mais elétrons atravessarem um condutor em
um segundo.
Corrente contínua
É aquela que não sofre variação de po-
laridade ao longo do tempo (figura 3).
Pilhas, baterias e dínamos fornecem cor-
rente contínua, e os circuitos eletrônicos só tra-
balham com este tipo de corrente.
 A desvantagem desta corrente é que se
houver necessidade de elevar o valor, não é
possível usar o transformador.
Corrente alternada
É aquela que varia com o passar do
tempo (figura 4).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro4
Figura 1 - Átomo.
Figura 3 - Corrente contínua.
Figura 4 - Ciclo ou período de uma corrente alternada.
Figura 2 - Sentido dos elétrons do polo negativo para o
polo positivo.
 A medição do ampere é feita através de
um aparelho chamado amperímetro.
Note que no gráfico, há uma variação de
polaridade com o decorrer do tempo. Podemos
então concluir que os dois condutores trocam
de polaridade com o passar do tempo.
No Brasil, a eletricidade varia sessenta
vezes por segundo (60 hertz), ou seja, a cada
segundo, os polos trocam de posição entre si
trinta vezes. Essa variação é chamada de fre-
quência (figura 5).
 A corrente alternada é fornecida por gera-
dores e tem mais vantagens que a corrente con-
tínua na transmissão de energia. Se for 
necessário elevar seu valor, basta colocar trans-
formadores, pois, na alimentação de circuitos ele-
trônicos, a corrente alternada deve ser 
transformada em contínua.
Intensidade da corrente elétrica
 A intensidade da corrente elétrica rela-
ciona-se com o valor da resistência do condu-
tor e com a tensão aplicada. Esta relação é
dada através desta fórmula:
Onde:
• E = Tensão, medida em volt (V);
• R = Resistência, medida em ohm (Ω);
• I = Corrente, medida em ampere (A);
Isto é válido tanto para corrente contínua
(pilhas e baterias) como para corrente alter-
nada (tomada elétrica). Por exemplo, uma ba-
teria de 9 volts alimenta um circuito com um
resistor de 10 ohms. O valor da corrente seria
0,9 ampere. Observem a conta:
Para conferir o resultado, basta fazer o
cálculo invertido:
Grandezas Elétricas
Voltagem elétrica
Para entrarem em movimento, os elé-
trons precisam de uma força para se desloca-
rem. Esta força é a voltagem (ou tensão),
medida em volt. O instrumento usado para me-
dição chama-se voltímetro.
Corrente elétrica
Como já dissemos, é definida como sendo
o movimento orientado pelos elétrons. É medida
em ampere através de um amperímetro.
Resistência elétrica
É a dificuldade que os corpos oferecem à
passagem de elétrons. É medida em ohm atra-
vés do ohmímetro. Conforme a resistência que
o corpo oferece, temos bons condutores, maus
condutores e isolantes.
Os bons condutores deixam a corrente
elétrica passar com grande facilidade; o me-
lhor condutor é o ouro, seguido pela prata, o
cobre e o alumínio. Os maus condutores são
aqueles que oferecem certa resistência à pas-
sagem da corrente elétrica, como o ferro, o ní-
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro5
Figura 5 -  Frequência de três ciclos por segundo ou
3 hertz.
É errado chamarmos os fios condutores
de corrente alternada de positivos ou negativos,
pois isto só se aplica à corrente contínua. O cor-
reto é denominar condutor neutro e condutor 
fase. O neutro é ligado à terra pela companhia
fornecedora de energia; por isso, ele não pro-
voca choques.
E = R x I ou I = E ÷ R
ou R = E ÷ I
I = E ÷ R = 9 ÷ 10 =  0,9 ampere
E = R x I = 10 x 0,9 = 9 volts
quel e o tungstênio. Suas aplicações na vida
diária são vastas, como resistência de chuvei-
ros e aquecedores, lâmpadas etc.
Os corpos isolantes não deixam a cor-
rente passar. São exemplos a borracha, a ma-
deira, a porcelana, o vidro dentre outros.
Potência elétrica
É a capacidade de reduzir o trabalho
realizado pela energia elétrica. Este traba-
lho é dado pelo produto de tensão pela cor-
rente  (P = V x A)  e é medido em watt (W),
com um wattímetro.
Desta maneira, uma lâmpada de 100
watts produz mais trabalho que uma de 60
watts, ou seja, a de 100 watts ilumina mais que
a de 60 watts.
 A potência elétrica é importante, pois
está relacionada com a quantidadede traba-
lho que produz um aparelho e com o seu con-
sumo de energia.
Eletricidade estática
Sempre que dois corpos se atritem,
eles acabam produzindo eletricidade está-
tica. No atrito, um corpo cede elétrons ao
outro e, desta forma, surge uma Diferença
de Potencial (DDP) entre eles. Esta Dife-
rença pode atingir valores altíssimos em
função do grau de atrito.
O exemplo mais claro de eletricidade es-
tática é o raio. Ele consta de uma descarga de
eletricidade contida nas nuvens para o solo, ou
vice-versa.
O organismo humano possui eletricidade
estática de pequeno valor; caso estes valores
se alterem, o organismo pode estar doente. Os
mais avançados exames médicos se baseiam
na DDP para avaliar o bom funcionamento do
organismo.
Circuito Elétrico
Circuito elétrico é o caminho percorrido
pela corrente elétrica desde a fonte até os
componentes e aparelhos de consumo. Eles
são divididos em três tipos: série, paralelo e
série-paralelo (misto).
1) Circuito em série. É aquele cujos ele-
mentos são ligados um após o outro, e um ele-
mento depende do outro. Esse circuito
também recebe o nome de dependente, pois,
se um dos elementos for interrompido, os de-
mais deixarão de funcionar, isto porque ele se
compõe de um só ramo, ou seja, um só cami-
nho para a passagem da corrente (figura 6).
2) Circuito em paralelo. É aquele em que
seus elementos são colocados um independente
do outro. Isto quer dizer que, se um elemento
qualquer deixar de funcionar, não impedirá o fun-
cionamento dos demais (figura 7).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro6
Mas não é só o raio que afeta os equi-
pamentos eletroeletrônicos; em salas onde
há carpetes, existe uma tendência natural à
produção de DDP estática devido ao atrito
natural dos sapatos com pisos de carpete.
Figura 6 - Lâmpadas ligadas em série
Figura 7 - Lâmpadas ligadas em paralelo.
3) Circuito em série-paralelo ou misto.
É aquele formado pela combinação dos dois
circuitos anteriores, sendo parte em série e
parte em paralelo (figura 8).
Transformador 
O transformador é um componente ele-
troeletrônico utilizado para modificar as carac-
terísticas de uma corrente alternada ou
pulsante. Assim, teoricamente, podemos dizer 
que usando um transformador, elevamos ou
baixamos a corrente e a tensão de uma fonte
alternada ou pulsante a qualquer valor.
Estas modificações devem obedecer à
Lei de Conservação de Energia, já que o trans-
formador não cria energia, apenas modifica.
Por exemplo, temos um gerador que fornece
100 volts a 1 ampere; isto significa que sua po-
tência é de:
O transformador pode aumentar a tensão
deste gerador para qualquer valor, mas a in-
tensidade da corrente abaixa proporcional-
mente, devido ao fato de que a potência
continua igual. Assim, se quisermos transfor-
mar os 100 volts do exemplo citado em 500
volts, podemos fazê-lo usando um transforma-
dor. Porém, a corrente máxima que será ob-
tida na saída deste transformador será de 0,2
ampere, justamente porque a máxima potên-
cia que ele pode fornecer na saída é igual à
potência aplicada na entrada, ou seja:
Também pode abaixar o valor da ten-
são, elevando assim o valor da corrente,
mantendo a relação de igualdade entre a
potência de entrada e a de saída do trans-
formador.
Este componente eletrônico é formado
por uma ou mais bobinas enroladas sobre
um mesmo núcleo, geralmente de ferro.
 A bobina em que é aplicada a energia
a ser modificada (entrada) recebe o nome
de primário, e aquela, ou aquelas, em que
se retira a energia modificada (saída) re-
cebe o nome de secundário (figura 9).
Para representar um transformador em
um circuito eletroeletrônico, usamos este sím-
bolo (figura 10):
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro7
Figura 8 - Ligação em série-paralelo.
Figura 9 - Aspecto do transformador.
Figura 10 - Símbolo do transformador.
P = V x A = 100 x 1 = 100 watts
P = 500 volts x 0,2 ampere = 100 watts
O princípio do funcionamento do
transformador é o seguinte: quando é apli-
cada a corrente ao primário, essa bobina
cria em volta de si um campo magnético
também alternado; este campo magnético,
por sua vez, induz, na bobina do secundá-
rio, uma corrente também alternada.
Quando o número de espiras do pri-
mário é igual ao número de espiras do se-
cundário, a tensão deste último é igual à
tensão apl icada ao primário. Despre-
zando-se as perdas que acontecem no fio
e núcleo, podemos afirmar que também a
corrente no secundário é igual à do pri-
mário.
Transformador redutor de tensão
 Assim é chamado o transformador 
cujo número de espiras do secundário é
uma fração do número de espiras do pri-
mário, e a tensão do secundário também é
uma fração do primário. Na representação
simbólica, o secundário é menor que o pri-
mário.
Elevador de tensão
 Assi m é cham ad o o tr an sf or ma do r 
cujo secundário é maior (duas, três ou
mais vezes) que o primário, e a tensão
também é maior (duas, t rês ou mais
vezes) que a do primário. Na representa-
ção simbólica, o secundário é maior que
o primário.
Transformador com tomada central
É aquele que tem uma derivação no
centro do enrolamento, normalmente se-
cundário, conhecida como tomada central
(ou  center tap, em inglês), que divide a ten-
são total do enrolamento ao meio (figura
11).
Não existe uma padronização de cores
para identificar ligações externas dos trans-
formadores, mas, de um modo geral, pode-
mos dizer que os fabricantes respeitam o
seguinte critério para os transformadores de
força:
• Primário: fio preto para início do en-
rolamento e cores diferentes para as demais
ligações (geralmente, marrom e vermelho
para primário com derivação).
• Secundário: fios de cada enrolamento
com a mesma cor (par vermelho, par azul etc.);
se o enrolamento é com tomada central, os
fios terão cores diferentes.
Veja na   figura 12   o símbolo de um
transformador com possíveis códigos de
cores:
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro8
Figura 11 - Símbolo de um transformador com tomada
central.
Figura 12 - Símbolos de um transformador com possí-
veis códigos de cores.
Este tipo de transformador é cha-
mado de transformador de isolação e,
na representação simbólica, os dois en-
rolamentos têm o mesmo tamanho.
Relé
O relé é um dispositivo eletromecânico
utilizado para ligar e desligar um circuito elé-
trico. Portanto, é um interruptor, cujo aciona-
mento é feito através de um eletroímã. Por 
essa razão, é também conhecido como relé
eletromagnético.
Na   figura 13, temos uma representa-
ção bastante simplificada dos elementos
constituintes de um relé para que o aluno
possa entender seu princípio de funciona-
mento.
Quando a bobina é percorrida por uma
corrente elétrica, forma-se um campo mag-
nético que se concentra no núcleo do ferro,
fazendo com que este atraia a armadura. Ao
ser atraída, a armadura faz com que a parte
móvel do contato se encoste à parte fixa, fe-
chando o circuito. Essa situação permanece
deste jeito até que seja desfeito o campo
magnético.
O mais comum é que os relés possuam
dois contatos: NA (normalmente aberto) e
NF (normalmente fechado).
O NA funciona da seguinte maneira:
enquanto a bobina não é excitada, o contato
permanece aberto; quando a bobina é exci-
tada, e percorrida por uma corrente elétrica,
forma-se o campo magnético que fecha o
contato (figura 14).
No NF, quando a bobina não está exci-
tada, os contatos permanecem fechados;
quando percorrida pela corrente elétrica, a bo-
bina é excitada, formando o campo magnético
que abre o contato (figura 15).
Os relés são muito utilizados em cercas
elétricas monitoradas, lâmpadas de emergên-
cia, sirenes, sinalizadores de emergência etc.
Eles podem ser comandados a distância, ou
seja, através de um controleremoto.
Em geral, os relés são representados
pelo símbolo gráfico mostrado na figura 16:
Condutores
Todos os circuitos eletroeletrônicos têm
seus componentes ligados entre si. Essas li-
gações são conseguidas através dos conduto-
res em forma de fio ou cabo, exceto no caso
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro9
Figura 14 -  Contatos do relé NA.
Figura 15 -  Contatos do relé NF.
Figura 16 -  Símbolo gráfico do relé.
Figura 13 - Representação simplificada dos elemen-
tos de um relé eletromagnético.
dos circuitos impressos.
Os fios e cabos devem ter boa condutibi-
lidade elétrica, para não ocasionar perdas nas
ligações, e ser maleável (ou seja, flexível).
Os metais mais usados como condutores
são o cobre e o alumínio. Este último não tem
boa soldabilidade, portanto, é pouco usado
nos serviços de um modo geral.
Chamamos de fio o condutor sólido, ma-
ciço, geralmente de secção circular, com ou
sem isolamento, conforme mostra a figura 17.
Fornecimento de Energia
 A energia elétrica, fornecida pelas conces-
sionárias para os usuários, poderá apresentar 
até três tipos de atendimento (figura 18):
1) Tipo A – Monofásico. A concessioná-
ria fornece a rede com dois condutores, ou
seja, um para fase e outro para neutro. Neste
tipo de atendimento, a tensão utilizada pelo
usuário será de 127 volts, e a carga instalada
deverá ser de até 12 quilowatts.
2) Tipo B – Bifásico. Fornecimento de
rede com três condutores, ou seja, dois para
fase e um para o neutro. A tensão utilizada
será de 127/200 volts, e a carga instalada,
entre 12 e 25 quilowatts.
3) Tipo C – Trifásico. Rede com quatro
condutores, ou seja, três para fase e um para
o neutro. A tensão utilizada é de 127/220 volts,
e a carga instalada, entre 25 e 75 quilowatts.
Campo Eletromagnético
Todos conhecem os efeitos do magne-
tismo na forma de ímãs; eles existem em for-
mato artificial e natural.
Os ímãs naturais foram observados há
séculos antes de Cristo, na Grécia. Os gregos
fizeram os primeiros estudos sobre o ímã na-
tural e notaram que ele tem dois polos que,
sendo iguais, se repelem e, quando diferentes,
se atraem.
Os primeiros ímãs naturais foram encon-
trados na região de Magnésia. Os gregos
deram nome de magnetita à “pedra” e magne-
tismo à propriedade do ímã de atrair materiais
ferrosos como pregos.
Polos dos ímãs
Os polos dos ímãs localizam-se nas suas
extremidades, locais em que há maior con-
centração de linhas magnéticas. Eles são cha-
mados norte e sul (figura 19).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro10
Figura 17 -  Fios com e sem isolamento.
No enrolamento de motores, usam-
se os fios maciços de cobre esmaltado;
o flexível, para os terminais de ligação.
Figura 18 - Tipos de atendimento no fornecimento de
energia elétrica.
O funcionamento dos motores elé-
tricos baseia-se no princípio do eletro-
magnetismo; por isso, o estudo seguinte
é importante.
Linhas de força magnética
São linhas invisíveis que fecham o circuito
magnético de um ímã, passando por seus polos.
Para provar praticamente a existência
destas linhas, podemos fazer a experiência do
espectro magnético.
Para isso, colocamos um ímã sobre uma
mesa e, sobre ele, um vidro plano. Em se-
guida, derramamos aos poucos limalhas
sobre o vidro. As limalhas se unirão pela atra-
ção do ímã, formando o circuito magnético do
ímã sobre o vidro, mostrando, assim, as linhas
magnéticas (figura 20). A linha de força mag-
nética é a unidade do fluxo magnético.
Podemos notar, através do espectro
magnético, que as linhas de força magnética
“caminham” dentro do ímã: saem por um dos
polos e entram por outro, formando assim um
circuito magnético. Observa-se também que
há grande concentração de linhas nos polos
dos ímas, ou seja, nas suas extremidades.
Sentido das linhas de força de um ímã
O sentido das linhas de força em um
ímã é do polo norte para o polo sul, fora do ímã
(figura 21).
Fragmentação de um ímã
Se um ímã for quebrado em três partes,
por exemplo, cada uma destas partes consti-
tuirá em um novo ímã (figura 22).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro11
Figura 19 -  Polo magnético e toda superfície na qual
saem ou entram linhas magnéticas.
Figura 20 - Espectro magnético.
Figura 21 - Sentido das linhas de força.
Figura 22 - Ímã em pedaços.
Campo magnético do ímã
Damos o nome de campo magnético
ao espaço ocupado por suas linhas de força
magnética.
Lei de Atração e Repulsão dos Ímãs
Nos ímãs, observa-se o mesmo princípio
das cargas elétricas. Ao aproximarmos uns
dos outros, os polos de nomes iguais se repe-
lem, e os de nomes diferentes se atraem  (fi-
gura 23).
Produção de ímã com a eletricidade
Quando um f io é atravessado por 
uma corrente elétrica ao seu derredor,
surge um campo magnético de pequena
intensidade. Se enrolarmos o fio, o campo
se concentra em um espaço menor, fa-
zendo com que o campo magnético se au-
mente (figura 24).
Produção de eletricidade com ímã
Quando temos uma bobina e, por ela, se
faz passar um campo magnético, em seus ter-
minais, aparecerá uma tensão elétrica, a qual
só aparece quando a bobina entra ou sai do
campo magnético.
Fazendo o campo magnético variar em
torno da bobina (ou a bobina em torno do
campo), a tensão produzida será alternada (fi-
gura 25).
Tensão de Contato
Enfatizamos este tópico, neste estudo,
por saber que a segurança em uma instalação
elétrica é de suma importância.
 A te nsão de co nt at o (cho qu e) , po r 
definição, é a tensão a que uma pessoa
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro12
Figura 23 - Lei de Atração e Repulsão dos Ímãs.
Figura 24 - Ímã produzido através da eletricidade.
É importante frisar que o ímã produ-
zido através da eletricidade possui polos
norte e sul, que são iguais ao ímã natural.
Note, também, que o fio da bobina que re-
cebeu o polo negativo será o polo sul.
Figura 25 - Produção de eletricidade com ímã.
fica submetida ao tocar em um determi-
nado equipamento sob tensão (com fuga
de corrente) e, em outro corpo, com po-
tencial diferente. Em síntese: se uma pes-
soa tocar, com uma das mãos, em um
motor e, com a outra, em uma parede, re-
ceberá um choque.
O perigo não está em tocar num equipa-
mento sob tensão quando o corpo está iso-
lado, mas sim em tocar simultaneamente em
outro corpo que esteja com um potencial dife-
rente em relação ao primeiro. O corpo fica em
contato com o solo, ou seja, com o potencial
deste (figura 26).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro13
Figura 26 -  Tensão de contato.
Veja se Aprendeu – Parte I
1) Chamamos de ___________ tudo o que ocupa lugar no espaço.
2) A corrente que varia com o passar do tempo chama-se ____________.
3) A dificuldade que os corpos oferecem à passagem da corrente chama-se _____________.
4) Identifique os tipos de circuito que as ilustrações abaixo representam:
a) b)
 ________________________ ________________________ 
5) O fio usado para enrolamento de motores é o:
a) ( ) fio de cobre maciço, sem isolamento.
b) ( ) fio de cobre maciço esmaltado.
c) ( ) fio flexível.
d) ( ) fio paralelo.
6) Os polos dos ímãs são o norte e o sul. O que acontece se encostarmos o polo sul de
um ímã com o polo sul de outro ímã?
R.: _______________________________________________________.
7) O princípio de funcionamento dos motores elétricos baseia-se no ____________________.
   1  )     m   a  t   é   r  i   a
   2  )   c    o   r   r   e   n  t   e   a  l  t   e   r   n   a   d   a  .
   3  )   r   e   s  i   s  t   ê   n   c  i   a   e  l   é  t   r  i   c   a  .
   4  )   a  )    C  i   r   c   u  i  t    o   e     m   s   é   r  i   e  .
   b  )    C  i   r   c   u  i  t    o   e     m    pa   r   a  l   e  l    o  .
   5  )   b  )  (   x  )  f i   o   d   e   c   o   b  r   e     m   a   c i   ç   o   e   s     m   a l  t   a   d   o  .
   6  )    R  .  :    O   s  í     m   ã   s   s   e   r   e    p   e  l   e     m  .
   7  )   e  l   e  t   r    o     m   a   g   n   e  t  i   s     m    o  .
    V   e  j   a   s   e    A    p   r   e   n   d   e   u   –    P   a   r  t   e  I    R   e   s    p    o   s  t   a   s
Motor Elétrico
O motor elétrico é uma máquina em
que se transforma energia elétrica em ener-
gia mecânica, e tem seu princípio de funcio-
namento baseado no eletromagnetismo.
Em geral, os motores elétricos são com-
postos por duas partes: rotor e estator. O rotor 
é a parte móvel; o estator, que faz parte da car-
caça, é a fixa (figuras 27 e 28).
Podemos classificar os motores elétricos
de acordo com a forma como recebem ener-
gia elétrica: motor de corrente contínua (CC) e
o de corrente alternada (CA).
Motor de corrente contínua. É u m
motor de controle de velocidade precisa,
porém, de custo elevado, comparando-se com
o de corrente alternada. Ele não pode ser li-
gado diretamente à rede de energia elétrica,
precisando, portanto, de uma fonte de corrente
contínua ou de um dispositivo que transforma
a corrente contínua em alternada para funcio-
nar. Este tipo de motor só é utilizado em veí-
culos automotivos.
Motor de corrente alternada. De um
modo geral, este motor é o mais usado, quer 
seja em equipamentos e máquinas industriais,
quer seja em aparelhos e equipamentos ele-
trodomésticos. É ligado diretamente na rede
elétrica, distribuída pelas usinas hidroelétricas
em 127 volts, 220 volts, 380 volts etc. Este
motor é o que vamos usar neste curso, po-
dendo ser de indução síncrona e assíncrona.
Carcaça do motor 
Os motores, quanto a sua carcaça,
podem ser abertos ou fechados.
Motor aberto. É aquele com ventilação
interna e que não possui proteção contra pó
ou umidade. Entretanto, é protegido contra
partículas sólidas e gotas de água que caem
sobre ele. Tem uma inclinação máxima de 15°
em relação à vertical, tendo sua carcaça lisa,
sem canais externos de refrigeração.
Motor fechado. É o com ventilação ex-
terna e proteção contra pó e umidade. O ven-
tilador é montado no eixo, que fica na parte
externa do motor. A carcaça possui canais ex-
ternos de refrigeração, portanto, a refrigeração
é feita somente na parte externa da carcaça.
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro14
Figura 27 - Rotor.
Figura 28 - Estator.
Motor de indução síncrona
Este motor funciona com velocidade
fixa e é usado somente em grandes potên-
cias, pois, para pequenas potências, o custo
é elevado. Este motor tem a velocidade do
rotor diferente do campo giratório do estator.
É o mais usado em máquinas e equipamen-
tos industriais, não se prestando ao uso em
eletromésticos.
Parte II – Motores
Elétricos e Enrolamentos
O motor elétrico trifásico, como seu pró-
prio nome sugere, é fabricado para funcionar 
na rede elétrica trifásica e nas mais variadas
potências desde fiações de HP (cavalos) até
vários cavalos de força.
É um motor assíncrono, de corrente al-
ternada, com três enrolamentos no estator, for-
mando três circuitos distintos e simétricos
chamados de fases.
O motor trifásico de aplicação mais
comum tem seu rotor tipo “gaiola de esquilo”,
podendo também ser um bobinado com anéis
para o controle do arranque por intermédio do
reostato, como veremos adiante.
 As fases que citamos estão defasadas
em 120° elétricos, ou 1/3 de período. As bobi-
nas do estator formam um campo magnético
dentro do qual o rotor gira. Veja o exemplo de
um campo trifásico na figura 29.
 As bobinas B1, B2 e B3 do estator geram
um campo magnético rotativo, que faz com que
o rotor gire. Isto porque o fluxo magnético pro-
duzido gera uma força eletromotriz no rotor que,
por sua vez, vai produzir um campo magnético
de igual intensidade, mas de polaridade oposta.
Os campos magnéticos do estator e do
rotor tendem a se atrair e, como o campo mag-
nético do estator é rotativo, o do rotor procura
acompanhar esta rotação.
Das bobinas do estator, saem as pontas
dos fios (terminais de ligação) para serem li-
gados à rede elétrica, as quais podem ser em
3, 6, 9 ou 12 pontas.
Tipos de rotor 
Os motores trifásicos podem ter dois
tipos de rotor: curto-circuito e bobinado.
• Rotor curto-circuito   (tipo “gaiola de
esquilo”). É constituído por barras de cobre ou
alumínio, colocadas nas ranhuras e unidas nas
extremidades por anéis entre si, em curto-cir-
cuito (figuras 30A e B).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro15
Figura 29 - Campo trifásico.
Independentemente de serem síncro-
nos ou assíncronos, os motores elétricos,
em função da ligação à rede elétrica, podem
ser trifásicos e monofásicos.
 As fases deverão estar ligadas em triân-
gulo (∆) e estrela (Υ) a uma rede trifásica,
para que seus bobinados produzam um
campo resultante giratório, de valor invariável.
Observe que a tensão atinge seu valor 
máximo na bobina B1, depois, na B2 e, por 
fim, na B3.
Essa rotação é função direta da fre-
quência em ciclos da rede elétrica e do nú-
mero de polos do motor.
Motor Trifásico
• Rotor bobinado. Ele é assim chamado
por possuir um enrolamento semelhante ao do
estator, cujos extremos são conectados em
anéis, coletores eletricamente isolados do
eixo e entre eles, sobre os quais, apoiam-se
escovas de grafite, fixas ao estator, que per-
mitem a ligação do motor ao circuito externo
(figura 31).
Ligações
Os motores trifásicos são fabricados com
diferentes potências e velocidades, para as
tensões padronizadas da rede elétrica (220
volts, 380 volts, 440 volts e 760 volts), nas fre-
quências de 50 e 60 hertz.
 A ligação desses motores pode ser feita
em estrela. As bobinas do estator, conforme já
vimos, são três, que formam as fases de enro-
lamento. Essas fases podem ser interligadas,
formando ligações estrela (380 volts) ou triân-
gulo (220 volts).
Na ligação estrela, os terminais 4, 5 e 6
são interligados, e os terminais 1, 2 e 3 são li-
gados à rede (figura 32).
Na ligação triângulo, o início de uma fase
é fechado com o final de outra, e essa junção
é ligada à rede (figura 33).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro16
Figuras 30A e B -   Rotor curto-circuito (tipo “gaiola
de esquilo”).
Figura 31 - Rotor bobinado.
Figura 32 - Ligação estrela.
Figura 33 - Ligação triângulo.
Os motores trifásicos, que possuem uma
só velocidade, podem ter 3, 6, 9 e 12 terminais
de ligação para serem conectados à rede.
Quando o motor trifásico é de três terminais,
a ligação é feita conectando-se os terminais 1, 2 e
3 à rede RST, em qualquer ordem (figura 34).
Caso queira inverter o sentido de rotação, basta
inverterduasfases,como, por exemplo,o que está
em R para S e vice-versa.
Os motores trifásicos com seis terminais
podem ser ligados em duas tensões: 220/380
volts ou 440/760 volts. A ligação em triângulo é
para a menor tensão e a em estrela, para a
maior (figura 35).
Enrolamento Imbricado
Enrolamento imbricado é o que possui
dois lados diferentes de bobinas em cada ra-
nhura do estator. Por essa razão, deve ter um
isolamento entre uma e outra bobina (figura 36).
Neste tipo de enrolamento, todas as
bobinas são iguais, ou seja, têm o mesmo
número de espiras, o mesmo passo e o
mesmo formato. A quantidade de bobinas é
igual à quantidade de ranhuras do estator.
Este tipo de enrolamento serve para
qualquer tamanho de motor, devido à grande
quantidade de bobinas, sempre igual ao nú-
mero de ranhuras. Um motor trifásico montado
com enrolamento imbricado chama-se trifásico
imbricado.
No enrolamento imbricado, o número
de bobinas por polo e fase, ou por grupo,
deve ser de 3, 4, 6, ou atémais bobinas nos
motores de 6, 4 e 2 polos. Por isso, as liga-
ções entre bobinas de um mesmo grupo são
numerosas, tornando a tarefa de enrola-
mento bastante trabalhosa. Este inconve-
niente f ica atenuado, ao se enrolar as
bobinas do mesmo grupo em formas iguais
 justapostas, sem cortar o fio (figura 37).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro17
Figura 34 - Ligação de motor trifásico de três terminais.
Figura 36 - Enrolamento imbricado.
Figura 35 - Ligação de motor trifásico de seis terminais.
RST não é uma sigla, é só uma deno-
minação dos fios fases para que sejam distri-
buídos igualmente no momento em que a
concessionária for fazer a ligação aos medi-
dores das residências ou indústrias.
Nestes motores, a indicação numérica
dos terminais pode ser substituída por letras,
assim: U, V, W, X, Y e Z para 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro18
Passo dos canais
O passo é igual ao número de canais,
que são contados para a colocação dos lados
das bobinas (primeiro e segundo lado) no es-
tator. Na figura 38, temos, como exemplo, o
passo 1:10:
 A fórmula para descobrir o passo dos ca-
nais é a seguinte:
Número de bobinas do motor 
É a quantidade de bobinas que temos em
todo o motor, após completar o enrolamento,
deixando-o pronto para ser executada a liga-
ção à rede. Nesse tipo de enrolamento, o nú-
mero de bobinas é igual ao número de canais
do estator. A fórmula para verificar o número de
bobinas do motor é a seguinte.
Número de bobinas por fase
Para saber qual o número de bobinas
por fase, basta dividir a quantidade de bobi-
nas do motor pelo número de fases. No
caso do motor trifásico, o total são três.
Por exemplo, como o número de bobi-
nas do motor é igual ao número de canais
do estator, temos 36 canais, dividido por 3
(36 ÷ 3 = 12). Então, temos 12 bobinas por 
fase. Observem a fórmula:
Número de bobinas por polo ou grupo
O número de bobinas por polo ou grupo
é igual ao número de bobinas por fase, divi-
dido pelo número de polos. Por exemplo, no
caso anterior, o número de bobinas por fase é
12; se o motor for de 2 polos, o número de bo-
binas por polo será 6; se for de 4 polos, 3. Ob-
servem a fórmula:
Figura 37 - Grupo de bobinas para enrolamento imbricado.
Figura 38 - Exemplo de passo 1:10.
BF = BM
3
Onde:
BF: número de bobinas por fase
BM: número de bobinas do motor 
BP = BF
P
Onde:
BP: número de bobinas por polo
BF: número de bobinas por fase
P: número de polos
PK = K
P
Onde:
PK: número de passo dos canais
K: número de canais
P: número de polos
BM = K
Onde:
BM: número de bobinas do motor 
K: número de canais
Enrolamento Concêntrico
O enrolamento concêntrico é aquele
cujas bobinas de cada polo possuem o mesmo
centro e diferentes passos.
Nos motores trifásicos de enrolamento
concêntrico, cada bobina preenche todo o
canal, os quais possuem passos diferentes.
Esta é a característica principal deste tipo de
enrolamento (figuras 39A e B).
Neste tipo de enrolamento, o número de
grupos de bobinas por fase, após a conclusão
do enrolamento, será igual à metade do nú-
mero de polos do motor. Por exemplo, se o
motor for de 4 polos, teremos dois grupos de
bobinas por fase.
Número de bobinas do motor 
Os lados das bobinas ocupam todo o
canal, e a quantidade de bobinas do motor é
igual à metade do número de canais. O nú-
mero pode ser determinado pela seguinte
fórmula:
Número de bobinas por fase
Para determinar o número de bobinas
por fase, podemos usar a seguinte fórmula:
Número de bobinas por polo ou
grupo
Como o número de grupos de bobinas
por fase, neste tipo enrolamento, é igual à
metade de número de polos, podemos
fazer o cálculo através desta fórmula:
Passo dos canais
Como vimos, as bobinas que formam o
enrolamento concêntrico têm o mesmo cen-
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro19
BM = K
2
Onde:
BM: número de bobinas do motor 
K: número de canais
BF = BM
3
Onde:
BF: número de bobinas por fase
BM: número de bobinas do motor 
BP = 2 x BF
P
Onde:
BP: número de bobinas por polo
BF: número de bobinas por fase
P: número de polos
Figuras 39A e B -  Enrolamento concêntrico.
tro. Portanto, tomando-se como base o
passo da bobina menor, as demais serão
sempre os dois canais seguintes. Por exem-
plo, o passo da bobina 1 (o menor) é igual
ao passo 10. Para os demais passos,
temos:
 A fórmula para o passo é a seguinte
Determinado o passo do canal, somando-
se com 2, temos o número de passo. Veja:
 A seguir, daremos exemplos de aplica-
ção destas fórmulas, mas informamos aos
alunos que somente poderão fazer uso
delas em último caso, pois, como já disse-
mos, ao remover o enrolamento do motor,
deverá “fazer uma cópia” do motor, ano-
tando o número de passo, de espiras por 
bobina, a quantidade de bobinas, tipo de en-
rolamento etc. Para facilitar ainda mais, pu-
blicamos no Manual do Eletricista Enrolador 
uma tabela com dados de enrolamento de
motores trifásicos de sistema imbricado.
Enrolamento de um motor trifásico
com 24 canais e 4 polos.
Calcular:
• Número do passo: PK =
• Número de bobinas do motor:
BM =
• Número de bobinas por fase:
BF =
• Número de bobinas por polo:
BP =
Enrolamento de um motor com 48 ca-
nais e 4 polos
• Número de bobinas do motor:
BM =
• Número de bobinas por fase:
BF =
• Número de bobinas por polo:
BP =
• Número do passo:
PK = 2 x BP = 2 x 4 = 8
Então:
PK1 = 8 + 2 = 10
PK2 = 10 + 2 = 12
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro20
PK = 2 x BP
Onde:
PK: número de passos dos canais
BP: número de bobinas por polo
Podemos dizer que este valor de passo é
médio, pois, no caso de enrolamento imbri-
cado, o passo pode ser encontrado com um
canal a mais ou a menos, mas o aluno terá a
oportunidade de aprender isto na prática.
PK1 + 2 = ?
PK2 + 2 = ? etc.
K 24
P 4
K 24
2 2
BM 12
3 3
BF 4
P 4
K 48
2 2
BM 24
3 3
2 x BF 2 x 8
P 4
Passo da bobina 2: 10 + 2 = 12
Passo da bobina 3: 12 + 2 = 14 etc.
Resolução das fórmulas -
enrolamento imbricado
Resolução das fórmulas -
enrolamento concêntrico
=
=
=
= = 1 bobina por polo
=
=
=
= 24 bobinas
= 8 bobinas por fase
= 4 bobinas por polo
= 4 bobinas por fase
=   12 bobinas
= 6
PK3 = 12 + 2 = 14
PK4 = 14 + 2 = 16
Enrolamento Coroa
É um sistema de enrolamento em que
todas as bobinas têm o mesmo passo (tama-
nho), e cada lado das bobinas preenche total-
mente um canal, sendo colocada uma após a
outra, pulando um canal (figura 40).
Passo dos canais
O valor do passo no sistema de enrola-
mento coroa deve ser um número par. Logo,
se no cálculo o valor for ímpar ou fracionado,
deve-se tomar como valor o número par mais
próximo. A fórmula para o cálculo é a mesma
do enrolamento imbricado.
Número de bobinas do motor 
O número de bobinas é sempre a metade
do número de canais do estator. Para o cálculo,
é usada a mesma fórmula do enrolamento con-
cêntrico.
Número de bobinas por fase
Como se trata de um motor trifásico, o
número de fases é 3. Portanto, dividindo o nú-
mero de bobinas do motor por 3, teremos o nú-
mero de bobinas por fase. Veja o cálculo:
Número de bobinas por polo ou grupo
Este número é igual ao número de bobinas
por fase, dividido pelo número de polos desse
motor. Obseve o cálculo:
Enrolamento coroa de um motor trifá-
sico de 48 canais e 4 polos
• Número do passo:
• Número de bobinas do motor:
• Número de bobinas por fase:
• Número de bobinas por polo:
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro21
BF = BM
3
Onde:
BF: número de bobinas por fase
BM: número de bobinas do motor 
BP = BF
P
Onde:BP: número de bobinas por polo
BF: número de bobinas por fase
P: número de polos
PK = K 48
P 4
BM = K 48
2 2
BF = BM 24
3 3
Figura 40 - Enrolamento coroa.
BP = BF 8
P 4
Resolução das fórmulas -
enrolamento coroa
= = 12
= =  24 bobinas
= = 8 bobinas por fase
= =  2 bobinas por polo
Agrupamento de Bobinas
Nos enrolamentos coroa e imbricado, po-
demos encontrar motores cujo número de bo-
binas por polo ou grupo não é igual em todas
as fases do motor. Quando isso acontece, de-
vemos fazer a distribuição das bobinas o mais
uniforme possível.
Por exemplo, através da fórmula abaixo,
calculando o número de bobinas por polo ou
grupo, teremos o seguinte valor:
 Assim, na rebobinagem, devemos colocar:
• Primeiro grupo: 1 bobina
• Segundo grupo: 2 bobinas
• Terceiro grupo: 1 bobina
• Quarto grupo: 2 bobinas
• Total: 6 bobinas por fase
Ligação dos motores trifásicos
 A ligação de motores trifásicos, cujo
número de grupos de bobinas por fase é
igual ao número de polos do motor, deverá
ser feita de tal forma que a corrente elétrica
circule em sentido oposto entre os grupos
consecutivos de mesma fase (figura 41).
Quando o número de grupos de bobinas
por fase é igual à metade do número de polos, as
ligações deverão ser feitas de modo que a cor-
rente elétrica tenha o mesmo sentido entre os
grupos consecutivos de mesma fase (figura 42).
Ligação em série e em paralelo
Na ligação em série do grupo de bobinas,
seguindo o que foi dito anteriormente, teremos
uma entrada em cada fase e, obedecendo ao
sentido da corrente, fechamos a saída de um
grupo com a entrada do grupo seguinte, tendo,
no último grupo da fase, a saída (figura 43).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro22
BP = BF 6 = 1, sobrando 2 bobinas
P 4
Esta regra geralmente é aplicada em moto-
res que têm os enrolamentos coroa ou imbricado.
Esta regra geralmente é aplicada em
motores com enrolamento concêntrico.
Figura 41 -Grupo de quatro bobinas por fase – quatro
polos.
Figura 42 - Grupo de seis bobinas por fase – três polos.
Figura 43 - Ligação em série.
=
 A ligação em paralelo deste grupo, que
normalmente é feita em motores de grande
potência, faz-se de maneira que a corrente
encontre vários caminhos para o circuito de
cada fase percorrer. Isto acontece em todas
as entradas de cada grupo, na entrada do
primeiro grupo e em todas as saídas de
cada grupo, na saída do último grupo (figu-
ras 44A e  B).
Terminais de saída
Os motores trifásicos são fabricados com
3, 6, 9 e 12 pontas de fios de saída, depen-
dendo do local em que será usado e tensão de
funcionamento. Os mais comuns são os de 6 e
12 fios.
Ligação interna em triângulo ou
em estrela
Os motores trifásicos de 3 e 9 fios de
saída podem ter a ligação interna em triângulo
ou estrela. Neste caso, os símbolos ∆ (triân-
gulo) e Υ (estrela) aparecerão no centro do es-
quema abaixo (figura 45).
Sentido de rotação
dos motores
De um modo geral, os motores elétri-
cos são fabricados para girarem em ambos
os sentidos, porém existem motores com ro-
tação unidirecional (especiais).
Pode-se inverter a rotação do motor 
trocando-se a ligação de dois terminais de
ligação (figura 46).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro23
Figura 45  – Motor trifásico com ligação interna em
triângulo.
Figuras 44A e B –  Dois grupos ligados em série e em
paralelo com outros dois grupos.
 A rotação dos motores trifásicos está
relacionada com os polos do motor, a
saber:
Motor Trifásico de Indução com liga-
ção tipo Dahlander 
Este tipo de motor possui bobinas co-
nectadas de maneira diferente do modo con-
vencional.
 As ligações são feitas de tal forma que se
obtêm, alternadamente, duas velocidades com
um só enrolamento, sendo a velocidade maior 
(alta velocidade) o dobro da velocidade menor 
(baixa velocidade).
 A ligação Dahlander permite que, com
dois grupos de bobinas, obtenham-se dois ou
quatro polos; com quatro grupos de bobinas,
quatro ou oito polos; e com seis grupos, seis
ou doze polos (figuras 47A, B e C).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro24
Figura 46 - Invertendo a rotação.
O sentido pode ser horário e anti-horá-
rio, observando-se o motor pelo lado da
ponta do eixo.
Número de
polos
RPM – 60
hertz
RPM – 50
hertz
2 3.600 3.000
4 1.800 1.500
6 1.200 1.000
8 900 750
10 720 600
Esta ligação é de grande utilidade em
máquinas industriais, pois permite que se
consigam velocidades diferentes com um
número de engrenagens bem reduzido.
O enrolamento desse motor trifásico
com dupla polaridade é semelhante a outros
enrolamentos de motores de corrente alter-
nada assíncrono, exceto quanto ao modo
das ligações.
É uma máquina de pequena potência,
que é alimentada pela rede elétrica monofá-
sica (110 ou 220 volts). É o tipo de motor 
mais utilizado principalmente em aparelhos
de eletrodomésticos como geladeiras, lava-
doras, ar-condicionado, cortador de grama
etc.
Este motor é bem parecido com o motor 
trifásico, no que se refere à construção da car-
caça, do estator e do rotor.
Os componentes deste tipo de motor são
os seguintes:
Estator 
O estator se compõe de núcleos de cha-
pas de aço silicioso com ranhuras, fixados na
carcaça a qual é semelhante ao do motor tri-
fásico.
Os canais do estator dos motores
mais modernos possuem profundidades di-
ferentes, como será mostrado no Passo a
Passo 3.
Temos, no estator, dois tipos de enrola-
mento: o principal (de serviço) e o auxiliar (ar-
ranque de partida).
Rotor 
Em geral, o rotor é do tipo curto-cir-
cuito, semelhante ao do motor trifásico. Al-
guns motores já possuem rotores de
alumínio.
Tampas e rolamentos
Nas duas tampas do motor (e isso vale
para todos os motores elétricos), temos os ro-
lamentos que servem para manter o rotor em
posição livre para girar.
Os rolamentos são encaixados nas
tampas sob pressão e bem centralizados,
para evitar que o rotor toque no estator (fi-
gura 48).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro25
Figura 48 - Tampas e rolamentos.
Figuras 47A , B e C -  Grupos de bobinas e suas
polaridades.
O enrolamento imbricado é o mais
usual para a ligação Dahlander.
Motor Monofásico
Centrífugo-platinado (interruptor cen-
trífugo)
É um dispositivo que liga o bobinado
de arranque de motor monofásico e também
o desliga quando o motor atinge, aproxima-
damente, ¾ de sua velocidade nominal. Ele
é montado no interior do motor, e sua fun-
ção é desligar o enrolamento auxiliar da
rede quando o motor atinge a velocidade no-
minal.
O centrífugo-platinado é formado por 
duas partes, sendo uma fixa e outra girató-
ria. A parte fixa é colocada no interior da
tampa, o qual possui dois contatos (platina-
dos) elétricos, cujo funcionamento se asse-
melha ao de um interruptor unipolar comum
(figura 49).
 A parte giratória (móvel) é colocada no
eixo do rotor, do mesmo lado em que se en-
contra a parte fixa.
O princípio de funcionamento do
centrí fugo-p lat inado é o seguinte: a
parte móvel f ica local izada no eixo do
r ot or ; e st a p os su i u m s up or te , d ua s
molas e um carretel de material isolante
(figura 50).
Quando o motor está parado, as
molas fazem com que as massas centrí-
fugas empurrem o carretel sobre a parte
fixa; isto provoca o fechamento dos con-
tatos do enrolamento auxiliar. Com isso,
o motor está em condição de arrancar 
(figura 51).
Quando a velocidade do motor for, apro-
ximadamente, ¾ da velocidade nominal, a
força centrífuga desloca as massas centrífu-
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro26
Figura 49 - Parte fixa do centrífugo-platinado.
Figura 50 - Centrífugo-platinado.Figura 51 - Rotor parado.
gas. A ação destas massas arrasta o carretel e
faz abrir os contatos do platinado (figura 52).
Neste momento, o bobinado é interrom-
pido e, ao desligar o motor, o dispositivo age
de forma inversa, deixando o motor pronto
para uma nova partida.
Capacitor ou condensador 
O capacitor é outro componente do motor 
monofásico. Sua função é armazenar corrente
elétrica para que seja utilizada no momento da
partida do motor. Ele é ligado em série com o
enrolamento auxiliar e com o conjunto centrí-
fugo-platinado (figura 53).
Os capacitores de arranque são fabrica-
dos com diversos valores de capacitância,
para poderem ser usados em circuitos de cor-
rente alternada (CA), com tensões de 110 e
220 volts.
Quando o motor funciona em velocidade
nominal, o capacitor pode ser desligado, pois
o motor em marcha não necessita de campo
giratório.O desligamento é feito pelo interruptor 
automático.
Se o capacitor estiver com defeito,
deve ser substituído por outro de caracte-
rísticas iguais ao original, para se mante-
rem as condições de arranque do motor.
Enrolamento
O enrolamento dos motores monofási-
cos, normalmente, é feito no sistema con-
cêntrico, com as bobinas do enrolamento
principal colocadas embaixo (no final dos
canais) e as do enrolamento auxiliar, por 
cima das do enrolamento principal, com iso-
lamento entre elas.
No geral, o número de bobinas para
enrolamento de motores monofásicos é de
três bobinas por grupo (enrolamento princi-
pal) e de duas bobinas por grupo (enrola-
mento auxiliar).
O f io é de cobre esmal tado AWG
( Am eric an Wi re Gauge , Escala Ameri-
cana Normalizada, em português). Para
o enrolamento auxiliar, o fio tem, normal-
mente, secção menor que o do enrola-
mento principal, no mínimo, três números
de diferença para o número maior da Ta-
bela de Fios (ver estaTabela no Manual
do Eletricista Enrolador). Por exemplo,
se o enrolamento principal for feito com
fio número 19 (0,9116 mm), para o enro-
lamento auxiliar, o fio deve ser o número
22 (0,6438).
O passo das bobinas pode variar em
função da quantidade de canais do estator e
do número de polos do motor.
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro27
Figura 52 - Circuito do enrolamento auxiliar.
Figura 53 - Capacitor na entrada do enrolamento auxiliar.
Podemos encontrar motores com
quantidades iguais de bobinas.
Ligação dos grupos
Nos motores monofásicos, as liga-
ções são feitas de forma que a corrente
tenha sentido oposto entre os grupos,
tanto para o enrolamento principal como
para o auxiliar.
Do motor, saem seis terminais que
devem ser ligados à rede elétrica, para que o
motor funcione em uma tensão de 110 volts,
ou em duas tensões, que é a mais comum, de
110 e 220 volts.
Para a ligação em uma tensão, fecham-
se todos os grupos de bobinas em série e
ligam-se os seis terminais, conforme vemos na
figura 54.
Para a ligação em duas tensões, como
dissemos, são seis os terminais de ligação à
rede, sendo quatro do enrolamento principal e
dois do auxiliar.
Independentemente de ser de dois ou
quatro polos, os terminais saem dos grupos de
bobinas com a seguinte numeração:
Observe nas figuras 55 e 56 os terminais
de grupo de bobinas de um motor monofásico
de quatro polos:
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro28
É muito importante se desfazer do en-
rolamento velho e determinar corretamente
os dados pedidos (diâmetro do fio e passo).
 A diferença entre os passos, como se trata
de enrolamento concêntrico, é de dois nú-
meros. Se determinarmos o passo da bo-
bina menor, os seguintes serão dois
números a mais, um do outro; caso seja o
maior, dois números a menos. Por exemplo,
encontrado o passo menor – 5 – os demais
serão 7 e 9; caso seja encontrado o maior –
8 – teremos, para os menores, 6 e 4.
Figura 54 - Ligação em 110 volts.
Figura 55 -Terminais de grupo de bobinas de enrolamento
principal.
Figura 56 - Terminais de grupo de bobinas de enrolamento
auxiliar.
Enrolamentos Terminais
Principal 2 e 4; 1 e 3
 Auxiliar 5 e 6
 As ligações à rede de 220 volts devem
ser feitas conforme a figura 57.
Nesta última parte, vamos conhecer o es-
quema frontal, que representa todas as ranhu-
ras, os canais do estator, as bobinas e suas
ligações internas, os fechamentos e os termi-
nais para a ligação à rede do motor elétrico.
Mostraremos, também, desenhos que
representam a posição relativa das bobinas
e suas interligações, através de traços di-
versificados - como linha cheia, grossa, fina,
pontilhada – e de cores diferenciadas para
representar os diversos passos das bobi-
nas. Também mostraremos a colocação das
bobinas nos canais do estator, os grupos de
bobinas e seus tipos de enrolamento - prin-
cipal e auxiliar – no motor monofásico.
Esquema Frontal e Horizontal do
Estator 
O estator pode ser representado de
frente ou de forma retificada. Nesta última,
o estator é apresentado como se tivesse
sido cortado e estirado sobre um plano (fi-
guras 58A e B).
 As bobinas, ou grupo de bobinas, são
representadas por linhas cheias grossas ou
faixas retas quando são representadas na
horizontal, ou em forma de semicírculo em
esquema frontais (figura 59).
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro29
Figura 57 - Ligação à rede: 4; 1 e 5; 2, 3 e 6 isolados.
Figuras 58A e B - Estator frontal e retificado.
Figura 59 - Representação de bobinas ou de grupo de bo-
binas.
Parte III – Leitura e Interpretação
de Desenhos Esquemáticos
Colocação das Bobinas
Para a representação da colocação das
bobinas nos canais, utilizamos traços coloridos
e diferenciados, para representar os passos
das bobinas e diferentes funções de enrola-
mento (principal e auxiliar) – figuras 60 e 61.
Observem nas  figuras 62A e  B  a colo-
cação das bobinas:
O grupo de bobinas (linhas coloridas)
pode ser representado também por faixas em
forma de semicírculos, de cores diferenciadas
também para o tipo de enrolamento (principal
e auxiliar) – figura 63.
No entanto, nas publicações e normas, a
representação frontal do esquema de motores
elétricos é como mostrada na figura 64.
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro30
Traços cheio
para enrolamento principal
Traco interrompido (tracejado)
para enrolamento auxiliar.
Bobina de passo 1:6
Bobina de passo 1:8
Bobina de passo 1:10
Bobina de passo 1:12
Figura 60 -   Traços cheios e interrompidos para
representar o tipo de enrolamento.
Figura 61 -  Linhas coloridas para representar os passos
das bobinas.
Figuras 62A e B – Bobinas no motor.
Figura 63 - Grupo de bobinas em faixas, no formato de se-
micírculo.
Figura 64 – Representação frontal de um motor elétrico.
Curso de Enrolamento de Motor Instituto Universal Brasileiro31
Veja se Aprendeu – Partes II e III
1)   O número de canais contados para colocar os lados das bobinas chama-se
 ______________ 
2) O enrolamento ______________ é o que possui dois lados de bobinas em cada lado do
estator.
3)   O enrolamento cujas bobinas têm passos diferentes e o mesmo centro chama-se
 ________________.
4) A quantidade de bobinas de um motor com 36 canais no estator e enrolamento concên-
trico é igual a:
a) ( ) 36
b) ( ) 18
c) ( ) 9
d) ( ) 4
5) Desenhe, nos canais do estator abaixo, a colocação de um grupo de bobinas de um
motor monofásico, sendo 3 bobinas de passos 6, 8 e 10. Utilize uma cor para cada bobina.
    V   e  j   a   s   e    A    p   r   e   n   d   e   u   –    P   a   r  t   e   s  I  I   e  I  I  I    R   e   s    p    o   s  t   a   s
   1  )    p   a   s   s    o  .
   2  )  i     m    b   r  i   c   a   d    o
   3  )   c    o   n   c   ê   n  t   r  i   c    o  .
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